sexta-feira, 1 de junho de 2018

3ª J O Ã O


A TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO

A Terceira Epístola de João, geralmente referida apenas como 3 João, é o vigésimo-quinto e antepenúltimo livro do Novo Testamento da Bíblia e atribuído a João, o Evangelista, tradicionalmente considerado também o autor do Evangelho de João e das outras duas epístolas de João. A Terceira Epístola de João é uma carta privada redigida por um presbítero, e direcionada a um homem chamado Gaio, recomendando-lhe a hospitalidade à um grupo de cristãos liderados por Demétrio, que havia pregado o Evangelho na área onde Gaio vivia. O objetivo da carta é encorajar e fortalecer Gaio e adverti-los contra Diótrefes, que se recusava a cooperar com o autor da carta.
A literatura da igreja dos primeiros séculos não menciona esta epístola, sendo que a primeira referência que aparece apenas em meados do século III. Esta falta de documentação, embora tenha ocorrido provavelmente devido à extrema brevidade da epístola, fez com que os escritores da igreja primitiva duvidassem de sua autenticidade até o início do século V, quando foi aceita juntamente com as outras duas epístolas de João. A linguagem de 3 João ecoa a do Evangelho de João, sendo tradicionalmente datada de cerca de 90 d. C., de modo que a epístola provavelmente foi escrita perto do final do primeiro século. Outros estudiosos contestam essa visão, como John A. T. Robinson, que afirma que a data aproximada de 3 João é de 60 a 65 d. C. A localização da escrita é desconhecida, porém, convencionalmente é descrita em Éfeso. A epístola é encontrada em muitos dos manuscritos do Novo Testamento mais antigos, e seu texto está livre de grandes discrepâncias ou variantes textuais.

CONTEÚDO
Não há nenhuma doutrina estabelecida em 3 João, que é estritamente uma carta pessoal, mas o tema geral é a importância da hospitalidade, especialmente quando se trata de homens que estavam trabalhando para espalhar o evangelho. Terceiro João é o livro mais curto da Bíblia se tratando do número de palavras, embora a Segunda Epístola de João apresenta menos versos. É o único livro do Novo Testamento que não contém os nomes de "Jesus" ou de "Cristo".

SAUDAÇÃO E INTRODUÇÃO
A carta é direcionada para um homem chamado Gaio. Gaio parece ter sido um homem rico, uma vez que o autor da epístola, que se identifica apenas como "o presbítero", não pensou que poderia impor-lhe indevidamente a acolher alguns pregadores itinerantes por um curto período de tempo. O presbítero pode ter convertido a Gaio, já que ele chama Gaio de seu "filho" na fé. As Constituições Apostólicas VII.46.9 registram que Gaio foi feito bispo de Pérgamo, embora não haja confirmação histórica para esta declaração.
O nome de Gaio aparece por mais três oportunidades no Novo Testamento. Primeiro, um Gaio cristão é mencionado na Macedônia como um companheiro de viagem de Paulo, junto com Aristarco (Atos 19:29). Um capítulo depois, um Gaio de Derbe é nomeado como um dos sete companheiros de viagem de Paulo que o esperaram em Trôade (Atos 20:4). Em seguida, um Gaio é mencionado residindo em Corinto, como sendo uma das poucas pessoas de lá (os outros foram Crispo e a família de Estéfanas) que foram batizadas por Paulo, que fundou a Igreja nesta cidade (1 Coríntios 1:14). Por fim, um Gaio é referido em uma seção de saudação final da Epístola aos Romanos (Romanos 16:23) como "anfitrião" de Paulo e também anfitrião de toda a igreja, seja qual fosse a cidade em que Paulo escrevia na época, provavelmente sendo Corinto. No entanto, não há motivos para afirmar com certeza que algum desses homens fosse o Gaio de 3 João.
O versículo 2, no qual o autor deseja a prosperidade material sobre Gaio, semelhante à prosperidade de sua alma, é um texto de prova comumente usado dentro da prosperidade dos ensinamentos do evangelho.

MISSIONÁRIOS
O presbítero continua a redigir a sua carta, fazendo uma homenagem a Gaio por sua lealdade e a sua hospitalidade em relação a um grupo de "irmãos" itinerantes. Os "irmãos" são irmãos na fé ou missionários, que, de acordo com o pedido de Jesus em Marcos 6:8-9, partiram sem dinheiro. O presbítero então pede que Gaio forneça aos irmãos o necessário para continuarem sua jornada.

OPOSIÇÃO DE DIÓTREFES
O presbítero, em seguida, descreve seu conflito com Diótrefes, que não reconhece a autoridade do presbítero e está excomungando aqueles, como Gaio, que recebem missionários enviados pelo mesmo. O presbítero menciona uma carta anterior que ele escreveu para a Igreja que foi reprimida por Diótrefes e diz que pretende visitar a igreja e enfrentar a Diótrefes. "A igreja" é aparentemente conhecida por Gaio, mas provavelmente ele não é membro dela, pois, assim sendo, o presbítero não precisaria fornecer-lhe informações sobre as atividades de Diótrefes. A disputa entre Diótrefes e o presbítero parece ser baseada na liderança e autoridade da igreja, e não na doutrina, já que o presbítero não acusa Diótrefes de ensinar a heresia.
A maioria dos estudiosos não relaciona a carta que o presbítero menciona com 2 João, uma vez que 3 João não contém nenhuma referência à controvérsia doutrinária descrita em 2 João, e argumenta que o presbítero está se referindo a uma carta anterior de recomendação. Ao contrário deles, John Painter, no entanto, argumenta que o presbítero está de fato se referindo a 2 João, uma vez que há coincidências entre 2 João 9 e o tema da hospitalidade em 3 João.
 O presbítero encerra esta seção com uma súplica a Gaio: "Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz o mal não tem visto a Deus". Esta ordem é uma reminiscência de várias passagens de 1 João (2: 3-5, 3: 4-10, 4: 7).

