quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

C A N T A R E S O U C Â N T IC O D O S C Â N T IC OS

O    L I V R O    D E    C A N T A R E S



O Cântico dos Cânticos, também chamado de Cantares, Cântico Superlativo (em hebraico: שִׁיר הַשִּׁירִים transl. Šîr HaŠîrîm; na Septuaginta Grega: ᾎσμα ᾎσμάτων, transl. Āisma Āismatōn; na Vulgata Latina: Cantĭcum Canticōrum) ou Cântico de Salomão é um livro do Antigo Testamento. No judaísmo, é um dos cinco rolos da última seção do tanakh, conhecida como Ketuvim ("Escritos").
É um dos Livros Poéticos do Velho Testamento, posterior ao Eclesiastes e anterior ao Livro da Sabedoria, na Bíblia católica e, na Bíblia protestante, antes de Isaias. Representa, em hebraico, uma fórmula de superlativo; significa o mais belo dos cânticos, Cântico por Excelência ou o cântico maior.
De acordo com o título em 1.1, o cântico dos cânticos foi escrito por Salomão, filho do Rei Davi. Pode-se dizer que é "de Salomão", pois a expressão hebraica "de Salomão" (1.1) pode ser traduzida "de" Salomão (como o seu autor) ou "para" Salomão (como a pessoa à qual o livro é dedicado). A opinião tradicional entre judeus é a de que Salomão foi o seu autor (Cf. 1Rs.4.32); para os católicos este livro pertence ao agrupamento dos Sapienciais, que condensam a sabedoria infundida por Deus no povo de Israel. Como pertence ao grupo dos sapienciais recebe como autor a figura simbólica de Salomão, o modelo da sabedoria em Israel. Tem sua escrita estimada por volta do ano 400 a.C, e constitui-se de uma coletânea de hinos núpciais.

Segundo a Edição Pastoral da Bíblia, o livro é uma coleção de cantos populares de amor, usados talvez em festas de casamento, em que noivo e noiva eram chamados de rei e rainha, que foram reunidos, formando uma espécie de drama poético, e atribuídos ao rei Salomão, reconhecido em Israel como patrono da literatura sapiencial. A forma final do livro, remonta ao século V ou IV AC.
A Tradução Ecumênica da Bíblia sustenta que seu autor certamente não é Salomão.  Cânticos dos Cânticos é um livro curto, com apenas oito capítulos. Apesar de sua brevidade, apresenta uma estrutura complexa que, por vezes, pode confundir o leitor. Diferentes personagens têm voz, ou falam, nesse poema lírico. Em muitas traduções da Bíblia, esses emissores alternam sua fala de modo inesperado, sem indicação ao leitor, dificultando, assim, sua leitura. Algumas versões, como a Almeida Revista e Atualizada e a Bíblia de Jerusalém, eliminam o problema com a indicação de quem está falando.
Os três participantes principais do poema são: O NOIVO, o Rei (1,4.12),(7) Salomão, isto é, "o Pacífico" (3,7.9); (2); A NOIVA, mulher mencionada como "Sulamita" (6.13), a Pacificada, aquela que encontrou a paz (8,10); e as "FILHAS DE JERUSALÉM " (2.7). Tais mulheres devem ter sido escravas da realeza que serviam como criadas da noiva do rei Salomão. No poema, servem como coro para ecoar os sentimentos da Sulamita, enfatizando seu amor e afeição pelo noivo.
Além dos personagens principais, são mencionados os irmãos da Sulamita (8.8-9), que devem ter sido seus meio-irmãos. O poema indica que ela trabalhava, por ordem dos irmãos, como "guarda de vinhas " (1.6).
Essa canção de amor divide-se praticamente em duas seções principais com mais ou menos o mesmo tamanho. O início do amor (cap. 1-4) e seu amadurecimento (cap. 5-8).
Por ser um poema escrito em uma linguagem considerada sensual, sua validade como texto bíblico já foi questionada ao longo dos tempos. O poema fala do amor entre o noivo e sua noiva. O nome de Deus só aparece nele de forma abreviada, em 8,6, "uma chama de Iah(weh)".
A interpretação alegórica, segundo a qual o amor de Deus por Israel e o do povo por seu Deus são representados como as relações entre dois esposos, tornou-se comum entre os judeus a partir do séc. II DC, tal interpretação tem paralelo no tema da alegria nupcial que os profetas desenvolveram a partir de Oséias.
Orígenes seguia essa mesma linha, mas via as núpcias de Cristo com a Igreja, ou a união mística da alma com Deus, São João da Cruz teria o mesmo entendimento.
 O poeta parece retomar a linguagem profética da aliança, como na expressão "procurar, encontrar" (3:1-2), além disso, a obra teria contatos com o Salmo 45.
Outros exegetas entendem que o livro celebra o amor mútuo e fiel, que sela o matrimônio abençoado por Deus.
Apesar de mostrar alguns vislumbres da corte de Jerusalém, o cenário campestre dá o tom do enredo. O autor faz alusões a jardins, árvores, flores, montanhas arborizadas, animais selvagens, vinhas e fontes. Os locais variam de En-Gedi e Jerusalém: “Como um cacho de Chipre nas vinhas de En-Gedi, é para mim o meu amado. ” (1:14); “Formosa és, amiga minha, como Tirza, aprazível como Jerusalém, formidável como um exército com bandeiras. ” (6:4), no Sul, até os montes Hermom: “Vem comigo do Líbano, minha esposa, vem comigo do Líbano; olha desde o cume de Amana, desde o cume de Senir e de Hermom, desde as moradas dos leões, desde os montes dos leopardos. ” (4:8) e Líbano: “O rei Salomão fez para si um palanque de madeira do Líbano. ” (3:9); “Vem comigo do Líbano, minha esposa, vem comigo do Líbano; olha desde o cume de Amana, desde o cume de Senir e de Hermom, desde as moradas dos leões, desde os montes dos leopardos. Favos de mel manam dos teus lábios, minha esposa! Mel e leite estão debaixo da tua língua, e o cheiro das tuas vestes é como o cheiro do Líbano. És a fonte dos jardins, poço das águas vivas, que correm do Líbano! ” (4:8,11,15), no Norte.




