E C L E S I Á
S T I C O
Eclesiástico ou Sirácida é
um dos livros deuterocanônicos da Bíblia, de composição
atribuída a Jesus filho de Sirach (Jesus Ben Sirac ou Ben Sirá, ou, em
grego Sirácida). O livro, formado por reflexões pessoais do autor, era
comumente lido em templos cristãos, aliás o
nome Eclesiástico (Livro da Igreja ou da Assembléia) provém do uso
oficial que a Igreja faz desse livro, em contraposição à Sinagoga judaica,
que não o aceita como Palavra de Deus, tal designação vem desde da época
de São Cipriano de Cartago. O livro foi originalmente escrito
em hebraico, entre 190 e 124 a.C., possui 51 capítulos e, posteriormente,
foi traduzido para o grego por um neto de Jesus filho de Sirach, em
123 a.C..
O Eclesiástico é
tido como sagrado pelas Igrejas: Católica
Romana, Anglicana e Igrejas Ortodoxas.
O Eclesiástico é reconhecido no judaismo pelo seu valor
histórico; porém, não é parte do Tanakh, o compêndio de livros sagrados da
religião. Por esta razão, grupos protestantes não o incluem em
seu cânone.
No início do
século II a.C., a Palestina passou do domínio
dos Ptolomeus (Egito) para o dos Selêucidas (Síria). A fim
de unificar o império, exposto a conflitos internos, os selêucidas promoveram
uma política de assimilação, e procuraram impor aos povos dominados a cultura,
a religião e os costumes gregos - um imperialismo cultural que ameaçava
destruir a identidade cultural e religiosa dos dominados.
Parte dos
judeus aceitava adaptar o judaísmo a uma civilização mais universal, entretanto
outra parte buscava preservar a identidade e salvaguardar a fé e a vocação de
Israel, testemunha do Deus vivo para todas as nações. Ben Sirac escreveu então
este livro, uma espécie de longa meditação sobre a fidelidade hebraica. Ele
procura reavivar a memória e a consciência histórica do seu povo, a fim de
mostrar sua identidade própria e o valor perene de suas tradições. O autor,
porém, não é intransigente, pois em seu livro mostra ter já assimilado diversos
aspectos da cultura grega, iniciando o caminho de uma síntese que culminará
no Livro da Sabedoria, ou seja, o livro dirige-se a todo aquele que queria
se comportar como judeus em um mundo que mudava, trata-se de uma obra de um
conservador lúcido, que quer preservar o essencial, sabendo que não se deve
ignorarar as situações novas.
O centro do
livro está no cap. 24, em que o autor identifica a Sabedoria com a Lei de
Moisés (24,23). Não se trata das leis (= legislação), e sim dos cinco livros
do Pentateuco que, em hebraico, se chamam Torá = Lei. Esta, na visão do
autor, constitui a Sabedoria de Israel. Com efeito, a narração toda do
Pentateuco mostra a experiência básica de todo homem e de qualquer povo: a
sabedoria que nasce da experiência concreta e conduz à vida.
EXISTÊNCIA DO TEXTO EM HEBRAICO
São Jerônimo afirmava
tê-lo conhecido em sua língua original, aproximadamente dois terços de uma
antiga cópia do texto em hebraico provenientes de uma Sinagoga no Cairo
foram encontrados em 1896, alguns fragmentos foram encontrados nas grutas
de Qumrã (Manuscritos do Mar Morto) e outros fragmentos foram
encontrados em Massada.
O livro do
ECLESIÁSTICO coloca ao tradutor e ao leitor vários problemas difíceis. É um
livro muito usado no judaísmo; especialmente citado no Talmud, exerceu bastante
influência na liturgia judaica (festa do Grande Perdão; Oração das 18 Bênçãos).