SAUDAÇÕES E CONCLUSÕES FINAIS
O versículo 12 apresenta outro homem chamado Demétrio, que segundo as Constituições Apostólicas VII.46.9 foi ordenado por João como bispo de Filadélfia (atualmente Amã, Jordânia). Demétrio provavelmente era um membro do grupo de missionários descritos anteriormente na carta, e 3 João provavelmente serve como uma carta de recomendação a Gaio sobre Demétrio. As cartas de recomendação eram bastante comuns na igreja primitiva, como evidenciado por 2 Coríntios 3:1, Romanos 16:1-2 e Colossenses 4:7-8.
O presbítero, antes de terminar a carta, diz que ele tem muitas outras coisas para contar a Gaio e planeja fazer uma viagem para vê-lo no futuro próximo, usando quase os mesmos termos de 2 João 1:12. O versículo final, que diz: "Paz seja contigo. Os amigos te saúdam. Saúda os amigos por nome", é típico da correspondência contemporânea, com "Paz seja contigo" uma saudação adotada pelos judeus.

AUTORIA
Pode-se afirmar quase evidentemente que 3 João foi escrita pelo mesmo autor que escreveu 2 João, e provavelmente 1 João também. Este indivíduo pode ter sido o próprio João, o Evangelista, ou então outra pessoa, talvez João, o Presbítero, embora de acordo com o estudioso C.H. Dodd: "se tentarmos identificar o autor anônimo dessas epístolas com algum indivíduo conhecido, temos pouca expectativa de acertar".
Existem muitas semelhanças entre 2 e 3 João. Ambos seguem o formato de outras cartas pessoais da época; em ambas, o autor se autoidentifica como "o presbítero", um termo que significa literalmente "o ancião"; e ambos lidam com temas sobre hospitalidade e conflitos dentro da igreja. As cartas também são extremamente semelhantes em comprimento, provavelmente porque ambas foram escritos para caber em uma folha de papiro.
3 João também é linguisticamente semelhante a ambas as epístolas de João e outras obras de João. De 99 palavras diferentes usadas, 21 são palavras sem importância como "e" ou "o", restando então 78 palavras significativas. 23 destas não aparecem em 1 João ou no Evangelho de João, das quais quatro são únicos para 3 João, uma é comum a 2 e 3 João, e duas são encontradas em ambos os outros dois livros de João, bem como em outros escritos do Novo Testamento. Aproximadamente 30% das palavras significativas em 3 João não aparecem em 1 João ou no Evangelho, em comparação com 20% de 2 João. Essas considerações indicam uma estreita afinidade entre 2 e 3 João, embora 2 João esteja mais fortemente conectado com 1 João do que com três João. Uma minoria de estudiosos, no entanto, argumenta contra a autoria comum de 2 e 3 João, sendo que Rudolf Bultmann sustenta a afirmação de que 2 João era um documento falsificado com base em 3 João.
Se 3 João realmente foi escrito por João, o Evangelista, no entanto, é estranho que Diótrefes se oponha a ele, uma vez que os apóstolos eram altamente respeitados na igreja primitiva. Uma possível visão alternativa da autoria da epístola surge de um fragmento escrito por Papias de Hierápolis e citado por Eusébio, que menciona um homem chamado "Presbítero João". No entanto, como nada mais é conhecido deste indivíduo, não é possível identificá-lo comprovadamente como o autor de 3 JoãO.

DATA E LOCALIZAÇÃO
As três cartas de João provavelmente foram escritas com um pequeno intervalo de alguns anos umas das outras, sendo que evidências internas indicam que foram escritas após o Evangelho de João, colocando-as na segunda metade do primeiro século. Esta data faz sentido dadas suas alusões e oposição ao ensino do gnosticismo e do docetismo, que negaram a plena humanidade de Jesus, e que estavam ganhando ascendência no final do primeiro século.
Dodd argumenta que ela foi escrita em uma data entre 96 - 110 d.C., concluindo por meio da ausência de referências a perseguições nas cartas que provavelmente foram escritas depois do severo reinado do imperador romano Domiciano, cuja perseguição aos cristãos aparentemente pode ter levado a escrita do livro de Apocalipse. Dodd observa, no entanto, que eles poderiam ter sido escritos na era pré-Domítica, o que é provável que tenha acontecido caso o autor fosse um discípulo de Jesus. Marshall sugere uma data entre os anos de 60 e 90, enquanto Rensberger sugere que a carta tenha sido escrita por volta do ano 100, assumindo que o Evangelho de João foi escrito na década de 90 e as cartas devem ter sido redigidas depois. Brown argumenta sobre uma data compreendida entre 100 e 110, com as três cartas sendo compostas em uma proximidade curta de tempo. Uma data entre 110 e 115 torna-se improvável, pois partes de 1 João e 2 João são citadas por Policarpo e Papias.
As cartas não indicam a localização da autoria, mas, como as primeiras citações delas (nos escritos de Policarpo, Papias e Ireneu) provêm da província da Ásia Menor, é provável que as epístolas também tenham sido escritas na Ásia.  A tradição da igreja tipicamente as coloca na cidade de Éfeso.