O   L I V R O    DE    C A N T A R E S   D E   S A L O M Ã O





               Cantares é uma Coleção de Poemas de Amor, em forma de canções para festas de casamentos, Jr.33.11. Em alguns Livros é chamado de O Cântico dos Cânticos ou Cântico de Salomão. Estas canções de amor tem sido muitas vezes interpretadas pelos judeus como um retrato de Deus como esposo do seu Povo, Oseias 2.16-20, e pelos cristãos, o relacionamento de Cristo com a sua Igreja, Apoc.21.2-9. Este Livro trata da pureza e santidade do casamento que foi instituído por Deus.
               O verdadeiro Amor permanece fiel, apesar de todas as dificuldades e tentações. Cantares é um poema religioso que simboliza o amor mútuo de Deus para conosco.






quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

E C L E S I A S T E S

O    L I V R O    D E    E C L E S I A S T E S



O livro de Eclesiastes faz parte dos livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia cristã e judaica, vem depois do Livro dos Provérbios e antes de Cântico dos Cânticos. O Livro tem seu nome emprestado da Septuaginta, e na Bíblia hebraica é chamado Kohelet (קהלת). Embora tenha seu significado considerado como incerto, a palavra tem sido traduzida para o português como pregador ou preletor. Faz parte dos escritos atribuídos tradicionalmente ao Rei Salomão, por narrar fatos que coincidiriam com aqueles de sua vida.
Por outro lado, Bíblia de Jerusalém sustenta que a atribuição a Salomão não passa de mera ficção literária do autor, a linguagem do livro, e sua doutrina, permitem concluir que foi escrito após o Exílio na Babilônia.
Muitos questionam a unicidade do autor, e defendido que foi escrito por duas, três, quatro e até oito mãos distintas.
O principal tema do livro é a vaidade das coisas humanas, dando a lição de desapego dos bens terrestres, negando a felicidade dos ricos e preparando o povo para entender que "bem-aventurados são os pobres" (Lc 6, 20).
Por sua vez, a Edição Pastoral da Bíblia sustenta que se trata de um livro profundamente crítico, lúcido e realista sobre a condição do povo, por volta do século III AC, quando a Palestina era então colônia da dinastia Macedônia dos Ptolomeus, ao qual devia pagar pesados tributos, que eram arrecadados pela família dos Tobíadas, que controlava o comércio, a economia e a política interna.
O autor escreveu durante esse tempo de exploração interna e externa, que não deixava esperanças de futuro melhor para o povo. Num mundo sem horizontes, ele fez um balanço sobre a condição humana, buscando apaixonadamente uma perspectiva de realização.
Para ensinar os caminhos para realizar a vida e a felicidade, o autor desmonta as ilusões que um determinado sistema de sociedade apresenta como ideal (riqueza, poder, ciência, prazeres, status social, trabalho para enriquecer etc.) e coloca uma pergunta fundamental: «Que proveito tira o homem de todo o trabalho com que se afadiga debaixo do sol? » (1,3).


