O L I V R O
D E N A U M
O livro
de Naum é um livro do Velho Testamento da Bíblia Cristã,
vem depois do livro de Miqueias e antes do Livro de Habacuque e
da Tanakh judaica. Ele permanece em sétimo na ordem entre o que é
conhecido como os doze Profetas Menores.
Este livro é
uma "pronúncia contra Nínive", capital do Império Assírio. Para
os crentes, o cumprimento histórico daquela pronúncia profética atestaria a
autenticidade do livro. O livro teria sido escrito algum tempo depois de a
cidade egípcia de Nô-Amom (Tebas) sofrer uma derrota no Século VII a.C. e
completado antes da predita destruição de Nínive em 632 a.C..
Teólogos
divergem sobre a data em que foi escrito o Livro de Naum, alguns entendem
que é pouco posterior ao saque de Tebas em 663 AC, outros entendem
que a profecia é pouco anterior à conquista de Nínive em 612 AC.
Na história
antiga, como na moderna, as grandes potências se sucedem e lutam na ânsia de
dominar o mundo e os homens. Este livro contém a visão da queda de um desses
impérios: a Assíria, o leão que enchia a toca de caça (2:13), o opressor
de Israel (1:12-13). É um canto do oprimido que sentia a que libertação se
aproximava, porque o Império que dominava as nações estava prestes a vir
abaixo.
Um salmo
inicial mostra Javé como juiz que age na história (1:2-8). Ele é
apresentado como o Deus ciumento e vingador, cheio de furor (1:2) e ao mesmo
tempo como o Deus bom, o abrigo para os que são perseguidos (1:7). Já nesse
salmo, Javé aparece como o Senhor de tudo e de todos, oprimidos e opressores,
mas de maneira diferente.
Nas
sentenças seguintes (1:9-2:1), dirigidas alternadamente ao oprimido (Judá) e ao
opressor (Assíria), Javé também se apresenta alternadamente, como
vingador e bom.
A ruína
de Nínive, capital da Assíria (2:2-3:19), é descrita de maneira
grandiosa e sem meios-termos, não deixando dúvidas sobre quem destrói a capital
sanguinária e idólatra: é o próprio Deus (2:14; 3:5).
Naum deixa
claro que os grandes poderes do mundo não são eternos. Por mais que dominem e
amontoem, por mais que oprimam e humilhem os pequenos, um dia eles ruirão
como Nínive. Aliás, desaparecerão da história justamente porque agem dessa
maneira. Sobre todos os opressores obstinados pesa o julgamento implacável de
Deus, que toma o partido dos oprimidos.
É uma obra
da época em que a compreensão de Deus estava associada a um nacionalismo
violento, compreensão essa que vai ser superada a partir de obras do tempo do Exílio
na Babilônia, como os capítulos 40
a 55 do Livro de Isaías, e pela pregação de Jesus
relatada nos Evangelhos.
Esse
opúsculo alimentou as esperanças humanas de Israel em 612 AC, mas a
alegria foi efêmera, pois a ruína de Jerusalém também estava próxima.
INTODUÇÃO AO LIVRO – Ninguém é tão
poderoso assim
Jonas já
havia estado em Nínive no século VIII a.C. para proclamar o juízo de Javé sobre
a cidade. Naquela época houve arrependimento e Nínive foi poupada. Mais de um
século depois, Naum decretou o fim de Nínive, entretanto, dessa vez, não houve
arrependimento e a capital Assíria foi destruída.
É possível
que Naum tenha herdado de Isaías a construção literária de seu texto, pois a
expressão “Vejam sobre os montes os pés do que anuncia boas notícias e proclama
a paz!” ocorre apenas nestes dois livros (Na. 1:15 e Is. 52:7).
Naum não
datou seus oráculos, mas, com base nas evidências internas do livro, podemos
supor sua composição depois de 663 a.C., quando Tebas (cidade egípcia) foi deportada
por Assurbanípal (3:8-10), último rei da Assíria; e antes de 612 a.C., data da
queda de Nínive. Os eruditos mais críticos datarão o livro no período do
pós-exílio em virtude da não possibilidade de oráculos prevendo o futuro.
Porém, em
3:8 somos informados de que a cidade de Tebas (Nô-Amon em hebraico) já fora
destruída e, em razão da reconstrução e novo progresso de Tebas à época de
Jeremias (Jr. 46:25), no século VII a.C, essa possibilidade fica enfraquecida,
uma vez que a pergunta retórica perderia sentido se Tebas já tivesse voltado a
progredir.