MANUSCRITOS
3 João é preservado em muitos dos antigos manuscritos do Novo Testamento. Dos grandes códices unciais gregos, os códices Sinaiticus, Alexandrinus e Vaticanus contêm as três epístolas de João, enquanto o Codex Ephraemi Rescriptus contém 3 João 3-15 junto com 1 João 1:1-4. O Codex Bezae, apesar de ter em falta a maioria das epístolas católicas, contém 3 João 11-15 em tradução latina. Em outras línguas, além da versão grega, o Vulgata e as versão ciríacas, armenianas e etiópicas contém as três epístolas. Entre as diferentes cópias, não há grandes diferenças, o que significa que há poucas dúvidas sobre o objetivo do texto original.
HISTÓRIA CANÔNICA
Existem algumas semelhanças duvidosas entre as passagens nas epístolas de João com os escritos de Policarpo e Papias, porém, as primeiras referências definitivas às epístolas ocorreram ao final do segundo século. Irineu, em Adversus Haereses 3.16.8 (escrito aproximadamente em 180), cita 2 João 7-8, e na próxima frase 1 João 4:1-2, mas não faz distinção entre 1 e 2 João; e, além disso, não cita a 3 João. A Cânone Muratori parece referir-se a apenas as duas primeiras cartas de João, embora seja possível interpretá-la como se referindo às três. 1 João é amplamente citado por Tertuliano, que morreu em 215, e Clemente de Alexandria, o qual além de citar a 1 João, escreveu um comentário sobre 2 João em sua obra Adumbrationes. As três epístolas de João foram reconhecidas pela 39ª carta festiva de Atanásio, o Sínodo de Hipona e o Concílio de Cartago. Além disso, Dídimo, o Cego escreveu um comentário sobre as três epístolas, mostrando que, no início do século V, estavam sendo consideradas como uma única carta só.
A primeira referência a 3 João ocorre em meados do século III; Eusébio diz que Orígenes conhecia a 2 João e 3 João, porém Orígenes é relatado afirmando que "todos não as consideram genuínas". Da mesma forma, o Papa Dionísio de Alexandria, aluno de Orígenes, estava ciente da existência de uma "Segunda ou Terceira Epístola de João". Também em torno deste período, 3 João torna-se conhecida no norte da África, como foi referida na Sententiae Episcoporum, produzida pelo Sétimo Conselho de Cártago. Haviam dúvidas sobre a autoria de 3 João, no entanto, com Eusébio listando este e 2 João como "livros disputados", apesar de descrevê-los como "bem conhecidos e reconhecidos pela maioria". Apesar de Eusébio acreditar que o apóstolo escreveu o evangelho e as epístolas, é provável que a dúvida sobre a confirmação da autoria de 2 e 3 João fosse um fator que contribuía com que fossem considerados disputados. No final do século IV, o presbítero (autor de 2 e 3 João) era considerado uma pessoa diferente do apóstolo João. Esta opinião, embora relatada por Jerônimo, não foi aceita por todos, visto que o próprio Jerônimo atribuiu as epístolas ao apóstolo João. Um fator que ajuda a explicar o atestado tardio de 3 João e as dúvidas sobre sua autoria é a natureza muito curta da carta; os primeiros escritores simplesmente não tiveram oportunidade de a citar.
PROPÓSITO 
O objetivo de João ao escrever esta terceira epístola é triplo. Primeiro, ele escreve para elogiar e incentivar seu amado colega de trabalho, Gaio, em seu ministério de hospitalidade aos mensageiros itinerantes que iam de um lugar a outro para pregar o Evangelho de Cristo. Segundo ele indiretamente adverte e condena o comportamento de Diótrefes, líder ditatorial que tinha assumido uma das igrejas na província da Ásia, e cujo comportamento era diretamente contra a tudo o que o apóstolo e seu Evangelho representavam. Terceiro, ele louva o exemplo de Demétrio, discípulo sobre o qual relatava-se um bom testemunho.

VERSÍCULOS-CHAVE 
3 João 4: "Não tenho maior gozo do que este, o de ouvir que os meus filhos andam na verdade."

3 João 11: "Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz o mal não tem visto a Deus."

UM CONTRASTE ENTRE DOIS HOMENS
A terceira epístola de João (3 João) foi escrita com o propósito de incentivar um discípulo fiel a perseverar no seu serviço, mesmo enfrentando resistência de um outro homem que tinha bastante influência.
Sobre o destinatário desta carta, sabemos somente o que João disse nela. Era um irmão em Cristo chamado Gaio. João o amava e elogiava seus trabalhos e sacrifícios generosos em prol do evangelho. É possível que Gaio enfrentasse alguns problemas de saúde e até dificuldades financeiras, pois João desejava prosperidade e saúde para ele (3 João 2). Mas qualquer fraqueza física ou necessidade material foi insignificante quando comparada com a perseverança e saúde espiritual de Gaio.
Gaio foi respeitado, até por irmãos que só o conheciam de passagem, por sua generosidade em acolher e ajudar evangelistas que passavam por sua cidade. Ele reconhecia estes homens fiéis e dava seu apoio, e João elogiou esta atitude. Observamos pelo exemplo de Gaio uma das muitas maneiras que podemos contribuir à obra de Deus: além de juntar os nossos recursos financeiros com os de outros cristãos para fazer o trabalho de uma igreja local (veja 1 Coríntios 16:1-2; Filipenses 4:14-18), podemos usar nosso dinheiro, nossas casas e outros recursos materiais para apoiar servos fiéis que pregam o evangelho. Foi assim que Gaio agia.
A outra personagem destacada nesta carta foi bem diferente. Embora tivesse influência na igreja, Diótrefes foi dominado por ambições carnais. Ele não somente não apoiava, mas até procurava impedir o trabalho dos fiéis. E quando outros ajudavam irmãos dedicados, este homem os expulsava da igreja! Até blasfemava o próprio apóstolo João, e este pretendia repreendê-lo pessoalmente.
O conteúdo de 3 João se organiza pelos assuntos abordados, principalmente os comentários sobre as obras das pessoas citadas:
Versículo 1 é a saudação, na qual João identifica por nome o destinatário da carta.
Versículos 2 a 4 comunicam o desejo do autor referente à vida de Gaio, elogiando sua fidelidade. Como no começo das outras epístolas, João enfatiza aqui a importância da direção da vida com o verbo “andar”. Aqui, ele fala de andar na verdade (compare 2 João 4). Na primeira epístola, usou a expressão paralela de andar na luz e praticar a verdade (1 João 1:6-7).
Versículos 5 a 8 mostram a aprovação pelo apóstolo das obras de Gaio em acolher e ajudar pregadores do evangelho.
Versículos 9 e 10 apresentam um nítido contraste na forma de uma crítica de Diótrefes, o irmão ambicioso que atrapalhava o trabalho dos fiéis.
Versículo 11 define em poucas palavras o ponto principal do contraste entre esses homens. Devemos imitar o bom e rejeitar o mau, considerando os destinos finais dos dois.
Versículo 12 comenta sobre um outro homem, Demétrio, possivelmente o mensageiro que teria levado esta epístola a Gaio.
Versículos 13 a 15 são os comentários finais nos quais João fala da sua esperança de ver Gaio pessoalmente.
Em nossa experiência na busca das coisas de Deus, encontraremos muitas pessoas com as características carnais de Diótrefes. Mas, graças a Deus, também encontraremos pessoas sinceras, generosas e boas como Gaio. Devemos imitar o bom exemplo destas, e fugir da corrupção daquelas!