Apesar de ser estimado e usado pelos cristãos e de fazer parte da coleção dos
livros religiosos em Alexandria, os cristãos dos primeiros séculos tiveram
alguma hesitação em relação a ele, provavelmente por causa da história
complicada da sua transmissão e pelo fato de não ter sido integrado no Cânon
judaico. É, portanto, um livro Deuterocanónico.
NOME
NOME
Desde os
primeiros séculos do Cristianismo até há pouco tempo, o nome mais comum para
designar este livro era "Eclesiástico" (do latim "Ecclesiasticus
liber"), o que significa o livro da igreja ou da assembleia, por
antonomásia. São Cipriano, falecido em 248, parece ter sido o primeiro a usar
esse nome, devido ao uso que dele se fazia na Igreja antiga. Com efeito, de
entre os Livros Sapienciais, é este o mais rico de ensinamentos práticos,
apresentados de um modo paternal e persuasivo.
Apesar de se lhe chamar também "Sirácide", derivado de uma forma alternativa de "Sira", os principais manuscritos gregos usam o título de "Sabedoria de Jesus, filho de Sira" (51,30), ou então, "Sabedoria de Sira". Porque o texto considerado pela Igreja como canônico é o grego, parece aceitável a adoção moderna de livro de "Sirácide" ou de ECLESIÁSTICO como título, apesar da longa tradição do uso de " Ben Sira".
AUTOR E DATA
Apesar de se lhe chamar também "Sirácide", derivado de uma forma alternativa de "Sira", os principais manuscritos gregos usam o título de "Sabedoria de Jesus, filho de Sira" (51,30), ou então, "Sabedoria de Sira". Porque o texto considerado pela Igreja como canônico é o grego, parece aceitável a adoção moderna de livro de "Sirácide" ou de ECLESIÁSTICO como título, apesar da longa tradição do uso de " Ben Sira".
AUTOR E DATA
Excetuando
os escritos proféticos, é este o único livro do Antigo Testamento do qual temos
a certeza de conhecer o autor: "Sabedoria de Jesus, filho de Sira",
como vem assinalado no fim, em jeito de assinatura (51,30; ver 50,27). Segundo
muitos autores, terá assinado a sua própria obra, por influência
helenística.
Jesus Eclesiástico, ou Sirácide, terá vivido em Jerusalém (50,27) no início do séc. II a.C., como se pode deduzir do louvor que faz a Simão, Sumo Sacerdote (50,1-21). Para a identificação de tal Simão com Simão II é decisiva a notícia que nos é dada pelo tradutor grego da obra, filho ou neto do autor, que escreve por volta de 132 a.C., correspondente ao ano 38 de Ptolomeu VII Evergetes (ver Prólogo).
O livro deve ter sido escrito por volta de 180 a.C. e antes da trágica situação que começa com a destituição de Onias III, filho de Simão, em 174 a.C., a quando da violenta perseguição de Antíoco Epifânio (175 a.C.) e da consequente sublevação dos Macabeus (167 a.C.). O próprio ECLESIÁSTICO nos fornece alguns dados sobre a sua identidade e o seu trabalho. Em 51:23 fala da própria escola e convida os ignorantes a inscreverem-se para poderem adquirir gratuitamente a sabedoria (51:25).
O período em que ECLESIÁSTICO compõe a sua obra e estabelece, na sua própria casa, uma escola de formação sapiencial, está profundamente marcado por uma forma de civilização que se chama "helenismo." É uma forma nova de vida, cuja expansão no Médio Oriente ocorreu depois de Alexandre; caracterizava-se essencialmente pela convivência de culturas, pelo sincretismo religioso, por um universalismo que tende a abolir as fronteiras de raças e de religião, pela glorificação das forças da natureza e pelo culto do homem.
Perante o dinamismo e a expansão sempre crescente do helenismo na própria Palestina, o judaísmo começou a sentir ameaçada a sua própria existência. E ECLESIÁSTICO, apesar da sua abertura de espírito em relação a certos valores do mundo grego, toma consciência de que esse novo movimento de ideias e de costumes se opõe a certas exigências fundamentais da religião judaica (2:12-14). Com outros judeus piedosos, pressente o fim da coexistência pacífica entre o helenismo e o judaísmo e prevê o momento da cisão entre as duas visões diferentes do mundo.