Os reis de Judá neste período foram Manassés
(695-642 a.C.) e Josias (640-606 a.C.) Entretanto o oráculo de Naum era
propício a Judá, que havia sofrido opressão da Assíria por muito tempoEm vista
disso, alguns especialistas vinculam o profeta Naum ao rei Josias, uma vez que
Manassés fora um péssimo rei (2 Rs. 21:1-18), portanto um candidato improvável
para receber um oráculo em seu favor.
Contudo
Manassés se arrependeu (2 Cr. 33:12-16) após ter sido brevemente exilado na
Assíria quando se opôs a Assurbanípal por volta de 652 a.C. Talvez Naum tenha
até mesmo criticado a subordinação de Manassés à Assíria. Portanto podemos
definir a data de produção do livro em meados do século VII a.C.
A Assíria
atingira seu apogeu e esplendor com os imperadores Senaqueribe (705 – 681 a.C.)
e Assurbanipal (669 – 633). Contudo, entre 640 a.C. e 630 a.C. a Assíria sofreu
o início do seu processo de extinção, pois a Babilônia, em conjunto com o
Império Medo, conquistou a cidade de Nínive culminando na derrocada do Império
Assírio em 612 a.C.
Toda a
magnificência de Nínive, superada apenas pela Babilônia, paradoxalmente
representava a maldade e brutalidade, com as quais a Assíria subjugava os povos
conquistados. Todavia, Deus já estava decidido a dar termo às injustiças
praticadas ainda nos dias de Isaías (14:24-25) e Sofonias (2:13-15).
ESTRUTURA DE NAUM
Os oráculos
de Naum podem ser esboçados da seguinte forma:
O juiz –
Cap. 1
A queda –
Cap. 2
O lamento –
Cap. 3
A qualidade
literária de Naum é surpreendente. Na primeira parte do livro, por meio de um
Salmo, ele destaca as características que autorizam Deus a executar juízo
contra Nínive. Naum apresenta, de forma vívida, uma espécie de corte onde Deus
apresenta, alternadamente, discursos de livramento a Judá e oráculos de
julgamento à Assíria. A mensagem, em grande parte direcionada a Nínive,
transmitia a esperança de livramento a Judá (1:15), oprimida por muito tempo
pela Assíria (1:12-13). Esta profecia se cumpriu nos dias do rei Josias, quando
os israelitas puderam novamente celebrar a páscoa (2 Cr. 35).
A segunda
parte do livro contém relatos de guerra. Tal qual um repórter dentro do front
de guerra, Naum, de forma realista, relata o esforço inútil do exército de
Nínive em deter o invasor medo-babilônio. Os assírios estavam experimentando o
mesmo tratamento que dispensavam aos outros povos, expresso na figura da
família dos leões, que ironicamente foi usada por Isaías para se referir à
Assíria. Em contraposição à destruição da suntuosidade de Nínive, Naum faz
novamente uma breve referência à restauração do esplendor de Judá.
A última
parte dos oráculos de Naum alista as causas da destruição de Nínive tais como:
Grande
violência (3:1)
Depravação
espiritual e política (3:4)
Embora haja
motivos para o julgamento, não há uma acusação formal ou uso de uma linguagem
jurídica, pois entendia-se que as razões para o castigo estavam claras para
todos.
Sua ruína é
descrita em termos de vergonha pública (3:5-7). Naum destaca que Nínive cairia
da mesma maneira com a qual havia conquistado e destruído Tebas, logo suas
fortificações e muros seriam inúteis contra a ira do Senhor. Sua queda seria
motivo de alegria para todos os povos (3:19).
PROPÓSITO E CONTEÚDO
O livro de
Naum trata sobre os seguintes temas:
Julgamento e
queda de Nínive
Restauração
de Judá
O livro
trata basicamente do anúncio da destruição de Nínive. Este é o tipo de mensagem
mais encontrado nas coleções de oráculos dos profetas maiores. Entretanto, era
uma boa notícia para Judá, que sofrera nas mãos da Assíria.
De acordo
com Naum, a destruição de Nínive não seria mero acaso histórico, pois Deus
planejara sua queda e a executaria. A soberania de Deus diante das nações era o
fundamento da mensagem de Naum.
A mensagem
de Naum distingue-se dos profetas maiores em virtude de atacar apenas o inimigo
de Judá em vez de inclui-lo em seus oráculos de julgamento. Isso pode criar um
obstáculo teológico em razão da dificuldade na conciliação da compaixão e
perdão de Deus. Possivelmente Naum não tenha dito nada contra Judá pelo fato de
estar vivendo no período das reformas que abrangeu o reinado de Josias,
portanto uma época de esperanças reavivadas.