RESUMO GERAL
Terceira epístola de João
Na tradução que usamos, a de João Ferreira de Almeida, Ed. R. C. d e1995, ele é o ancião que escreve a senhora eleita, na segunda epístola, porém nesta ele é o presbítero escrevendo  ao amado Gaio.
O amado Gaio, de concreto, nada sabemos sobre quem era e de onde era, a tradição afirma ter sido ele o primeiro bispo de Pérgamo.
- Era um homem de bom testemunho III Jo 3
- Um homem hospitaleiro III Jo 5
- Um homem cheio de amor, bondoso III Jo 6
O propósito da epístola, ao que tudo indica, face ao ataque que os mestres gnósticos estavam desfechando nas igrejas espalhadas por toda Ásia Menor, João tinha enviado um grupo de verdadeiros mestres cristãos, com cartas de recomendações, para visitarem as diversas igrejas a fim de neutralizar o veneno que estava sendo inoculado por aqueles falsos mestres. E uma destas igrejas visitada era que pertenciam Gaio e Diotrefes, na sua segunda epístola João proibia a hospitalidade aos falsos mestres; nesta ele estimula a hospitalidade aos verdadeiros mestres, sendo assim ele escreve para elogiar Gaio por ter recebido bem os obreiros cristãos e denunciar a falta da hospitalidade de Diótrefes III Jo 9-10.
Diótrefes um obreiro rebelde, um homem que cuida de seus próprios interesses e tenta utilizar-se da igreja local para alcançar o poder ou seja, procura ter entre eles o primado. Era um diversionista III Jo 9, caluniador.
João está escrevendo com sua habitual forte ênfase na verdade a esse muito amado irmão em Cristo, Gaio, um leigo de alguma riqueza e distinção em uma cidade perto de Éfeso. Ele muito elogia o cuidado e hospitalidade de Gaio com seus mensageiros, quer fossem conhecidos por ele ou não, e cuja missão era levar o Evangelho de um lugar para outro. João exorta-o a continuar a fazer o bem e a não imitar o mal, como no exemplo de Diótrefes. Este homem tinha assumido a liderança de uma igreja na Ásia e não só se recusara a reconhecer a autoridade de João como apóstolo, mas também a receber suas cartas e submeter-se às suas direções. Ele também circulou calúnias dolosas contra João e excomungou os membros que demonstraram apoio e hospitalidade aos mensageiros de João. Antes de concluir sua carta, João também elogia o exemplo de Demétrio, de quem havia ouvido excelentes relatórios.

CONEXÕES
O conceito de oferecer hospitalidade aos estrangeiros tinha grande precedência no Antigo Testamento. Atos da hospitalidade em Israel incluíam a recepção humilde e graciosa de estrangeiros à casa para alojar, alimentar e proteger (Gênesis 18:2-8, 19:1-8; Jó 31:16-23, 31-32). Além disso, o ensino do Antigo Testamento retrata os israelitas como um povo alienado e muito dependente da hospitalidade de Deus (Salmo 39:12) e de Deus como Aquele que graciosamente atendia às suas necessidades, redimindo-os do Egito e providenciando-lhes alimentação e vestuário no deserto (Êxodo 16; Deuteronômio 8:2-5).

APLICAÇÃO PRÁTICA
João, como sempre, enfatiza a importância de andar na verdade do Evangelho. Hospitalidade, apoio e encorajamento para os nossos irmãos Cristãos são uns dos principais preceitos dos ensinamentos de Jesus e Gaio foi, obviamente, um excelente exemplo deste ministério. Devemos fazer o mesmo sempre que pudermos, acolhendo missionários, pregadores e estrangeiros visitantes (desde que tenhamos a certeza de que são verdadeiros seguidores) não só nas nossas igrejas, mas também nas nossas casas, oferecendo-lhes todo o apoio e incentivo de que precisam.
Também precisamos ter o cuidado de sempre seguir apenas o exemplo daqueles cujas palavras e ações estão de acordo com o Evangelho, e de estar em alerta para sermos capazes de detectar pessoas como Diótrefes, um líder cujo comportamento estava longe de ser parecido com o que Jesus ensinou.


2ª J O Ã O


PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO
I João - é a primeira epístola do apóstolo João, um dos livros do Novo Testamento da Bíblia.

