O L I V R O
D E S O F O N I A S
Sofonias é
um dos livros proféticos do Antigo testamento da Bíblia. Possui
três capítulos.
O nome
Sofonias significa "o Senhor o escondeu" ou "o Senhor
escondeu-se". Ele era tetraneto de Ezequias, Sofonias 1.1. Caso este tenha
sido o rei Ezequias, Sofonias foi um profeta de sangue real. o seu ministério
ocorreu no tempo do rei Josias em 640 a.C. - 609 a.C. tendo
profetizado, provavelmente antes da reforma desse rei em 621 a.C.
O tema de
sua mensagem é que o Senhor ainda está firmemente em controle do Seu mundo,
apesar das aparências contrárias, e que comprovará isso no futuro próximo ao
aplicar um castigo terrível sobre a nação desobediente de Judá, e completa
destruição sobre as nações pagãs gentias, somente através de um arrependimento
em tempo é que haveria possibilidade de escape dessa ira.
O profeta
Sofonias viveu e exerceu a sua atividade num momento em que Judá era
disputado pelas grandes potências da época. Dentro do país se formaram dois
partidos: um querendo ficar sob a influência do Egito, outro da Assíria.
Durante longo período, nos reinados de Mamassés e Amon, a
Assíria predominava. Uma tentativa de mudar a situação a favor do Egito,
através de uma revolta de oficiais da corte, não obteve sucesso, porque
cidadãos de grande influência econômica reagiram e colocaram no trono Josias,
que ainda era menor de idade. Esse rei promoveu uma grande reforma, mas a
situação voltaria a ser a mesma: o que era bom para a Assíria, era bom para
Judá, inclusive a maneira de vestir (1:8).
Nesse
contexto, Sofonias exerce seu ministério entre os anos 640-630 AC, durante a
menoridade de Josias e antes de sua reforma religiosa e do ministério
de Jeremias. Ele mostra como pesa, sobre toda essa situação, o Julgamento
de Deus (1:2-18). O Dia de Javé ou O Dia do Senhor não é
essencialmente o fim do mundo e da história, mas a transformação do povo de
Deus e o fim de uma era de idolatria. Para o profeta, são ídolos não
somente as divindades estrangeiras, mas também a absolutização das grandes
potências, do dinheiro e do poder. Esses ídolos estão presentes, tanto nas
outras nações quanto na cidade de Jerusalém, seja no palácio real, seja no Templo e
nos bairros da cidade (2:4-3:8). A única possibilidade de salvação que Sofonias
vislumbra para escapar à ira divina são os pobres da terra (2:3), isto é, os
destituídos de poder e riqueza, que depositam sua confiança no verdadeiro
Absoluto e clamam por justiça. São eles os únicos que poderão formar um resto
para conduzir na história o projeto de Deus, e assim fazer com que o Dia de
Javé se torne dia de alegria e restauração, e não de destruição (3:9-20).
A catástrofe
anunciada atingiria tanto as nações quanto Judá inspiradas pelo
orgulho (3:1.11) o castigo seria uma advertência (3:7) que deveria conduzir o
povo à obediência e a humildade (2:3), sendo a salvação reservada aos humildes,
que põem em prática a vontade do Senhor (3:12-13).
PRINCIPAIS ASSUNTOS
A época do
livro descreve um tempo de grande apostasia e corrupção Sf 1.12; 3.2-4. A
Assíria ainda ocupava o cenário Sf. 2.13. A adoração de Milcon ( em outras
versões Malcã) era praticada Sf 1.5. * milcon = Moloque, uma divindade Amonita,
verificar 1 Rs 11.5. As condições morais e religiosas então prevalecentes eram
baixas, devido à influência maligna dos reinados de Manassés e Amom. O livro
descreve uma provável invasão ( esse povo invasor teria sido os Citas que entre
os anos 630 a 626 a.C. ameaçaram muitas nações e trouxeram calamidade aos povos
do oriente médio) que chegaria à terra de Judá Sf 1.2-3, e alcançaria outras
nações Sf 2.4,12-13.
