E S T U D O
S A D I C I O N A I S
R E
I N O
D I V I D I D O E O S
P R O F E T A S
Temos estudado a história de Israel até a instalação do
Reino, na sua fase unida, na qual Salomão foi o último dos reis que dominaram
todas as tribos e com a morte deste rei houve uma divisão nas 12 tribos de
Israel, que estão registrados nos Livros de Reis e Crônicas. Também estudamos a
vida do povo de Israel e Judá em cativeiro pelo Império Babilônico e Assírio,
como também a volta do cativeiro e sua restauração.
Neste estudo, porém devemos entrosar a leitura desses livros
com os livros proféticos do velho testamento, pois muitos desses profetas foram
contemporâneos dos reis. A leitura da Bíblia como é feita no geral, não se
torna clara por falta desse entrosamento. Qual melhor hora de ler o livro de
Isaias, senão a hora em que estamos lendo, em Reis e Crônicas, as
circunstâncias históricas em que se viveu? Seria possível estabelecer uma ordem
de leitura conveniente? Talvez não seja possível estabelecer um quadro
perfeito, mas apresentamos a seguir um quadro que, ao menos aproximadamente,
resolve o assunto. Nesse quadro a leitor encontrará em cada coluna a indicação
paralela dos textos em Reis e Crônicas que se referem à mesma fase histórica,
bem como o nome dos profetas que devem ser lidos na mesma ocasião.
Mas como se poderá perceber de início, o homem central de
cada período é um profeta (tenhamos ou não algum livro na Bíblia deixado por
ele). Ou um sacerdote, enfim, um homem de Deus. A preocupação do leitor não se
deve ser de guardar na memória os nomes dos reis que aparecem em grande
quantidade, mas a de perceber como esses reis se classificam em duas
categorias: os que colaboraram com os homens de Deus para a implantação dos
propósitos divinos, e os que se opuseram a isso.
Os nomes dos profetas devem ser guardados, sendo que cada um
deles domina a fase da história do Reino Dividido, durante o Cativeiro, e após
o Cativeiro até a Restauração desse povo de Deus. Alguns desses nomes, como o
Profeta Elias, Eliseu já foram citadas suas biografias durante a leitura desses
livros e o que importa e acompanharmos agora, o grande drama da ação de Deus no
mundo por meio dos Israelitas e a ação de Deus entre os Israelitas por meio dos
profetas.
QUADRO DE LEITURA 01
:
·
REIS DE
ISRAEL – JEROBOÃO, NADABE, BAASA,
ELA, ZIMRI, OMRI, ACABE (Reis que não andaram no caminho do Senhor, e fez
Israel pecar – I Reis 14.16)
·
REIS DE
JUDÁ – ROBOÃO, ABIAS, ASA (Anda em Judá havia boas coisas – II Crôn. 12.22)
·
PROFETAS
desse período: SEMAIAS (II Crôn. 12), AIAS (I Reis 14), JEU (I Reis 16), MICA
(I Reis 22), ELIAS
QUADRO DE LEITURA 02
:
·
REIS DE
ISRAEL – ACAZIAS, JORÃO, JEÚ, JOACAZ, JOAZ JEROBOÃO II
·
REIS DE
JUDÁ – JORÃO, ACAZIAS, JOÁS, AMAZIAS. UZIAS
·
PROFETAS
desse período: AMÓS (Amos 1.1), JONAS (II Reis 14.25), ELIZEU
Os profetas descritos no QUADRO 01. São contemporâneos do
Profeta Elias, enquanto os descritos no QUADRO 02, são contemporâneos do
Profeta Eliseu. Os contemporâneos do Profeta Elias profetizaram durante o tempo
em que as Tribos de Israel estavam divididas, e os contemporâneos do Profeta
Eliseu , foi um período em que se inicia a profecia escrita, isto é trata-se da
ameaça da Assíria sobre Israel, feitas principalmente por Amós e Jonas.
Informações que procedem II Reis 2 referem-se a Elias, e as
que vem depois, dizem respeito a Eliseu. Dois grandes profetas. No período de
Elias, o rei que dominou no reino de Israel, ao norte foi o mau Acabe, e o rei
que dominou no sul foi Asa que reinou dezenas e dezenas de anos e foi um bom
rei.