AUTORIA
A autoria da epístola é atribuída, pela tradição cristã, ao apóstolo João.
O peso de evidências externas pode favorecer a autoria "joanina", pois existem possíveis alusões a I João nos escritos de Clemente de Roma (em I Clemente), Inácio de Antioquia e Pseudo-Clemente (na sua II Clemente). Outras, prováveis alusões, podem ser encontradas no Didaquê, Epístola de Barnabé, Pastor de Hermas, Justino Mártir, a Epístola a Diogneto, a Epístola de Policarpo e nos escritos de Pápias preservados em Ireneu. Referências mais obscuras a 1 João em Ireneu, Tertuliano, Clemente de Alexandria, Orígenes, Dionisio e no Cânone Muratori.
Evidências internas também apoiam a tese tradicional. Geralmente são alistados três tipos delas, que são:
A familiaridade do autor com a pessoa de Cristo. Ele afirma que é testemunha ocular do ministério de Cristo
Sua reconhecida autoridade entre os primeiros leitores
As grandes semelhanças entre e o Evangelho de João e a 1 epístola de João. (1 João1:2-3*João 3:11; 1 João 1:4*João 16:24; 1 João 2:11* João 12:35; 1 João 2:14*João 5:38; 1 João 2:17*João 8:35; 1 João 3:5*João 8:46; 1 João 3:8*João 8:44; 1 João 3:13*João 15:18; 1 João 3:14*João 5:24; 1 João 3:16* João 10:15; 1 João 3:22*João 8:29; 1 João 3:23*João 13:34; 1 João 4:6*João 8:47; 1 João 4:15*João 6:56; 1 João 4:16* João 6:69; 1 João 4:16*João 15:10; 1 João 5:4*João 16:33; 1 João 5:9* João 5:32; 1 João 5:20*João 17:3)
O testemunho de Westcott a respeito das passagens paralelas, é conclusivo, ele argumenta que existem conceitos fundamentais semelhantes, porém, são apresentadas na epístola e no evangelho, com algumas diferenças. "O evangelho nos deu a revelação histórica, a epístola nos mostrou como a revelação foi recebida e vivida pela igreja e pelo crente". A forte correlação entre ambas favorece a autoria comum.
DATA
A data provável que esta epístola tenha sido escrita seria entre os anos 85 e 90 da era comum, em Éfeso.
PRIMEIROS LEITORES
A falta de especial dedicação e saudação indica que a carta foi circular, provavelmente enviada às igrejas da província da Ásia Menor, perto de Éfeso, onde, segundo uma tradição antiga, João teria passado seus últimos dias. Por causa da linguagem utilizada, pode-se inferir que o autor conhecia pessoalmente os destinatários da carta.
OBJETIVO
O objetivo de João ao escrever era expor a heresia dos falsos mestres e confirmar a fé dos verdadeiros crentes. João declara ter escrito para dar garantia da vida eterna àqueles que Creem "no nome do Filho de Deus" (I João 5:13). A incerteza de seus leitores sobre sua condição espiritual foi causada por um conflito desordenado com os mestres de uma falsa doutrina. João refere-se ao ensinamento como enganosos (I João 2:26, I João 3:7) e aos mestres como "falsos profetas" (I João 4:1), mentirosos (I João 2:22) e anticristos (I João 2:18-22, I João 4:3). Ele um dia tinha estado com a igreja, mas tinha se afastado (I João 2:19) e tinha se "levantado no mundo" (4.1) (I João 4:1) para propagar sua perigosa heresia.
Este falso ensinamento me parece ser precursor do Gnosticismo (do termo grego gnosis, que significa conhecimento), e reivindicava possuir um conhecimento especial sobre Deus, a teologia e Jesus Cristo. Sua base doutrinária incluía:
I) que Jesus fosse realmente o Cristo (2:22),
II) a pré-existência do Filho de Deus (1:1; 4:15 e 5:5,10),
III) eles negavam a Encarnação de Cristo (4:2)
IV) que seu objetivo fosse vir para salvar os homens (4:9).
Porém, segundo alguns estudiosos, a forma exata dessa heresia, é incerta. Geralmente é afirmado que tinha alguma afinidade com os pontos de vista mantidos por Cerinto, na Ásia Menor, no fim do primeiro século, ainda que não fosse inteiramente idêntico com aquilo que se sabe sobre seu ensino. De acordo com Cerinto, Jesus foi um homem bom, no qual o Cristo celestial viera habitar desde o tempo de seu batismo até pouco antes de sua crucificação.
Isto é combatido em diversas passagens da epístola, que afirma que Jesus é o Cristo (5:6) o Filho de Deus (2:22, 5:1,5). O ensino de Cerinto baseava-se no dualismo gnóstico entre o espiritual e o material, que negava a possibilidade de Deus (Espírito) ter se tornado homem (Matéria). Outra versão desta heresia, o Docetismo (do grego dokeo, parecer) afirmava que a Encarnação foi aparente, não uma realidade concreta. A posição de Cerinto, que fica entre essas duas, afirma que a Encarnação foi temporária, ou seja, desde o batismo até o momento da crucificação.
O método de João em expor os erros dos hereges e confrontá-los com a verdade. Cristo Jesus é a fonte da vida e nós podemos receber a vida eterna que Ele nos prometeu. E essa vida é oferecida a todos, indistintamente, não somente a um grupo de iniciados na doutrina gnóstica.

ESTUDO: Primeira Epístola de João

A carta de 1 João têm um propósito duplo: expor e rebater os erros doutrinários e éticos dos falsos mestres e exortar seus filhos na fé a manter uma vida santa de intimidade com Deus, na verdade e na justiça, cheios de alegria e de certeza da vida eterna.
Isto ocorre, mediante a fé obediente em Jesus Cristo, o Filho de Deus e pela habitação interior do Espírito Santo. Alguns creem que a epístola também foi escrita como uma sequência do Evangelho segundo João.

