sexta-feira, 16 de julho de 2021

A P O C A L I P S E / DÉCIMA PARTE - RESUMO DO LIVRO DE APOCALIPSE

 

RESUMINDO APOCALIPSE

 

Um simples esboço do livro de Apocalipse é encontrado em Apocalipse 1:19. No primeiro capítulo, o Cristo ressurreto está falando com João. Cristo diz a João: "Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer". As coisas que João já tinha visto estão registradas no capítulo 1. As coisas “que são” (que estavam presente na época de João) estão registradas nos capítulos 2-3 (as cartas às Igrejas). E “as que depois destas hão de acontecer” (coisas futuras) estão registradas nos capítulos 4-22. 

De forma geral, capítulos 4 a 18 do livro de Apocalipse tratam dos julgamentos de Deus nas pessoas da terra. Esses julgamentos NÃO são para a igreja (1 Tessalonicenses 5:2, 9). A igreja já vai ter sido removida da terra durante um evento chamado Arrebatamento. O Arrebatamento é descrito em 1 Tessalonicenses 4:13-18 e 1 Coríntios 15:51-52. Esse será um “tempo de angústia para Jacó” – angústia para Israel (Jeremias 30:7; Daniel 9:12; 12:1). Também será um tempo quando Deus julgará o mundo por sua rebelião contra Ele.

Capítulo 19 descreve o retorno de Cristo com a Igreja, a Noiva de Cristo. Ele prende a Besta e o Falso Profeta e os joga no lago de fogo. No capítulo 20, Cristo prende a Satanás e o joga no abismo. Cristo então prepara Seu reino na terra que irão durar 1000 anos. No fim dos 1000 anos, Satanás será solto da sua prisão e irá liderar uma rebelião contra Deus. Ele é rapidamente derrotado e também lançado no lago de fogo. Então o julgamento final ocorrerá, o julgamento para todos os incrédulos, quando eles também serão lançados no lago de fogo. 

Capítulos 21 e 22 descrevem o estado eterno. Nessa passagem Deus descreve como será a eternidade com Ele. O livro de Apocalipse é compreensível! Deus não teria nos dado tal livro se seu significado fosse um mistério completo. O ponto principal para entender o livro de Apocalipse é interpretá-lo da forma mais literal possível.

Um Abraço a todos e que a Paz de Cristo reine em nossas vidas para todo sempre!

Deus vos Abençoe!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 22 de junho de 2021

A P O C A L I P S E / NONA PARTE - A ETERNIDADE - Parte 3

 

UM NOVO EDEN

A Árvore da Vida e o Novo Gênesis

Em Apocalipse 22 vemos que os cinco primeiros versículos concluem a descrição da perfeição da Nova Jerusalém. Para isso, vemos a descrição do trono de Deus de onde flui o rio da água da vida com a árvore da vida, às margens.

O trono de Deus no meio da cidade é a nova fonte de luz dessa era, por isso não haverá mais noite. Todo o acesso à cidade e aos seus benefícios é dado aos santos, para todo o sempre. É como se desfrutássemos de um novo Jardim do Éden.

O Senhor Deus se revela a Adão e Eva no Jardim do Éden, onde estava a árvore da vida e por onde fluía um jardim para regá-lo. O fim de apocalipse encerra exatamente com uma imagem semelhante. Os remidos no novo jardim, com a árvore da vida às margens do rio da vida que flui do trono de Deus e do Cordeiro.

Esboço de Apocalipse 22:

22.1 – 5: A árvore da vida

22.6 – 17: A volta de Jesus

22.18,19: Advertência

22.20,21: Promessa e bênção

O Estado de Bem-aventurança Predominante na Cidade Santa. 22:1-5.

Este capítulo nos faz lembrar de Gênesis 2 e também de Ez. 47:1-12. "O pecado expulsou o homem de um jardim. A graça agora, leva o homem ao Paraíso eterno". Aqui temos a beleza, vida em plena abundância, a soberania de Deus, saúde para as nações da terra, ausência de toda maldição; nunca mais . . , maldição (v. 3), sobre o homem ou sobre a terra onde ele vive ou na cidade de sua habitação, nem sobre qualquer relacionamento que prevalece entre os homens – Cristo removeu a maldição e todas as suas consequências. Aqui está também um quadro do culto prestado, a visão perfeita, que é ver a face de nosso Senhor, e Seu nome gravado em nossas testas. A maldição foi eliminada da terra para sempre, assim como a noite também.

No céu estaremos servindo o Senhor; veremos o Seu rosto; Seu nome estará em nossas testas (memorizados em nossa mente e guardados em nosso coração), reinaremos com Ele para todo o sempre. Aqui estas promessas, como as que se encontram em Mt. 5:8; I Jo. 3:2; I Co. 15:49. Em outras palavras teremos o caráter do Senhor, serviremos o Senhor, e nos regozijaremos satisfazendo-nos eternamente com a visão de Sua gloriosa face.

Todos os gloriosos propósitos de Deus, ordenados desde a fundação do mundo, agora são atingidos. A rebelião dos anjos e da humanidade está finalmente subjugada, e o Rei dos reis assume a soberania a que tem direito. Santidade absoluta e imutável caracteriza todo o universal Reino de Deus. Os redimidos, assim transformados pelo sangue do Cordeiro, estão na ressurreição e glória eterna. A vida está por toda a parte – e a morte não se intrometerá nunca mais. A terra e os céus, ambos foram renovados. Luz, beleza, santidade, alegria, a presença de Deus, a adoração a Deus, o serviço prestado a Cristo, a semelhança com Cristo tudo agora são realidades permanentes.

APOCALIPSE 22:-1 E ele me mostrou o rio puro da água da vida, claro como cristal, que vinha do trono de Deus e do Cordeiro.

Água da vida. Água infinitamente superior às águas do primeiro Paraíso (Gn 2:10-14). As águas do milênio representam a plena graça do Evangelho; estas da nova Jerusalém representam a glória do Evangelho. Seu fluxo contínuo de Deus, a Fonte da vida, simboliza a vida ininterrupta derivada dos santos, sempre fresca, d’Ele: plenitude de alegria, assim como vitalidade perpétua. Como cristal puro, livre de qualquer mancha (Ap 4:6).

APOCALIPSE 22:2 No meio de sua praça, e de um lado e do outro do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto a cada mês; e as folhas das árvores são para a saúde das nações.

A nova humanidade recebe a Vida de Deus, o Espírito (Rio de Água). Todos tem acesso a plena realização (àrvore da Vida que dão sempre seus frutos). Tudo que Adão e Eva perderam quando pecaram (Gen. 3) será restaurado na Nova Terra.

APOCALIPSE 22:3 E não haverá mais maldição alguma; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e seus servos o servirão.

Não haverá mais maldição alguma. Como não haverá mais pecado contra Deus, também não haverá mais maldição de Deus sobre o povo; porque todos eles serão seus servos, e o servirão.

APOCALIPSE 22:4  E eles verão o rosto dele, e o nome dele estará em suas testas.

Adão e Eva perderam o privilégio de comunicar-se com Deus face a face. Na Nova Terra contemplarão a Sua face. O nome dele estará em suas testas, em seus pensamentos. Não somente eles, pessoalmente e em segredo (Ap 3:17), conhecerão sua filiação, mas serão conhecidos como filhos de Deus por todos os cidadãos da nova Jerusalém.  Adão e Eva perderam o privilégio de comunicar-se com Deus face a face, agora na Nova Terra contemplarão a Sua face.

APOCALIPSE 22:5 E ali não haverá mais noite, e não terão necessidade de lâmpada, nem de luz do sol; porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre.

Reinarão  com uma glória de esplendor e formosa, pois é a própria Glória de Deus os iluminará.

APOCALIPSE 22:6-10. E ele me disse: “Estas palavras são fiéis e verdadeiras; e o Senhor, o Deus dos santos profetas, enviou o seu anjo para mostrar a seus servos as coisas que devem acontecer em breve. 7 Eis que logo venho; bendito é aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.;  8 E eu, João, sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E quando eu as ouvi e vi, prostrei-me para adorar diante dos pés do anjo, que me mostrava estas coisas; 9 E ele me disse: Olha, não faças isto ! Porque eu sou um companheiro de serviço teu, e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus. 10 E ele me disse: 'Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo.

A primeira declaração é quase idêntica à declaração da abertura do Apocalipse (1:1-2), exceto que lá foi mencionado um "servo", João, e aqui são servos. Os 'espíritos dos profetas' são as faculdades naturais dos profetas, despertadas e. avivadas pelo Espírito Santo". Do mesmo modo no versículo 7 somos levados de volta a 1:3. Esta ordem de guardar as palavras da profecia deste livro (14:12; 12:17). enfatiza uma verdade que estamos prontos demais a esquecer.

O apóstolo caindo aos pés do anjo é precedido por uma gloriosa promessa à Igreja, acompanhada com a certeza, de que “Estas são as verdadeiras palavras de Deus, ”E que aqueles são“ abençoados ”que os mantêm. Emoção arrebatadora, gratidão e adoração, diante da perspectiva da glória futura da Igreja, transportá-lo para fora de si mesmo, a fim de cair em um ato injustificável é repreendido pelo anjo, pois somente Deus é merecedor de adoração.