Tudo é Vaidade (Ec 1:2)
Em vez de cair no desespero, o autor descobre duas grandes perspectivas: Primeiro, descobre Deus como Senhor absoluto do mundo e da história, devolvendo a Deus a realidade de ser Deus. Depois, descobre o Deus sempre presente, fazendo o dom concreto da vida para o homem, a cada instante e continuamente. Isso leva o homem a descobrir que a própria realização é viver intensamente o momento presente, percebendo-o como lugar de relação com o Deus que dá a vida. Intensamente vivido, o momento presente se torna experiência da eternidade, saciando a sede que o homem tem da vida. Todavia, para que se possa de fato viver o presente é preciso usufruir o fruto do próprio trabalho (2,10; 2,24; 3 ,13.22; 5,18-20; 9,9).
O Eclesiastes ou Coélet denuncia, portanto, as consequências de uma estrutura social injusta. O povo não tem presente, quando é impedido de usufruir do fruto do próprio trabalho. Consequentemente, fica sem vida, que lhe foi roubada não por esta ou aquela pessoa, mas por todo um sistema social dependente que, para privilegiar uma minoria, acaba espoliando a nação inteira. E aqui, o autor mostra que isso se trata, em primeiro lugar, de um pecado teológico: Deus dá a vida para todos; se ela é roubada, o roubo é um desvio na própria fonte da vida.

O Eclesiastes é convite para destruir e construir. Destruir uma falsa concepção a respeito de Deus e da vida, muitas vezes justificada por concepções teológicas profundamente arraigadas. Depois, construir uma nova concepção de vida, a vida que é um dom gratuito de Deus para que todos a partilhem com justiça e fraternidade. Só então todos poderão ter acesso à felicidade, que consiste em usufruir a vida presente que, intensamente vivida, é a própria eternidade. Como conclui o próprio pregador: "De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mal". (Ecl 12:13-14).


O    L I V R O    D E    E C L E S I Á S T E S


            Eclesiastes é o Livro do Sábio, um homem que meditou profundamente sobre a vida humana, com suas injustiças e decepções, e concluiu que tudo é ilusão. É o livro do homem sem Deus, que descobre verdades consoladoras, que é “Temer a Deus e Obedecer aos seus Mandamentos” Ecles.12.13, pois foi para isso que fomos criados, pois a Ele iremos um dia prestar contas de tudo, seja para o bem ou para o mal.

            O Livro de Eclesiastes foi escrito em 970-700 AC, por Salomão, o qual também é chamado de “o Sábio ou o Pregador”. Salomão escreveu este livro no final de sua vida, no seu espírito em declínio, quando deixou por fim desiludido com os prazeres desta vida e o materialismo, como caminho da felicidade.
Eclesiastes reflete a busca da felicidade nesta vida à parte de Deus e sua Palavra. Salomão no seu vazio experimentou de tudo: Edificou, Colecionou Obras de Artes, Jogos, Filosofia, Ritualismo Religioso, mas nada adiantou, até que por fim em sua velhice reconheceu que o homem sem Deus não é nada, tudo nesta vida sem Deus é ilusão.
             Resumindo, o livro de  Eclesiastes são reflexões da vida, de nossos deveres  e obrigações perante Deus.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

P R O V É R B I O S

L I V R O    D E    P R O V É R B I O S



O livro de Provérbios é um dos Sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia, vem depois do Livro de Salmos e antes de Eclesiastes. Conforme declara a sua introdução, tem como propósito ensinar a alcançar sabedoria, a disciplina e uma vida prudente e a fazer o que é correto, justo e digno. Em suma, ensina a aplicar e fornecer instrução moral.
Provérbio é uma frase curta, bem construída, que expressa uma verdade adquirida através da experiência e que se impõe pela forma breve e pela agudez das observações. Os provérbios são ensinamentos deduzidos da experiência que o povo tem da vida, e sua finalidade é instruir, esclarecendo situações de perplexidade e fornecendo orientações para a vida humana, como as setas de uma estrada (1,1-7). O livro de provérbios é um livro que traz uma "coletânea de sentenças" e levou vários séculos para ser escrito. Shilomoch ou (Salomão), foi um dos autores deste precioso compendio. Mas a história nos apresenta outros autores tais quais, Agur, rei Lemuel, alguns sábios do rei Ezequias e outros sábios. (Enciclopédia judaica.Vol. 10-pág.221) O livro todo é um convite para valorizar não só a cultura popular, mas também, e principalmente, a percepção religiosa que o povo tem de uma Sabedoria que vem de Deus e é seu dom aos pequeninos; sabedoria que nem sempre é captada e compreendida pelos sábios e doutores (Mt 11,25).
O título do livro vem originalmente de sua forma hebraica Míshlê Shelomoh ("Provérbios de Salomão"). Como é comum na Bíblia Hebraica, o título hebraico do livro é simplesmente um conjunto de palavras do primeiro verso do livro. Na Septuaginta esse livro se chama Paroimiai, que significa "provérbios, parábolas". O Livro de Provérbios ocupa o terceiro lugar na ordem dos Hagiógrafos no Cânon Judaico, e foi um dos que foram discutidos no Sínodo de Jamnia. A tendência não era excluí-lo do Cânon Sagrado, mas da leitura pública, na sinagoga. A questão básica girava em torno de Pv. 26.4,5, pois alguns rabinos viam contradições nessas passagens; a conclusão deles é que o primeiro versículo diz respeito à Lei e o segundo fala sobre a vida secular.