VISÃO GERAL
 Em 1 João a fé e a conduta estão fortemente entrelaçados. Os falsos mestres, aos quais João chama aqui de “anticristos”, apartaram-se do ensino apostólico sobre Jesus Cristo e a vida de retidão.
De modo semelhante a 2 Pedro e Judas, 1 João refuta e condena com veemência os falsos mestres com suas crenças e conduta destruidoras.
Do ponto de vista positivo, 1 João expõe as características da verdadeira comunhão com Deus e revela cinco evidências específicas pelas quais o crente poderá “saber”, com confiança e certeza que tem a vida eterna.
São elas: verdade apostólica a respeito de Jesus Cristo, uma fé obediente que guarda os mandamentos de Jesus Cristo, um viver santo, afastar-se do pecado, para comunhão com Deus, amor a Deus e aos irmãos na fé e o testemunho do Espírito Santo no crente.
João afirma, por fim, que a pessoa pode ter certeza da vida eterna quando estas cinco evidências são manifestas na sua vida.

RESUMO GERAL

Primeira epístola de João
As epístolas que trazem o nome de João, são anônimas, a primeira não tem dedicatória e nem assinatura, porém, uma afinidade tão íntima entre ela e o quarto evangelho, que a maioria dos eruditos concorda ser apóstolo João autor, provavelmente foi escrita em Éfeso, entre os anos 90 e 95 dC., não foi endereçada a nenhum indivíduo e nenhuma igreja em particular, mas para todos os cristãos. O evangelho de João expõe os atos e palavras que provam que Jesus é o Cristo, tratam do fundamento da fé cristã, enquanto sua primeira epístola os atos e palavras obrigatórias àqueles que creem nesta verdade e dos fundamentos da vida cristã. A epístola foi com propósito de ajudar os cristãos contra a heresia denominada de gnosticismo estava causando estragos, crentes sem firmeza doutrinária estavam deixando a igreja para seguir os gnósticos. I Jo.2:19.
Os mestres gnósticos ensinavam que a salvação era alcançada através do conhecimento, negando a eficácia do sacrifício expiatório de Jesus. João desfaz esse pensamento, afirmando que " Deus é luz", quem está em trevas, ou quem vive no pecado não pode ter comunhão com Ele, ter comunhão com Deus requer que se tenha também comunhão com os irmãos. I Jo. 1:17. João deixa claro, que embora salvos continuamos sujeitos ao pecado. O ideal, segunda a palavra de Deus é que resistamos as tentações, porém se pecarmos, haverá solução. I  Jo 2:12.
João procura mostrar nesta sua epístola que a vida cristã não se baseia no que falamos, ou em nossas palavras, mas baseia-se, na nossa forma de viver. I Jo 2: 3-5.

Três etapas do desenvolvimento espiritual.
 I Jo 2:12-14
1- Filhinhos - Recém convertidos
Foi uma maneira carinhosa que o "Apóstolo do amor" usou para se dirigir aos crentes novos convertidos. I Jo 2:28 . O conhecimento de Deus, a certeza do perdão dos pecados é fundamental para que o novo convertido permaneça firme na fé.
2- Jovens - Crente amadurecendo
Os que eram filhinhos, agora são jovens, e são chamados de filhos, o desenvolvimento da obra de Deus está confiado aos crentes jovens.
3- Pais - Crente maduro
Fala de firmeza espiritual, experiência na fé, crentes idôneos, maduros, sábios. São aqueles que geram filhos, que ganham almas e que cuidam delas, que servem de referência para os jovens.
João fala já naquela época, do espírito do anticristo que já está no mundo, acredita-se que ele estava fazendo menção direta a um mestre de sua época, chamado Cerinto, um mestre gnóstico, judeu de raça. I Jo 2:19-23.
I Jo 3:2 "Amados, agora somos filhos de Deus..." ao usar a expressão "agora", está confirmando o princípio bíblico de que nem todos os homens são filhos de Deus, se agora somos, subtende que antes não éramos.
Ao tornar-se filho de Deus o homem adquire direitos e privilégios, e assume deveres e responsabilidades.
Responsabilidade ou deveres dos filhos de Deus.
- Andar dignamente em retidão. I Jo 2:6
- Honrar o nome do Pai. Ef. 3:14-15
- Obediência. Ef. 6:1
Quem não obedece a palavra de Deus, ou não guarda os seus mandamentos não pode dizer que é filho de Deus. I Jo 3:22-24
Sete mensagens de Deus aos seus filhos epístola de I João
1- Todos os filhos de Deus serão um dia semelhantes a Cristo. 2:28 a 3:3
2- Não devem continuar pecando 3: 4-6
3- Se proteger contra o serem levados ao afastamento por forças malignas. 3:7-10
4- Amar uns aos outros 3: 11 - 24
5- Provar os espíritos 4:1-3
6- Vencer o mundo 5:4
7- Refletir o caráter de Deus no seus atos.

João adverte contra os falsos profetas, espírito da verdade e espírito o erro- I Jo 4:1-6
Pela bíblia podemos identificar três tipos de falsos profetas:
1- o falso profeta que já foi um profeta verdadeiro- num. 22: 8-9
2- o profeta verdadeiro que ficou velho I Reis  13:11
3- o falso profeta que nunca foi profeta verdadeiro I Reis 22:6
A missão deles não é procurar falhas, denunciar e acusar, mas corromper, com a voz mansa e cheia de sabedoria carnal e diabólica, semeiam o joio, as heresias, corrompem os bons costumes, adulteram a doutrina bíblica.
O poder da fé 5: 1-13
O tríplice testemunho da fé  I Jo 5:6
João afirma que Jesus veio por:
- água - homem
- sangue- morte
- espírito- ressurreição

1ª J O Ã O


PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO
I João - é a primeira epístola do apóstolo João, um dos livros do Novo Testamento da Bíblia.