APOCALIPSE 22:11-15.  Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem é sujo, suje-se ainda; e quem é justo, seja ainda justificado; e quem é santo, seja ainda santificado. 12 Eis que logo venho, e minha recompensa está comigo, para retribuir a cada um assim como for sua obra. 13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o principio e o fim, o primeiro e o último. 14 Benditos são os que lavam as suas vestes, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas. 15 Mas de fora estarão os cães, os feiticeiros, os pecadores sexuais, os homicidas, os idólatras, e todo aquele que ama e pratica a mentira.

O versículo 11 temos uma verdade solene, às vezes chamada de "permanência de caráter, além de ser verdade", está assim dizendo:, "que as perturbações dos últimos dias terão a tendência de fixar o caráter de cada individuo segundo os hábitos que ele já tenha formado, haverá um tempo em que uma mudança será impossível - quando não haverá mais oportunidade de arrependimento de um lado ou de apostasia do outro". Fim do tempo da graça – “Já não há mais salvação, aquele que é justo continuará justo e o ímpio será condenado por sua impiedade”. O sentido do versículo é o de que aqueles que cometem a injustiça continuarão a cometê-la, e os que praticam a justiça continuarão a praticá-la para sempre. Depois do fim do tempo da graça ninguém alterará seu modo de proceder.

A vinda de Cristo (Vs 12) é o tema preeminente de ambos, o Prólogo e o Epílogo (1:7; 22:7). Sem demora. Não está se dizendo que o Segundo Advento ocorreria logo após João completasse a escrita deste livro. Antes, significa que os acontecimentos da Segunda Vinda acontecerão tão depressa, numa rápida sucessão, que alguns serão tomados de surpresa (arrebatados). O versículo 13 repete o titulo de Cristo (1:11; 21:6), que também é concedido a Deus (1:8). As categorias relacionadas aqui, daqueles que terão barrada a entrada na Cidade Santa, cada um apresentado com o artigo os são substancialmente as mesmas de 21:8. Estes já estão condenados na morte eterna.

APOCALIPSE 22:16. Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos dar testemunho destas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e descendência de Davi; sou a brilhante estrela da manhã.

Agora o próprio Cristo fala primeiro simplesmente declarando que foi Ele quem deu origem às revelações que João registrou.  Esta é a primeira vez que a palavra igreja (ekklesia) apareceu desde as cartas às sete igrejas. Então Ele atribui a Si mesmo um título duplo: Ele é a raiz e a geração de Davi, conforme foi há muito profetizado pelos profetas (Is. 4:3; 11:1, 2; 55:1-5; Amós 9:11,12); e Ele é a brilhante estrela da manhã (Ap. 2:28). A estrela da manhã precede o perfeito brilho da luz do sol.

APOCALIPSE 22:17.  E o Espírito e a noiva dizem: 'Vem!' E quem o ouve, diga: 'Vem!' E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.

O convite triplo, tão cheio de graça, é enunciado pelo Espírito, pela Esposa, e pelos que ouviram. Segue-se uma designação dual específica daqueles a quem o convite foi particularmente enviado – aqueles que têm sede (Jo. 7:37) e aqueles que querem.

“O apóstolo Paulo advertiu a igreja a não esperar a vinda de Cristo em seu tempo”. ‘Porque não será assim’, diz ele, ‘sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado.’ II Tessalonicenses 2:3. Não poderemos esperar pelo advento de nosso Senhor senão depois da grande apostasia e que irá estabelecer o domínio do ‘homem do pecado’. Este ‘homem do pecado’, que também é denominado ‘mistério da injustiça’, ‘filho da perdição’, e ‘o iníquo. Quando isto acontecer iniciará então os sete anos de tribulação e a Igreja logo no início será levada da terra.

O último convite – “Compare esta passagem com o convite diário de Jesus (Apoc. 3:20), com o Seu convite aos que têm sede (João 4:14 e 15), e com o Seu convite aos que têm fome (João 6:32-35)”. Em Apocalipse 22 é feito o último convite das Escrituras.  “É o convite de Cristo à humanidade ainda perdida.”

O Espírito e a Noiva dizem: Vem! – “À luz de Apocalipse 22:17, o ministério do Espírito e o ministério da Igreja. Há um senso de unidade entre o ministério de Cristo e o da Igreja. O mesmo Espírito que impulsionou a Cristo naqueles três anos e meio impulsiona a Igreja a partir daquele memorável Pentecostes, cinquenta dias depois da ressurreição. .

APOCALIPSE 22:18-19.  Porque eu também dou testemunho a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro, que se alguém acrescentar a estas, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro; 19 E se alguém tirar das palavras do livro desta profecia, Deus tirará sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro.;

                Advertência – Ninguém tem o direito de modificar as doutrinas bíblicas nem de pregar ideias próprias acerca da religião. O que se deve pregar é o evangelho, a revelação de Deus tal como se encontra na Sagrada Escritura.

O livro, com exceção da saudação, termina com mais uma solene advertência contra o acrescentar ou tirar alguma coisa às palavras da profecia deste livro. "A revelação da verdade está completa, pois nada pode estar além do estado eterno. A Lei de Deus é Eterna e esta porção do Livro de Deus está enraizada e interligada. É o final de toda a Palavra de Deus, e torna-se impossível falsificar este livro final, sem maltratar o que Deus concedeu antes".

APOCALIPSE 22:20-21  Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém; vem, Senhor Jesus. 21 A graça do Senhor Jesus seja com todos.

Saudações Finais. As três últimas palavras são as de Cristo: Certamente venho sem demora; da Igreja: Amém. Vem, Senhor Jesus; e de João: A graça do Senhor Jesus seja com todos. 

                Bênção – “Que conclusão incentivadora para a Bíblia! É estendido um convite para a eternidade a todo aquele que aceitar o Seu perdão. A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que creem no Seu nome. (João 1:12).

“* Adão e Eva perderam sua pureza – sua veste de inocência. Os remidos recebem as vestes da justiça de Cristo – o Seu ‘linho finíssimo’ (Apoc. 19:8).

“* Adão e Eva perderam seu lar edênico. Os santos de Deus serão reintegrados no Éden restaurado.

“* Adão e Eva não puderam mais comer da árvore da vida. Os salvos comerão para sempre da árvore da vida (Apoc. 22:2).

“* Adão e Eva perderam sua perfeita felicidade familiar. Na Nova Terra cumprir-se-ão os propósitos originais de Deus.

“* Adão e Eva perderam o domínio sobre os outros seres criados. Na Nova Terra, leões, cordeiros, leopardos e bezerros andarão juntos, e ‘um menino pequeno os guiará’ (Isa. 11:6).

“* Estresse, medo, confusão, ansiedade, e tudo o mais que resultou do pecado terá desaparecido. Em seu lugar existirá ‘a paz de Deus, que excede todo o entendimento’ (Fil. 4:7).

sexta-feira, 21 de maio de 2021

A P O C A L I P S E / NONA PARTE - A ETERNIDADE - Parte 2

 

A CIDADE SANTA – APOCALIPSE 21:9-27

Ap. 21:9 E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.

Assim como Deus levou Moisés ao cume do Monte Pisga, nas cercanias de Jericó, a fim de lhe mostrar a Terra Prometida (Dt.34), um dos sete anjos leva João para contemplar a nossa Terra Futura e Eterna, a Cidade Santa, a Nova Jerusalém que descia do Céu, da parte de Deus. Ela é uma cidade literal e que possui fundamentos. (Hb.11:10) Ela não é o Céu, mas descerá de lá, da parte de Deus, e todo cristão verdadeiro a deseja. Morar nesta santa Cidade (Hb.11:16; 13:14. Mostrarei o que representa a igreja redimida ao ser recebida em união permanente com seu Senhor – como noiva prestes a se unir ao marido. (Ap. 19: 7-8) .

Ap. 21:10 E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.

João é chamado para conhecer a “Noiva”, a “Esposa do Cordeiro”. (Ap.21:9,10). No versículo dois deste capítulo, João vê a Nova Jerusalém descendo do Céu, e, agora, nestes versos, ele é chamado para olhá-la bem de perto. Essa Cidade, ou seja, os seus habitantes compõem a Noiva de Cristo. Quem são os habitantes? Eles são os que cumpriram a comissão do Senhor. Portanto, uma igreja verdadeira é aquela que tem como Seu verdadeiro Líder o Seu Fundador, Jesus Cristo, e O obedece. É aquela que pratica e ensina a Palavra de Deus e se mantém fielmente às ordenanças que foram dadas por Ele.

A Nova Jerusalém é chamada de “Cidade Santa”, ou seja, um lugar totalmente dedicado a Deus e ela não será construída na Terra, mas descerá do Céu e da parte do Próprio Senhor. Por isso, ela traz consigo a glória de Deus, pois expressará tudo acerca de Quem Ele é.

