sexta-feira, 21 de abril de 2017

A T O S D O S A P Ó S T O L O S

A T O S    D O S    A P Ó S T O L O S

Os Atos dos Apóstolos (pré-AOS 1990: Actos dos Apóstolos) (em grego: Πράξεις των Αποστόλων; transl.: ton praxeis apostolon; em latim: Acta Apostolorum) é o quinto livro do Novo Testamento. Geralmente conhecido apenas como Atos, ele descreve a história da Era Apostólica. O autor é tradicionalmente identificado como Lucas, o Evangelista.
O Evangelho de Lucas e o livro de Atos formavam apenas dois volumes de uma mesma obra, à qual daríamos hoje o nome de História das Origens Cristãs. Lucas provavelmente não atribuiu a este segundo livro um título próprio. Somente quando seu evangelho foi separado dessa segunda parte do livro e colocado junto com os outros três evangelhos é que houve a necessidade de dar um título ao segundo volume. Isso se deu muito cedo, por volta de 150 d.C. Tanto em sua intenção quanto em sua forma literária, este escrito não é diferente dos quatro evangelhos.
Escritores dos séculos II e III fizeram várias sugestões para nomear essa obra, como O memorando de Lucas (Tertuliano) e Os atos de todos os apóstolos (Cânon Muratori). O nome que finalmente iria consagrar-se aparece pela primeira vez no prólogo anti marcionista de Lucas (final do século II) e em Ireneu. A palavra Atos denotava um gênero ou subgênero reconhecido, caracterizado por livros que descreviam os grandes feitos de um povo ou de uma cidade. O título segue um costume da literatura helenística, que conhecia os Atos de Anibal, os Actos de Alexandre, entre outros.
O objetivo desse livro é mostrar a ação do Espírito Santo na primeira comunidade cristã e, por ela, no mundo em redor. O conteúdo do livro não corresponde ao seu título, porque não se fala de todos os apóstolos, mas somente de Pedro e de Paulo. João e Filipe aparecem apenas como figurantes. Entretanto, não são os atos desses apóstolos que achamos no livro, mas antes a história da difusão do Evangelho, de Jerusalém até Roma, pela ação do Espírito Santo.
COMPOSIÇÃO
Autoria
Enquanto a identidade exata do autor é debatida, o consenso é que este trabalho foi composto por um gentio de fala grega que escreveu para uma audiência de cristãos gentios. Os Pais da Igreja afirmaram que Lucas era médico, sírio de Antioquia e um adepto do Apóstolo Paulo. Os estudiosos concordam que o autor do Evangelho de Lucas é o mesmo que escreveu o livro de Atos dos Apóstolos. A tradição diz que os dois livros foram escritos por Lucas companheiro de Paulo (nomeado em Colossenses 4:14 ). Essa visão tradicional da autoria de Lucas é "amplamente aceita, visto que a autoria Lucana é quem mais satisfatoriamente explica todos os dados". A lista de estudiosos que mantém a autoria de Lucas é longa e representa a opinião teológica maioritária. No entanto, não há consenso. De acordo com Raymond E. Brown, a opinião corrente sobre a autoria de Lucas é 'dividida'.
O título Atos dos Apóstolos (grego Πράξεις ἀποστόλων [Práxeis Apostólon]) não fazia parte do texto original. Foi usado pela primeira vez por Ireneu no final do século II. Alguns têm sugerido que o título de Atos deve ser interpretado como Os Atos dos Espírito Santo ou ainda Os Atos de Jesus, uma vez que Atos 1:1 dá a impressão de que esses atos foram definidos como algo que Jesus continuou a fazer e ensinar, sendo Ele mesmo o principal personagem do livro.
Gênero
A palavra Atos denotava um gênero reconhecido no mundo antigo, que era característico dos livros que descreviam os grandes feitos de pessoas ou de cidades. Existem vários livros apócrifos do Novo Testamento, incluindo dos Atos de Tomé até os Atos de André, Atos de João e Atos de Paulo. Inicialmente, o Evangelho segundo Lucas e o livro de Atos dos Apóstolos formaram uma única obra; Foi só quando os evangelhos começaram a ser compilados em conjunto que o trabalho inicial foi dividida em dois volumes com os títulos acima mencionados.
