O L I V R O
D O P R O F E T A J O E L
O Profeta Joel é considerado um dos mais antigos
profetas, cujos escritos chegaram até nós. Talvez tenha conhecido na juventude,
tanto Elias quanto a Eliseu. Sua história pessoal está narrada num versículo:
“Palavra do Senhor, que foi dirigida a Joel, filho de Petuel” (1.1). Seu nome
significa: “Jeová é meu Deus”. Alguns
historiadores descrevem que seu ministério como profeta foi para as Tribos de
Judá, em 835AC, enquanto que Amós neste quase mesmo período profetizava para as
Tribos do Norte, em
Israel. Este é um
livro profético que trata do Grande Dia do Senhor e seu autor é conhecido como
o Profeta do Pentecostes. Mas outros historiadores o relatam que Joel pode ter
vivido nos tempos pós-exílio.
A ADVERTÊNCIA
A terra de Israel acabava de
ser visitada por uma praga de gafanhotos que devoravam toda a erva, deixando em
seu rasto somente desolação. Joel cria fosse o juízo de Deus, por causa do
pecado do seu povo. Joel fala a Judá fazendo uso do presente juízo, chamando o
povo ao arrependimento. Quer poupá-los de juízos ainda maiores, nas mãos dos
exércitos hostis. O gafanhoto era tipo e precursor da devastação que eles
trariam. (1.2, 5, 9 ,20).
Diante destes fatos o Profeta
Joel conclama o povo para um jejum (1.13), convida o povo a considerar a causa
dessa calamidade. Devem sinceramente arrepender-se, se quiserem ser poupados de
outro julgamento, (2.12-17). Em desespero todos estavam prontos a qualquer um
que lhes pudesse explicar a desgraça acontecida e naquela hora, e em sua
extremidade, os homens se voltariam para Deus.
O JEJUM E A PROMESSA
Ao soar da trombeta de chifre
de carneiro, conclamando o povo para um grande jejum, lá estão todos os velhos
e moços, noivos e noivas, os sacerdotes vestindo panos pretos de saco, se
curvam ao solo e clamam a Deus dentro do santuário: “POUPA O TEU POVO, Ó
SENHOR”, e o Profeta Diz: “RASGAI O
VOSSO CORAÇÃO E NÃO AS VOSSAS
VESTES, E CONVERTEI-VOS AO SENHOR VOSSO DEUS” (2.13). Era um acontecimento
para fazer o povo retornar a Deus.
Os gafanhotos transformaram o
Éden em deserto desolador, cobriam o céu e obscureceram o sol como eclipse, que
se estendiam por quilômetros sobre a terra e em poucos minutos toda folha e
toda haste desapareciam. (2.3-3, 1.6-7).
Uma terra devastada por
gafanhotos leva anos para se recuperar, seu vôo é ouvido a quilômetros de
distancia, como o crepitar de um incêndio. A terra fica devastada como se fora
pelo fogo, (1.17-20, 2.5, 2.3).
Deus então promete restituir
seu povo pelos anos que foram consumidos pelo gafanhoto, (2.25).
O Profeta Joel assegura ao
povo que Deus verdadeiramente derramará tantas bênçãos temporais, como espirituais,
e mandará também libertação do céu “E
acontecerá depois que derramarei o meu
Espírito sobre toda a carne: vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos
velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as
servas derramarei o meu Espírito naqueles dias”
(2.28-29). Eis a profecia do Pentecoste.
Libertação espiritual é a
grande promessa central do Livro de Joel. Outros profetas predisseram
pormenores a respeito da vida do Senhor, e até mesmo do seu reino futuro, mas a
Joel coube o privilégio de predizer que Ele iria derramar o seu Espírito por
sobre toda a carne, e ele diz que essa bênção emanará de Jerusalém, fato
acontecido no livro de Atos dos Apóstolos (Joel 2.32, 3.18 ; Atos 2.16). Este
profeta de Deus foi o primeiro a profetizar o derramamento do Espírito Santo
sobre toda a carne e sua mensagem é para todos nós nos dias de hoje.