PROFETA AMÓS
MENSAGENS AO REINO DE
ISRAEL, SOB A AMEAÇA DA ASSÍRIA
·
Amós apesar de roceiro, vai ao Reino do Sul e
Norte
·
Endereço da mensagem: Ás nações (1), A Judá
(12), mas sobretudo, a Israel (3.4)
·
A essência da mensagem: CATIVEIRO - repreender
(5-6), símbolo do cativeiro (locusta, fogo, prumo, 7-9)
·
Consequências do Cativeiro: Ruína (9)
·
Remédio para o Cativeiro: Promessa de Libertação
(9)
PROFETA JONAS
MENSAGEM AO REINO DA
ASSÍRIA QUE AMEAÇA ISRAEL
·
A fuga: Peixe (1), Jonas apesar de medroso vai
do ocidente ao oriente
·
A oração: (Compilação (2)
·
A pregação: 40 dias (3)
·
A contenda: Aboboreira (4)
·
Comparar: (Lam. 3.55, Salmos 31.22, Salmos 41.7)
O LIVRO DE AMÓS
O Livro de Amós tem 11 capítulos e seu conteúdo está
indicado, no quadro, através de algumas palavras chaves, depois de chamar a
atenção àqueles à quem dirige a palavra, lembrando-lhes o perigo de sua
impiedade então apresenta a mensagem propriamente dita, que pode ser
sintetizada nesta expressão: “O perigo do Cativeiro”. No reino do Norte a vida
independente durou apenas mais um período, o de Isaias, embora o do Sul tenha
vivido mais dois períodos, o de Elcias e o de Jeremias, além do de Isaias.
No segundo período do reino unido, já estava sendo dado o
brado de alarme. Qual é a razão do
perigo do cativeiro? (Cap. 5 e 6). A ruína de Israel se deve ao fato de Israel
estar desprezando a Palavra de Deus. A mensagem é sempre mais veemente ao
cativeiro primeiro, porque ali a corrupção lavrou muito mais intensamente.
Seguem-se três capítulos em que aparecem símbolos: Um é o da “locusta”, o outro
do “cesto”, e outro do “fogo”. A mentalidade oriental é vívida nesta questão de
símbolo. Dissemos ainda à pouco, que o reino dividido, na parte norte, se
corrompera depressa e assim Deus estava para trazer o cativeiro prematuro, como
estava prematuramente a praga dos gafanhotos. A multidão de gafanhotos está naturalmente
representando o exército de estrangeiros. O prumo é o símbolo da retidão. Não
se pode ter equilíbrio fora do prumo. Esta é a advertência. É muito sugestiva a
imagem. Assim o cesto de frutas de verão, significa colheita. Mais comum,
porém, não menos forte é a imagem do fogo, hora de ajustes, destruição e
purificação.
No final do último capítulo diz: “Removerei o cativeiro do
meu povo Israel, e reedificarei as cidades assoladas e nelas habitarão,
plantarão vinhas, beberão vinho, farão pomares e comerão seus frutos e os
plantarei na terra, não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o
Senhor”. É realmente bela a nota final de esperança.
O LIVRO DE JONAS
O Profeta Jonas é da mesma época de Amós. “Palavras do
Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Levanta-te, vai à cidade de
Nínive...”. O Livro de Jonas é muito mais conhecido, por ser a história
pitoresca e até exótica. O resumo é muito simples: O Cap. 1º trata-se da fuga,
o Cap. 2º, a história do peixe, o 3º a pregação de Jonas, “Dentro de 40 dias
trará...”. Foi Jonas à Nínive e entregou a mensagem. No Cap. 4º registra a
contenda. Jonas estava todo aborrecido de Deus ter perdoado Nínive. E então,
através do símbolo da aboboreira, Deus repreende o profeta por causa de seu estranho
e extremo desgosto. O que há de mais interessante é o Cap. 2º. Contém uma
oração de Jonas no ventre do peixe. “Na minha angústia clamei ao Senhor e ele
me respondeu: do ventre do inferno gritei e tu ouviste a minha voz, pois tu me
lançaste no profundo dos mares”... e quando procuramos as referências, vemos
que há nessa oração um conjunto de citações, em Lamentações 3.55, Salmos 41.7 e
Salmos 31.22.
Podemos identificar a época em que Jonas viveu foi no
reinado de Jeroboão II, que começou a reinar no décimo quinto ano de Amazias,
filho de Joás, Rei de Judá. O Profeta Eliseu estava vivo e Amós já devia também
estar escrevendo seu livro, assim como também o Profeta Jonas.
O PROFETA ISAIAS
Todo um período da história do reino dividido gira em torno
do nome de Isaias. Temos no cronograma abaixo, a indicação das passagens nas
quais informações sobre este período, a saber em II Reis 15 a 20 e II Crônicas
27 a 32, descritos também os reis do Norte e do Sul. No início do Livro de
Isaias (1.1), se refere aos reis Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá.
Isaias 6.1 diz: “No ano em que morreu o rei Uzias. Alcançou depois os reinados
de Jotão e de Acaz que foram reinados curtos. O rei que mais tempo reinou,
nesta fase e com o que mais se relacionou a vida do profeta foi Ezequias.
O reino do Norte foi
mal servido de reis. Um reinou seis meses, o outro apenas um mês. Estes reis
não se apartaram “dos pecados de Jeroboão, filho de Nadabe, que fez pecar
Israel”. A séria que prossegue é característica, justamente por se tratar apenas
de conspirações. Porque veio Salum e matou Zacarias? Porque veio Manahem e
matou Salum? Porque veio Peca e matou Pecaia? Porque veio Oséias e matou Peca?
