quarta-feira, 4 de novembro de 2015

J Ó



The Patient Job
O    L I V R O    D E    J Ó
Livro de Jó ou Job é um dos livros sapienciais do Antigo Testamento e da Tanakh, vem depois do Livro de Ester e antes do Livro de Salmos. É considerada a obra prima da literatura do movimento de Sabedoria. Também é considerada uma das mais belas histórias de prova e fé. Conta a história de , onde o livro mostra que era um homem temente a Deus e o agradava.
As inúmeras exegeses presentes neste livro são tentativas clássicas para conciliar a coexistência do mal e de Deus (teodicéia). A época em que se desenrolam os fatos, ou quando este livro foi redigido, é controverso. Existe uma famosa discussão no Talmud a este respeito.
A autoria de  é incerta. Alguns eruditos atribuem o livro a Moisés. Outros atribuem a um dos antigos sábios, cujos escritos podem se encontrados em Provérbios ou Eclesiastes. Talvez o próprio Salomão tenha sido seu autor. O livro de Jó também é considerado o livro mais antigo da Bíblia, mais até que o livro de Gênesis.
Por outro lado, a Edição Pastoral da Bíblia sustenta que o livro provavelmente foi redigido, em sua maior parte, durante o exílio, no século VI AC .
Bíblia de Jerusalém sustenta que o livro é posterior a Jeremias e Ezequiel, ou seja, escrito em uma época posterior ao Exílio na Babilônia, considerando provável sua composição no início do séc. V AC[2] .
Tradução Ecumênica da Bíblia sustenta que a obra foi composta em várias etapas:
  • O prólogo (1:1-2:13) e o epílogo (42:7-17), seriam um conto folclórico que originalmente narrava a paciência exemplar de um homem da terra de Us (talvez em Edom, a sudeste do Mar Morto). Este conto circulava entre os sábios do Oriente Médio de formal oral desde o fim do Segundo Milênio AC, e foi recontado em hebraico na época de SamuelDavid e Salomão (sécs. XI e X AC).
  • Servindo-se da bem conhecida história do infeliz Jó (Ez 14:14.20), um poeta da segunda geração do Exílio na Babilônia (aprox. 575 AC) compôs o poema (3:1-31:40; 38:1-42:6).
  • Os discursos de Elihu (32:1-37:24), que tratam do valor educador do sofrimento, seria uma adição posterior de outro autor.
  • Muitos pensam que o Elogio da Sabedoria (28:1-28) seria uma adição posterior. 



A TEMÁTICA DO LIVRO

O tema central desse livro não é o problema do mal, nem o sofrimento do justo e inocente, e muito menos o da "paciência de Jó", mas a natureza da relação entre o homem e Deus, em oposição à teologia da retribuição.
Como Jó, na época do Exílio na Babilônia, o povo de Judá tinha perdido tudo: família, propriedades, instituições e a própria liberdade, o que exigia uma revisão da teologia da retribuição.
Para conseguir sua intenção, o autor usa uma antiga lenda sobre a retribuição (1.1-2,13; 42.7-17), omitindo o final (42.7-17) e substituindo-o por uma série de debates que mostram o absurdo da teologia da retribuição, incapaz de atender à nova situação (3.1-42,6).
Aspecto importante do livro é que Jó faz a sua experiência de deus na pobreza e marginalização. A confissão final de Jó, " Eu te conhecia só de ouvir. Agora porém, meus olhos te vêem " (42.5). É o ponto de chegada de todo o livro, transformando a vida do pobre em lugar da manifestação e experiência de Deus, A partir disso, podemos dizer que o livro de Jó é a proclamação de que somente o pobre é apto para fazer tal experiência e, por isso, é capaz de anunciar a presença e ação de Deus dentro da história.
Bruce Wikinsone Kenneth Boa interpretaram na história de Jó, cinco maneiras com as quais Deus usa as adversidades descritas em Deuteronômio 8:
a) Humilhar-nos - Jó 22.29, Deut. 8.2
b) Testar-nos - Jó 2.3, Deut. 8.2
c) Reorganizar nossas prioridades - Jó 42.5-6, Deut. 8.3
d) Disciplinar-nos - Jó 5.17, Deut. 8.5
e) Preparar-nos para bençãos futuras - Jó 42.10, Deut. 8.7




O LIVRO DE JÓ EM PARTES:

Introdução e Prólogo (1.1 - 3.26

Os Amigos de Jó Debatem com Ele


A Defesa Final de Jó e a Réplica de Eliú




VERSÃO DO LIVRO DE JÓ

           Jó 1  - Jó era um homem rico, íntegro e reto, que temia Deus, e fugia do mal. Tinha sete filhos, e era muito rico. Satanás visitou Deus, e disse que Jó O temia porque Ele o abençoava. Se deixasse de abençoá-lo, Jó  amaldiçoaria Deus. Então Deus deixou satanás olhar por Jó. Num só dia satanás tirou tudo de Jó, e ele se lamentando disse: Nasci nu, voltarei nu. O Senhor deu, o Senhor tirou: bendito seja o nome do Senhor! E Jó não blasfemou, nem pecou.