Ap. 21:11 E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente.

Ela brilhará ou resplandecerá igual a um prisma gigante, pois será auto iluminada.

Ap. 21:12-14 E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel. Do lado do levante tinha três portas, do lado do norte, três portas, do lado do sul, três portas, do lado do poente, três portas.
E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.

A Cidade é cercada por um muro alto e possui doze portões, três de cada um de seus lados, e tudo isso é simbólico. Eles não servem para manter os intrusos do lado de fora, porque os portões estarão sempre abertos. Os nomes das tribos de Israel estarão escritos nos portões, pois, Israel é o povo escolhido de Deus. Todos que creem em Cristo são denominados como “o Israel espiritual”. (Gl.6:16 – na NTLH aparece a palavra “povo”, mas nos originais é Israel, no grego Israel). O sentido é que todos os que confiaram em Cristo e O obedeceram obtiveram o direito de entrar na Cidade de Deus.

A sua muralha alta está assentada sobre doze rochas (pedras, base ou fundamento) que são para a sua fundação. Nós nunca devemos nos enganar com os conceitos ensinados por alguns, que devemos menosprezar os ensinamentos espirituais e morais contidos no Velho Testamento, pois a Cidade Santa contém tanto os elementos do Velho como do Novo Testamento.

Ap. 21:15-22 E aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro, para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro.
E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais.
E mediu o seu muro, de cento e quarenta e quatro côvados, conforme à medida de homem, que é a de um anjo.
E a construção do seu muro era de jaspe, e a cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro.
E os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda a pedra preciosa. O primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda;
O quinto, sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista.
E as doze portas eram doze pérolas; cada uma das portas era uma pérola; e a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente.
E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.

 As medidas da Cidade. (Ap.21:15-17) - O anjo levava consigo uma vara de ouro para medir a cidade, os seus portões e a muralha A cidade era quadrada, pois o seu comprimento era igual à sua largura. A cidade media dois mil e duzentos quilômetros e o seu comprimento eram iguais tanto na largura quanto na altura. O anjo mediu também a muralha e viu que tinha sessenta e quatro metros de largura, conforme as medidas comuns que o anjo estava usando. É difícil entender a razão de a Cidade ser medida, a não ser para mostrar a proporção do seu tamanho e arquitetura. 

 Os materiais dos quais a Cidade Santa é feita. (Ap.21:18-21) - A muralha era de jaspe, e a própria cidade era de ouro puro, claro como vidro. As rochas do alicerce da muralha estavam enfeitadas de todo tipo de pedras preciosas. A primeira rocha estava enfeitada de jaspe; a segunda, de safira; a terceira, de ágata; a quarta, de esmeralda; a quinta, de sardônica; a sexta, de sárdio; a sétima, de crisólito; a oitava, de berilo; a nona, de topázio; a décima, de crisópraso; a décima primeira, de jacinto; e a décima segunda, de ametista. Os doze portões são doze pérolas. E cada um desses portões era feito de uma só pérola. A rua principal era de ouro puro, claro como vidro.

Olhar para essa Cidade deve ser maravilhoso! Notemos os materiais dos quais ela é feita:

Jaspe – uma pedra de coloração vermelha.

Safira – uma pedra onde o azul-celeste predomina.

Ágata – pedra semipreciosa com veios de várias cores.

Esmeralda – uma pedra preciosa verde e apreciada desde os tempos antigos.

Sardônica – uma pedra alaranjada ou vermelha e era usada frequentemente para a confecção de anéis.

Sárdio – uma variedade de ágata com vários tons de vermelho.

Crisólito – uma pedra ou gema amarelada.

Berilo – uma pedra com uma coloração verde azulada.

Topázio – geralmente, de cor amarela.

Crisópraso – uma pedra preciosa de cor verde-claro com veios dourados.

Jacinto – pedra preciosa, e geralmente, alaranjada.

Ametista – pedra semipreciosa quase sempre roxa, às vezes, de cor vermelha arroxeada.

Juntas, essas são cores que formam o arco-íris, e imagine como será essa visão! Imagine todas essas cores refletidas, por meio das muralhas de diamante ao redor desta imensa cidade! Será uma visão gloriosa e de tirar o fôlego!

Os portões são 12 pérolas! O tamanho desses portões não é mencionado por João, mas devemos pensar que eles são maiores dos que são feitos pelo homem.

A pérola é uma substância formada dentro de uma ostra, quando materiais de fora, tais como grãos de areia entram nela e a irritam. A beleza natural da pérola deverá aumentar a beleza do resto da cidade. O ouro das ruas  é puro, polido e brilhante, que se parece ao vidro de cristal. A Nova Jerusalém terá uma visão muito além de qualquer imaginação humana, tanto em beleza como em esplendor!

Ap. 21:22 E nela não vi nenhum templo , pois o seu templo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, e o Cordeiro.

Na Cidade Santa não existe Templo, pois não há necessidade de um. Quando Deus deu um Tabernáculo no deserto e depois o Templo na Terra Prometida, o Seu propósito foi ter um lugar de habitação em meio ao Seu povo, em um mundo amaldiçoado pelo pecado.

Na Nova Jerusalém não existirá necessidade de um lugar santo e especial para encontrar Deus, porque toda a Cidade é santa – toda ela é um Templo. A presença santa de Deus está sobre toda a Cidade. Nela, não existe mancha nem pecado, porque ela é Divina e, portanto, perfeita!

AP. 21:23-27  A cidade não precisa de sol nem de lua para a iluminarem, pois a glória de Deus brilha sobre ela, e o Cordeiro é o seu candelabro. E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra.
E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite.
E a ela trarão a glória e honra das nações.
E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.

A Glória de Deus ilumina a Cidade Santa. Nessa Cidade não existe dia nem noite, portanto, não haverá trevas. Nunca mais os produtos das trevas ou escuridão se encontrarão entre os filhos de Deus. Não haverá medo nem ignorância. (Leia Isaías 60:19; Zacarias 14:7; Salmos 27:1)

Todos desfrutam da Cidade Santa e da presença constante de Deus. (Ap.21:24-27).  Os povos do mundo andarão na luz dela, e os reis da terra vão lhe trazer as suas riquezas. Os portões da cidade estarão sempre abertos o dia inteiro. Não se fecharão porque ali não haverá noite. As nações vão trazer os seus tesouros e as suas riquezas para a cidade. Porém nela não entrará nada que seja impuro nem ninguém que faça coisas vergonhosas ou que conte mentiras. Entrarão na cidade somente as pessoas que têm o seu nome escrito no Livro da Vida, o qual pertence ao Cordeiro. Que privilégio é caminhar nessa Cidade iluminada pela Glória do Senhor! Não existirão pecadores sobre a Terra, depois que tudo se fizer novo. Serão as nações dos salvos que andarão na luz da Cidade, pois elas terão corpos glorificados.

Os doze portões de pérola estão continuamente abertos, porque não existem ladrões ou pecadores de nenhum tipo para incomodar. Essa grande Cidade é iluminada pelo Próprio Senhor, e então, as trevas ali não existirão.

Alguns intérpretes creem e ensinam que existirão coisas más fora da Cidade. No entanto, não aceitemos esse tipo de ensinamento. Estas coisas más mencionadas são uma advertência para os ímpios ou rebeldes de hoje, a fim de que eles saibam que não haverá nenhuma possibilidade de entrarem na Eternidade sem Jesus como seu Único Salvador. Os únicos que entrarão na Cidade são aqueles que têm seus nomes no “Livro da Vida do Cordeiro”, aqueles que desfrutarão da grandiosidade,  da beleza e santidade dessa Cidade Santa, a Nova Jerusalém do Céu!

RESUMINDO....

Mostrarei a noiva, a esposa do Cordeiro – mostrarei o que representa a igreja redimida ao ser recebida em união permanente com o Senhor.

Apocalipse 21: 9-14 . E veio a mim um dos sete anjos – Provavelmente o mesmo que mostrou ( Apocalipse 17: 1 , etc.) mostrou a João, a mística Babilônia e sua destruição, e agora mostra a ele, por contraste, a nova Jerusalém. E ele me levou em Espírito – A mesma expressão usada anteriormente, Apocalipse 17: 3 ; a um grande e alto monte – Assim, Ezequiel 40: 2 foi trazido às visões de Deus, e assentado em um monte muito alto; e me mostrou a cidade santa Jerusalém – A cidade velha agora está esquecida, de modo que isso não é mais denominado o novo, mas absolutamente, Jerusalém. Oh, como o Apóstolo João ansiava por entrar! Mas ainda não chegara a hora. Ezequiel também descreve a cidade santa, e o que lhe pertence (cap. 40), Mas uma cidade bem diferente da antiga Jerusalém, como era antes ou depois do cativeiro babilônico. As descrições do profeta e do apóstolo concordam em muitos detalhes; mas em muitos outros eles diferem. Ezequiel descreve expressamente o templo e a adoração a Deus, aludindo de perto ao serviço levítico. Mas João não viu templo e descreve a cidade muito mais ampla, gloriosa e celestial do que o profeta. Sua descrição, de fato, é um conjunto das imagens mais sublimes e ricas, não apenas de Ezequiel, mas de outros profetas antigos. Tendo a glória de Deus – Por sua luz, Apocalipse 21:23 ; Isaías 60: 1-2 ; Zacarias 2: 5 ; e sua luz – Ou o brilho dela, através do brilho das pedras preciosas, como um jaspe, por brilho claro como cristal.