Outro ponto
importante é que a profecia de Naum não representa a sede de vingança humana,
mas a justiça divina em não deixar a injustiça e a impiedade impunes, seja qual
nação for. O imperialismo assírio com sua crueldade sem limites ofendia a
justiça do Senhor. A navalha de Deus (Is. 7:20) já havia sido usada e era tempo
de quebra-la, pois os instrumentos do julgamento de Deus não estão imunes, eles
mesmos, a um julgamento.
A BRUTALIDADE ASSÍRIA
Embora os
filisteus sejam bastante citados nos embates com o povo israelita e a Babilônia
tenha sido a responsável pela derrocada de Judá, os assírios são tomados como o
inimigo mais vil no Antigo Testamento.
Suas
práticas militares genocidas levaram o terror ao Oriente Médio por mais de dois
séculos. Seus prisioneiros eram submetidos a torturas, amputações, esfolamentos
e outras perversidades.
Naum foi o
proclamador da justiça divina que não deixou a brutalidade assíria sem castigo.
A mensagem de Naum é que Deus é soberano sobre todas as nações, mesmo que essas
nações não invoquem seu nome. Além disto, a queda de Nínive não é explicada
pela recursividade histórica, mas em virtude da ação vindicadora do Senhor em
face de toda a injustiça.
RESUMINDO...
O Profeta Naum nasceu em Elcós, na Assíria, perto das
ruínas de Nínive, há um túmulo nessa região em que os nativos dizem ser do
Profeta Naum. Mas a maior para das autoridades pensam que esta cidade Elcós
ficava na Galiléia. Hoje ela jaz em ruínas.
Naum significa “consolo” e foi
essa sua mensagem a Judá. O Senhor é bom, é fortaleza no dia da angustiam e
conhece os que nele se refugiam, Naum 1.7. O grande tema para o seu povo era o
livramento para judá e destruição para seu inimigo, a Assíria.
É digno de nota, que Cafarnaum,
onde Cristo realizou tanto do seu trabalho, signifique “vila de consolo”, perto
dela fica a cidade de Élcos, onde Naum nasceu.
O Profeta Naum viveu nos tempos do
Rei Ezequias e do grande Profeta Isaías, quando época em que os assírios
invadiram a sua pátria e levaram cativeiro as dez tribos de Israel. Sem dúvida
ele fugiu para o reino do Sul, reino de Judá, e provavelmente fixou residência
em Jerusalém, quando sete anos mais
tarde presenciou o cerco contra Jerusalém a mando de Senaqueribe, que terminou
com a milagrosa mão de Deus destruindo os assírios matando numa só noite 185
mil soldados, II Reis 19.35, fato este talvez registrado por Naum no capítulo
1.2.
Pouco tempo depois deste fato Naum
escreve os acontecimentos proféticos da cidade de Nínive, no qual mostra através
do julgamento de Nínive, Deus julgando um mundo pecador.
O livro de Naum foi escrito cerca de
150 anos após o despertamento provocado
pelo Profeta Jonas, ocasião aquela em que o povo se arrependeu, e a
misericórdia de Deus prevaleceu contra os ninivitas, mas tempos depois o povo
se perverteu, e continuaram nos mesmos pecados em que haviam se arrependido.
Nínive, glória da Assíria, chegou ao ponto de um desafio completo e deliberado
ao Deus vivo, II Reis 18.25, 30. 35 ; 19.10-13.
Este livro é visto por alguns
eruditos como uma continuação do Livro de Jonas. Parece que os assírios depois
de seu arrependimento voltaram a pecar contra Deus caindo numa grande
idolatria.
A PODEROSA CIDADE DE NÍNIVE
A Assíria havia desfrutado um
período brilhante de 300 anos, nos quais se tornou império mundial e Nínive era
a sua capital, e em 701 AC
foi o ano em que ela destruiu Israel e ameaçou a Judá, mas Deus tornaria a
condenação da Assíria final. A mensagem de Naum mostra o que Deus pode fazer
com um povo perverso e rebelde.
Nínive fortificara-se para que nada pudesse
destruí-la. Suas muralhas mediam 30 metros de altura e eram tão largas que 4
carruagens podiam correr lado a lado, sobre elas, numa circunferência de 130 quilômetros .
Eram adornadas por centenas de torres. Cercada de toda essa proteção, a cidade
sentava-se complacente.
Um canal cerca de 50 metros de largura por
20 de profundidade circulava a cidade, mas Nínive não levava em conta a Deus,
pois tijolos e argamassas não apresentava nada para Deus.