        Jó 2- a) Jó ficou leproso. Sentou-se na cinza do chão, e usava um caco de telha para se coçar. Sua mulher o instigava, e ele disse: Você fala como insensata. Aceitamos a felicidade que vem de Deus, e devemos também aceitar a infelicidade!
  •       b) Jó tinha tres amigos: Elifaz, Bildad, Sofar, que foram lhe visitar, (e Eliú - Jó32). E falaram o seguinte:
    Jó 3- Primeiro discurso de Jó.
    Porque não morri no seio materno, estaria agora deitado em paz. Dormindo com os mortos, os reis, os ricos, os valentes, os pequenos e os grandes. Na morte até os prisioneiros e os escravos são livres.
    Jó 4 e 5- Primeiro discurso de Elifaz.
    a) O homem e a morte.
    Jó, você foi bom, incentivou muita gente, deu força ao fraco, e suas palavras levantavam os caídos. Mas agora é sua vez de ouvir. Você confiou na sua piedade e integridade, e agora sofre. Lembre-se que o inocente e o justo não são destruídos, os pecadores é que sofrem, e perecem ao sopro de Deus. Agora digo que o homem não é justo para Deus. Por isso morre para sempre sem conhecer a sabedoria.
    b) Espírito.
    Chame os mortos para ver se alguém responde. O homem é mau, e o mal não sai do pó, e o sofrimento não brota na terra, tudo vem do homem, como faíscas voando no ar.
    c) Deus.
    Por isso rogo a Deus. Ele faz coisas grandes e maravilhas insondáveis. Distribui a chuva pela terra, exalta o humilde, e lhe dá alegria, frustra os projetos dos maus e dos astutos, e pega o manhoso em sua manha. Coloca o sábio em treva e faz ele andar às apalpadelas ao meio dia. Dá esperança ao infeliz.
    d) Conversão e salvação.
    Feliz aquele que Deus corrige. Não se aborreça com sua lição, pois ele fere e cuida. Seis vezes te salvará da angústia, na sétima o mal não te atingirá mais. Fará um pacto com as pedras do chão, e elas não te machucarão. Na sua casa haverá paz, e nada te faltará. É o que observamos, é o que aprendemos.
    Jó 6 e 7- Resposta de Jó a Elifaz – a vida e a morte.
    a) Se Deus me esmagasse, e suas mãos cortassem os meus dias, eu iria gostar, pois meus tormentos se acabariam, e eu não teria tempo para blasfemar.
    b) A vida - A vida do homem é uma luta, como nos dias de guerra. Como um escravo que espera à sombra, e aquele que espera o salário. Ou aquele que não vê a hora de ir trabalhar, e depois chama a noite para vir logo, e descansar. A vida é um sopro. Quem me vê hoje, amanhã me procurará, e não me encontrará.
    c) A vida é como uma nuvem que passa, e quem desce à região dos mortos não volta mais à sua casa.
    Jó 8- Primeiro discurso de Bildad.
    a) Pecado – Deus não entorta o que é reto, nem distorce a justiça. Se o ofendemos, ele nos entrega às conseqüências de nossas culpas.
    b) Perdão e conversão – O que pedir a Deus em oração, ele te atende, e te cura. Mas se você corrigir suas atitudes, ele fará muito mais.
    c) Aprender com o passado - Veja as gerações passadas, examine com cuidado suas experiências, elas podem instruir, e purificar o coração, mas o tempo passa rápido, nós nos esquecemos das coisas passadas, e não aprendemos com elas.
    d) Impiedade – O papiro fora da água seca logo. Assim é o homem, seca quando se esquece de Deus. Sua esperança se acaba, perde a confiança e a segurança.
    e) Mas Deus não rejeita o homem íntegro, nem dá a mão ao malvado. Ele põe um sorriso na face do íntegro, e alegria em sua vida, e seus inimigos se afastam envergonhados.
    Jó 9 e 10- Resposta de Jó a Bildad – Deus.
    a) O homem nunca tem razão contra Deus. Numa disputa com ele não conseguirá responder uma vez em mil. Deus move a duna no deserto sem que ela perceba. Sacode a terra, e abala sua fundação. Manda o Sol se levantar para esconder as estrelas.
    b) Deus passa perto de mim, me toca, e eu não percebo. Quem o impedirá de fazer alguma coisa? Quem o repreenderá. Quem diz: Porque faz isso? Se nem o vê fazer. Quem somos nós para interrogar Deus! Mesmo tendo razão eu não perguntaria, nem responderia, apenas pediria clemência ao meu juiz.