AUTORIA
A autoria da epístola é atribuída, pela tradição cristã, ao apóstolo João.
O peso de evidências externas pode favorecer a autoria "joanina", pois existem possíveis alusões a I João nos escritos de Clemente de Roma (em I Clemente), Inácio de Antioquia e Pseudo-Clemente (na sua II Clemente). Outras, prováveis alusões, podem ser encontradas no Didaquê, Epístola de Barnabé, Pastor de Hermas, Justino Mártir, a Epístola a Diogneto, a Epístola de Policarpo e nos escritos de Pápias preservados em Ireneu. Referências mais obscuras a 1 João em Ireneu, Tertuliano, Clemente de Alexandria, Orígenes, Dionisio e no Cânone Muratori.
Evidências internas também apoiam a tese tradicional. Geralmente são alistados três tipos delas, que são:
A familiaridade do autor com a pessoa de Cristo. Ele afirma que é testemunha ocular do ministério de Cristo
Sua reconhecida autoridade entre os primeiros leitores
As grandes semelhanças entre e o Evangelho de João e a 1 epístola de João. (1 João1:2-3*João 3:11; 1 João 1:4*João 16:24; 1 João 2:11* João 12:35; 1 João 2:14*João 5:38; 1 João 2:17*João 8:35; 1 João 3:5*João 8:46; 1 João 3:8*João 8:44; 1 João 3:13*João 15:18; 1 João 3:14*João 5:24; 1 João 3:16* João 10:15; 1 João 3:22*João 8:29; 1 João 3:23*João 13:34; 1 João 4:6*João 8:47; 1 João 4:15*João 6:56; 1 João 4:16* João 6:69; 1 João 4:16*João 15:10; 1 João 5:4*João 16:33; 1 João 5:9* João 5:32; 1 João 5:20*João 17:3)
O testemunho de Westcott a respeito das passagens paralelas, é conclusivo, ele argumenta que existem conceitos fundamentais semelhantes, porém, são apresentadas na epístola e no evangelho, com algumas diferenças. "O evangelho nos deu a revelação histórica, a epístola nos mostrou como a revelação foi recebida e vivida pela igreja e pelo crente". A forte correlação entre ambas favorece a autoria comum.
DATA
A data provável que esta epístola tenha sido escrita seria entre os anos 85 e 90 da era comum, em Éfeso.
PRIMEIROS LEITORES
A falta de especial dedicação e saudação indica que a carta foi circular, provavelmente enviada às igrejas da província da Ásia Menor, perto de Éfeso, onde, segundo uma tradição antiga, João teria passado seus últimos dias. Por causa da linguagem utilizada, pode-se inferir que o autor conhecia pessoalmente os destinatários da carta.
OBJETIVO
O objetivo de João ao escrever era expor a heresia dos falsos mestres e confirmar a fé dos verdadeiros crentes. João declara ter escrito para dar garantia da vida eterna àqueles que Creem "no nome do Filho de Deus" (I João 5:13). A incerteza de seus leitores sobre sua condição espiritual foi causada por um conflito desordenado com os mestres de uma falsa doutrina. João refere-se ao ensinamento como enganosos (I João 2:26, I João 3:7) e aos mestres como "falsos profetas" (I João 4:1), mentirosos (I João 2:22) e anticristos (I João 2:18-22, I João 4:3). Ele um dia tinha estado com a igreja, mas tinha se afastado (I João 2:19) e tinha se "levantado no mundo" (4.1) (I João 4:1) para propagar sua perigosa heresia.
Este falso ensinamento me parece ser precursor do Gnosticismo (do termo grego gnosis, que significa conhecimento), e reivindicava possuir um conhecimento especial sobre Deus, a teologia e Jesus Cristo. Sua base doutrinária incluía:
I) que Jesus fosse realmente o Cristo (2:22),
II) a pré-existência do Filho de Deus (1:1; 4:15 e 5:5,10),
III) eles negavam a Encarnação de Cristo (4:2)
IV) que seu objetivo fosse vir para salvar os homens (4:9).
Porém, segundo alguns estudiosos, a forma exata dessa heresia, é incerta. Geralmente é afirmado que tinha alguma afinidade com os pontos de vista mantidos por Cerinto, na Ásia Menor, no fim do primeiro século, ainda que não fosse inteiramente idêntico com aquilo que se sabe sobre seu ensino. De acordo com Cerinto, Jesus foi um homem bom, no qual o Cristo celestial viera habitar desde o tempo de seu batismo até pouco antes de sua crucificação.
Isto é combatido em diversas passagens da epístola, que afirma que Jesus é o Cristo (5:6) o Filho de Deus (2:22, 5:1,5). O ensino de Cerinto baseava-se no dualismo gnóstico entre o espiritual e o material, que negava a possibilidade de Deus (Espírito) ter se tornado homem (Matéria). Outra versão desta heresia, o Docetismo (do grego dokeo, parecer) afirmava que a Encarnação foi aparente, não uma realidade concreta. A posição de Cerinto, que fica entre essas duas, afirma que a Encarnação foi temporária, ou seja, desde o batismo até o momento da crucificação.
O método de João em expor os erros dos hereges e confrontá-los com a verdade. Cristo Jesus é a fonte da vida e nós podemos receber a vida eterna que Ele nos prometeu. E essa vida é oferecida a todos, indistintamente, não somente a um grupo de iniciados na doutrina gnóstica.