O poderoso império que Salmaneser,
Sargão e Senaqueribe, tinham construído, Deus derrubou de um só golpe e sem
possibilidade de qualquer recuperação. As invenções da civilização não têm
poder contra a artilharia do céu.
A cidade de Nínive simboliza todas as
nações que se revoltam contra Deus, e em nossos dias orgulhosas civilizações
depositam toda a sua confiança nos homens e no poder da máquina, com profundo desprezo
a Deus, mas o indivíduo ou a nação que delibera e definitivamente rejeita a
Deus, escolhe a sua própria ruína, deliberadamente e definitivamente.
O IMPÉRIO ASSÍRIO E A CIDADE DE NÍNIVE
Este império e esta cidade foram
edificados por meio da violência. Os assírios eram guerreiros fortes que viviam
em expedições de ataque. Construíram o seu estado com espólio de outros povos,
e com práticas cruéis onde esfolavam vivos os seus prisioneiros, arrancando
suas peles e com elas forravam suas colunas. Cortavam lhe os pés, as mãos,
nariz, orelhas e vasavam seus olhos. Arrancava lhes a língua, queimavam vivos
os meninos e as meninas. Formavam grandes montes de crânios humanos. Tudo isto
para inspirar terror e causar medo em seus adversários. Alegavam fazer isso em
obediência ao seu deus Asur. Eles saqueavam outras nações e sua capital chegou
a ser cova de leões cheio de presas.
Deus iria condenar este povo a perecer de
maneira violenta e extraordinária e tudo isso aconteceram 86 anos mais tarde.
Naum 2.11-12. Deus é justo e, portanto deve vingar todos os crimes.
O JUÍZO DE DEUS CONTRA NÍNIVE
“O Senhor é Deus zeloso e vingador”. Deus não
trouxe o juízo a Nínive apressadamente, mas mostrou se paciente durante muito
tempo. Ele é tardio em irar-se, mas cheio de misericórdia. O Profeta Jonas deu
ênfase ao primeiro aspecto do caráter de Deus, o Amor, Jn 4.2, e Naum, sublinha
o segundo que é a Santidade. A santidade de Deus faz descer o Seu juízo sobre o
pecado, Naum 1.2, 6. Este santo Juiz é justo e justificador daquele que tem fé
em Jesus, Rom. 3.26.
A cidade de Nínive foi pesada na
balança e achada em falta.
Nos dias de hoje vemos esta cidade ainda em ruínas. Este livro
apresenta o quadro da ira de Deus, “O Senhor é zeloso e vingador e cheio de
ira; O Senhor toma vingança contra os seus adversários e reserva indignação
para os seus inimigos”. Deus odeia o pecado e sobre ele faz cair o seu juízo.
A EXECUÇÃO DA CIDADE
A cidade de Nínive foi destruída em
607 AC ,
pelos medos e babilônios, no ápice de seu grande poder. Segundo as profecias de
Naum, aconteceu realmente quando uma súbita enchente do Rio Tigre fez ruir uma
grande parte da muralha, o que auxiliou o exercito atacante a destruir a cidade
e parcialmente destruída também pelo fogo. Naum 2.6; 3.13, 15.
Os medos se haviam reunido fora dos
muros, com seus escudos pintados de cores vivas, com lanças temíveis que
faiscavam ao sol. Laminas fixada às rodas de seus carros cintilava a luz.
Dentro da cidade reinava o pandemônio, no qual o rei não conseguia arregimentar
seus ébrios nobres para defendera sua amada cidade. O Tigre porém provocara uma
enchente que havia levado de roldão a maior parte das muralhas que para eles
parecia defesa inexpugnável. Sua rainha Huzabe foi feita prisioneira e suas
servas gemiam ao seu redor como um bando de pombas.
A cidade tinha contra si mais uma
denúncia, apresentada anos mais tarde pelo Profeta Sofonias, Sof.2.13. Em 607 AC , Nínive foi destruída
completamente e tudo se cumpriu. Tão completa foi sua destruição que todos os
traços do império Assírio desapareceram, e muitos até julgavam que os fatos
narrados na Bíblia não passavam de mitos, mas em 1820 e 1845, os historiadores
descobriram as ruínas da cidade, a seus majestosos palácios dos reis da Assíria
juntamente com milhares de inscrições, descrevendo os acontecimentos escrita
pelos próprios assírios.