    c) O homem mau (satanás / autoridades).
    Sim, eu sou inocente! E não me importo se estou à beira da morte, mas eu digo que Deus faz morrer o inocente e o ímpio. A terra está nas mãos dos maus, e Deus veda os olhos dos juízes para eles não verem o mal, e ver o desespero do inocente. Se não é ele, quem faria isso?
    c) Estou desgostoso da vida, mas não me condeno. Quero saber de Deus porque ele me trata assim. Porque encontra prazer em me oprimir, e favorece os planos dos maus. Será que ele vê como os homens?
    Jó 11- Primeiro discurso de Sofar – A Sabedoria.
    a) Você está falando muito, e vai ficar sem resposta, porque o falador perde a razão. E você não pode zombar de Deus, sem que ninguém te repreenda. Se Deus te desse a Sabedoria, você veria que ele esquece boa parte dos nossos pecados. A Sabedoria parece confusa para o homem, se não fosse assim, uma cabeça oca a entenderia, e um asno se tornaria razoável.
    b) Se quiser Sabedoria, volte-se para Deus, estenda-lhe as mãos, e peça-a. Enquanto espera, se afaste do mal, não conviva com a injustiça, e a ela virá. E seu futuro será mais brilhante que o meio dia, e a noite passará virá a aurora, e terá mais confiança, esperança e paz.
    Jó 12 - Resposta de Jó a Sofar - Deus.
    a) Você é mesmo muito hábil e sábio, mas eu não sou inferior a ti. Os homens riem daquele que ora a Deus, e zombam do justo e inocente. O violento goza de paz e segurança, e seu braço é o seu deus. Agora, pergunte aos animais, e eles te darão lições, e te ensinarão que Deus fez tudo isso, e que traz nas mãos o sopro de vida dos humanos.
    b) Deus - O ouvido distingue as palavras, e o paladar o sabor. Os cabelos brancos trazem sabedoria, e a inteligência dá longa vida. Deus tem a sabedoria, o conselho e a prudência, e mais a inteligência, o poder e a força.
    c) O que Deus destrói não será reconstruído. Ele conhece o que engana e o enganado. Confunde os juízes. Destrona o rei, e o faz mendigar. Abate o poderoso. Faz o sacerdote se apressar. Tira a palavra dos seguros de si, e a sabedoria dos velhos. Faz o nobre ser desprezado, e afrouxa os fortes. Revela segredos, e põe vida na morte. Torna grande uma nação, depois a destrói. Tira a razão das autoridades, e os deixam perdidos sem pistas, e tontos como embriagados.
    Jó 13- Jó continua falando a Sofar, (pois querem que ele se diga culpado):
    a) Eu sei disso, e você também sabe, mas eu queria mesmo, era discutir com Deus.
    Porque vocês são impostores, e seriam mais sábios se ficassem calados. Digo mais, vocês mentem para defender Deus, mas ele não precisa de defesa, nem de suas mentiras. Vocês são cheios de defeitos, e querem ser advogados dele. Eu quero falar, depois aconteça o que acontecer.
    b) Eu sei que tenho razão. Quero saber de Deus, quantos pecados cometi? E que me mostrem eles. Porque ele não vem? Esconde-se para me assustar? Eu não passo de uma folha seca levada pelo vento, e ele quer me perseguir?
    Jó 14- Jó fala com Deus – O homem.
    a) O homem é como a flor que nasce e morre. Uma sombra fugitiva. Ele vive pouco tempo, e é cheio de misérias. E o Senhor o vigia, e o chama para ser julgado. O homem é impuro, e quem o fará se tornar puro? Ninguém. Poucos são os seus dias, e (Deus) se afasta dele, e o deixe em paz até o dia da sua morte.
    b) Reencarnação – Para uma árvore há esperança, pois quando cortada, ela brota. Mas o homem quando morre se deita para nunca mais levantar. Durante toda a duração dos céus, ele não despertará, e jamais sairá do seu sono. Seria bom se um homem depois de morto pudesse reviver!
    Jó 15- Segundo discurso de Elifaz – O homem.
    a) O homem sábio não fala ao vento, não usa argumentos fúteis e palavras vazias. Ele respeita Deus, e não se deixa levar pelos impulsos do coração.