ESTUDO: Primeira Epístola de João
A carta de 1 João têm um propósito duplo: expor e rebater os erros doutrinários e éticos dos falsos mestres e exortar seus filhos na fé a manter uma vida santa de intimidade com Deus, na verdade e na justiça, cheios de alegria e de certeza da vida eterna.
Isto ocorre, mediante a fé obediente em Jesus Cristo, o Filho de Deus e pela habitação interior do Espírito Santo. Alguns creem que a epístola também foi escrita como uma sequência do Evangelho segundo João.
VISÃO GERAL
 Em 1 João a fé e a conduta estão fortemente entrelaçados. Os falsos mestres, aos quais João chama aqui de “anticristos”, apartaram-se do ensino apostólico sobre Jesus Cristo e a vida de retidão.
De modo semelhante a 2 Pedro e Judas, 1 João refuta e condena com veemência os falsos mestres com suas crenças e conduta destruidoras.
Do ponto de vista positivo, 1 João expõe as características da verdadeira comunhão com Deus e revela cinco evidências específicas pelas quais o crente poderá “saber”, com confiança e certeza que tem a vida eterna.
São elas: verdade apostólica a respeito de Jesus Cristo, uma fé obediente que guarda os mandamentos de Jesus Cristo, um viver santo, afastar-se do pecado, para comunhão com Deus, amor a Deus e aos irmãos na fé e o testemunho do Espírito Santo no crente.
João afirma, por fim, que a pessoa pode ter certeza da vida eterna quando estas cinco evidências são manifestas na sua vida.

RESUMO GERAL
Primeira epístola de João
As epístolas que trazem o nome de João, são anônimas, a primeira não tem dedicatória e nem assinatura, porém, uma afinidade tão íntima entre ela e o quarto evangelho, que a maioria dos eruditos concorda ser apóstolo João autor, provavelmente foi escrita em Éfeso, entre os anos 90 e 95 dC., não foi endereçada a nenhum indivíduo e nenhuma igreja em particular, mas para todos os cristãos. O evangelho de João expõe os atos e palavras que provam que Jesus é o Cristo, tratam do fundamento da fé cristã, enquanto sua primeira epístola os atos e palavras obrigatórias àqueles que creem nesta verdade e dos fundamentos da vida cristã. A epístola foi com propósito de ajudar os cristãos contra a heresia denominada de gnosticismo estava causando estragos, crentes sem firmeza doutrinária estavam deixando a igreja para seguir os gnósticos. I Jo.2:19.
Os mestres gnósticos ensinavam que a salvação era alcançada através do conhecimento, negando a eficácia do sacrifício expiatório de Jesus. João desfaz esse pensamento, afirmando que " Deus é luz", quem está em trevas, ou quem vive no pecado não pode ter comunhão com Ele, ter comunhão com Deus requer que se tenha também comunhão com os irmãos. I Jo. 1:17. João deixa claro, que embora salvos continuamos sujeitos ao pecado. O ideal, segunda a palavra de Deus é que resistamos as tentações, porém se pecarmos, haverá solução. I  Jo 2:12.
João procura mostrar nesta sua epístola que a vida cristã não se baseia no que falamos, ou em nossas palavras, mas baseia-se, na nossa forma de viver. I Jo 2: 3-5.

Três etapas do desenvolvimento espiritual.
 I Jo 2:12-14
1- Filhinhos - Recém convertidos
Foi uma maneira carinhosa que o "Apóstolo do amor" usou para se dirigir aos crentes novos convertidos. I Jo 2:28 . O conhecimento de Deus, a certeza do perdão dos pecados é fundamental para que o novo convertido permaneça firme na fé.
2- Jovens - Crente amadurecendo
Os que eram filhinhos, agora são jovens, e são chamados de filhos, o desenvolvimento da obra de Deus está confiado aos crentes jovens.
3- Pais - Crente maduro
Fala de firmeza espiritual, experiência na fé, crentes idôneos, maduros, sábios. São aqueles que geram filhos, que ganham almas e que cuidam delas, que servem de referência para os jovens.
João fala já naquela época, do espírito do anticristo que já está no mundo, acredita-se que ele estava fazendo menção direta a um mestre de sua época, chamado Cerinto, um mestre gnóstico, judeu de raça. I Jo 2:19-23.
I Jo 3:2 "Amados, agora somos filhos de Deus..." ao usar a expressão "agora", está confirmando o princípio bíblico de que nem todos os homens são filhos de Deus, se agora somos, subtende que antes não éramos.
Ao tornar-se filho de Deus o homem adquire direitos e privilégios, e assume deveres e responsabilidades.
Responsabilidade ou deveres dos filhos de Deus.
- Andar dignamente em retidão. I Jo 2:6
- Honrar o nome do Pai. Ef. 3:14-15
- Obediência. Ef. 6:1
Quem não obedece a palavra de Deus, ou não guarda os seus mandamentos não pode dizer que é filho de Deus. I Jo 3:22-24
Sete mensagens de Deus aos seus filhos epístola de I João
1- Todos os filhos de Deus serão um dia semelhantes a Cristo. 2:28 a 3:3
2- Não devem continuar pecando 3: 4-6
3- Se proteger contra o serem levados ao afastamento por forças malignas. 3:7-10
4- Amar uns aos outros 3: 11 - 24
5- Provar os espíritos 4:1-3
6- Vencer o mundo 5:4
7- Refletir o caráter de Deus no seus atos.

João adverte contra os falsos profetas, espírito da verdade e espírito o erro- I Jo 4:1-6
Pela bíblia podemos identificar três tipos de falsos profetas:
1- o falso profeta que já foi um profeta verdadeiro- num. 22: 8-9
2- o profeta verdadeiro que ficou velho I Reis  13:11
3- o falso profeta que nunca foi profeta verdadeiro I Reis 22:6
A missão deles não é procurar falhas, denunciar e acusar, mas corromper, com a voz mansa e cheia de sabedoria carnal e diabólica, semeiam o joio, as heresias, corrompem os bons costumes, adulteram a doutrina bíblica.
O poder da fé 5: 1-13
O tríplice testemunho da fé  I Jo 5:6
João afirma que Jesus veio por:
- água - homem
- sangue- morte
- espírito- ressurreição