O PROPÓSITO DO LIVRO
Partindo da
ameaça cita, o profeta adverte severamente o seu povo sobre a aproximação do
dia do Senhor e, juntamente com a advertência terrível, há o apelo ao
arrependimento endereçado primariamente ao remanescente, mais do que para a
nação inteira Sf. 2.3.
"O dia
do Senhor", que é descrito 18 vezes no livro especialmente, um dia de
julgamento Sf 1.2-3, 7-16, 18, 3.20.
DIVISÃO DO LIVRO
O julgamento
de Judá (O Dia de Javé) 1:2-2:3
O julgamento
de nações 2:4-15
Os motivos
do julgamento de Jerusalém 3:1-7
O
remanescente e o reino Messiânico 3:8-20
INFUÊNCIA
Esse livro
inspirou o versículo 41 do capítulo 13 do Evangelho de Mateus, e a
descrição do Dia de Javé (1:14-18) inspirou Joel.
ACRÉSCIMOS POSTERIORES
Os anúncios
de conversão dos pagãos (2:11 ; 3:9-10);
Pequenos
Salmos (3:14-15; 16-18a)
Os dois
últimos versículos (3:18b-20) foram escritos após o Exílio na Babilônia.
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE SOFONIAS
Ninguém
escapa do Dia do Senhor
Sofonias foi
um profeta que viveu no mesmo período de Jeremias, e talvez tenha sido um
membro da corte governamental, pois provavelmente era descendente do rei
Ezequias. Na introdução (1:1) ao livro são citadas quatro gerações de sua
família, talvez para ratificar o conhecimento que tinha sobre os pecados de
Judá e dar credibilidade à sua pregação, uma vez que era descendente de um dos
grandes reis de Jerusalém.
O século VII
a.C. foi um período conturbado, pois a Babilônia estava em plena ascensão
mundial com a derrocada do Império Assírio. O trabalho de Sofonias e Jeremias
era testemunhar a favor de Deus na iminência da destruição do Templo e de
Jerusalém pela Babilônia.
Do ponto de
vista cronológico Sofonias se situa entre o fim do ministério de Isaías, no
século VIII a.C., e o início de Jeremias. Sofonias quebrou o período de
cinquenta anos de silêncio profético do reinado agressivo de Manassés e, junto
com Jeremias, ajudou a fundamentar a reforma religiosa promovida por Josias
(628-622 a.C. – 2 Cr. 34). Sofonias usou os principais temas teológicos dos
profetas do século VIII para aplicá-los ao cenário turbulento do século VII.
Manassés
reinou por cinquenta e cinco anos. Seu reinado reinstituiu o sincretismo
religioso com a religião baalista, e embora tenha se arrependido no cativeiro
babilônico, Judá não se recuperou mais deste reinado catastrófico. Uma geração
inteira de hebreus só havia conhecido apenas um rei, e em condições, social e
religiosa, completamente desfavoráveis. A tímida tentativa de reforma por
Manassés (2 Cr. 33:12-19) não foi suficiente para apagar as manchas deixadas
pela apostasia de cinco décadas e influenciou negativamente seu filho Amon, que
herdou a apostasia do pai, arrematando o julgamento de Judá.
Josias,
filho de Amon, começou a reinar aos oito anos de idade, e, entre seu 12º e 18º
ano de reinado Josias instituiu a maior reforma religiosa até então. As
práticas cúlticas e litúrgicas foram mudadas e eliminaram-se os elementos
estrangeiros, contudo o coração do povo pareceu não ter mudado. Por esta razão
os profetas Sofonias e Jeremias, após ele, denunciaram o pecado e anunciaram o
juízo que já estava às portas de Judá.
Sofonias,
tal qual Oséias e Amós, estava atento aos movimentos da política internacional;
ao enfraquecimento da Assíria como potência mundial e à ascensão da Babilônia
no Antigo Oriente Próximo. Alguns anos após a profecia de Sofonias, Nínive,
capital do Império Assírio, foi destruída; Josias foi morto em Megido (2 Rs.
23:29); Nabucodonosor derrotou o Egito na batalha de Carquemis e tomou o
controle da Palestina e da Síria das mãos da Assíria. Judá foi então destruída
e o grande dia do sacrifício do Senhor havia chegado (Sf. 1:8).