O DIA DO SENHOR E AS BÊNÇÃOS FUTURAS
Há uma lição para nós hoje. A
Igreja se encontra em estado de desolação, Tem sido assolada por muitos
inimigos espirituais, bem descritos em Joel 1.4, há fome e sede por todos os
lados. O clamor de hoje é dirigido a todos os cristãos, para que se humilhem no
pó perante o Senhor, com verdadeiro arrependimento de coração, para que sua
promessa se cumpra em toda a Igreja.
“O Dia do Senhor”, de que este
livro relata, fala cinco vezes referindo-se ao juízo. Fala de uma série de
juízos: da presente praga de gafanhotos,
dos exércitos invasores e do Dia Final do Senhor, o período que
medeia entre a volta do senhor em Glória e os novos céus e a nova terra, conforme descritos em Isaias 2.17-20,
3.7-8, Mal.4.5, I Cor.5.5, I Tess.5.2, II Pedro 3.10 e entre outras passagens
bíblicas.
O Profeta Joel também descreve o retorno de Judá do cativeiro da Babilônia, como também a congregação dos judeus vindos das nações
gentias. Fala também do julgamento
das nações após a batalha do Armagedon ( 3.2-7).
Depois de Israel ser restaurado, e as nações da terra
julgadas, será então estabelecido o reino eterno (3.1-2, 20). A Palestina,
terra da promessa, será novamente o centro do poder e o lugar onde se
congregarão todas as nações para o julgamento, onde Cristo retornará para
estabelecer o seu domínio como soberano na terra.
O
L I V R O D E J O E L
O Livro de Joel faz
parte do Antigo Testamento, vem depois do Livro de Oseias e
antes do Livro de Amós. Segundo a tradição, foi escrito
pelo profeta Joel.
Joel,
o profeta do avivamento
o profeta do avivamento
Joel 2: 28-32
Alguns sustentam que foi
escrito no final da era monárquica, mas maioria dos exegetas sustenta que foi
escrito após o Exílio na Babilônia e após a reconstrução
do Templo, ou seja, aproximadamente em 400 AC, pois o livro não se refere
a nenhum rei, nem ao Exílio.
A mensagem do livro fala
sobre o "julgamento que Deus fará contra os inimigos
de Israel e, de uma perspectiva escatológica, a vitória final do
povo de Deus".
As dúvidas sobre a época em
que o profeta Joel viveu dificultam a interpretação do que ele escreveu.
Pode-se dividir o livro em
duas partes:
Os dois primeiros capítulos
narram uma terrível invasão de gafanhotos que devasta a plantação do país.
Diante disso, Joel pede a participação de todos (profetas, sacerdotes e povo),
numa grande manifestação de penitência e jejum, para suplicar a Deus que afaste
a catástrofe;
Esta
liturgia penitencial permite caracterizar Joel como um profeta
cultual, ligado ao serviço do Templo;
Deus mostra a sua
misericórdia e anuncia a libertação da praga e as bênçãos para uma nova
plantação. Como o profeta compara esses gafanhotos a um exército, talvez se
possa pensar que ele esteja falando de uma invasão inimiga;
Os dois últimos
capítulos descrevem o julgamento de Deus sobre as nações e a vitória
final;
A efusão do espírito
profético sobre todo o povo na era escatológica (3:1-5) responde ao anseio
de Moisés em Nm 11:29.
Parece que a primeira parte
não tem nada a ver com a segunda. Mas, uma expressão une o livro todo: o Dia de
Javé, isto é, o Juízo final. Então, o que na primeira parte eram gafanhotos ou
exército inimigo, na segunda se transforma em exército de Deus; a praga se
torna apenas uma comparação para exemplificar o Grande Dia em que a humanidade
prestará contas a Deus. Assim como afastou ele os gafanhotos, também a
misericórdia de Deus, alcançada pela penitência e jejum, transforma o
julgamento em dia de libertação e salvação: arrasada a plantação, ela surge
nova e viçosa. Desse modo, uma praga de gafanhotos observada atentamente serviu
para que Joel anunciasse o Juízo final.