Porque foi ele levado para o cativeiro? A não ser um deles. Que reinou dez
anos, e que, afinal de contas, foi sucedido pelo próprio filho, os mais, neste
período, subiram e desapareceram por “conspirações”. O reino do Sul, pelo
contrário, se caracteriza por reformas, embora nem todos os reis do Sul fossem
notáveis, ao menos Uzias e Ezequias se notabilizaram por uma atitude mais
conservadora dos valores espirituais e fizeram resistência à intromissão de
cultos estranhos. Não seria possível aos reis do Norte oferecer resistência aos
ataques de Salmanazar, porque seus reis viviam conspirando e enfrentando
conspirações. O cativeiro foi inevitável no reino do Norte.
O rei mais influente dos contemporâneos do profeta Isaias foi
Ezequeias e este o que mais reinou no reino do Sul. Sua vida é relatada nos
livros históricos e também no Livro de Isaias (II Reis 18.19, Isaias 36.39). Há
uma correspondência impressionante entre o testemunho desses dois livros e
fatos extraordinários com a influência do profeta Isaias em auxilio ao Rei
Ezequias.
CRONOGRAMA DO PERÍODO
DO PROFETA ISAÍAS
REINO DE ISRAEL –
Série de Conspirações – Invasão de Salmanazar (II Reis 17)
·
UZIAS – JOTÃO – ACAZ - EZEQUIAS
REINO DE JUDÁ – Série
de Reformas – Resistência a Senaqueribe (II Reis 18,19)
·
ZACARIAS – SALUM – MANAHEM – PEKAIA – PEKA -
HOSÉIAS
PROFETAS DESSE
PERÍODO
·
OSÉIAS – MIQUÉIAS – ISAIAS
O Profeta Isaias deve ter morrido bem velho para poder ter
alcançado parte do reinado de Ezequias, visto que começara a profetizar quando
morreu Uzias (6.1). Isaías teve Oséias como contemporâneo na primeira parte de
sua vida e Miquéias, na última parte. Na época em que Isaías viveu a
prosperidade tinha significação não puramente terrestre, mas também espiritual.
Entre os orientais e mais especialmente os israelitas, as bênçãos materiais
eram tomadas como bênçãos espirituais. A prosperidade era índice de bênção de
Deus, assim também a saúde, a longevidade. Os filhos eram sempre apresentados
como bênçãos. A mulher estéril sofria tremendamente por causa do juízo alheio,
sua esterilidade era índice de maldição. Do ponto de vista mais amplo, a
independência nacional, a possibilidade de uma sobrevivência como povo, era um
índice de aprovação divina e o desaparecimento do povo de Israel levado
cativeiro serviu de lição e teve profunda significação na vida de Israel.
Para entendermos estes fatos a leitura da Bíblia deve ser
feita paralelamente e neste caso além dos trechos de Reis e Crônicas indicados
no esquema abaixo, devemos ler Isaías e seus contemporâneos, Oséias e Miquéias.
Pois é a mesma época, os mesmos reis, a mesma população, os mesmos problemas e
as mesmas advertências.
CONTEMPORÂNEOS DO
PROFETA ISAÍAS
·
OSÉIAS -
O PECADO, simbolizado pela prostituição (1-3) é a triste realidade, Israel peca
(4), Chefes são responsáveis (5), Efraim e Samaria são exemplos (6-7).
·
MIQUÉIAS –
O PECADO, comparável à prostituição (1.7) é o motivo das ameaças divinas (1-2).
·
OSÉIAS
– O CASTIGO vira pela mão da Assíria e das nações (8,9-10), Capítulos 8-13, Há
esperança messiânica (11.1):” Do Egito chamei meu filho”.
·
MIQUÉIAS
– O CASTIGO virá pela mão da Assíria e das nações (5.5-7), Capítulos 3-6, Há
esperança messiânica (5.5): “De Belém sairá o Senhor de Israel”.
·
OSÉIAS
– O ARREPENDIMENTO pode, contudo, trazer perdão. “Serei para Israel como
orvalho”, Capítulo Final (14)
·
MIQUÉIAS
– O ARREPENDIMENTO pode trazer o perdão, “Os pecados serão lançados à
profundezas do mar”, Capítulo Final (7).
·
O PROFETA OSÉIAS
O Profeta Oséias se apresenta como a esposa de Israel que
quer resgatá-la do meio da prostituição “do meio das nações pecaminosas”. O
povo de Israel havia caído em pecado e por isso estava sendo alertado para que
se arrependesse, caso contrário seria levado cativeiro. O povo era infiel para
com Deus, mas Deus estava disposto a perdoar a nação israelita, mas era preciso
que houvesse arrependimento, que tivesse disposta a receber o perdão, e
mediante arrependimento poderia voltar para casa. Oséias pregou para a nação de
Israel uma mensagem de arrependimento humano e que o povo se voltassem para
Deus. Oséias mostra a situação deprimente em que o povo se encontrava e esta
foi a razão porque Deus está prometendo o castigo (Cap.4,5,6,7), e a atitude
divina se condiciona as atitudes humana do povo (Cap.8,9). Se o povo não se
arrepender, Deus então trará o castigo. Apesar de tudo, a última palavra do
Senhor é sempre a melhor possível: “Serei para Israel como orvalho”,
“florescerá como o líbano”, “espalhará suas raízes”, será como lírio”,
“estenderão suas vergônteas e a sua glória será como a da oliveira, e o seu
odor como o do líbano” Cap.14.