ESTRUTURA DE SAFONIAS
· O livro de Sofonias pode ser dividido
da seguinte maneira:
· Aviso do julgamento universal (1:1-3)
· O julgamento de Judá e Jerusalém
(1:4-13)
· O julgamento das nações (1:14 – 2:15)
· A acusação de Judá e Jerusalém
(3:1-7)
· Aviso do julgamento universal (3:8)
· A Restauração (3:9-20)
Além de
Amós, Sofonias é o único profeta menor que proclama oráculos contra as nações
além de Judá. Portanto, esses julgamentos não devem ser vistos isoladamente,
mas parte de um programa de Javé para punir os crimes contra a humanidade que
essas nações cometiam.
Sofonias é o
profeta que mais mencionou o “Dia do Senhor”. Sua ênfase no julgamento divino
dá a tônica do livro tanto em termos do julgamento manifestado na história de
cada nação como parte da completude escatológica na preservação do remanescente
(3:13).
A expressão
“Naquele dia” evoca uma ideia de terror e angústia onde Judá e todas as nações
ao seu redor seriam julgadas. Esse julgamento é descrito em termos universais e
ecológicos (1:2-3), quando a humanidade seria julgada por seus pecados. Mais
uma vez a natureza sofre as consequências pela transgressão da humanidade.
Em virtude
do sincretismo religioso com seus sacrifícios humanos, idolatria e astrologia
Judá seria julgada. Esse julgamento alcançaria todas as camadas da sociedade,
que estavam contaminadas pelo pecado (1:4-13). Embora Sofonias fizesse parte da
família real, isso não o impediu de denunciar o uso de roupas estrangeiras
(1:8) pelos príncipes de Judá, isto é, a aceitação dos valores éticos, morais e
espirituais dos pagãos.
Depois de
alistar as razões do castigo, Sofonias descreve as características terríveis do
julgamento do Senhor, com cataclismos e angústia sem precedentes (1:14-18).Não
obstante, este julgamento seria apenas um vislumbre do grande julgamento dos
fins dos tempos que ainda há de vir.
Os próximos
trechos dos oráculos de Sofonias (2:4 – 3:8) atingem as nações ao redor de
Judá. O julgamento em geral acontece em razão do orgulho e arrogância dessas
nações que desprezaram Israel (2:8-11).
A parte
final do livro trata sobre a restauração de Deus após seu julgamento e enfatiza
o amor por seu povo. Os gentios também serão renovados e haverá a possibilidade
de servirem ao Senhor com harmonia (3:9-10). Israel será purificado e reunido
(3:11) assim que buscar ao Senhor e fugir do pecado (3:12-13). Jerusalém receberá
o perdão de Deus e terá a presença do Senhor em seu meio (3:14-17).
Israel, por
fim, será restaurado de acordo com as bênçãos da Aliança em Deuteronômio (Dt.
26:18-19).
PROPÓSITO E CONTEÚDO
Sofonias
aborda os seguintes temas:
O dia do
Senhor vem aí
O juízo por
vir será universal
Os humildes
devem buscar o Senhor
Sofonias
pretendeu causar mudanças profundas em Judá quando declarou seus oráculos, pois
o anúncio do juízo divino tinha a intenção de restaurar o povo da Aliança. O
teor de sua mensagem era o Dia do Senhor, que se aproximava rapidamente, e
incluía a denúncia contra os líderes religiosos e os oficiais corruptos.
Portanto, o julgamento não seria punitivo, mas corretivo.
Embora o
julgamento tenha sido claramente exposto, Sofonias não mencionou a forma que
teria. A corrupção político-espiritual traria consequências permanentes. Ao
mesmo tempo, Sofonias insiste para que os justos busquem ao Senhor, a fim de
que fossem poupados pela misericórdia no dia da ira de Deus.
A
restauração mencionada em 3:9-20 foi de caráter religioso-espiritual, onde o
remanescente disporia da paz e segurança do Senhor (3:15).
O DIA DO SENHOR
O termo “dia
do Senhor” foi usado pelos profetas para indicar o dia quando Deus instalasse
sua própria ordem no mundo e quase todas as profecias que se utilizam deste
termo apontam para movimentos rumo a essa condição ideal. Entretanto, antes da
concretização final, que será realizada diretamente pelo Senhor, cumpre-se o
processo de acabar com a iniquidade.