A passagem mais destacada de
Joel é o Capítulo 3 (ou versículos 28 a 32 do Capítulo 2, na
versão Almeida) que é citado por Simão Pedro no Sermão
de Pentecostes em Atos dos Apóstolos 2:17-21. Por isso,
Joel é também chamado o profeta de Pentecostes, sendo também
considerado o profeta da Penitência, por causa da primeira parte do livro.
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE JOEL – Mas que dia!
Sabe-se pouco sobre a vida
pessoal de Joel além do nome de seu pai, Petuel. Não é mencionado
como profeta em nenhum outro livro do AT, embora seja citado como um
pregador vigoroso e atrevido. Seu interesse por Jerusalém e pelas cerimônias do
templo (1:9; 1:13ss; 2:14-17,32) nos levam à conclusão de que ele era um
profeta do templo, ou ao menos valorizava bastante seus rituais.
A visão
de Joel sobre a praga de gafanhotos é uma
das mais conhecidas profecias bíblicas, gerando um amplo leque de
interpretações, muitas vezes equivocadas. Sua mensagem sobre o derramamento do
Espírito sobre todos os povos foi o fundamento da mensagem de Pedro no dia de
Pentecostes, alavancando o nascimento da Igreja Cristã.
Um dos maiores problemas com
o livro de Joel é situá-lo historicamente, pois não há
dados claros na redação do texto que nos forneçam uma pista para sua datação.
Houve propostas para datá-lo tanto no século IX a.C. como no século II a.C.
Embora a mensagem do livro não sofra nenhuma alteração em virtude do
desconhecimento de sua produção, quando a data de composição é conhecida,
alguns detalhes de seus oráculos são elucidados. Com base nas evidências
internas do texto do livro é possível chegar a algumas conclusões em
favor de uma data imediatamente, posterior ao exílio, isto é, as datas muito
distantes do período exílico ficam descartadas neste estudo.
ARGUMENTOS APRESENTADOS NO LIVRO
Basicamente essa posição é
sustentada pelos seguintes argumentos:
· A falta da menção de um rei, e seu
endereçamento aos anciãos;
· O uso intenso da expressão “Dia do
Senhor”, caracteristicamente
· A destruição de Judá e a sociedade
destruída apontam para um exílio recente
· Citação das atividades no templo,
reconstruído em 515 a.C.
· A falta de menção à Assíria ou
Babilônia sugerem que estas nações já não estavam atuando mais na
política internacional do Oriente Médio, como aconteceu no pós-exílio.
Joel é um profeta
clássico, isto é, deixou seus oráculos escritos. Este estilo de profecia
iniciou-se no século VIII a.C. Portanto, uma data anterior a este período fica
excluída.
A adoração a baal não é
citada, este era um tema muito comum no pré-exílio, mas não no pós-exílio.
A referência à destruição de
Edom (3:19) e a descrição do sacerdócio favorecem uma datação pós-exílica entre
o final do século VI e início do V.
O estilo literário
de Joel é apoiado na literatura profética pré-exílica em virtude do uso
que faz dos profetas Amós, Isaías e Ezequiel. O quadro abaixo mostra a
dependência de Joel destes profetas:
Texto
em Joel
|
Paralelo
pré-exílico
|
1:15
|
Is. 13:6
|
2:3
|
Is. 51:3; Ez.
36:35
|
2:10
|
Is. 13:10
|
3:10
|
Is. 2:4; Mq. 4:3
|
3:16
|
Am. 1:2; Is.
13:13
|
3:17
|
Ez. 36:11; Is.
52:1
|
3:18
|
Am. 9:13
|
É difícil tratar sobre o
contexto histórico no qual Joel se encontra devido à dificuldade
quanto à sua datação, conforme abordado acima. Se a datação pós-exílica for a
correta, ainda assim seria trabalhoso definir o livro no período dos
profetas Ageu e Zacarias sob a liderança de Zorobabel ou no período do profeta
Zacarias sob a liderança de Esdras e Neemias.