Os estudiosos modernos atribuem uma ampla gama de gêneros para os Atos dos Apóstolos, incluindo a biografia, romance e história. Entretanto, a maioria interpreta o gênero do livro de histórias épicas dos primeiros milagres cristãos, da história da igreja primitiva e das conversões.
Fontes
O autor de Atos invocou várias fontes, bem como a tradição oral, na construção de sua obra do início da igreja e do ministério de Paulo. A prova disso é encontrada no prólogo do Evangelho de Lucas, onde o autor faz alusão às suas fontes, escrevendo:
«Muitos já se dedicaram a elaborar um relato dos fatos que se cumpriram entre nós, conforme nos foram transmitidos por aqueles que desde o início foram testemunhas oculares e servos da palavra”. Eu mesmo investiguei tudo cuidadosamente, desde o começo, e decidi escrever-te um relato ordenado, ó excelentíssimo Teófilo, para que tenhas a certeza das coisas que te foram ensinadas.» (Lucas 1:4)
A mesma maneira de se falar "Teófilo", é encontrada apenas em (Lucas 1:1-4) e em (Atos 1:1-2), indicando uma provável autoria de Lucas em Atos dos Apóstolos.
«Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar, até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera.» (Atos 1:1-2)
Alguns estudiosos acreditam que o nós das passagens encontradas no livro de Atos são exatamente algumas citações dessas fontes que anteriormente acompanharam Paulo em suas viagens. Acredita-se que o autor de Atos não teve acesso a coleção de cartas de São Paulo. Uma parte das evidências sugere que, apesar do livro citar o autor acompanhando Paulo em boa parte de suas viagens, Atos nunca cita diretamente nenhuma das Epístolas paulinas, nem menciona que Paulo escrevia cartas. As discrepâncias entre as epístolas paulinas e Atos apoia ainda a conclusão de que o autor de Atos não tem acesso a essas epístolas ao redigir seu livro.
Entretanto, a melhor explicação para o uso do pronome nós a partir de Atos 16 é que o próprio Lucas esteve com Paulo nessas ocasiões. A sua lembrança como testemunha ocular, juntamente com o contato pessoal bastante próximo com o apóstolo Paulo, explica melhor o material de Atos 16-28.
Outras teorias sobre as fontes de Atos são ainda mais controversas. Alguns historiadores acreditam que o livro toma emprestado fraseologia e elementos do enredo de As Bacantes e de Eurípedes. Alguns acham que o texto de Atos mostra evidências de ter usado o historiador judeu Flávio Josefo como fonte, mas essas duas evidências anteriores já se mostraram serem praticamente impossíveis.
LOCAL DE COMPOSIÇÃO
O lugar de composição e os leitores que Lucas tinha em mente ao escrever seu livro ainda é incerto. A tradição liga Lucas com Antioquia. Existe uma pequena evidência interna que faz essa ligação. Outra possível localidade da composição desse livro é Roma, uma vez que a história de Atos termina ali.
Existem ainda outros estudiosos que creem que o livro foi escrito em Éfeso, visto que Lucas demonstra considerável interesse por essa cidade. Observe as alusões feitas no livro de Atos a Escola de Tirano (Atos 19:9) e a Alexandre (Atos 19:33), além da detalhada topografia de Atos 20:13-15. Qualquer dos assuntos dessa região, incluindo o futuro da igreja em Éfeso (Atos 20:28-30), são tratados como se fossem de especial interesse de Teófilo e seu círculo. Existe também uma antiga tradição que afirma que São Lucas morreu perto na Bitínia. Por fim, foi nessa região que surgiram algumas controvérsias e alguns protestos públicos contra ele (por exemplo, Atos 19:23-41). Sendo assim, o trabalho de Lucas seria uma tentativa de fazer uma apologia da Igreja Primitiva contra as acusações da Sinagoga que pretendia influências a política romana. É bom lembrar que o judaísmo tinha muita força na Ásia.