A shechiná divina que ilumina toda a cidade, expressando a perfeita iluminação, pureza e santidade para seus felizes habitantes. A cidade tinha um muro grande e alto – Para mostrar sua força e segurança sob a proteção onipotente de seu fundador e conservador; e tinha doze portões com anjos por guardas, ainda esperando os herdeiros da salvação; e nomes escritos nele, os quais estão no Livro da Vida.

Os  portões; das doze tribos de Israel  significando que era a morada do Israel de Deus, e que aqueles que eram membros fiéis da verdadeira igreja tinham o direito de serem admitidos e de mostrar também a grande glória daquela cidade, onde os anjos foram designados para manter a guarda; uma honra propriamente devida apenas à majestade da presença de Deus e à sede dela. No leste, norte, sul e oeste, três portões – Para mostrar que pessoas de todos os climas e nações podem ter acesso a ele. E o muro da cidade tinha doze fundamentos, inscritos com os nomes dos doze apóstolos – mostrando figurativamente a grande dependência que a igreja tinha de seu testemunho, que influência o evangelho que eles pregavam tinha para elevar essa estrutura divina e que os seus habitantes haviam edificado somente a fé que os apóstolos certa vez entregaram aos santos.

 

 

sexta-feira, 30 de abril de 2021

A P O C A L I P S E / NONA PARTE - A ETERNIDADE/Parte 1

O NOVO CEU E A NOVA TERRA
Apocalise 21:1-8
Apoc. 21:1 Vi, novo ceu e nova terra, pois o primeiro ceu e a primeira terra passaram, e o mar ja nao existe.
Tudo se fez novo, tudo ja se passou, ja nao existe nada mais que nos separe de Deus. Tudo foi renovado, o mar do pecado, a maldade da terra ja nao existe mais. Deus removeu todas as coisas, purificou todas as coisas.
O Apostolo Joao estava numa ilha rochosa e o mar o separava da terra. Agora nessa visao Joao nao ve mais o mar que o separava da terra e de Deus. E como que se aquele mar fora engolido pelo grande lago de fogo do capitulo 20 desse livro.
O Novo Ceu e A Nova Terra; nada mais nos separara de Deus, da gloria de Deus. O Apostolo Joao se ve do outro lado; do lado de Cristo por toda a eternidade.
Apoc.21:2 Vi tambem a cidade santa, a Nova Jerusalem, que descia do ceu, ataviada como noiva adornada para seu esposo.
No inicio do livro de Genesis, Deus setenciou a mulher e sua descendencia por causa da desobediencia, por causa de sua traicao dando ouvidos a serpente, o diabo; condenando-os por causa de seus pecados e agora Deus se mostra benevolente e amoroso para com Sua Noiva, a Igreja; a Sua Esposa amada.
Apoc. 21:3 Entao, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernaculo de Deus com os homens. Deus habitara com os homens. Deus habitara com eles. Eles serao povos de Deus, e Deus mesmo estara com eles.
A uniao entre Deus e os homens finalmente se concretizara para toda a eternidade e Deus habitara conosco para sempre.
Apoc. 21:4-5 E lhes enxugara dos olhos toda lagrima, e a morte ja nao existira, ja nao havera luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que esta assentado no trono disse: Eis que faco nova todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras sao fieis e vetdadeiras.
Agora tudo se passou, tudo se tornou novo. As novas de Deus nao existe lugar para o pecado, as novas de Deus nao existe lugar para a morte, para a dor, para o choro, para a separacao e nem para a destruicao.
Apoc. 21:6 Disse: Tudo esta feito. Eu sou o Alfa e o Omega, o Principio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graca da agua da vida.
TUDO ESTA FEITO... Tudo esta consumado. Estas mesmas palavras foram ditas por Jesus na cruz fo Calvario. O mal foi vencido na cruz e agora e destruido e banido para sempre por Deus. Depois de todas as coisas, depois de todos os acontecimentos, agora todos vivem em perfeita harmonia com Deus sem mais a influencia de satanas.
Apoc. 21: 7-8 O vencedor herdara estas coisas, eu lhrs serei Deus, e ele me sera filho. Quanti, porem, aos covardes, aos incredulos, aos abominaveis, aos assassinos, aos impios, aos feiticeiros, aos idolatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe sera no lago de fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.
Uma nova vida com Deus, onde ele nos dara o privilegio de sermos principes, reinando juntamente com ele. Ele mesmo sendo Deus, nos tratara como seu filho. Quanto aqueles que nao temeram a Deus, nem lhe deram gloria; aqueles que nao deram creditos a Dua Palavra e nem honraram o seu nome...estes ja nao ecistem mais, pois foram reservados para o fogo eterno, a saber, a segjnda morte, morte eterna.




quinta-feira, 25 de março de 2021

A P O C A L I P S E / OITAVA PARTE - INTERLÚDIO "JUÍZO FINAL"

 

ANTES DO JUÍZO FINAL

INTERLÚDIO ANTES DO JUÍZO DE DEUS SOBRE A TERRA – CAP. 10

O capítulo 10 e o 11:1-14 são um interlúdio antes do juízo de Deus na terra. Assim como entre o sexto e o sétimo selo houve uma mensagem de consolo para a igreja, mostrando os santos em glória, também entre a sexta e a sétima trombeta haverá um interlúdio, com a mensagem do anjo forte, trazendo o livrinho aberto em sua mão. O primeiro interlúdio salientou a segurança e a glória do povo de Deus perseguido. Esta, agora, descreve uma mistura de doce e amargo.

TEXTOS BÍBLICOS

1. Este anjo desce do céu envolto em nuvem – v. 1
• Deus é geralmente identificado com nuvens. Deus conduziu o povo de Deus Israel através de uma nuvem luminosa (Ex 16:10). Nuvens escuras cobriram o Sinai quando a lei foi dada (Ex 19:9). Quando Deus apareceu a Moisés foi numa nuvem de glória (Ex 24:15; 34:5). Deus faz das nuvens a sua carruagem (Sl 104:3). Uma nuvem recebeu Jesus quando ele foi assunto ao céu (At 1:9) e quando Jesus voltar, ele virá entre nuvens (Ap 1:7).
• Aqui temos uma a operação da santidade de Deus simbolizada pelo rosto do anjo, do juízo indicado pela nuvem (Sf 1:15) e da misericórdia e fidelidade ao seu pacto com o seu povo expressada pelo arco-íris.

2. Este anjo tem um arco-íris por cima da sua cabeça – v. 1

• O arco-íris aparece ao redor do Trono de Deus (Ap 4:3). Fala que o trono de Deus é um trono de misericórdia, antes de ser um trono de juízo. Deus se lembra da sua misericórdia na sua ira. O arco-íris é o símbolo da aliança de Deus.

3. Este anjo tem o rosto como o sol – v. 1
• Esta é a mesma descrição de Jesus Cristo (Ap 1:16). Quando Jesus apareceu em glória na Transfiguração, seu rosto brilhava como o sol. Ninguém podia olhar no rosto dele.

4. Este anjo tem as pernas como colunas de fogo – v. 1
• Esta descrição é semelhante à que descreve o Cristo glorificado em Apocalipse 1:15. Onde ele pisa ele queima e purifica.

5. Este anjo tem na mão um livrinho – v. 2
• A palavra grega para livrinho (v. 2) é diferente da usada em (Ap 5:1). Livrinho não dá a ideia de rolo. O livrinho está aberto, no sentido de que seu conteúdo é conhecido. O rolo (5:1) contém a revelação do propósito de redenção e justiça que Deus executa na história humana, o livro pequeno deve contar uma parte deste propósito divino.
• Outros identificam esse livrinho como a Palavra de Deus que deve ser comida e pregada ao mundo (v. 11).
• Ezequiel e Jeremias também receberam ordens semelhantes (Ez 2:9; 3:3; Jr 15:16-17). Ambos comeram o livro e pregaram. O livro era a Palavra de Deus: julgamento e castigo a um povo rebelde. Assim também João é chamado a comer o livro e pregar. A igreja é chamada a comer o livro e pregar para uma geração que se aproxima do fim.

6. Este anjo tem o pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra – v. 2
• Deus manifesta sua reinvindicação de propriedade sobre o mundo inteiro, pois foi ele quem o criou (v. 6). Nas seis primeiras trombetas apenas parte da criação era o alvo. Agora está em jogo toda a criação. Isso descreve que ele exerce poder em todo o mundo e sua palavra é para o mundo inteiro. O mar e a terra representam a totalidade do universo criado. A duas bestas de apocalipse tentaram enganar com seus domínios sobre a terra, mas o verdadeiro proprietário é Jesus Cristo.