Logo, antes
do dia do Senhor escatológico, isto é, o dia que inaugurará a ordem
estabelecida pelo próprio Deus, existem diversos “dia do Senhor”. Por isso, a
queda de Nínive, da Babilônia e a própria derrocada de Jerusalém são
consideradas como “dia do Senhor”. Neste caso, o julgamento divino não é final,
embora fosse bastante drástico. O resultado deste dia do Senhor permitiria o
surgimento de um remanescente purificado.
O dia do
Senhor é um momento onde a justiça é feita e geralmente é retratado com a
inversão da ordem atual. Um exemplo é que o dia do Senhor é descrito como um
dia de trevas e não de luz; os pobres são exaltados acima dos ricos e os
senhores servirão os servos. Esta é uma característica da literatura profética
que se utiliza do conceito de Dia do Senhor.
O povo hebreu
sempre imaginou um dia do Senhor como um dia de alegria onde Javé destruiria
para sempre seus inimigos e eles triunfariam. Mas jamais esperaram que também
seriam julgados nesse dia. Desde Amós, os profetas desmistificaram essa ideia,
dizendo que os israelitas também estariam entre os inimigos de Deus, maduros
para o dia do juízo (Am. 5:18-20).
Javé não
podia tolerar o orgulho, que impedia que o povo confiasse no Senhor para sua
salvação. O orgulho era o mal enraizado no coração do ser humano; Judá (2:3),
Moabe (2:10) e Nínive (2:15) não estavam isentos dessa doença. A declaração de
independência de Deus era o terrível pecado. Os únicos aptos a escapar da fúria
da ira do Senhor era o humilde que confiaria em seu nome (3:12).
No Novo
Testamento, o próprio Deus, encarnado em Jesus aprofundaria ainda mais todos
esses conceitos, e daria ele mesmo o exemplo em sua própria vida.
RESUMINDO...
Autor: Sofonias 1:1 identifica o seu
autor como sendo o profeta Sofonias. O nome de Sofonias significa
"defendido por Deus".
Quando foi escrito: O Livro de Sofonias foi provavelmente escrito entre 735 e 725 AC.
Propósito: A mensagem de Sofonias de julgamento e incentivo contém três doutrinas principais: 1) Deus é soberano sobre todas as nações. 2) Os ímpios serão punidos e os justos serão recompensados no dia do julgamento. 3) Deus abençoa aqueles que se arrependem e confiam nEle.
Versículos-chave:
Quando foi escrito: O Livro de Sofonias foi provavelmente escrito entre 735 e 725 AC.
Propósito: A mensagem de Sofonias de julgamento e incentivo contém três doutrinas principais: 1) Deus é soberano sobre todas as nações. 2) Os ímpios serão punidos e os justos serão recompensados no dia do julgamento. 3) Deus abençoa aqueles que se arrependem e confiam nEle.
Versículos-chave:
Sofonias
1:18: "Nem a sua prata nem o seu ouro os poderão livrar no dia da
indignação do SENHOR, mas, pelo fogo do seu zelo, a terra será consumida,
porque, certamente, fará destruição total e repentina de todos os moradores da
terra."
Sofonias 2:3: "Buscai o SENHOR, vós todos os mansos da terra, que cumpris o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura, lograreis esconder-vos no dia da ira do SENHOR."
Sofonias 3:17: "O SENHOR, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo."
CONCLUSÃO
Sofonias 2:3: "Buscai o SENHOR, vós todos os mansos da terra, que cumpris o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura, lograreis esconder-vos no dia da ira do SENHOR."
Sofonias 3:17: "O SENHOR, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo."
CONCLUSÃO
Sofonias
pronuncia o juízo do Senhor sobre toda a terra, sobre Judá, sobre as nações
vizinhas, sobre Jerusalém e sobre todas as nações. Isso é seguido por
proclamações de bênçãos do Senhor sobre todas as nações e especialmente sobre o
remanescente fiel do Seu povo em Judá.