PRECISÃO HISTÓRICA
A questão da autoria está amplamente ligada ao valor histórico do conteúdo. A maioria dos estudiosos acreditam que o livro de Atos é historicamente exato e válido segundo a arqueologia, enquanto os críticos acham o trabalho muito impreciso, especialmente quando comparado com as epístolas de Paulo. A questão-chave da controversa da historicidade do livro é a descrição que Lucas faz de Paulo. De acordo com o ponto de vista da maioria, Atos descreve Paulo diferente de como ele descreve a si mesmo em suas epístolas, tanto historicamente quanto teologicamente. Atos difere das cartas de Paulo sobre questões importantes, tais como a Lei, o apostolado de Paulo, bem como sua relação com a Igreja de Jerusalém. Os estudiosos geralmente preferem os relatos de Paulo. No entanto, alguns historiadores e estudiosos proeminentes, representando a visão tradicional, veem o livro de Atos como sendo bastante precisos e corroborados pela arqueologia, além de afirmar que a distância entre Paulo das epístolas e o Paulo do livro de Atos é exagerada pelos estudiosos.
Data da redação
O cerco e destruição de Jerusalém, por David Roberts (1850). Para os especialistas, a não menção da rebelião judaica e da destruição da cidade ocorrida em 70 d.C. aponta para uma data anterior ao episódio
A atmosfera cultural e política descrita no livro de Atos sugere que o livro tenha sido escrito no século I. Entretanto, as datas propostas para o livro vão de 62 d.C., ano em que ocorre o último acontecimento narrado no livro Atos 28:30, até meados do século II, quando ocorre a primeira referência explícita ao livro de Atos.
Anterior a 70 d.C.
 Donald Carson, Douglas Moo e Leon Morris datam o livro em 62 d.C.. Os três especialistas observam que a ausência de qualquer menção à destruição de Jerusalém seria pouco provável se o livro tivesse sido escrito depois de 70 d.C.. Leon Morris sugeriu que a não menção da morte de Paulo, personagem central do livro, aponta para uma data antes de sua morte, em 64 d.C.. Além disso, não há referência no livro de Atos da morte de Tiago (62 d.C.) e de Pedro (67 d.C.). Howard Marshall observa que Lucas parece não ter lido as cartas de Paulo. Isso torna ainda mais improvável uma data avançada para o livro de Atos, uma vez que as cartas de Paulo circulavam nas igrejas. Outros argumentos que apontam para essa data recente são: (1) a descrição que Lucas faz do judaísmo como uma religião autorizada, uma situação que teria mudado abruptamente com a erupção da rebelião judaica contra Roma em 66 d.C.; (2) o fato de Lucas omitir qualquer referência à perseguição promovida por Nero, a qual, caso tivesse acontecido enquanto Lucas escrevia certamente teria afetado de alguma maneira a sua narrativa; (3) os detalhes vívidos da narrativa do naufrágio e da viagem (Atos 27:1 - 27), o que sugere uma experiência bem recente. Outro ponto é que Lucas nota o cumprimento da profecia de Ágabo (Atos 11:28). Se estivesse escrevendo depois de 70 d.C., seria lógico esperar que mencionasse em algum lugar o cumprimento da profecia de Jesus de que a cidade seria destruída (Atos 21:20).
Entre 80 e 95 d.C.
Atualmente, a maioria dos estudiosos acredita que Actos foi escrito nos anos 80 d.C. ou um pouco depois . Um pequeno indicador sobre a possível datação do livro pode estar em Atos 6:9, que menciona a província de Cilícia. Essa Província romana tinha sido perdida em 27 d.C. e foi restabelecida pelo Imperador Vespasiano apenas em 72 d.C., o que dataria a obra depois dessa data. Entretanto, uma vez que São Paulo era da Cilícia e refere-se a si mesmo utilizando esse nome (veja Atos 21:39 e Atos 22:3), parece natural que o nome da província teria continuado a ser usado entre os seus moradores, apesar do hiato na nomenclatura oficial romana.