Podemos definir uma data
entre estes períodos, quando o templo já estava com seus rituais em operação e
Edom ainda não havia sido destruída. Esta teoria coloca o livro no
período de Ester, durante o reinado de Xerxes, quando os persas tiveram suas
primeiras batalhas com os gregos.
ESTRUTURA DE JOEL
O livro de Joel segue
o esboço abaixo:
Introdução – 1:1
· A praga de gafanhotos e a crise
· A descrição da praga – 1:2-12
· O julgamento representado pela praga
– 1:15-20
· A iminência do Dia do Senhor
· A descrição do exército de gafanhotos
– 2:1-11
· Um apelo ao arrependimento – 2:12-17
· Restauração após a praga – 2:18-27
· O dia do Senhor
· A descrição do dia do Senhor –
2:28-32
· O julgamento dos povos – 3:1-17
· A restauração de Judá – 3:18-20
· O livro de Joel, de
acordo com seus oráculos, está dividido em duas partes:
· A praga de gafanhotos e o dia do
Senhor (1:1 – 2:17)
· A vitória escatológica e o dia do
Senhor (2:18- 3:21)
Na primeira parte quem fala
é Joel, na segunda, o Senhor. Diferentemente dos profetas pré-exílicos,
que vislumbravam um julgamento futuro, Joel interpretou a crise atual
como um juízo divino contra o povo. Um desastre dessa magnitude significava,
para Joel, que Javé estava acertando as contas com as nações. Usando este
episódio de crise, Joel chamou o povo à ação e reflexão (Capítulo 1),
dizendo que a situação se agravaria (Capítulo 2).
Joel aproveita a
situação de juízo para instruir o povo de acordo com o ritual adequado
(2:13-17) demonstrando seu arrependimento. Este procedimento é oposto à
mensagem dos profetas pré-exílicos, que se colocaram contra qualquer ritualismo
e pediram um comportamento mais ético para o povo. Outro ponto que
difere o estilo de Joel com os profetas pré-exílicos é que ele não
menciona explicitamente os pecados do povo. Para Joel, a urgência estava
na solução da crise, e não nas causas.
O Senhor demonstra uma
resposta favorável ao povo após seu arrependimento e restaura a terra,
diferente do primeiro ciclo, onde o julgamento destruíra a nação. O ponto em
comum entre o primeiro ciclo de julgamento (1:2 a 2:27) e o segundo ciclo de
julgamento (2:28 a 3:20) é o Dia do Senhor. Depois de comparar o Dia do Senhor
com o derramamento do Espírito e com o livramento Joel continua com
as abordagens ao juízo e restauração. Entretanto, neste ponto as nações são
atingidas, não mais Judá.
PROPÓSITO E CONTEÚDO
O livro de Joel trata
dos seguintes assuntos:
O dia do Senhor e sua
analogia com a praga de gafanhotos
O derramamento do Espírito do
Senhor como introdução ao período do julgamento
O foco principal
de Joel estava relacionado ao Dia do Senhor, por isso entendeu a
praga de gafanhotos como o seu início, antecipando o agravamento da situação de
crise na qual encontrava-se Judá. Em razão disso, Joel conclama o
povo ao arrependimento; que foi atendido. Logo, Javé mostra sua compaixão e o
renovo é anunciado (2:18ss).
No segundo ciclo do Dia do
Senhor as nações são alvo do julgamento divino com a restauração socioeconômica
de Judá, pois os hebreus enxergavam nos atos de livramento de Javé sua
disposição em realizar uma redenção completa, pois, após o livramento da praga
de gafanhotos (2:18-27), Joel anuncia o plano divino do livramento de
Deus para o povo da Aliança nos últimos tempos (2:28 – 3:31).