O PROFETA MIQUÉIAS
Miquéias tem apenas a metade de capítulos de Oséias. A
natureza de sua mensagem não difere. Deus considera o idólatra como alguém que
comete prostituição (1.7). É uma infidelidade que Deus não desculpa. Israel
fora um povo para ser separado e atrás desse desvio idólatra, vinham todos os
inconvenientes, porque fora do culto verdadeiro não há resistência moral e os
cultos pagãos eram acompanhados de toda sorte de imoralidade. Se compararmos os
capítulos inicias de Oséias, Miquéias e Isaías, verificamos que a decadência e
costumes é do mesmo teor, a polêmica com o povo surge igualmente (6,7). O
término desse livro é exatamente igual ao de Oséias. Se houver arrependimento,
haverá perdão, e havendo perdão, reconciliação, se não houver, então castigo. A
apoteose dessa mensagem é que Deus “lançará todos os nossos pecados nas
profundezas do mar”.
ELCIAS – O SACERDOTE QUE
SALVOU O REINO
O quadro geral do Reino Dividido, tem Isaías por centro.
Dois homens o precedem: Elias e Eliseu, e dois o sucedem: Elcias e
Jeremias. O período e Elcias é aquele em
que a ação divina se faz sentir através do grande sacerdote. Não foi um período
de grande número de anos, aparece em poucos capítulos (II Reis 21 a 23 e II
Crônicas 33 a 35). O reino de Israel fora levado cativeiro e estes eventos
acontecem no Reino do Sul, com os reis Manassés, Amon e Josias. Manassés. Filho
de Ezequias embora tivesse tido tal pai, foi um mau rei no princípio de seu
governo. Os registros de II Reis 21 e II Crônicas 33, comprovam isso. Apesar da
situação desastrosa, Deus soube dar lição a Manassés, e ele soube recebe-la.
Foi levado ao cativeiro e lá humilhado, mas arrependeu-se e voltou do cativeiro
e ainda conseguiu terminar seu reinado de modo satisfatório. O filho dele teve
um reinado rápido. “Não se humilhou como Manassés, seu pai”. Foi assassinado.
Diz o texto: Conspiraram contra ele os seus servos e o mataram na sua casa”....
O terceiro rei do período foi Josias, que levou a cabo interessante
reavivamento.
Focalizemos a atenção sobre o rei Josias e o sacerdote
Elcias (II Cron. 34). No 8º de sua vida, Josias começou a reinar e no 8º de seu
reinado, houve um despertamento espiritual. Isto quer dizer (8+8=16), por isso
diz: “No ano 8º de seu reinado, sendo ainda moço”... Aos 16 anos ele estava
vivamente impressionado com a situação espiritual sua e de seu povo, e começou
a buscar o Deus de Davi, seu pai. No duodécimo ano, começou a purificar Jerusalém
e aos 26 anos a reparação do templo. Nesta época o sumo-sacerdote Elcias acha o
Livro da Lei este foi um grande acontecimento. No 8º reinado houve grande
despertamento grandioso na espiritualidade do povo de Israel pela Palavra de
Deus ocasionando um grande movimento religioso, como não houvera desde os
tempos do Profeta Samuel, nem mesmo durante todo o tempo de Saul, de Davi, de Salomão,
nem durante o período do Profeta Elias, Eliseu e Isaias. Este foi um período
menor em extensão, mais muito superior aos outros períodos nas suas considerações.
PERÍODO DO SACERDOTE
ELCIAS E DO PROFETA SOFONIAS
REINO DE ISRAEL
– Não houve reis, Israel fora levado em
cativeiro
REINO DE JUDÁ
- AMOM – MANASSÉS – JOSIAS
PROFETAS –
SOFONIAS – ELCIAS
ACONTECIMENTOS – Nos
tempos de Elcias -Abolição da idolatria, Reparação do Templo, Helcias acha
o Livro, Renovação do Pacto, Celebração da Páscoa, Guerra contra o Egito
ACONTECIMENTOS – Nos tempos de Sofonias – Dia de
Jerusalém, Dia das Nações (urtiga, angústia), Dia de Sião (remanescentes)
O PROFETA SOFONIAS
O Profeta Sofonias profetizou nos dias de Josias, filho de
Amon, rei de Judá (1.8), no mesmo período de Elcias. Este Livro tem apenas três
capítulos. Sua análise é muito fácil, pois se lembrarmos que o cativeiro já
viera para o Reino do Norte e que estavam frescas as impressões de sua queda,
verificamos como apelos ao reino do Sul e deveriam ser veementes. Israel já se
foi e Judá correndo o mesmo perigo, ou Judá se firma (e Deus promete neste caso
a libertação), ou não se firma e o dia do Senhor virá fatalmente. O primeiro
capítulo ressalta a importância de Judá tomar tento, “se chegou o dia de
Israel, poderá chegar o dia de Judá também”, o dia do Senhor, ou seja, o dia do
juízo, do castigo, do ajuste de contas. Sofonias intensifica a ideia de que
Deus terá de destruir a Israel e a Judá como povo, mas isto não significa que
vai desaparecer a linhagem espiritual, pois alguns serão sempre fiéis e
sobreviverão sob qualquer circunstancias, no sentido espiritual, embora a
independência nacional desapareça. As promessas do Senhor vão permanecer, o seu
remanescente (Sof. 3.13-14). A palavra Israel está sendo tomada aí no sentido
lato, não no sentido restrito das Dez Tribos.