Outro argumento para essa datação é o pressuposto de que Atos foi escrito depois do Evangelho de Lucas. Esses estudiosos costumam datar essa obra depois do ano 70 d.C. baseados em duas suposições: Lucas foi escrito depois da queda de Jerusalém pelos romanos; a outra é que o Evangelho de Marcos, que Lucas provavelmente empregou, deve ser datado em meados dos fins do anos 60 d.C.. Isso colocaria o livro de Atos em meados de 75 d.C.
Uma data no século II
Hoje em dia poucos eruditos acreditam que Atos é uma obra do século II. Mas os estudiosos que defendem essa hipótese apontam os vários paralelos existentes entre o livro de Atos e as duas mais importantes obras de Flávio Josefo: A Guerra dos Judeus (75–80 d.C.) e Antiguidades Judaicas (94 d.C.). Alguns eruditos argumentam que Lucas utilizou material das duas obras de Josefo, ao invés do contrário, o que indicaria que Atos foi escrito por volta do ano 100 d.C. ou um pouco mais tarde. Três pontos de contato principais com as obras de Flávio são citados: (1) As circunstâncias que rodearam a morte de Agripa I em 44 d.C.. Aqui Atos 12:21-23 é em grande parte paralela à Antiguidades Judaicas 19.8.2; (2) O tribuno romano confunde Paulo com o falso profeta egípcio que iniciou um revolta no Monte das Oliveiras Atos 21:38. Josefo cita essa revolta em A Guerra dos Judeus 2.13.5 e em Antiguidades 20.8.6; (3) As revoltas de Teudas e Judas, o galileu são citados por ambos os autores (Atos 5:36 e Antiguidades 20.5.1).
De acordo com John Townsend, não é antes das últimas décadas do século II que se encontram vestígios indiscutíveis do trabalho [livro de Atos]. Townsend, voltando-se para as fontes por trás dos escritos de pseudo-Clemente, argumenta que a data para a composição final da obra está na metade do século II. Entretanto, de acordo com Richard Pervo, o ensaio [de Townsend] é prudente, mas metodologicamente aventureiro e em última análise é lição valiosa do perigo de se estabelecer a data de Atos ou de qualquer trabalho, alegando para o mais cedo possível de origem.
Os argumentos mais fortes que ajudaram a minar esse ponto de vista foram os vestígios que Donald Guthrie encontrou do livro Atos na Epístola de Policarpo aos Filipenses (110 d.C.) e em uma epístola de Inácio (117 d.C.). De acordo com Guthrie, Atos provavelmente era bastante conhecido em Antioquia e Esmirna por volta de 115 d.C., e em Roma, perto de 96 d.C..
PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS
O Livro de Atos inicia-se com a ascensão de Jesus, o qual determinou aos seus discípulos que permanecessem em Jerusalém até que fossem revestidos com por uma unção celestial que é descrita nos fatos ocorridos durante o dia de Pentecostes. A escolha do discípulo Matias que foi precedida do suicídio de Judas, nos versículos de 1:16 -20, Pedro fala sobre o campo (Aceldama) que ele adquiriu com as 30 moedas de prata.
Os capítulos seguintes relatam os primeiros momentos da igreja primitiva na Palestina sob a liderança de Pedro, as primeiras conversões de judeus e depois dos gentios, o violento martírio de Estêvão por apedrejamento, a conversão do perseguidor Saulo de Tarso (Paulo) que se torna a partir de então um apóstolo, mencionando depois as missões deste pelas regiões orientais do mundo romano, mais precisamente pela Ásia Menor, Grécia e Macedônia, culminando com a sua prisão e julgamento quando retorna para Jerusalém e, finalmente, fala sobre sua viagem para Roma.
Pode-se dizer que do começo até o verso 25 do capítulo 12, o Livro de Atos dá um enfoque maior ao ministério de Pedro, em que, depois da ressurreição de Jesus Cristo e do Pentecostes, o apóstolo pregou corajosamente e realizou muitos milagres, relatando, em síntese, o estabelecimento e a expansão da Igreja pelas regiões da Judeia e de Samaria, seguindo para alguns países da Ásia Menor.