Em 198 a.C., depois da batalha de Pânias, a Palestina passou do domínio dos Ptolomeus do Egito para uma outra, mais hostil, dos Selêucidas de Antioquia da Síria. Antíoco III (223-187) e o seu sucessor Seleuco IV (187-175) ainda foram bastante favoráveis aos judeus, concedendo-lhes privilégios e isenções, contribuindo até, pessoalmente, para as despesas do culto no templo (2 Mac 3:3). Mas a situação política precipitou-se rapidamente com Antíoco Epifânio (175-164), que, devido ao jogo de influências, destituiu Onias III do cargo de Sumo Sacerdote e desencadeou uma violenta perseguição contra os seus opositores.
Esta situação política posterior a Eclesiástico, aliada à situação religiosa e cultural acima descrita, viria a provocar a sublevação judaica chefiada pelos Macabeus. Foi precisamente perante a invasão avassaladora do helenismo que ele escreveu para defender o patrimônio religioso, histórico, sapiencial e cultural do judaísmo, a sua concepção de Deus, do mundo e da eleição privilegiada de Israel. Neste livro procura convencer os seus compatriotas de que possuem, na sua Lei revelada, a sabedoria autêntica e, por isso, não devem capitular perante o pensamento e a civilização dos Gregos.
TEXTO
Jesus Eclesiástico, ou Sirácide, terá vivido em Jerusalém (50,27) no início do séc. II a.C., como se pode deduzir do louvor que faz a Simão, Sumo Sacerdote (50,1-21). Para a identificação de tal Simão com Simão II é decisiva a notícia que nos é dada pelo tradutor grego da obra, filho ou neto do autor, que escreve por volta de 132 a.C., correspondente ao ano 38 de Ptolomeu VII Evergetes (ver Prólogo).
O livro deve ter sido escrito por volta de 180 a.C. e antes da trágica situação que começa com a destituição de Onias III, filho de Simão, em 174 a.C., a quando da violenta perseguição de Antíoco Epifânio (175 a.C.) e da consequente sublevação dos Macabeus (167 a.C.). O próprio ECLESIÁSTICO nos fornece alguns dados sobre a sua identidade e o seu trabalho. Em 51:23 fala da própria escola e convida os ignorantes a inscreverem-se para poderem adquirir gratuitamente a sabedoria (51:25).
O período em que ECLESIÁSTICO compõe a sua obra e estabelece, na sua própria casa, uma escola de formação sapiencial, está profundamente marcado por uma forma de civilização que se chama "helenismo." É uma forma nova de vida, cuja expansão no Médio Oriente ocorreu depois de Alexandre; caracterizava-se essencialmente pela convivência de culturas, pelo sincretismo religioso, por um universalismo que tende a abolir as fronteiras de raças e de religião, pela glorificação das forças da natureza e pelo culto do homem.
Perante o dinamismo e a expansão sempre crescente do helenismo na própria Palestina, o judaísmo começou a sentir ameaçada a sua própria existência. E ECLESIÁSTICO, apesar da sua abertura de espírito em relação a certos valores do mundo grego, toma consciência de que esse novo movimento de ideias e de costumes se opõe a certas exigências fundamentais da religião judaica (2:12-14). Com outros judeus piedosos, pressente o fim da coexistência pacífica entre o helenismo e o judaísmo e prevê o momento da cisão entre as duas visões diferentes do mundo.
Em 198 a.C., depois da batalha de Pânias, a Palestina passou do domínio dos Ptolomeus do Egito para uma outra, mais hostil, dos Selêucidas de Antioquia da Síria. Antíoco III (223-187) e o seu sucessor Seleuco IV (187-175) ainda foram bastante favoráveis aos judeus, concedendo-lhes privilégios e isenções, contribuindo até, pessoalmente, para as despesas do culto no templo (2 Mac 3:3). Mas a situação política precipitou-se rapidamente com Antíoco Epifânio (175-164), que, devido ao jogo de influências, destituiu Onias III do cargo de Sumo Sacerdote e desencadeou uma violenta perseguição contra os seus opositores.