7. Este anjo tem voz como de leão – v. 3
• A voz do leão é a voz do juiz que se aproxima. A plenitude do juízo se aproxima. Esta descrição é semelhante à aquela dada a Jesus Cristo em Apocalipse 5:5. A voz de Deus é semelhante ao rugido do leão (Am 3:8).
• O Velho Testamento comumente fala de “o anjo do Senhor” como uma referência a Cristo (Ex 3:2; Jz 2:4; 6:11-12; 2 Sm 24:16). Isto era uma temporária manifestação para um propósito especial, e não uma permanente encarnação.
• O leão é o rei dos animais. Quando ele ruge não tem animal que pie. Todos se silenciam. Quando Cristo bradar, todos vão ouvir a sua voz. Quando Cristo bradar os sete trovões, todos os trovões, a artilharia do céu, estará pronta a agir.

8. Este anjo ao falar ouve-se sete trovões – v. 3-4
• Não nos é informado porque João agora não pode escrever sobre o conteúdo dos sete trovões. Esses trovões são semelhantes à voz poderosa de Deus que é como o trovão (Sl 29:3). Esse número precisaria ser sete, visto que há em torno do trono sete espíritos, sete tochas, sete chifres e sete olhos. Esses trovões estão dirigidos aos inimigos de Deus.
• O contexto pode nos ajudar a entender porque sempre que a palavra “trovões” aparece em Apocalipse é para falar de um aviso de iminentes manifestações da ira de Deus (Ap 8:5; 11:19; 16:18). O juízo está se aproximando, mas João não tem autorização para falar sobre o seu conteúdo.
• Essa revelação, semelhante àquela que Paulo teve no céu, não pode ser anunciada (2 Co 12:4). João a entendeu, mas não recebeu autorização para escrevê-la. Não devemos especular o que Deus não nos revelou.
• A voz de Deus é geralmente comparada com trovões (Sl 29; Jó 26:14; 37:5; Jo 12:28-29).
• O significado da ordenança para João guardar segredo sobre as vozes dos sete trovões é a seguinte: Não podemos nunca saber nem descrever todos os fatores e agentes que determinam o futuro. Sabemos o significado dos sete candeeiros, dos sete selos, das sete trombetas, das sete taças. Mas não nos foi dado saber sobre o significado da mensagem dos sete trovões (v. 4). Isso, porque há outras forças trabalhando; há outros princípios que estão operando neste universo. Portanto, tenhamos cuidado em fazer predições a respeito do futuro.
• O anjo está anunciando que não haverá mais tempo antes que o fim venha. O fim não será mais adiado. Está na hora de responder as orações dos santos. O propósito divino será alcançado plenamente.

9. Este anjo posiciona-se como um conquistador universal – v. 2,5
• A postura do anjo é a de um conquistador tomando posse do seu território. Ele reivindica o mundo inteiro (Js 1:3). Obviamente só Jesus pode fazer esse reclamo. Em breve o anticristo vai reivindicar seu domínio no mundo inteiro e vai querer que o mundo inteiro se submeta ao seu controle. Mas somente Jesus recebeu do Pai essa herança (Sl 2:6-9).
• Satanás ruge como leão para espantar as suas presas (1 Pe 5:8), mas Jesus ruge como leão para proclamar a sua vitória (Sl 95:3-5; Is 40:12-17).

 

II. A DECLARAÇÃO DO ANJO – V. 5-7

1. A solenidade de como o anjo declara a sua palavra – v. 5-6
• Esta declaração enche-nos de espanto não somente por causa do que diz, mas também pela forma como diz. Esta é uma cena solene. O anjo levanta a sua mão direita ao céu e faz um juramento.
• Mas, se este anjo é Jesus, como faz um juramento em nome de Deus? Deus colocou-se sob juramento quando fez seu pacto com Abraão (Hb 6:13-20). Deus também jurou por si mesmo quando prometeu a Davi que o Cristo viria de sua família (At 2:29-30).
• O juramento é feito ao Deus criador (v. 6).

2. O conteúdo do juramento é que já não haverá mais demora para a chegada do juízo – v. 6
• Vários julgamentos já tinham vindo sobre a terra, o mar, os rios, os astros, os homens. Mas, mais julgamentos ainda estavam para vir.
• Por que a demora? Por que Deus parece demorar? Deus tem adiado o seu julgamento para que os pecadores perdidos tenham tempo para se arrependerem (2 Pe 3:1-9). Esse foi o propósito da sexta trombeta (Ap 9:20-21). Mas, agora, Deus irá acelerar o seu julgamento e realizar seus propósitos.
• Os santos martirizados estavam clamando por justiça e questionando a demora de Deus (Ap 6:10-11).
• Os próprios ímpios, escarnecerão de Deus e da sua Palavra em virtude da demora de Deus em seu julgamento (2 Pe 3:4).
• Mas agora não haverá mais prazo, mais tempo, mais demora para o arrependimento e a conversão. O juízo está chegando. No confronto de Deus com os seus inimigos, a vitória de Deus será esmagadora. A história avança para o inevitável triunfo de Deus, e ainda que pareça que o mal esteja florescendo, não é possível que no fim ele triunfe.
• Essa palavra “Não haverá mais demora (cronos)” significa também que a paciência de Deus tem limite. O soar das seis trombetas representam todas as oportunidades que Deus dá ao homem para que se arrependa. Mas, aqui o caso é diferente. O homem chegou num ponto tal de insensibilidade e endurecimento que não há mais possibilidade de arrependimento. É aí que o anjo jura que não haverá mais demora para a sétima trombeta.

3. Quando a sétima trombeta tocar haverá o desvendamento total do mistério de Deus – v. 7
• O mistério de Deus aqui tem a ver com o velho problema do mal no mundo. Por que o mal natural e moral existe ainda no mundo? Por que Deus não faz alguma coisa sobre isso? É óbvio que sabemos que Deus fez, sim, algo sobre isso no Calvário, que Jesus se fez pecado por nós e experimentou em sua carne a ira de Deus pelo mundo pecador.
• Nós sabemos que Deus está permitindo o mal aumentar até o mundo ficar maduro para o juízo (2 Ts 2:7ss, Ap 14:14-20).
• Desde que Deus já pagou o preço pelo pecado, ele é livre para adiar o julgamento.
• Mas, esse adiamento está chegando ao fim. Quando o anjo tocar a sétima trombeta o juízo virá (Ap 11:15-19). Então, será o tempo da consumação da ira de Deus (Ap 15:1).
• O v. 7 não diz no momento em que soar a trombeta, mas nos dias da voz do sétimo anjo. A ideia é clara. A sétima trombeta não será tocada só por um instante, mas simboliza um período de tempo. A sétima trombeta inclui as sete taças ou sete flagelos (16:1-20), que levam diretamente ao julgamento final.
• Logo o povo de Deus receberá sua gloriosa herança final, sua plena salvação conforme a promessa anunciada aos seus servos, os profetas.

 

III. A ORDEM DO ANJO – V. 8-11

1. João recebe a ordem para comer o livrinho – v. 8-9
• Este episódio revela a necessidade de assimilarmos a Palavra de Deus e fazê-la parte da nossa vida interior. Não era suficiente para João ver o livrinho ou mesmo conhecer o livrinho. Ele precisa comê-lo. Quem não come o livro não pode pregar o livro.

• É preciso interiorizar a mensagem. Assimilá-la. A mensagem de Deus tem que se encarnar em nós.
• A Palavra de Deus é comparada a comida. Ela é como pão (Mt 4:4), leite (1 Pe 2:2), carne (1 Co 3:1-2) e mel (Sl 119:103). Jeremias e Ezequiel receberam a ordem de comer a Palavra antes de pregá-la aos outros (Jr 15:16; Ez 2:9-3:4). A Palavra precisa fazer-se carne (Jo 1:14), antes que possamos dá-la àqueles que dela necessitam. Ai do pregador e do professor que ensina a Palavra sem encarná-la em sua própria vida.
• Só quando nos apropriamos da Palavra é que podemos proclamar as promessas ou os juízos de Deus com fervor.

2. Esse livrinho é doce ao paladar e amargo no estômago – v. 9-10
• Quando um menino judeu aprendia o alfabeto escrevia as letras numa tabuleta de farinha e mel. O professor ensinava o valor fonético de cada letra. Quando o menino era capaz de repetir o som das letras, ele tinha a permissão de comer as letras uma por uma, à medida que recordava de modo correto. O alfabeto era, assim, como o mel em sua boca.
• A Palavra de Deus é doce como o mel – Não existe nada mais doce no mundo do que o evangelho de Cristo. Mas, logo que alguém se torna um cristão começam os problemas. Vem o sofrimento, a perseguição. Quem quiser viver piedosamente em Cristo será perseguido. Não deem ouvidos àqueles que dizem que os problemas acabam quando você é convertido. A doçura não acaba, mas ela é seguida de amargura. A conversão desemboca em perseguição do mundo.
• O evangelho é doce quando o experimentamos, mas amargo quando vemos as implicações dele na vida daqueles que o rejeitam. Jesus chorou sobre Jerusalém. Davi chorava. Jeremias também. Paulo igualmente.