    b) O homem não é puro nem justo, é corrupto. Ele tem sede de injustiça, e bebe dela como se fosse água. O homem é detestável, o mal engana, e gera a infelicidade.
    Jó 16 e 17- Resposta de Jó a Elifaz.
    Você fala assim porque não é com você, e suas palavras é que são atiradas ao vento. Eu estava em paz. Deus a tirou de mim, e me reduziu a ser uma anedota para o povo. As pessoas boas e retas se espantam, e o inocente se irrita contra o ímpio. Mas o justo continua o seu caminho, e redobra sua coragem.
    Jó 18- Segundo discurso de Bildad.
    A luz do homem mau se apaga, e a chama de seu fogo não ilumina, mas escurece.
    Jó 19- Resposta de Jó a Bildad
    Saiba que é Deus que me afligi, e me cerca com sua rede. Meu escravo não me responde, minha mulher tem horror do meu hálito, sou pesado aos meus filhos, e as crianças riem de mim.
    Jó 20- Segundo discurso de Sofar – O homem é mau.
    Desde que o homem foi posto na terra, o triunfo do mau é breve, e a alegria do ímpio só dura um instante. O mal é doce na boca, mas se transforma nas entranhas, e ele faz vomitar o que engoliu. O homem mau não goza o fruto do trabalho, porque maltratou o pobre, roubou uma casa que não construiu. E em plena abundância, sente escassez.
    Jó 21- Resposta de Jó a Sofar – O sucesso do homem mau.
    Você diz isto, mas o homem mau prospera, envelhece, e vê seus netos prosperarem. Sua casa é tranquila, sem alarmes, e a vara de Deus não o atinge. Diz a Deus: ‘Afasta-te de mim, não quero conhecer o seu caminho. Quem é o Senhor para que eu o sirva? Que vantagem tenho em fazer orações?’ Contudo, longe de mim o modo de pensar dos ímpios!
    Jó 22- Terceiro discurso de Elifaz – Reconciliação.
    Reconcilia-se com Deus, peça perdão, e será feliz. Não se ache altivo. Aceita suas instruções, e as guarde, porque Deus rebaixa o orgulhoso, e socorre o que baixa os olhos.
    Jó 23 e 24- Resposta de Jó a Elifaz
    Sim, minha queixa é uma revolta, porque a mão de Deus pesa sobre mim. Queria falar com ele, mas não o encontro. Mas se ele me põe à prova, me purificará, e sairei puro como o ouro.
    Jó 25- Terceiro discurso de Bildad - Deus.
    A Deus pertencem o poder e a majestade. Da sua morada faz reinar a paz, e sua luz ilumina todos. Por isso o homem não pode ser puro, nem justo diante de Deus.
    Jó 26 a 31- Resposta de Jó a Bildad - Deus.
    Deus deixa a Terra em cima do nada. Prende as águas nas nuvens, e elas não se rasgam. Traçou um círculo nos confins do mar, onde a luz alcança as trevas. E tudo isso é apenas o contorno de suas obras. Quem compreenderá o seu poder?
    Jó 27- Continuação da resposta – (origem de ‘satanás’como pessoa).
    Deus me recusa justiça. Eu não menti, e não dou razão a vocês, porque sou inocente. Minha consciência não me acusa. Que meu inimigo seja o culpado, e meu adversário o mentiroso.
    Jó 28- Continuação da resposta - Origem da Sabedoria.
    Há lugares onde se tira a prata e o ouro. O ferro e o cobre são extraídos do solo. Mas a sabedoria, de onde ela sai? Onde se esconde a inteligência? O homem ignora seu caminho, ninguém a encontra na terra dos vivos. Só Deus conhece o caminho que leva a ela, é ele quem sabe seu lugar. E diz ao homem: O temor ao Senhor, eis a Sabedoria (Espírito Santo), fugir do mal, eis a Inteligência (Verbo, Cristo).
    Jó 29- Continuação da resposta – O homem bom.
    Quem fará voltar a ser como era, quando a luz de Deus me guiava nas trevas? Quando eu saía, o jovem se escondia, e o velho ficava de pé. Os chefes paravam de conversar para me saudar. Eu livrava o pobre que pedia socorro, e o órfão sem apoio. Revestia-me de justiça. Era os olhos do cego, e os pés do manco. Era um pai para os pobres. Domava o perverso. Quem me escutava acolhia o meu conselho. Era bem vindo como a chuva. Sorria para os que perdiam a coragem, e se reerguiam.
    Jó 30- Continuação da resposta - A miséria humana.