Esta situação política posterior a Eclesiástico, aliada à situação religiosa e cultural acima descrita, viria a provocar a sublevação judaica chefiada pelos Macabeus. Foi precisamente perante a invasão avassaladora do helenismo que ele escreveu para defender o patrimônio religioso, histórico, sapiencial e cultural do judaísmo, a sua concepção de Deus, do mundo e da eleição privilegiada de Israel. Neste livro procura convencer os seus compatriotas de que possuem, na sua Lei revelada, a sabedoria autêntica e, por isso, não devem capitular perante o pensamento e a civilização dos Gregos.
TEXTO
Originariamente,
ECLESIÁSTICO foi escrito em hebraico; mas esse texto, perdido durante séculos,
só foi descoberto a partir de 1896 na velha sinagoga do Cairo, em diversos
fragmentos de vários manuscritos medievais. Mais tarde, outros pequenos
fragmentos foram encontrados numa gruta de Qumrân. Em 1964 foi encontrado na
fortaleza de Maçada, junto ao Mar Morto, um longo texto que abrange 39:27- 44:17,
numa escrita do início do século I a.C.. O texto hebraico ainda foi conhecido
por São Jerônimo, que faleceu em 419.
Felizmente já havia, pelo menos, uma tradução grega, feita no Egito pelo neto do autor. Foi esta que entrou para a Bíblia grega, sendo depois aceita pela Igreja como texto canônico. O autor da tradução acrescenta-lhe um prólogo. Hoje se reconhecem dois estados do texto hebraico: um antigo, que serviu de base à versão grega feita no Egito por volta de 130 a.C. (texto grego I); outro mais recente, revisto na perspectiva das ideias farisaicas, entre 50 e 150 da nossa era, e utilizado para uma revisão do texto grego, entre 130 e 215 da nossa era (texto grego II). A versão siríaca estará ligada ao texto hebraico revisto.
O texto seguido nesta Bíblia é o tradicional da tradução grega dos Setenta (texto longo), inclusivamente entre os capítulos 30 e 36, onde algumas traduções optam pela ordem da Vulgata e do Siríaco. Colocamos em itálico as passagens do texto longo. Os algarismos entre parênteses correspondem a linhas do texto original.
DIVISÃO
Felizmente já havia, pelo menos, uma tradução grega, feita no Egito pelo neto do autor. Foi esta que entrou para a Bíblia grega, sendo depois aceita pela Igreja como texto canônico. O autor da tradução acrescenta-lhe um prólogo. Hoje se reconhecem dois estados do texto hebraico: um antigo, que serviu de base à versão grega feita no Egito por volta de 130 a.C. (texto grego I); outro mais recente, revisto na perspectiva das ideias farisaicas, entre 50 e 150 da nossa era, e utilizado para uma revisão do texto grego, entre 130 e 215 da nossa era (texto grego II). A versão siríaca estará ligada ao texto hebraico revisto.
O texto seguido nesta Bíblia é o tradicional da tradução grega dos Setenta (texto longo), inclusivamente entre os capítulos 30 e 36, onde algumas traduções optam pela ordem da Vulgata e do Siríaco. Colocamos em itálico as passagens do texto longo. Os algarismos entre parênteses correspondem a linhas do texto original.
DIVISÃO
O livro pode
dividir-se pelo menos em duas etapas: 1-23 e 24-50, começando cada uma
delas por um elogio da sabedoria. Alguns autores apresentam outra divisão,
também em duas partes, depois do Prólogo:
uma primeira propriamente sapiencial, segundo o gênero e o estilo dos
Provérbios (1:1-42:14); e uma segunda, que é mais de meditação sobre
as obras de Deus na Criação e na História (42:15-50:29). É a que seguimos
nesta edição.