Joel deixa transparecer
em seus oráculos que Javé tem domínio pleno sobre a natureza, pois em nenhum
momento ele atribui a praga de gafanhotos ao acaso ou alguma outra coisa;
antes, os gafanhotos eram o exército do Senhor (2:11), enviado e levado por ele
(2:20). Portanto para Joel, uma cosmovisão dualista era improvável, em
virtude do senhorio de Javé sobre todas as coisas.
A PRAGA DE GAFANHOTOS
Desde o seu estabelecimento em
Canaã, Israel tornara-se uma nação agrícola. Por isso, qualquer praga, ou
desastre natural que atingisse as plantações teria consequências devastadoras
para a sobrevivência do povo. Por isso, qualquer coisa que afetasse a
agricultura seria considerada como uma espécie de juízo divino, uma vez que a
vida estaria ameaçada.
Para os povos no Oriente
Médio todos os desastres naturais estavam associados ao julgamento divino, por
isso era importante saber quem os havia causado, qual era o motivo da ira dessa
divindade e como poderia ser acalmada. Não era problema para os hebreus
descobrir o causador da ira, mas certamente teriam problemas em determinar as
respostas para as outras duas perguntas.
Joel responde a estas
questões de uma forma inusitada, pois, em vez de associar a calamidade dos
gafanhotos à uma desobediência específica, ele relacionou a crise agrícola com
um anúncio para o dia do Senhor. Neste dia o justo seria absolvido e os ímpios
seriam punidos. Restava ao povo da Aliança viver sob a misericórdia do Senhor,
uma vez que Deus não permitia qualquer tipo de manipulação de sua vontade.
O gafanhoto tem recebido
diversas interpretações em Joel, as principais estão relacionadas abaixo:
Exércitos estrangeiros:
alguns cristãos seguem a tradição judaica ao comparar os gafanhotos com
exércitos estrangeiros. Neste caso, os gafanhotos são uma metáfora para
desastre que se abateu sobre Judá. Esta interpretação é pouco provável, pois os
próprios gafanhotos são comparados com exércitos, por isso a comparação não se aplica.
Criaturas não terrenas:
outros tendem a interpretar os gafanhotos como figuras de linguagem do estilo
apocalíptico. Estas criaturas trarão as terríveis consequências do dia do
Senhor (Ap. 9:3, 7-11). Entretanto, os usos constantes dos verbos no passado
sugerem que Joel tenha sido testemunha ocular deste episódio, ou
seja, não está simplesmente anunciando o futuro, mas narrando um julgamento que
ocorrera.
Abordagem literal: os
gafanhotos foram realmente insetos que devastaram as plantações dos judeus. A
destruição literal é realçada pela descrição que Joel faz dos
gafanhotos a partir de 1:4. A ênfase não está nos vários tipos de gafanhotos,
pois não é intensão de Joel fazer um tratado biológico, mas sim
demonstrar a gravidade da destruição que acontecera. Esta destruição foi tão
terrível que Joel não pôde evitar uma comparação com o terrível dia
do Senhor que se aproximava.
O PENTECOSTES
O oráculo
de Joel acerca do derramamento do Espírito do Senhor teve um
cumprimento muito além dos ouvintes originais. O apóstolo Pedro não hesita em
afirmar este cumprimento no dia de Pentecostes, na origem da igreja cristã. Na
verdade, este cumprimento vai ao encontro do antigo desejo de Moisés descrito
em Números 11:29: “Tomara que todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor
lhes desse o Seu Espírito”.
Quando o Espírito Santo
encheu todos os presentes na reunião no cenáculo, Pedro explicou que o
acontecimento cumpria a profecia de Joel, descrita em 2:28-32. Os aspectos
do derramamento do Espírito e a invocação do Senhor para a salvação foram
suficientes para Pedro estabelecer a relação, embora alguns aspectos como
sangue, fogo e nuvens de fumaça não tenham se concretizado naquele dia. Neste
episódio a Igreja é alistada para anunciar a mensagem escatológica do dia do
Senhor que vem chegando.
Deus habitará em Sião. Joel 3.17.
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