Já a outra metade da obra centraliza-se mais no ministério de Paulo (do capítulo 13 ao final) e poderia ser subdividido em seis partes:
a primeira viagem missionária liderada por Paulo e Barnabé;
o Concílio de Jerusalém;
a segunda viagem missionária de Paulo em que o Evangelho é levado à Europa;
a terceira viagem missionária;
o julgamento de Paulo;
a viagem de Paulo a Roma.
Importante destacar que no livro de Atos é narrada a rejeição contínua do Evangelho pela maioria dos judeus, o que levou à proclamação das Boas Novas aos povos gentios, principalmente por Paulo.
Estabelecimento da Igreja
Narra o livro de Atos que, antes de subir aos Céus, Jesus determinou aos seus discípulos que permanecessem em Jerusalém até que recebessem o poder do alto através do Espírito Santo e que a partir de então eles se tornariam suas testemunhas até os confins da terra. Enquanto aguardavam o cumprimento da promessa, foi escolhido o nome de Matias em substituição a Judas Iscariotes que tinha se suicidado. Com a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes, ocorre uma experiência sobrenatural em que os judeus de outras nacionalidades que estavam presentes na festa ouviram os discípulos falando em seus próprios idiomas, o que chamou a atenção de uma multidão de pessoas para o local onde estavam reunidos.
Corajosamente, Pedro inicia um discurso explicando o motivo do acontecimento em que três mil pessoas são convertidas para o Cristianismo que foram batizados, passando a congregar levando uma vida de comunitária de muita oração onde se presenciavam prodígios e milagres feitos pelos apóstolos.
De acordo com os versos 42 a 44 do capítulo 2, os cristãos primitivos tinham todos os seus bens em comum, o que parece ter-se mantido por anos na igreja de Jerusalém. Já os versos 32 a 37 do capítulo 4 informam que "ninguém considerava exclusivamente sua nenhuma das coisas que possuía" e que os que eram donos de propriedades vendiam suas terras ou casas e depositavam o valor da venda perante os apóstolos para que houvesse distribuição entre os que tinham necessidades materiais.
Um milagre importante, a cura de um homem coxo de nascença que pedia esmola na porta do Templo, é relatado logo no capítulo 3 do livro, o que provoca a prisão de Pedro e do Apóstolo João que são trazidos perante o Sinédrio. Repreendidos pelas autoridades judaicas para que não pregassem mais no nome de Jesus, os dois apóstolos, os quais responderam que estavam praticando a vontade de Deus e não dos homens.
Novas prisões dos apóstolos ocorrem no livro de Atos, pois o crescimento da Igreja incomodava o sumo sacerdote e a seita dos saduceus, conforme é narrado nos versos de 17 a 42 do capítulo 5 da obra. Porém, com o parecer dado pelo rabino Gamaliel, o Sinédrio resolve libertar Pedro e os demais, depois de castigá-los com açoites.
Com o crescimento do número de discípulos, é instituído o cargo de diácono para ajudar nas atividades da Igreja, entre os quais estavam Estêvão e Filipe, o Evangelista que muito se destacaram em seus ministérios. Porém, Estêvão é preso, conduzido ao Sinédrio e condenado à morte.
As primeiras perseguições e a expansão da fé cristã
Após o apedrejamento de Estêvão, Saulo de Tarso empreende uma grande perseguição à Igreja em Jerusalém, o que dispersou vários discípulos pelas regiões da Judeia e Samaria, chegando também o Evangelho à Fenícia, Chipre e Antioquia.
Algumas obras de Filipe, o Evangelista, são narradas em Atos, entre as quais a sua passagem por Samaria e a conversão de um eunuco etíope na rota comercial de Gaza.
Saulo de Tarso ao tentar empreender novas perseguições, converte-se quando viajava para Damasco e tem uma visão de Jesus, ficando cego por três dias, até ser curado quando se encontra com Ananias.

Depois destes acontecimentos, a Igreja passa por um período de paz. Dois milagres de destaque narrados nesse momento da obra de Lucas são a cura do paralítico Eneias, em Lida, e a ressurreição de Dorcas, na cidade de Jope.