TEOLOGIA
TEOLOGIA
O livro de
ECLESIÁSTICO testemunha uma época de transição onde já se começam a esboçar os
traços característicos do judaísmo como forma evoluída de religião bíblica.
Trata-se de um judaísmo poliforme, onde o próprio cristianismo viria lançar
raízes. Mas é diferente da tendência rabínica posterior, a que o ramo
preponderante do farisaísmo, especialmente a partir de 70 da nossa era, viria
dar um aspecto monolítico.
Do confronto helenismo-judaísmo, ECLESIÁSTICO assimila o que considera bom e compatível com a sua fé; mas rejeita o que se opõe à essência da fé judaica e alerta para os perigos da cultura envolvente e dominante. A respeito do Cânon das Escrituras, o Prólogo menciona já a divisão tripartida "Lei, Profetas e os outros livros" (ver 39:1-3), e o próprio livro cita ou menciona mais ou menos diretamente muitos desses livros sagrados.
O autor faz ainda uma síntese da religião tradicional e da sabedoria comum, à luz da sua própria experiência. O tradutor grego quis tornar este manual de conduta acessível a todos àqueles "que, em terra estrangeira, querem instruir-se, reformar os seus costumes e viver segundo a Lei" (Prólogo). A identificação entre a sabedoria e a Lei de Deus (24,23) é a afirmação mais inovadora e característica de ECLESIÁSTICO, tal como é inovadora a inserção da História no gênero sapiencial.
A série de personagens da História de Israel, cujo relato se apresenta na parte final do livro (44:1-50:21), tem o objetivo pedagógico de despertar o orgulho em pertencer a um povo de grandes homens. Porque eles seguiram a palavra de Deus com toda a fé e coragem e foram bem sucedidos. É uma lição para o povo e serão sempre lembrados na posteridade.
ECLESIÁSTICO
Do confronto helenismo-judaísmo, ECLESIÁSTICO assimila o que considera bom e compatível com a sua fé; mas rejeita o que se opõe à essência da fé judaica e alerta para os perigos da cultura envolvente e dominante. A respeito do Cânon das Escrituras, o Prólogo menciona já a divisão tripartida "Lei, Profetas e os outros livros" (ver 39:1-3), e o próprio livro cita ou menciona mais ou menos diretamente muitos desses livros sagrados.
O autor faz ainda uma síntese da religião tradicional e da sabedoria comum, à luz da sua própria experiência. O tradutor grego quis tornar este manual de conduta acessível a todos àqueles "que, em terra estrangeira, querem instruir-se, reformar os seus costumes e viver segundo a Lei" (Prólogo). A identificação entre a sabedoria e a Lei de Deus (24,23) é a afirmação mais inovadora e característica de ECLESIÁSTICO, tal como é inovadora a inserção da História no gênero sapiencial.
A série de personagens da História de Israel, cujo relato se apresenta na parte final do livro (44:1-50:21), tem o objetivo pedagógico de despertar o orgulho em pertencer a um povo de grandes homens. Porque eles seguiram a palavra de Deus com toda a fé e coragem e foram bem sucedidos. É uma lição para o povo e serão sempre lembrados na posteridade.
ECLESIÁSTICO
Defende a fé
tradicional do seu povo: Deus é eterno e único (18:1; 36:4; 42:21), é autor de
uma criação perfeita, apesar dos seus mistérios e contradições aparentes (42:21,.24);
e, diante dela, o próprio Eclesiástico, como o salmista, enche-se de um
especial entusiasmo (39:12-35; 42:15-43:33). Deus tudo conhece (42:15-25);
"Ele é tudo" (43:27), governa o universo com justiça e prudência
(16,17-23) e retribui com equidade (33:13); é misericordioso, capaz de perdoar
e de salvar no tempo da aflição (2:11); é Pai, não apenas de Israel, de quem é
o Deus único (17:17-18; 24:12), mas também de cada indivíduo (23:1). Esta
concepção constitui um progresso considerável na teologia do judaísmo.