“Exulta de todo o teu coração, ó filha de Jerusalém”. O Livro de
Sofonias é curto, mas as mensagens de exortação, são empolgantes. A veemência
da mensagem é intensificada ao período seguinte da história. Será o último
período de vida independente de Judá.
JEREMIAS – O PROFETA DA
QUEDA
Estamos percorrendo os cinco períodos do Reino Dividido, e
estudando cada um deles, tendo por centro de interesse um homem de Deus. São
eles: Elias, Eliseu, Isaías, Elcias e Jeremias. Veremos agora o quinto e último,
o do Profeta Jeremias. O Livro de Jeremias não aparece na Bíblia em ordem
cronológica, e é visto com passagens que se misturam com o conteúdo biográfico,
a sua compreensão se torna mais difícil.
Como então estabelecer esta ordem. Sugerimos o seguinte:
1º - No tempo de Josias – Cap.1-12, além da chamada do Profeta
e do anuncio da invasão iminente há as
primeiras mensagens do Profeta junto ao Templo, que fora restaurado por Josias.
Este foi um período da meninice e juventude de Jeremias. Jeremias era filho de
profeta, da cidade de Anathoth e criado em ambiente religioso e suas mensagens
foram direcionadas as autoridades civis e religiosas, e com grande energia
moral.
2º - No tempo de Joaquim – Cap. 13-20. E ainda os de 35,36 e
45. Trata-se da luta do Profeta contra o próprio rei e príncipes havendo no
Cap. 35 o incidente dos Recabitas, os quais constituíam uma espécie de ordem
religiosa, contrária a todo uso de bebida forte. Os Caps. 36 e 45, tratam do
incidente da queima do rolo do Livro de Jeremias. O Rei Joaquim, tendo tido
notícia do livro que registrava tremendas verrinas contra a situação política,
mandara atirar ao fogo todo o escrito profético, mas Jeremias, contudo, recebeu
ordem divina de repetir as mensagens. Segundo nos contam a Escritura, não
apenas rescreve todas as mensagens como escreveu ainda outras, tendo a seu
serviço um amanuense.
3º - No tempo de Zedequias – Cap. 21 e 27 e mais os 28, 34,
37, 38 e ainda 30 e 33 a que faremos referência especial. Trata-se de mensagem
sobre o cativeiro e as acompanhantes promessas de restauração, estas
especialmente registradas nos últimos capítulos (30 a 33), e muitas dessas
mensagens escritas em sentido figurado, como por exemplo, as do cinto e do
oleiro. Contudo o ensino essencial desse período é a respeito da possibilidade
da restauração.
4º - Depois da Queda – Cap. 29 – Trata-se de uma carta do
profeta aos que se achavam dispersos no cativeiro. A este respeito convém fazer
uma comparação do texto referido (29), com o de Esdras 1.1. De fato, Esdras escritor
do tempo da restauração, se refere a Jeremias, como o profeta que falava do
cativeiro e do tempo que o povo teria de permanecer nele. Fala consequentemente
da restauração, visto que delimita o tempo do castigo.
5º - O Desfecho – Caps. 39, 44 e mais 52. Trata-se de uma
rebelião final, ocorrida em Jerusalém, levada a eleito por parte de
remanescentes que sob as ordens de Gedalías, tomaram a iniciativa de fugir para
o Egito, Era naturalmente o medo de uma represália dos poderes do Oriente e um
esforço de encontrar abrigo. Ali talvez tenha morrido, porque já nesta época
devia ser bem velho. Não conhecemos as circunstâncias dos últimos dias desse
profeta, que é chamado o Profeta da Queda, ou também, “Profeta das
Lamentações”. Convém lembrar que há nas Escrituras, o livro chamado “Lamentações”.
Um livro de poesia, escrito com grande sentimento, essas Lamentações de
Jeremias, refletem toda a situação de uma época como a que estavam vivendo os
israelitas, um período de decadência, de declínio inflexível, de extinção da
nacionalidade.