Sofonias teve a coragem de falar abertamente porque sabia que estava proclamando a Palavra do Senhor. Seu livro começa com "A palavra do Senhor" e termina com "diz o Senhor". Ele sabia que nem os muitos deuses que o povo adorava nem o poder do exército assírio poderiam salvá-los. Deus é misericordioso e compassivo, mas quando todos os seus avisos são ignorados, o julgamento é de se esperar. O Dia do Julgamento de Deus é frequentemente mencionado nas Escrituras. Os profetas o chamaram de "Dia do Senhor". Eles se referiam a vários eventos (como a queda de Jerusalém) como manifestações do Dia de Deus, cada um dos quais apontava para o último Dia do Senhor.
Grande parte das bênçãos finais sobre Sião (pronunciadas nos versículos 14-20) ainda está para ser cumprida, o que nos leva a concluir que são profecias messiânicas que aguardam a segunda vinda de Cristo para serem finalmente concretizadas. O Senhor remove o nosso castigo somente através de Cristo, o qual veio para morrer pelos pecados de Seu povo (Sofonias 3:15, João 3:16). Entretanto, Israel ainda não reconheceu o seu verdadeiro Salvador. Isso ainda está para acontecer (Romanos 11:25-27).
A promessa de paz e segurança para Israel, numa altura em que o seu Rei está no seu meio, será cumprida quando Cristo voltar para julgar o mundo e resgatá-lo para Si próprio. Assim como Ele subiu ao céu depois da Sua ressurreição, assim Ele regressará e criará uma nova Jerusalém na terra (Apocalipse 21). Naquela época, todas as promessas de Deus para Israel serão cumpridas.
APLICAÇÃO PRÁTICA
Sofonias teve a coragem de falar abertamente porque sabia que estava proclamando a Palavra do Senhor. Seu livro começa com "A palavra do Senhor" e termina com "diz o Senhor". Ele sabia que nem os muitos deuses que o povo adorava nem o poder do exército assírio poderiam salvá-los. Deus é misericordioso e compassivo, mas quando todos os seus avisos são ignorados, o julgamento é de se esperar. O Dia do Julgamento de Deus é frequentemente mencionado nas Escrituras. Os profetas o chamaram de "Dia do Senhor". Eles se referiam a vários eventos (como a queda de Jerusalém) como manifestações do Dia de Deus, cada um dos quais apontava para o último Dia do Senhor.
Grande parte das bênçãos finais sobre Sião (pronunciadas nos versículos 14-20) ainda está para ser cumprida, o que nos leva a concluir que são profecias messiânicas que aguardam a segunda vinda de Cristo para serem finalmente concretizadas. O Senhor remove o nosso castigo somente através de Cristo, o qual veio para morrer pelos pecados de Seu povo (Sofonias 3:15, João 3:16). Entretanto, Israel ainda não reconheceu o seu verdadeiro Salvador. Isso ainda está para acontecer (Romanos 11:25-27).
A promessa de paz e segurança para Israel, numa altura em que o seu Rei está no seu meio, será cumprida quando Cristo voltar para julgar o mundo e resgatá-lo para Si próprio. Assim como Ele subiu ao céu depois da Sua ressurreição, assim Ele regressará e criará uma nova Jerusalém na terra (Apocalipse 21). Naquela época, todas as promessas de Deus para Israel serão cumpridas.
APLICAÇÃO PRÁTICA
Com
alguns ajustes em nomes e situações, esse profeta do século 7 aC poderia ficar
atrás dos nossos púlpitos hoje e entregar a mesma mensagem de julgamento dos
ímpios e de esperança para os fiéis. Sofonias nos recorda que Deus fica
ofendido com os pecados morais e religiosos de Seu povo. O povo de Deus não
escapará de punição quando peca deliberadamente. A punição pode ser dolorosa,
mas o seu propósito é redentor e não punitivo. A inevitabilidade da punição
sobre a impiedade dá conforto em um momento em que parece que o mal está
desenfreado e vitorioso. Temos a liberdade de desobedecer a Deus, mas não a
liberdade para escapar das consequências dessa desobediência. Aqueles que são
fiéis a Deus podem ser relativamente poucos, mas Deus não os esquece.
Nenhum comentário:
Postar um comentário