PRÓLOGO DO TRADUTOR GREGO
(1)"Muitos e excelentes ensinamentos nos foram transmitidos pela Lei, pelos Profetas, e por outros Escritos que se lhes seguiram; e, por causa disso, convém louvar Israel pela sua instrução e pela sua sabedoria. E, como não se deve aprender a ciência apenas pela leitura, é preciso que os amigos do saber possam também ser úteis aos de fora, tanto por palavras como por obras escritas.
Foi por isso que Jesus, meu avô, depois de se ter aplicado com afinco ao estudo da Lei, dos Profetas (10)e dos outros Livros dos nossos antepassados, e tendo adquirido neles uma grande ciência, quis também escrever alguma coisa de instrução e de sabedoria, a fim de que as pessoas desejosas de aprender, familiarizando-se com essas coisas, pudessem progredir ainda mais em viver segundo a Lei.
(15)Sois, portanto, convidados a ler este livro com benevolência e atenção, e a ser indulgentes pois, não obstante todo o engenho com que nos aplicamos, (20) parece não termos conseguido traduzir adequadamente a ênfase de certas expressões, porque as coisas ditas em hebraico perdem muita da sua força, quando traduzidas em língua estrangeira. E isto não acontece somente com este livro, pois também a Lei, os Profetas (25) e os outros Livros são muito diferentes, quando se compara a versão com o texto integral.
No ano trinta e oito do reinado de Evergetes, cheguei ao Egito e, tendo ali permanecido algum tempo, observei uma diferença não insignificante na instrução. (30) Por isso, julguei muito necessário trabalhar com cuidado e zelo para traduzir este livro. Durante esse tempo, empreguei muitas vigílias e muita ciência, a fim de concluir e publicar esta obra, para utilidade dos que, em terra estrangeira, querem instruir-se, (35) reformar os seus costumes e viver segundo a Lei."
PRÓLOGO DO TRADUTOR GREGO
(1)"Muitos e excelentes ensinamentos nos foram transmitidos pela Lei, pelos Profetas, e por outros Escritos que se lhes seguiram; e, por causa disso, convém louvar Israel pela sua instrução e pela sua sabedoria. E, como não se deve aprender a ciência apenas pela leitura, é preciso que os amigos do saber possam também ser úteis aos de fora, tanto por palavras como por obras escritas.
Foi por isso que Jesus, meu avô, depois de se ter aplicado com afinco ao estudo da Lei, dos Profetas (10)e dos outros Livros dos nossos antepassados, e tendo adquirido neles uma grande ciência, quis também escrever alguma coisa de instrução e de sabedoria, a fim de que as pessoas desejosas de aprender, familiarizando-se com essas coisas, pudessem progredir ainda mais em viver segundo a Lei.
(15)Sois, portanto, convidados a ler este livro com benevolência e atenção, e a ser indulgentes pois, não obstante todo o engenho com que nos aplicamos, (20) parece não termos conseguido traduzir adequadamente a ênfase de certas expressões, porque as coisas ditas em hebraico perdem muita da sua força, quando traduzidas em língua estrangeira. E isto não acontece somente com este livro, pois também a Lei, os Profetas (25) e os outros Livros são muito diferentes, quando se compara a versão com o texto integral.
No ano trinta e oito do reinado de Evergetes, cheguei ao Egito e, tendo ali permanecido algum tempo, observei uma diferença não insignificante na instrução. (30) Por isso, julguei muito necessário trabalhar com cuidado e zelo para traduzir este livro. Durante esse tempo, empreguei muitas vigílias e muita ciência, a fim de concluir e publicar esta obra, para utilidade dos que, em terra estrangeira, querem instruir-se, (35) reformar os seus costumes e viver segundo a Lei."
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