6º - Mensagem às Nações – Caps. 46-51 – Estas não constituem
parte daquela ordem cronológica que procuramos descrever até agora, mas são um
conjunto de mensagens a diversas nações. O Deus que agora entregou os
israelitas às nações, era o senhor dessas mesmas nações, a saber: Egito,
Filístia, Moabe, Amom, Edom, Damasco, Quedar, Azor, Alão e Babilônia. Estas
mensagens se explicam pela situação geral da época, e não por uma fase
especifica da vida do profeta. Tais nações vinham sendo um látego divino contra
a nação israelita. Jeremias não é um homem medroso, poltrão como havia sido
chamado, mas antes um homem que tem perspectiva diferente dos políticos
enfezados do seu tempo. Só assim podemos compreender a grandeza desse profeta
que foi atirado ao poço, sujeito às calúnias de Pashur e aos caprichos do Rei
Joaquim, revela ter visão ampla da história, compreende que, no jogo da história,
um Senhor que realmente guia os líderes e movimenta as nações.
CONTEMPORÂNEOS DO
PROFETA JEREMIAS
·
REI DE
ISRAEL – Não houve reis, Israel fora levado em cativeiro
·
PROFETAS
– Nahum (Naum 1.1), Habacuque (Hab. 1.4), JEREMIAS
·
REIS DE
JUDÁ – Joacaz, Eliakim (Mudou o nome para Jeoaquim), Joaquim (Levado em
Cativeiro), Matanias (Mudou o nome para Zedequias)
Os contemporâneos do Profeta Jeremias foram Nahum e
Habacuque, e quanto aos reis de Israel, não havia (Israel fora levado ao
cativeiro), e quanto aos reis de Judá são estes: Joacaz, Jeoaquim, Joaquim, seu
filho, levado em cativeiro e finalmente Zedequias, (II Reis 24.17 e 25.7).
Neste período de decadência final da vida de Judá, como nação independente,
deve incluir a apresentação dos dois outros profetas contemporâneos de
Jeremias, e o conteúdo de ambos estes livros não são longos.
O PROFETA NAUM
O profeta Naum destaca a demonstração prática de como Deus é
o Senhor da nações, pois não tinha sido a própria Assíria que conquistara
Israel? Que levara em cativeiro os componentes do Reino do Norte? Não era ela
agora que estava sofrendo nas mãos dos conquistadores do Sul da Mesopotamia?
Esta mensagem constituía grande consolação para os que viam a espada de
Nabucodonozor descer sobre a cidade de Jerusalém. O que acontecera com
Salmanazar e Senaqueribe, acontecia também com Nabucodonozor, ainda que no
momento, todas as indicações parecessem em contrário.
O PROFETA HABACUQUE
Muito semelhante era a mensagem de Habacuque. Dirige-se ele,
não ao reino do Norte da Mesopotamia, a Assíria, mas ao Reino do Sul da Mesopatamia,
à Caldéia, agora vitoriosa. Nabucodonozor entraria triunfalmente sobre
Jerusalém. Os Caldeus são considerados uma nação amarga e o castigo devido a
própria iniquidade a nação será destruída. A confiança em Deus, o Senhor das
nações, é o ponto chave. Deus é o Senhor. (Hab.3.17-18), Esta é a grande
mensagem do Livro de Habacuque; “Portanto ainda que a figueira não floresça,
nem haja fruto na vida, o produto da oliveira minta, os campos não produzam
mais mantimentos, as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não
haja vacas, todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei o deus da minha
Salvação”.
PROFETAS DO CATIVEIRO
Iniciamos este capítulo fazendo retrospecto e esclarecendo
certa relação dos períodos da História de Israel. A maneira de fixar os grandes
acontecimentos do Reino dividido é este: Elias,
o iniciador da era profética; Eliseu,
que tomou a capa de Elias; Isaias, o
profeta evangélico; Elcias, o
Sacerdote que descobriu a Lei; e Jeremias,
o Profeta da Queda. Como percebemos, toda ênfase recai sobre o papel da
profecia, a proclamação da Palavra de Deus. O reino estava dividido, depois em
decadência, e veio a se desfazer no cativeiro. Deus rompia a organização
nacional para salvar a vocação espiritual de Israel.
Tomamos como partida a morte de Salomão, em 930 A.C, o período de Elias, até a morte de Acabe,
vai a 860 A.C. O de Eliseu vai até o
grande terremoto, em 750 A.C, e a Bíblia de fato faz menção ao grande
terremoto, evento em que um dos grandes pontos de referência da história. O
período seguinte vai até Ezequias,
com a invasão de Senaqueribe, em 720 A.C. Segue-se o período que termina com a
reforma do Templo, por ordem de Josias, que ocorreu em 630 A.C. O último
período foi da reforma do Templo até a invasão de Nabucodonozor, em 580 A.C.
Distingamos entre duas invasões: a de Senaqueribe, Rei da Assíria, que destruiu
Israel e a de Nabucodonozor, Rei da Caldéia, que destruiu o Reino de Judá.
Assíria fica ao norte, Caldéia ao sul. A destruição do norte (Samaria) teria se
dado em 720 A.C, e a do sul (Jerusalém) em 580 A.C. Consideremos que o conjunto
(930 A.C até 580 A.C) corresponde mais
ou menos ao tempo decorrido de Pedro Alvares Cabral até os dias de hoje, após o
descobrimento do Brasil. Os grandes denominadores do passado desnorteavam os
povos dominados com a transferência de seus líderes e técnicos, políticos e
ferreiros. Tomado o povo da Palestina e levado para várias regiões, não no
todo, mas em partes, também recebeu a Palestina contingentes de outras partes.
