domingo, 21 de outubro de 2018

A P O C A L I P S E - PRIMEIRA PARTE / PÉRGAMO - CAP. 2:12-17


CAPÍTULO 2 – 3          A ERA DAS IGREJAS

III - A igreja de Pérgamo – Cap. 2:12-17

Pérgamo era uma cidade universitária, famosa pelos seus mestres na arte de curar. Tinha uma biblioteca com 200 mil rolos. Esses rolos eram feitos de pelica, uma forma refinada de couro. Pérgamo é uma modificação da palavra "pelica". O rei de Pérgamo recebia o título de “Pontífice Máximo”, que significa o "edificador da grande ponte".
Nisto vemos uma semelhança com a torre de Babel, cujo propósito era alcançar o céu por esforços humanos. Quando o rei de Pérgamo entregou seu reino aos romanos, todo esse culto foi transferido para Roma. E o título “Pontífice Máximo” foi absorvido pelo cristianismo romano. Pérgamo tornou-se, assim, um elo entre a antiga Babilônia e a moderna Roma.
Apocalipse 2:12-13 “E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios: Conheço as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita”.
Naquela época a cidade de Pérgamo era centro de adoração ao imperador romano, sendo assim poderia significar que este um lugar onde Satanás tinha muita influência e o mal estava espalhado por toda aquela região.
O período relacionado à igreja de Pérgamo foi de 313 d.C a 538 d.C. A palavra Pérgamo significa “exaltação”, “elevação”, porque a própria cidade estava edificada mil pés acima do nível do vale. Esse significado descreve o caráter e a vida espiritual da igreja em seu novo período. 
Pérgamo, é uma antiga cidade grega que se situava na Mísia, no noroeste da Anatólia, a mais de 20 km do Mar Egeu numa colina isolada do vale do Rio Caicos (atual Bakırçay). Seu nome antigo era Teutrania.
Hoje em dia localiza-se na região norte e oeste da moderna cidade de Bergama, na Turquia.
No monte cônico, quase 300 metros acima do vale ao redor da cidade, vários templos foram construídos, entre os quais destaca-se um altar dedicado a Asclépio, deus grego da cura. Esta cidade tornou-se o centro de quatro seitas pagãs durante o século I, competindo com Éfeso.
Pérgamo existiu desde o século V a.C. e conquistou a região costeira da Ásia, e expulsou os gauleses para o interior quando estes, após terem fracassado na invasão da Grécia, atacaram as regiões costeiras da Ásia.
No século II d.C., ainda havia em Pérgamo objetos que eles tomaram dos gauleses, e uma pintura que retratava esta batalha.

Apocalipse 2:12: “Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes.”
Jesus Se apresenta à igreja deste período com uma espada de dois gumes. Espada é a “palavra de Deus que penetra até a medula”, diz Paulo, “que interpreta os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4:12).

Apocalipse 2:13: “Sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás. Contudo, reténs o Meu nome, e não negaste a Minha fé, mesmo nos dias de Antipas, Minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.”
É a terceira vez que Jesus diz estar a par das obras de Sua igreja. Esta carta é uma veemente denúncia. Jesus sabia que a igreja estava se aliando ao mundanismo, dando início à apostasia. Deste período da igreja de Pérgamo, de 313 a 538, ou de Constantino a Justiniano, em que ela foi considerada Igreja Imperial, disse Jesus que ela habitava no “trono de Satanás”. Jesus lamentava que Sua igreja escolhesse para sede a mesma cidade onde estava o trono de Satanás, a cidade dos Césares – Roma.

Apocalipse 2:14: “Todavia, tenho algumas coisas contra ti; Tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, levando-os a comer das coisas sacrificadas aos ídolos, e praticar a prostituição.”
A doutrina de Balaão pode ser resumida como idolatria pagã. Como o paganismo não podia vencer a igreja, então fez amizade com ela. Assim, paulatinamente, as práticas e cerimônias pagãs foram sendo introduzidas aos poucos no cristianismo, para amenizar as perseguições. Dessa forma, o cristianismo passou a frequentar as cortes e palácios dos imperadores, trocando a simplicidade de Cristo e de Seus apóstolos pela pompa e orgulho dos sacerdotes; em lugar dos mandamentos de Deus, entraram teorias e tradições humanas.
Assim como fez com Balaão, Satanás corrompeu a igreja por meio de uma aliança com o mundo. Na pessoa de Constantino, a igreja subiu ao trono dos Césares e reinou como uma rainha. Houve uma mútua transigência e tolerância entre o cristianismo e o paganismo. Por causa da influência pagã, o cristianismo mudou tanto que se tornou um "paganismo batizado".

Apocalipse 2:15-17: “Assim tens também alguns que seguem a doutrina dos nicolaítas. Arrepende-te, pois! Se não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da Minha boca.”
A igreja foi chamada ao arrependimento, ao abandono das doutrinas de Balaão e dos nicolaítas – a idolatria e a prostituição da verdade.

Apocalipse 2:17: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer darei do maná escondido, e lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.”

Quando qualquer pessoa entre os gregos era acusada de crimes contra o Estado e era julgada pelos cidadãos, eles votavam por absolvição com uma pedra branca; e por condenação, com uma pedra preta. Cristo, o único juiz do Seu povo, ao prometer dar aos vencedores uma pedra branca, está lhes dando a certeza da absolvição.

Um comentário:

  1. Próxima postagem dando sequencia ao estudo A ERA DAS IGREJAS "A IGREJA DE TIATIRA"

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