3. João é ordenado a continuar profetizando – v. 11
• Este verso 11 determina o significado do pequeno livro: ele é uma reafirmação do ministério de João. O fim ainda não veio, mas está às portas. A época final – os dias da sétima trombeta – estão para começar. Neste período a cólera de Deus será manifestada em proporções nunca vistas, e à vista disto a missão de João é mais uma vez confirmada.
• Após digerir o conteúdo do livrinho João precisará profetizar. É impossível comer o livro e ficar calado. É impossível guardar essa boa nova apenas para nós.
• O anjo comissionou João a profetizar novamente. Sua obra ainda não tinha terminado. Ele deveria profetizar não a vários povos, nações, línguas e reis, mas sobre ou a respeito de muitos povos, raças, línguas e reis (Ap 5:9). A profecia de João deve alcançar o mundo inteiro.
• O v. 11 revela que o trabalho da igreja continua. Este evangelho precisa ser pregado ao mundo inteiro com rapidez porque o juízo já se aproxima e não tardará. A tarefa é urgente, porque o juízo se aproxima.

 

 

 

 

 

domingo, 21 de fevereiro de 2021

A P O C A L I P S E / SÉTIMA PARTE - O MILENIO 4

 

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O MILÊNIO?

Uma curta visão sobre o reino de mil anos surpreendente de paz que Cristo estabelecerá no fim dos tempos.

A profecia dada no livro de Apocalipse fala sobre todos os tipos de pragas terríveis e tribulações que vão cair sobre a terra no fim dos tempos. A ira de Deus será derramada sobre os servos de Satanás em abundância em um evento conhecido como a Grande Tribulação. Esta é a culminação natural do desenvolvimento do pecado sobre a terra

Mas no final de tudo isso Jesus Cristo voltará com os exércitos do céu e eles vão começar uma época gloriosa da cura na terra. Este é o início dos mil anos era de paz conhecido como o Milênio

O que é o Milênio?

O Milênio é um tempo de paz e harmonia na Terra quando Jesus e os santos hão de governar com justiça. É um momento em que todos os erros serão colocados à direita e todos os males serão limpos da terra. Isaías 65: 20-25 contém uma descrição mais completa da maravilha e da harmonia que vai caracterizar este tempo. A palavra “Milênio” não se encontra na Bíblia, mas sim a expressão “mil anos”, contudo é usada seis vezes em Ap. 20:1-7. É o período após o retorno de Cristo em que os justos reinarão com Ele na terra.

Ninguém vai explorar o outro, ninguém vai roubar ou assassinar. Toda a terra será governada por Cristo, sua noiva e os mártires. (Apocalipse 20: 4). Vai ser um governo justo, como sempre Deus pretendeu que a Terra fosse. Um refúgio de paz, de justiça e alegria. A criação, em completa harmonia com o seu Criador.

As pessoas vão viver vidas muito mais longas do que eles fazem agora. (Isaías 65:20) Mesmo os animais vão parar de matar uns aos outros e mudar seu modo alimentar, passarão a comer grama e plantas. (Isaías 65:25)

Será que vai haver pecado durante o Milênio?

Apesar de tudo isso a natureza pecaminosa que é inerente a toda a humanidade não terá mudado. As pessoas ainda vão nascer com uma carne em que não habita bem algum. (Romanos 7:18) A possibilidade de as pessoas a escolher o pecado ainda estará lá, o livre arbítrio.

Satanás será amarrado durante este tempo (Apocalipse 20: 2), ele não será capaz de exercer a sua influência externa sobre as pessoas. Portanto o pecado deixará de existir se assim o desejarem, pois será muito mais fácil para as pessoas escolher servir a Deus e viver uma vida justa quando cercadas por essa mesma justiça em todas as frentes. Quando há igualdade e justiça, há misericórdia, a paciência e humildade em todos, ao invés de guerra e da fome e da tirania e injustiça.

Aqueles que, no entanto, optar por viver uma vida pecaminosa e ceder ao seu próprio orgulho e egoísmo durante este tempo, vai morrer cedo. Leis de Deus ainda se aplica e ninguém será capaz de fugir com pecado despercebido (Isaías 65:20).

Jesus, a noiva, e os mártires

Jesus e Sua noiva, junto com os mártires mortos durante a Grande Tribulação estarão governando a terra. Estes são servos mais confiáveis de Deus. Jesus, que foi julgado em todos os pontos, mas sem pecado, tem autoridade absoluta sobre todo o pecado e injustiça.

Aqueles que estão com noiva de Cristo também venceram o pecado em suas vidas. Eles também têm autoridade para julgar e governar com justiça, e eles ensinará e pregará a justiça em todo o seu tempo na terra. Deus testou-lhes e eles foram purificados pelo fogo, da mesma forma como Jesus. Jesus e Sua noiva vão secar as lágrimas e trazer alegria e paz para as pessoas. Mas eles não terão mais suas próprias lágrimas, porque eles já estão cheios de bondade e alegria de Deus. 

Os mártires da Grande Tribulação também foram testados e também estarão juntos para governar durante o milênio, pois eles também deram suas vidas a Deus, embora de uma forma diferente do que a noiva. (Apocalipse 20: 4-6). Todos estes irão trabalhar em conjunto para assegurar que o mundo cresça em paz, harmonia, justiça e piedade durante o Milênio.

Depois do Milênio

Mesmo que o Milênio seja um tempo vivido em paz e justiça, mas não é o objetivo final de Deus para a Sua criação. Satanás foi preso, mas não completamente erradicado. E, apesar da admiração e harmonia na Terra, ainda não é perfeita aos olhos de Deus, porque ela carrega a mancha do pecado eterno.

No final do Milênio Satanás será solto de suas correntes por um curto período de tempo, embora não esteja claro exatamente quanto tempo este é. Esta é a sua última chance de enganar todas as nações e levar as pessoas a segui-lo. Incrivelmente, ele vai reunir número suficiente de pessoas de todo o mundo para criar um exército, e eles vão cercar Jerusalém novamente, em uma última tentativa desesperada para assumir a criação de Deus.

Mas agora é finalmente o suficiente, e tempo de Satanás é chegado. Deus enviará fogo do céu para devorá-los. O diabo vai finalmente ser lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o Anticristo, e serão atormentados lá para sempre. (Apocalipse 20: 7-10). Isto marca o fim do Milênio é o último evento antes do julgamento final tomar lugar.  

As principais interpretações sobre o Milênio

Como já dissemos, existem quatro interpretações principais sobre o Milênio. Basicamente os pontos discutidos em tais interpretações são os seguintes:

·         Quando o Milênio ocorrerá? Antes ou depois da Segunda Vinda de Cristo?

·         O Reino Milenar deve ser entendido de forma literal e física, ou simbólica e espiritual?

·         Quem são os indivíduos citados em Apocalipse 20 que participam do Milênio?

·         Como será o reinado de mil anos com Jesus? Haverá pessoas nascendo e morrendo? Haverá morte?

·         Como a morte pode existir onde Jesus governa? As pessoas que nascem neste tempo já estão salvas? Não haverá pecado?

As quatro posições que se propõem a tentar responder tais questionamentos são: Amilenismo, Pós-Milenismo, Pré-Milenismo Histórico e Pré-Milenismo Dispensacionalista.

O Amilenismo e o Milênio

Embora o termo Amilenismo transmita uma ideia de que não exista um milênio, não é isso o que essa corrente escatológica defende. O Amilenismo entende sim que há um Milênio descrito no capítulo 20 do Apocalipse, entretanto não o interpretam como um reino literal de mil anos com Cristo governando sobre a terra após a sua vinda. O Amilenismo defende que o Milênio já foi iniciado na primeira vinda de Cristo, e terminará com a Sua segunda vinda, quando haverá a ressurreição geral dos mortos, o Juízo Final e o estabelecimento do novo céu e da nova terra. No Amilenismo, o Milênio ocorre com o reinado dos santos com Cristo nos céus, conectado com a expansão da Igreja e o avanço do Evangelho na terra.