O caldeamento dos remanescentes de Israel com os invasores fez surgir uma raça
misturada, contra a qual os judeus tiveram sempre tremendo preconceito: Os Samaritanos.
Os fatos referentes ao cativeiro, estão registrados em
Jeremias, principalmente a partir do Capítulo 40 em diante e por coincidência
os fatos referentes à restauração, estão descritos a partir do Capítulo 40 de Isaias. Esses livros nessas
partes devem ser lidos em conexão com outros livros de profetas que vivenciaram
esta época do cativeiro, a saber: Joel,
Obadias, Daniel, Ezequiel.
OS PROFETAS JOEL E OBADIAS
Joel e Obadias, não nos consta propriamente, que tenham tido
experiências iguais às de Daniel e de Ezequiel, mas sem dúvida foram seus
contemporâneos, (Joel 2.31 e Obadias 1.15). Joel fala do dia terrível do
Senhor. É uma expressão bíblica para o dia de ajuste de contas, “O dia do
Senhor está perto”. Estes dois profetas se referem ao Dia do Senhor ou Dia de
Jeová. Estas mensagens se referem ao grande ajuste do cativeiro.
As profecias de Obadias e Joel tiveram cumprimento quase que
imediato na própria destruição de Jerusalém por Nabucodonozor, (Joel 1,15,
Obadias 1.20). Os trechos são muito impressionantes. A destruição tantas vezes
profetizada e anunciada, afinal chegara.
O PROFETA DANIEL
A VIDA DE Daniel é mais conhecida. Foi levado para o
cativeiro, Sua influência foi enorme na própria corte de Nabucodonozor e na de
seus sucessores. Tendo sido um homem que viveu muito, alcançou também reinados
de outros dépotas que conquistaram a Babilônia. Profetizou a respeito da
sucessão de reinos até o Messias. É um dos livros mais conhecidos, pois suas
histórias por serem dramáticas, são mais repetidas. Este livro podemos
dividi-lo em:
FATOS , certos
incidentes a respeito da vida do profeta e de seus companheiros(1- ao 6). VISÕES ou seja narrações das profecias
em relação aos reinos da terra (7 AO 12). Deus é mais poderoso que todas as
nações dominadoras, e todos os reinos da terra terão seu fim, até que chegasse
o reino “que não teria fim”. A nossa esperança não é em reino terrestre, mas no
reino espiritual. Cumpria a Israel lembrar de sua vocação espiritual. Israel
teria que voltar e compreender a sua verdadeira vocação que não constitui em
estrutura nacional. Israel não foi escolhido por Deus por ser melhor que outros
povos, mas foi escolhido por Deus para desempenhar um papel na História,
revelar o Deus verdadeiro a todas as nações.
O PROFETA EZEQUIEL
O Livro de Ezequiel divide-se em três grandes partes:
VOCAÇÃO –
Capítulos 1 ao 3 – Estes primeiros capítulos tratam da vocação do profeta
CASTIGO –
Capítulos 4 ao 36 – Estes capítulos mostram que o povo não estava disperso sem
razão, tal ocorrera como fruto de sua desobediência. Pecado traz consequências
RESTAURAÇÃO –
Capítulos 36 – 48 - A advertência não só
se aplica a Israel, mas também a Babilônia. Deus terá, contudo, poder para
restaurar o povo.
Os últimos capítulos de Ezequiel consistem principalmente em
longa descrição do Templo. Ora, para àqueles corações quebrantados, saudosos de
Jerusalém e de tradições religiosas, agora desfeitas deve ter sido
profundamente consoladora a palavra do canto do Rio Quebar. Deus trará não só
vitórias parciais sobre os povos dominadores, mas trarás vitória final sobre a
própria ordem de coisas na terra. Há uma íntima ligação entre o pacto de deus
com Abraão, a função de Israel e o cumprimento pleno da promessa em Jesus
Cristo.
RESTAURAÇÃO
A fase da RESTAURAÇÃO do povo de Israel envolve a
apresentação dos grandes líderes Zorobabel, Esdras e Neemias, como também a
apresentação de três profetas: Ageu, Zacarias e Malaquias. A leitura deve ser feita paralelamente: os
profetas referidos. Os Livros de Esdras, Neemias, e ainda, como apêndice o
Livro de Ester.
FASES DA RESTAURAÇÃO
·
A
RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO – Líder Zorobabel – Foi ele um líder militar que
primeiro trouxe Israelitas para a Palestina, por ordem do Rei Ciro, que servira
de instrumento de Deus para a restauração dos judeus. Ao lado de Zorobabel
temos a figura influente do Sacerdote Josué, que restabeleceu o culto em Jerusalém,
trazendo de volta do Oriente os vasos levados por Nabucodonozor. Uma
restauração política, porém, limitada que estabeleceu uma certa independência
nacional israelita.