    a) São jovens que não atingirão a idade madura, pois a miséria e a fome os reduziram a nada. Comem ervas e cascas de arbustos. São expulsos do meio do povo como ladrões. Moram em cavernas e barrancos medonhos. Filhos de infames, e gente sem nome, que são expulsos da terra.
    b) O pior para Jó.
    Agora estes jovens zombam de mim. Eu sou o assunto de suas estórias. Afastam-se de mim com horror, e cospem em meu rosto. Não têm educação. Deus me jogou no lodo, clamo e ele não me responde, se tornou cruel comigo.
    c) Mas o que cai, tem direito de estender a mão, e pedir socorro. Eu chorei com os oprimidos, e tive piedade dos pobres. Esperei felicidade, e veio a desgraça. Esperei a luz, e veio treva.
    Jó 31- Continuação da resposta
    Sempre respeitei as mulheres, o escravo, o pobre, o órfão e o estrangeiro. Nunca pus  minha segurança no ouro, nem adorei ídolos. E agora estou aqui sofrendo, e ninguém me ouve.
    Jó 32- Manifestação de Eliú – A velhice não dá Sabedoria.
    Os interlocutores de Jó se calaram, então Eliú ouvindo Jó se justificar, lhe disse: Sou jovem, vocês velhos, e a timidez me impedia de falar. Eu pensava que os velhos eram sábios, pois os anos fazem conhecer a sabedoria. Mas vejo que é o Espírito de Deus no homem que o torna inteligente. Não são os mais velhos os sábios, nem os anciãos os que praticam a justiça. Ninguém refutou Jó, mas eu vou lhe responder.
    Jó 33- Primeiro discurso de Eliú.
    Jó disse que não pecou, e que Deus está contra ele. Diz que Deus não responde seus discursos, mas Deus fala de modos diferentes, por sonhos, visões e pela dor. Mas Jó não percebeu.
    Jó 34- a) Segundo discurso de Eliú – Deus.
    Procure discernir o que é justo, e conhecer o que é bom.
    b) Resposta de Jó. Eu sou inocente! Deus não me faz justiça, e eu passo por culpado e mentiroso.
    c) Réplica de Eliú. Você blasfema, quando diz que o homem não ganha nada em ser agradável a Deus, porque ele trata cada um conforme os seus atos, e lhe dá o que merece. Ele não prefere rico ou pobre, porque ele fez todos. Ele segue nossos passos, e não há trevas onde o pecador possa se esconder. Ele vê a dor do pobre, derruba o poderoso num olhar, e cuida para que o ímpio não venha a reinar, e coloque armadilhas para o povo.
    Jó 35- Terceiro discurso de Eliú – o homem.
    Você disse: qual a vantagem em não pecar? Respondo: A maldade do homem prejudica o seu semelhante, e a justiça serve para a boa convivência. O rei mau e orgulhoso oprime o povo, que geme e clama, e diz que Deus não intervém.
    Jó 36 e 37- Quarto discurso de Eliú – Deus.
    Deus é poderoso por sua ciência, mas não é arrogante. Não deixa viver o mau, e faz justiça ao aflito. Faz o homem reconhecer sua falta, e quer que ele renuncie à injustiça. E se ele obedece termina seus dias na felicidade e em delícia. Então Jó, não seja injusto por causa do sofrimento. Deus é rico em força, igualdade e justiça, e não tem que prestar contas a ninguém. Por isso não podemos chegar perto dele, mas se queremos bênçãos temos que reverenciá-lo, pois ele não vigia quem se julga sábio.
    Jó 38 e 39- Primeiro discurso de Deus.
    Eu criei tudo, e dei a cada um a sabedoria. Quem quer discutir comigo? Que responda! DEUS FALA DA SABEDORIA NA CRIAÇÃO. E Jó disse: Leviano sou, e não posso Te responder. Levo minha mão à boca. Falei uma vez, não repetirei, e nada acrescentarei.
    Jó 40 e 41- Segundo discurso de Deus.
    Deus disse: Você quer reduzir minha justiça a nada, e me condena. DEUS FALA DA SABEDORIA NA CRIAÇÃO. Você é capaz de fazer o que eu faço? Se fizer eu te louvarei por triunfar pela força da sua mão.
    Jó 42- a) Jó responde: Sei que podes tudo, e que nada te é difícil. Falei porque não compreendia suas maravilhas. Ouvi falar de ti, mas agora meus olhos te viram. E eu me retrato e me arrependo.
    b) E o Senhor devolveu tudo o que satanás havia tirado de Jó.


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