Eles afirmam que existem apenas duas eras: “Era Presente e Era Vindoura” – sem estado intermediário de mil anos. O reino de Deus não tem duração de mil anos, ele é eterno. Cristo veio cumprir o AT e foi ungido rei (Dn.2), Jesus é a pedra cortada sem auxílio de mãos, sem a interferência humana e estabeleceu o seu reino com a sua vinda aqui presente (“é chegado o reino dos céus”, “dou autoridades a todos vocês” “vi satanás cair como relâmpago do céu” e quando subiu ao céu disse: “todo poder me é dado no céu e na terra”. Jesus já está entronizado ao lado de Deus todo poderoso. Nós já estamos ressuscitados espiritualmente e temos uma posição privilegiada com Cristo em seu reino (Ef.2:6). Sobre esta pedra edificarei a minha igreja “nós” e as portas do inferno não prevalecerá contra ela (Mc 16) “ide”. ³O reino de Deus está em processo e não vem de aparências, é algo espiritual. O reino de Deus não virá na segunda vinda de Cristo, mas já está no meio de nós. “o que ligarmos na terra será ligado no ceu”. Os amilenistas não acreditam que terá um milênio na terra, mas apenas o Reino Eterno. O reino de Deus não é deste mundo, não vem com aparência física. O reino de Deus é aqui/agora, influenciado pela igreja. I Cor.15:16 – É necessário que Jesus Cristo reine para que seus inimigos fiquem debaixo de seus pés (reino gradativo até que a morte seja extinguida). A morte será destruída por ocasião da 2ª vinda de Cristo e não terá lugar a partir de então na eternidade.

O ¹Pós-Milenismo e o Milênio

O Pós-Milenismo, como o próprio nome sugere, entende que o Milênio também ocorrerá antes da segunda vinda de Cristo, porém, ao contrário do Amilenismo. O Pós-Milenismo entende que o Milênio será um período de grande paz e prosperidade resultante da pregação do Evangelho em todo mundo. Logo, para o Pós-Milenismo o mundo tende a melhorar antes da volta de Cristo, de modo que o Milênio será caracterizado pela maioria dos habitantes da terra respeitando a Palavra de Deus, numa espécie de cristianização do mundo. Após esse período, Satanás será solto e Cristo o destruirá em Sua segunda vinda, condenando-o eternamente.

O ²Pré-Milenismo Histórico e o Milênio

O Pré-Milenismo Histórico defende um reino literal de Cristo na terra durante mil anos que será iniciado com a Sua segunda-vinda.

Como será o reinado de mil anos com Jesus? Haverá pessoas nascendo e morrendo? Haverá morte? Como a morte pode existir onde Jesus governa? As pessoas que nascem neste tempo já estão salvas? Não haverá pecado?

Para o Pré-Milenismo Histórico, Cristo governará a partir de Jerusalém e será um período sem igual na terra. No final do Milênio, Satanás estará solto e enganará as nações influenciando-as a guerrearem contra Jerusalém e o governo de Cristo. Então, Jesus destruirá as nações rebeldes juntamente com Satanás, lançando-os em condenação eterna. Após isso, haverá o Juízo Final e o início do estado eterno.

Jesus reina por mil anos em Jerusalém e depois inaugura o Estado eterno por meio de um Juízo Final. Será um governo literal de mil anos antes de Jesus Cristo entregar o Reino a Deus Pai. Jesus em seu governo levantará o tabernáculo caído de Davi (Atos 15:14, II Sam. 7:28), promessas dadas a descendência perpétua ao Trono de Davi. Estabelecerá o reino de mil anos restaurando todas as coisas antes de entregar para Deus (Atos 15:24-28). Jesus estabelece seu reino encerrando assim a sequência dos reinos humanos da terra (Daniel 2:34-35 – império da Babilônia ao império Romano), “encheu a terra” alcance total do milênio. Prenderá Satanás por mil anos e Cristo reinará para restaurar a terra. O milênio é uma necessidade da natureza terrena e humana (Rom.8:18-19). 

No Milênio as pessoas nascerão e morrerão (terão vida longa, reprodução e morte – Zac.8). O diabo será eliminado primeiro e depois a morte. A morte existirá para aqueles que sobreviveram a Tribulação (restauração). A vida e a morte existirão no milênio, mas a maldição deixará de existir, pois a terra estará sendo restaurada enquanto satanás estará preso. A vida em Cristo é benção no milênio.

No milênio Jesus irá provar àqueles que nascerem neste período a (fidelidade). Após soltar Satanás, este formará um bloco contra Cristo (Ap.20:5-6). Satanás ainda conseguirá juntar muitos contra Cristo, mas será finalmente destruído e após isso será estabelecido o Trono Branco (julgamento), e por fim o reino será entregue a Deus. No milênio satanás insultará e enganará as nações que não conheceram o pecado como fez no Éden. As pessoas não o conheceram e da mesma forma em que agiu no início da criação, enganará a muitos assim como fez também com os anjos do céu.

O ³Pré-Milenismo Dispensacionalista e o Milênio

Também defende que o Milênio será literal na terra, e começara após a segunda fase da segunda vinda de Cristo. “²Diferente do Pré-Milenismo Histórico, essa posição estabelece um tratamento completamente distinto entre Israel e Igreja, ou seja, Deus possui dois propósitos: um com relação à terra e ao povo de Israel, e outro relacionado com o céu e a Igreja.

Para os Pré-Milenistas Dispensacionalistas, Jesus em Sua primeira vinda tentou estabelecer o Reino de Deus na terra, porém foi rejeitado pelos judeus. Então, Deus adiou esse plano e começou a tratar com a Igreja. “Somente após finalizar seus propósitos com a Igreja é que Ele retomará Seu plano para com Israel, e isso ocorrerá principalmente no Milênio, onde as promessas do Antigo Testamento serão cumpridas literalmente na restauração e exaltação de Jerusalém e do povo judeu sob todo o mundo gentio”.

Nessa posição escatológica, o Milênio durará mil anos literais, e Jesus estará governando visivelmente num trono em Jerusalém, e será um momento de grande paz e prosperidade sobre a terra. As nações adorarão a Deus em um Templo reconstruído em Jerusalém, onde também haverá novamente a oferta de sacrifícios de animais, porém não serão ofertas propiciatórias, mas ofertas memoriais em referência à morte de Cristo pela humanidade.

As pessoas viverão normalmente nessa terra maravilhosa, haverá nascimentos e mortes, já que o pecado e a morte ainda não estarão extintos como ocorrerá no novo céu e na nova terra. Entretanto, o mal será amplamente restringido com a prisão de Satanás.

Durante esse reinado, a Igreja dos santos ressurretos estará habitando a Nova Jerusalém, uma cidade celestial que estará pairando nos ares sobre a terra, e, em ocasiões especificas, os crentes poderão descer à terra para participarem de alguns julgamentos ao lado de Cristo.

No final desse período Satanás será solto, enganará as nações e fará uma guerra final contra “o acampamento dos santos“, e Cristo então os derrotará definitivamente. Depois disso haverá o julgamento perante o grande trono branco, onde todos os ímpios ressuscitarão para receberem a condenação eterna no lago de fogo.

 

Como interpretar o Milênio?

Em todas as posições citadas acima há entre seus defensores cristãos genuínos, que possuem compromisso com a Palavra de Deus e que também são muito capacitados no assunto. Portanto, antes de tudo, creio que esse tema não deva ser motivo de divisões entre os cristãos. Com isso, quero dizer que o fato de alguém defender uma posição ou outra, não o torna um herege, muito menos um seguidor de “seitas” como alguns erroneamente afirmam. Este assunto é realmente muito difícil, sobretudo por tratar de coisas ainda futuras, as quais não temos ainda o completo discernimento.

Na verdade, todas as diferentes interpretações possuem suas dificuldades particulares, portanto devemos analisá-las à luz da Bíblia como um todo, e julgar qual delas parece ser mais coerente com a Palavra de Deus.

A seguir, falarei muito brevemente qual a minha posição particular sobre esse assunto. Tratarei esse tema eliminando posição por posição, para que o entendimento fique mais claro. Começando pelo Pós-Milenismo, sei que essa posição foi muito popular durante muitos anos, e defendida por grandes homens de Deus. Porém as guerras, sobretudo do século 20, fizeram com essa posição perdesse espaço.

¹Para mim, a expectativa de um mundo maravilhoso antecedendo a volta de Cristo contrasta com várias passagens bíblicas que afirmam a contínua e crescente tensão entre o mundo decaído e incrédulo com os seguidores de Cristo. O próprio livro do Apocalipse deixa isso bem claro. Logo, para mim parece claro que o ensino bíblico é de que o mundo irá de mal a pior, até que Cristo venha.

Também tenho sérias dificuldades em aceitar a forma geralmente preterista que muitos pós-milenistas interpretam algumas passagens bíblicas. Como esperam por um mundo melhor, geralmente os pós-milenistas entendem que vários eventos escatológicos já estão no passado, como por exemplo, a grande tribulação e a apostasia mencionada pelo Apóstolo Paulo em 2 Tessalonicenses, no Capítulo 2.  Ainda sobre o Pós-Milenismo, penso que Apocalipse 20 não dá qualquer apoio à defesa dessa corrente escatológica.

Falando agora sobre as posições pré-milenistas, posso dizer que o ²Pré-Milenismo Histórico é uma visão muito mais equilibrada do que o ³Pré-Milenismo Dispensacionalista. Para mim, esta última posição, que também é a mais recente dentro do cristianismo, possui sérios problemas e acaba sendo totalmente confusa. A distinção radical entre Israel e Igreja presente no Dispensacionalismo, biblicamente penso ser injustificável. Sobre isto, podemos rapidamente dizer que qualquer distinção entre judeus e gentios já foi abolida, e Deus possui apenas um único povo, a noiva, a Igreja (At 13:32-39; Gl 3:28,29; Cl 3:11; Ef 2:14,19; 1Pe 2:9).