CARACTERÍSTICAS DO LIVRO
A autoria do livro de Provérbios não é algo fácil de determinar. Contudo estudiosos apontam que foi Salomão aquele que escreveu a maior parte. Agur e Lemuel contribuíram nas últimas seções.
Por outro lado, a Edição Pastoral da Bíblia sustenta que não foram escritos por um único autor e não pertencem à mesma época. A maioria deles nasceu da experiência popular, que foi depois coletada, burilada e editada por sábios profissionais desde o tempo de Salomão (950 AC) até dois séculos depois do exílio (400 AC). Foram atribuídos ao rei Salomão por causa de sua fama de sábio (1Rs 3-5) mas, quando se observa atentamente os vários subtítulos que aparecem no livro, pode-se facilmente distinguir nove coleções, provindas de tempos e mãos diferentes.
A Bíblia de Jerusalém sustenta que o livro se formou em torno de duas coleções principais "Provérbio de Salomão " (10:1-22:16), com 375 sentenças, e Provérbios de Salomão transcritos de pelos homens de Ezequias " (caps. 25 a 29), com 128 sentenças, precedidos por uma longa introdução (caps. 1 a 9). Além disso duas pequenas coleções (22:17-24:22 e 24:23-24) foram juntadas como apêndices da primeira coleção principal, e três outras pequenas coleções (Palavras de Agur 30:1-14, provérbios numéricos 30:15-33, as palavras de Lamuel 31:1-9) e um poema alfabético que louva a mulher perfeita 31:10-31 foram juntadas como apêndices da segunda coleção principal.
Os nomes dos dois sábios árabes (Agur e Lamuel) são fictícios e não pertencem a personagens reais, mas atestam o valor que se dava à sabedoria estrangeira.
Pode-se dizer com segurança que os caps. 10 a 29 são anteriores ao Exílio da Babilônia, enquanto que a introdução é posterior ao exílio, provavelmente escrita no séc. V AC.
Nas duas coleções principais predomina uma sabedoria humana e profana que desconcerta o leitor cristão.



FORMAS LITERÁRIAS
Podemos encontrar diversas formas literárias no livro de provérbios: poemas, pequenas parábolas, lições de vida. Entre as figuras literárias mais comuns, podemos citar as antíteses, as comparações e personificações.

CARACTERÍSTICAS ADICIONAIS

O livro de Provérbios também é considerado um livro poético, assim como, filosófico, que juntamente com o livro de Jó e Eclesiastes formam os três livros filosóficos da Bíblia. "Todo homem prudente age com base no conhecimento" (Pv. 13.16). O homem sábio é poderoso e quem tem conhecimento aumenta sua força…" (Pv. 24.5, Bíblia Nova Versão Internacional). Outra peculiaridade é o fato do seu conteúdo ser prático, baseado em conceitos da vida cotidiana. Salomão era muito observador, e transformou suas experiências pessoais em conceitos simples para ajudar as gerações futuras nas mais diversas situações da vida cotidiana. Não foi em vão, pois, quando lhe fora dado o direito de pedir qualquer coisa, por Deus, pediu sabedoria… (1Rs 3.1-15).


O LIVRO DE PROVÉRBIOS

O LIVRO DE PROVÉRBIOS FOI ESCRITO EM 970-700AC.  A CHAVE PRINCIPAL DESSE LIVRO É: TEMER A DEUS E SABEDORIA. Prov. 1.7 ; 3.13.
O Livro de Provérbios trata da Sabedoria e do temor ao Senhor, é uma coleção de princípios universais da vida humana.