Autor: O autor do livro de Naum se
identifica como Naum (em hebraico "Consolador" ou
"Confortador"), o elcosita (1:1). Há muitas teorias a respeito de
onde essa cidade era localizada, embora não haja evidências conclusivas. Uma
teoria é que ela se refere à cidade mais tarde conhecida como Cafarnaum (que
literalmente significa "aldeia de Naum") no mar da Galileia.
Quando foi escrito: Dada a limitada quantidade de informações que sabemos sobre Naum, o melhor que podemos fazer é reduzir o prazo em que o Livro de Naum foi escrito a entre 663 e 612 aC. Dois eventos são mencionados que nos ajudam a determinar essas datas. Primeiro, Naum menciona Tebas (no Amon) no Egito caindo aos assírios (663 aC) no tempo passado, então isso já tinha acontecido. Em segundo lugar, o restante das profecias de Naum se tornaram realidade em 612 aC.
Propósito: Naum não escreveu este livro como uma advertência ou uma "chamada ao arrependimento" para o povo de Nínive. Deus já tinha enviado o profeta Jonas 150 anos antes com Sua promessa do que aconteceria se continuassem em seus maus caminhos. As pessoas daquela época haviam se arrependido, mas agora viviam tão mal (se não pior) do que antes. Os assírios tinham se tornado absolutamente brutais em suas conquistas (entre outras atrocidades, eles penduravam os corpos de suas vítimas em postes e colocavam a sua pele nas paredes das suas tendas). Agora Naum estava dizendo ao povo de Judá para não se desesperarem porque Deus havia pronunciado julgamento e os assírios em breve estariam recebendo o que mereciam.
Quando foi escrito: Dada a limitada quantidade de informações que sabemos sobre Naum, o melhor que podemos fazer é reduzir o prazo em que o Livro de Naum foi escrito a entre 663 e 612 aC. Dois eventos são mencionados que nos ajudam a determinar essas datas. Primeiro, Naum menciona Tebas (no Amon) no Egito caindo aos assírios (663 aC) no tempo passado, então isso já tinha acontecido. Em segundo lugar, o restante das profecias de Naum se tornaram realidade em 612 aC.
Propósito: Naum não escreveu este livro como uma advertência ou uma "chamada ao arrependimento" para o povo de Nínive. Deus já tinha enviado o profeta Jonas 150 anos antes com Sua promessa do que aconteceria se continuassem em seus maus caminhos. As pessoas daquela época haviam se arrependido, mas agora viviam tão mal (se não pior) do que antes. Os assírios tinham se tornado absolutamente brutais em suas conquistas (entre outras atrocidades, eles penduravam os corpos de suas vítimas em postes e colocavam a sua pele nas paredes das suas tendas). Agora Naum estava dizendo ao povo de Judá para não se desesperarem porque Deus havia pronunciado julgamento e os assírios em breve estariam recebendo o que mereciam.
Versículos-chave: Naum 1:7: “O SENHOR é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam.”
Naum 1:14a: “Porém contra ti, Assíria, o SENHOR deu ordem que não haja posteridade que leve o teu nome.”
Naum 1:15a: “Eis sobre os montes os pés do que anuncia boas-novas, do que anuncia a paz!” Veja também Isaías 52:7 e Romanos 10:15.
Naum 2:13a: “Eis que eu estou contra ti, diz o SENHOR dos Exércitos.”
Naum 3:19: “Não há remédio para a tua ferida; a tua chaga é incurável; todos os que ouvirem a tua fama baterão palmas sobre ti; porque sobre quem não passou continuamente a tua maldade?”
Nínive já tinha uma vez respondido à pregação de Jonas e abandonado seus maus caminhos para servir ao Senhor Deus Jeová. Entretanto, 150 anos depois, Nínive retornou à idolatria, violência e arrogância (Naum 3:1-4). Mais uma vez Deus envia um de Seus profetas para Nínive para pregar julgamento na destruição da cidade e exortá-los ao arrependimento. Infelizmente, os ninivitas não prestaram atenção à advertência de Naum e a cidade ficou sob o domínio da Babilônia.
CONCLUSÃO
Aplicação Prática: Deus é paciente e tardio para se irar. Ele dá a cada país o tempo para anunciá-lo como seu Senhor. Entretanto, Ele não se deixa escarnecer. Toda vez que um país se afasta dEle para servir aos seus próprios motivos, Ele avança com julgamento. Quase 220 anos atrás os Estados Unidos foram formados como uma nação guiada por princípios encontrados na Bíblia. Nos últimos 50 anos isso mudou e agora se dirigem diariamente na direção oposta. Como cristãos, é nosso dever defender os princípios bíblicos e a verdade bíblica pois a Verdade é a única esperança para o nosso e qualquer outro país
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