Focando agora na questão do Milênio, não há base bíblica para afirmar que Deus adiou seus planos e o estabelecimento de Seu Reino. Nesse ponto, prefiro concordar com Jó ao dizer que “nenhum dos Teus planos pode ser frustrado” (Jó 42:2). A questão é que o objetivo do ministério de Jesus não foi oferecer um reino político a Israel, restaurando o reino de Davi, ao contrário, quando quiseram fazê-lo rei, Ele se recusou (Jo 6:15). O próprio Jesus foi categórico ao afirmar na ocasião de seu ministério que o Reino de Deus não viria com visível aparência (Lc 17:20-21).

É importante também entendermos o caráter presente e futuro do Reino de Deus, ou seja, já foi inaugurado (Mt 2:2; 4:23; 9:35; 27:11; Mc 15:2; Lc 16:16; 23:3; Jo 18:37), está em prosseguimento (Mt 24:14; Rm 14:16,17; 1Co 4:19,20; Cl 4:11) e será completamente consumado (1Co 15:50-58; Ap 11:15).

Também podemos colocar como um problema das visões Pré-milenistas, especialmente o Dispensacionalismo, a grande diferença entre o Milênio citado em Apocalipse 20 com o Milênio que eles defendem, além da falta de qualquer referência bíblica no Antigo Testamento acerca de um reino terreno futuro de mil anos.

Sei que há muitas referências no Antigo Testamento que são utilizadas por Pré-milenistas para tentar justificar tal posição, porém eles falham na interpretação de profecias que naturalmente se referem a volta de Israel do exílio babilônico, ou à Igreja do Novo Testamento, ou até mesmo ao novo céu e a nova terra. ³Não há necessidade de um reino terreno temporário para que tais profecias se cumpram, nem mesmo a obrigatoriedade do cumprimento literal de todas as profecias.

No Novo Testamento encontramos um ótimo exemplo sobre isso. Em Atos 15:14-18, Tiago interpreta uma profecia registrada no livro do Profeta Amós de maneira não-literal. Em Amos 9:11,12, a profecia fala sobre o concerto do tabernáculo caído de Davi, para que “possuam o restante de Edom e todas nações” que são chamadas pelo nome do Senhor.

Já em Atos, Tiago entendeu que essa profecia se cumpriu quando Deus chamou os gentios à salvação, tornando judeus e gentios um só povo em Cristo. Logo, nem todas as profecias do Antigo Testamento devem ser interpretadas de maneira estritamente literal.

Apesar de tudo isso já citado, os argumentos ainda podem até parecer fracos para contestar as visões pré-milenistas. Portanto, para concluir, quero citar algumas perguntas que não consigo encontrar respostas para elas dentro do Pré-Milenismo:

1.    Se haverá um reino milenar e literal após a segunda vinda de Cristo, por que não há qualquer referência sobre isso nos Evangelhos e nas Epístolas do Novo Testamento?

2.    Por que no Sermão Escatológico (Mt 24; Mc 13; Lc 17) Jesus apresentou uma descrição detalhada sobre os acontecimentos que iriam ocorrer, e não citou em nenhum momento um reino milenar futuro?

3.    Se o reino milenar futuro diz respeito principalmente às promessas feitas ao povo de Israel, por que Jesus nunca falou nada sobre ele aos seus discípulos que eram judeus? Isso não teria os confortado de algum modo?

4.    Ainda no Sermão Escatológico, Jesus foi claro ao dizer: “Eis que de antemão vos tenho dito tudo” (Mc 13:23). Se Ele afirmou ter dito tudo acerca do fim dos tempos, por qual motivo ele não citou o Milênio? Não creio que Ele tenha se esquecido justamente do reino milenar futuro.

5.    Pedro foi um dos discípulos que estava presente quando Jesus pronunciou o Sermão Escatológico, e pessoalmente ouviu as palavras do Mestre. Então por que em sua segunda epístola (2Pe 3) ao falar sobre a segunda vinda de Cristo, ele não fala nada sobre um reino milenar futuro? Será que talvez seja porque Jesus não o ensinou nada sobre isso? Para o apóstolo Pedro, haverá a segunda vinda de Cristo, o julgamento de todas as pessoas e o início do estado eterno, com o mundo sendo “purificado” transformando-se em novos céus e nova terra.

6.    Como explicar o retorno de crentes glorificados para uma terra ainda imperfeita, onde existe pecado e morte, mesmo que isso seja em ocasiões específicas? Isso não seria uma violação da finalidade da glorificação?

7.    Como explicar o convívio do Cristo glorificado e de pessoas em corpos glorificados, juntamente com pessoas ainda vivendo em corpos de carne e sangue? Que estranha convivência haverá entre pessoas que são imortais com pessoas ainda mortais?

8.    O que acontecerá com as pessoas que morrerem no Milênio literal? Para onde elas irão? Será que ressuscitarão imediatamente?

9.    Como será um mundo em que Cristo estará em um trono físico governando? Como Satanás conseguirá manipular as pessoas a se rebelarem contra uma presença tão visível e notória de Deus? Se isso de fato ocorrer, qual foi a eficácia dos mil anos de paz e prosperidade?

10.  Como encontrar base bíblica para defender a ideia de salvação após a vinda de Cristo? As pessoas durante o Milênio precisarão crer em Jesus para serem salvas? Se sim, como alguém então não crerá diante de um reino literal de Cristo na terra? Isso não será injusto com quem viveu antes desse período, e não contrariará a doutrina bíblica de que a fé é crer no invisível (Hb 11:1)?

11.  A ideia da retomada dos sacrifícios durante o Milênio, mesmo que memoriais, não significa um retrocesso considerando a excelente explanação do autor da Epístola aos Hebreus onde claramente ele coloca todas essas coisas como algo temporário?

12.  Se o reino milenar futuro exige um julgamento após mil anos da segunda vinda de Cristo, como entender o ensino de todo o Novo Testamento de que o Juízo Final segue imediatamente à segunda vinda Cristo? Também como explicar o fato de a Bíblia se referir a apenas um único juízo, ao contrário do que ensina o Pré-Milenismo?

13.  Se o Pré-Milenismo exige pelo menos duas ressurreições (em alguns casos até mais de três), como explicar a doutrina bíblica que haverá apenas uma única ressurreição (Jo 5:28,29; Jo 6:39-54; 11:24)?

Estes são apenas alguns dos questionamentos que me fazem rejeitar a posição Pré-Milenista, entretanto, respeito muito quem defende tal posição.

Bem, se considero que o Pós-Milenismo e as formas de Pré-Milenismo falham em ter fundamentação bíblica suficiente, só me resta agora o Amilenismo. Sob esse ponto de vista, vamos brevemente entender alguns pontos acerca do Milênio do capítulo 20 do Apocalipse.

Diante destes fatos e dessas perguntas que talvez ficaremos sem respostas, só posso dizer que há muitas coisas que jamais conseguiremos entender por tais coisas fazem parte dos pensamentos de Deus e ninguém conseguirá entender por completo os pensamentos de Deus. Se assim eu me comportar, também terei que perguntar como pode um mar se abrir diante de um povo e este povo passar e chegar a seco do outro lado? Como pode o Profeta Elias ser levado para o céu diante dos olhos de seu servo Eliseu? Como pode um homem possuir a força de mil homens nas tranças de seu cabelo? Como pode o próprio Jesus ser gerado no ventre de uma mulher através do Espírito Santo? São perguntas que só Deus pode nos responder que um dia creio que Ele nos responderá (Jó 5:9, Ecl.11:5, I Cor.2:9). Resumo dizendo: Milagre não é para quem vê, mas para quem crê. Deus criou todas as coisas por intermédio de sua palavra. Eu creio!

Sei que esse é um tema muito complexo, e que todas as posições, inclusive a que eu defendo, apresentam suas dificuldades. Porém, precisamos deixar claro acima de tudo que a Palavra de Deus é inerrante e infalível, ou seja, não há qualquer erro ou contradição nela.

Se nossas posições escatológicas possuem dificuldades em alguns pontos, tais dificuldades estão firmadas em nosso erro humano de interpretação da perfeita Palavra de Deus.

Ademais, também sabemos que há mistérios que não nos foram revelados, mas devemos ter a plena certeza de que tudo ocorre conforme a soberana vontade de Deus, por mais que não compreendamos.

Mais uma vez ressalto que essas discussões são secundárias, e o importante é que Pré-Milenistas, Amilenistas e Pós-Milenistas concordam que Cristo voltará, julgará todos os homens, condenará eternamente Satanás, seus agentes e os incrédulos ao lago de fogo, e os santos viverão eternamente com Ele no novo céu e na nova terra. Se mil anos antes, ou mil anos depois, diante de uma eternidade inteira isso é só um detalhe.