·
A
REAPRESENTAÇÃO DA LEI – Líder Esdras – O reestudo da Lei através de Esdras.
Uma reconstrução não material, mas cultural e espiritual. O problema não estava
somente no Templo, onde se colocassem os vasos sagrados trazidos de Jerusalém,
não apenas o local do culto. Como seria possível realizar a vontade de Deus? A
este respeito encontramos no Livro de Neemias, de quando Esdras se interessa
pela instrução do povo de Israel.
·
A
RECONSTRUÇÃO DOS MUROS – Líder Neemias – A Restauração dos Muros cujo líder
principal é Neemias, pelo registro do próprio Neemias, que era copeiro do rei
Artaxerxes, cujo cargo de muita confiança junto às cortes orientais, um mordomo
que superintendia toda a alimentação do palácio e até mesmo antes do rei
ingerir, devia tomar o copo e ingeri-la ele mesmo, demonstrando que nenhuma
traição ocorrera e que, portanto, não haveria nenhum perigo de envenenamento.
Neemias era um homem nobre e de confiança do rei. Neemias recebera notícias
muito desanimadoras da situação de Jerusalém, pois, apesar dos esforços de
Zorobabel, e mesmo de Esdras, havia inimigos como Simbalá e outros, que lutava,
contra a restauração. Os muros de Jerusalém não haviam sido refeitos, de modo
que a independência nacional de Israel era precária. Neemias obtém do rei,
licença para voltar à sua pátria. Jerusalém, e chegando inspeciona todo o
serviço e causa uma verdadeira restauração com empolgantes lutas que os
israelitas tiveram que travar, sendo obrigados a ter em mão as ferramentas de
pedreiro, bem como as armas de guerra, registram-se também a dedicação dos
muros, o ministério do Templo, e a remoção de vários abusos.
·
AO PROFETAS DA
RESTAURAÇÃO
O PROFETA AGEU
Ageu é contemporâneo da primeira fase da restauração, A
Reconstrução do Templo. Ageu demostra que não se fez a reconstrução dos muros,
sem desejo da parte do Senhor, de que o povo se santificasse, a preocupação
primariamente com o Templo e a reconstrução espiritual ao invés de cuidar
primeiro de seus interesses pessoais. (Ageu 1.4). Há constante luta entre a
preocupação material dos israelitas e das mensagens espirituais de Deus através
de seu profeta, Há um contraste entre a liderança falhas dos sacerdotes e o
papal do príncipe Zorobabel.
O PROFETA ZACARIAS
O Profeta Zacarias exorta o povo de Israel ao
arrependimento, não havia razão de dar por findo o castigo do cativeiro, se
Israel não trazer os resultados desejados, era preciso arrependimento, e esta
restauração se dá pelo renovo (Zac.6.12). O grande renovo é o Messias, a ação
de Deus através de seu Filho, que constituirá a afirmação da vocação de Israel
em toda a sua plenitude. Zacarias também foca o governo de Deus sobre as nações
(Zac.7.14), mensagem aliás já apresentada pelos próprios profetas do cativeiro.
A parte final de Zacarias, nos apresenta exaltação da igreja como instrumento
de Deus na terra (Zac.14.16-21).
O PROFETA MALAQUIAS
Malaquias expressão em hebraico que significa “meu
mensageiro”, o livro que ocupa o último lugar no Velho Testamento, apesar de
uma mensagem pequena, mas apresenta Deus em pleito com seu povo. O primeiro
pleito (Malaq.1.1 – 2.9), ”Em que te desprezamos? ”, pergunta o povo e a
resposta divina: “No altar”. O culto não estava sendo prestado com a devida
sinceridade. O segundo pleito (Malaq. 2.10 – 2.17), se resume assim: “Em que te
ceifamos? ” A resposta: “No casamento”. Havia casamento com mulheres gentias e,
com isso misturas inconvenientes. A esse respeito compara-se com o texto de
Neemias, quando ele remove os abusos. O terceiro pleito se resume a pergunta:
"E“ que te roubamos”, e a resposta: “Nos dízimos”. De fato, sendo época em
que o povo devia estar agradecido, era justo esperar que fosse solícito em sua
contribuição. Mas em vez de dar contribuição, cada qual se punha a edificar sua
casa para sua comodidade pessoal. Na última parte do livro, faz referência ao
grande dia do senhor, profecias que faz referências a Jesus Cristo.
O último livro do Velho Testamento nos aponta o começo dos
evangelhos, com a apresentação do precursor do Messias. Durante esse tempo,
segundo aprendemos no Livro de Ester, muitos dos elementos de Israel ficaram dispersos,
isso para que aquela vanglória da segurança nacional não continuasse a ser uma
tentação para Israel. Entre Malaquias e os Evangelhos há um período de 400 anos
onde foram escritos vários livros, inclusive os livros apócrifos existentes nas
edições católicas da Bíblia. Não vamos aqui introduzir em torno do valor dos
textos apócrifos, mas julgamos que, do ponto de vista histórico, pode haver
utilidade nesta leitura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário