O
TRIUNFO DAS TESTEMUNHAS – CAPÍTULO 11:1-14
O
Santuário e as Duas Testemunhas (Apocalipse 11:1-14)
O intervalo
entre as sexta e sétima trombetas continua no capítulo 11 com mais duas cenas
que mostram a proteção divina para os fiéis. O povo é protegido, mas não
totalmente. Ainda sofrerão as agressões dos inimigos e podem até morrer, mas a
vitória final pertence aos santos de Deus. Essa primeira parte do capítulo 11
dá continuidade ao texto de Ap.10:8-11, pois agora temos o relato das
experiências amargas daqueles que passarão no Período da Tribulação da igreja que
não subiu ao encontro com o Senhor na ocasião do Arrebatamento.
A Ordem para Medir o Santuário (11:1-2)
Apocalipse 11:1 – Foi-me dado um caniço semelhante a
uma vara, e também me foi dito: Dispõe-te e mede o
santuário de Deus, o seu altar e os que naquele adoram;
Foi-me
dado um caniço semelhante a uma vara: João continua a sua participação ativa, recebendo um caniço
para medir.
Dispõe-te e
mede o santuário de Deus, o seu altar e os que naquele adoram: O relato de João
aqui não oferece detalhes, mas nos lembra da medição do templo em Ezequiel
40-42. Notando que o contexto de Ezequiel 37-39 mostra o domínio do Messias
sobre as nações. Em Ezequiel 40-42, o profeta assiste enquanto um homem mede o
templo. A visão de Ezequiel mostra o povo de Deus restaurado à glória e à
proteção de Deus, o qual volta ao templo no capítulo 43.
Zacarias
2:1-5 apresenta outra visão de medição, esta vez de Jerusalém. Como nos
intervalos do Apocalipse, o propósito da visão de Zacarias é assegurar os
fiéis da proteção divina: “Pois eu lhe serei, diz o SENHOR, um muro de
fogo em redor e eu mesmo serei, no meio dela, a sua glória” (Zacarias
2:5).
Dispõe-te
e mede o santuário de Deus, o seu altar e os que naquele adoram: A ordem para medir o santuário, sem dúvida, lembrariam dessas
passagens proféticas e do consolo que oferecem aos servos do Senhor.
O santuário
de Deus, no Novo Testamento, é o povo do Senhor. Num texto que fala sobre a
edificação da igreja, Paulo diz que os discípulos de Cristo são o santuário de
Deus (1 Coríntios 3:16-17; 2 Coríntios 6:16). A família de Deus, edificada
sobre a pedra angular, é o “santuário dedicado ao Senhor” (Efésios
2:19-22). O templo não é um edifício feito com mãos, e sim uma casa espiritual
(1 Timóteo 3:15). Esta casa espiritual é feita de pedras que vivem (1 Pedro
2:5-6).
João tira
qualquer dúvida sobre o significado do santuário quando diz que a medição
incluiria “os que naquele adoram”. Não se trata de medir uma estrutura
física. Este templo é composto por adoradores, pessoas, os verdadeiros
sacerdotes de Deus que adoram dentro do templo.
Na visão de
João ele recebe uma vara para medir três partes: o templo de Deus, o altar e
o povo adorando ali. Nesse símbolo temos o Antigo Testamento como
referência paralela em (Ez.40:5; 42:20; Zc.2:1) e a conclusão para o seu
significado é de que a medição serve para separar a área que é santa da que é
profana.
A área santa
é o lugar da presença de Deus onde os santos habitam com ele por causa do
sacrifício de Jesus que removeu os pecados do seu povo (Hb.9:12). O templo de
Deus é símbolo da verdadeira igreja, que adora o verdadeiro Deus. Medir o altar
do incenso mostra que os santos têm acesso a presença de Deus (Ap.6:9; 8:3,5
etc), e a medição dos adoradores, ou seja, todos os que adoram em qualquer
lugar em espírito e em verdade (Jo.4:21-24), medição que indica que esse povo
está protegido contra a condenação eterna. A medição do templo é um paralelo da
selagem dos eleitos em Ap.7:1-8, apenas os símbolos são diferentes, mas o
significado é o mesmo – proteção.
Apocalipse 11:2 – mas deixa de parte o átrio exterior
do santuário e não o meças, porque foi ele dado aos gentios; estes, por
quarenta e dois meses, calcarão aos pés a cidade santa.
Deixa de
parte o átrio exterior..., porque foi ele dado aos gentios: A ordem para medir não somente
oferece consolo, fala também de santificação. Os adoradores dentro do santuário
são separados dos gentios no átrio. A palavra traduzida “gentios” aparece 22
vezes no Apocalipse, normalmente traduzida “nações” ou “povos”. Várias
vezes, refere-se aos gentios na carne ou às nações em geral, como pessoas que
ouvem o evangelho e recebem a oportunidade de serem salvas (5:9; 7:9; 14:6;
21:24-26; 22:2). Da mesma forma que palavras
como judeu, circuncisão e Israel, no Novo Testamento,
passam a identificar os servos de Cristo (Romanos 2:28-29), a
palavra gentios, às vezes, representa os que não conhecem a Deus (1
Tessalonicenses 4:5; 3 João 7). Assim, vivemos “no meio dos
gentios” (1 Pedro 2:12), mas não andamos como eles andam (Efésios 4:17; 1
Pedro 4:3). Neste sentido, a palavra gentios ou nações, em algumas das citações
no Apocalipse, refere-se aos ímpios. São as nações seduzidas por Satanás
para pelejarem contra o povo de Deus (20:7-9). São as mesmas que impedem o
sepultamento das duas testemunhas (11:9-10) e que se enfurecem contra os servos
de Deus (11:18). As nações apoiam a meretriz, Babilônia (17:15), são seduzidas
pela feitiçaria dela (18:23) e se prostituem com ela (18:3). Jesus, porém,
domina as nações com o cetro de ferro (12:5; 19:15). Os vencedores participam
do reinado dele sobre os povos (2:26-27; 20:4,6).
Quarenta
e dois meses: Este
período sempre representa um tempo relativamente breve de tribulação ou
sofrimento. É o mesmo período de “tempo, tempos e a metade de um
tempo” (12:14; Daniel 7:25), de 1.260 dias (11:3; 12:6) ou de “três
anos e seis meses” (Tiago 5:17). É a metade de sete anos, que
representaria um período completo.
Calcarão
aos pés a cidade santa: Há diversas interpretações da cidade santa.
Pré-milenaristas
geralmente explicam que a cidade santa é Jerusalém (terrestre) e que o templo
será reconstruído naquela cidade para o cumprimento desta profecia. Enfrentam
inúmeras dificuldades com esta interpretação, que descarta totalmente os
limites de tempo encontrados do começo ao fim do Apocalipse.
Outros
acreditam que o Apocalipse foi escrito antes de 70 d.C. e que fala da
destruição do templo e da cidade de Jerusalém pelos romanos. Citam Lucas 21:24,
onde Jesus usou linguagem semelhante para falar sobre a destruição de
Jerusalém. Uma vez que entendem a cidade literal, procuram uma explicação
literal do tempo de 42 meses. Aqui a situação se complica. Frequentemente citam
a duração da guerra entre os romanos e os judeus, dizendo que Nero enviou
Vespasiano no início de 67 (fevereiro? – há dúvida sobre esta data) para vencer
os judeus rebeldes e que o período de 42 meses termina com a destruição da
cidade de Jerusalém em setembro de 70. Mas o exército romano não entrou em
Jerusalém em 67. Vespasiano começou na direção de Jerusalém em 68, mas desistiu
devido à morte de Nero. Tito cercou Jerusalém nos primeiros meses de 70,
invadiu os muros por volta de abril ou maio, e destruiu a cidade em setembro. Assim,
para dizer literalmente que calcaram aos pés a cidade literal de Jerusalém por
42 meses exige algumas explicações mais complicadas. Para defender esta posição
é necessário, também, manter uma data para o Apocalipse antes de 70 d.C.,
contra outras evidências que ainda encontraremos.
O que é a
cidade santa? Consideremos as evidências bíblicas. As expressões “cidade santa”
ou “santa Cidade”, em si, aparecem onze vezes na Bíblia. Neemias 11:1 e 18
identificam a cidade física de Jerusalém. Daniel chamou Jerusalém de “santa
cidade” (9:24). Isaías repreende o povo de Israel que profanaram o nome da
“santa cidade” (48:2). Mais tarde ele fala de “Jerusalém, cidade
santa” (52:1). Lendo o capítulo todo, percebemos a ênfase na restauração
espiritual do reino de Cristo sobre seu povo, da salvação que vem pela pregação
do evangelho. Mateus usa esta expressão duas vezes (4:5; 27:53) para
identificar a cidade literal de Jerusalém. As outras ocorrências se encontram
no Apocalipse – aqui em 11:3, e algumas outras vezes no final do livro. Em
21:2, 10 e 22:19, ele claramente descreve o povo espiritual de Deus, a nova
Jerusalém que desce do céu. Outras expressões semelhantes ajudam a entender
este sentido espiritual. Apocalipse 3:12 fala da presença eterna do vencedor no “santuário
do meu Deus” e na “cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do
céu”. Paulo disse que a nossa mãe é a Jerusalém livre lá de cima e não
a “Jerusalém atual, que está em escravidão com seus filhos” (Gálatas
4:25-26). O autor de Hebreus disse: “Mas tendes chegado ao monte Sião e à
cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial... e igreja dos primogênitos
arrolados nos céus” (Hebreus 12:22-23).
Entendendo
este sentido de Jerusalém espiritual ou celestial, como podemos entender estes
primeiros versículos do capítulo 11. João mede o santuário de Deus, mostrando a
intenção do Senhor de proteger o seu povo, mas ainda diz que a cidade santa
será pisada pelos gentios durante três anos e meio. O povo fiel seria
protegido, mesmo deixando a igreja ser perseguida por um período (serão
perseguidos por terem rejeitado a salvação e darão suas próprias vidas em amor
a Cristo durante o Período de Tribulação). Podem afligir a igreja, e até matar
os corpos dos fiéis, mas não atingirão os espíritos dos verdadeiros adoradores. “Não
temais os que matam o corpo e não podem matar a alma” (Mateus 10:28). A
igreja pode ser calcada aos pés pelos perseguidores, mas eles nunca chegarão a
destruir o santuário em si onde os sacerdotes adoram a Deus.
Aqui está
claro que Deus faz uma clara divisão entre os verdadeiros crentes e os que são
apenas nominalmente. (ver Is.29:13; Mt.15:8,9; Ap.2:9; 3:9).
A “cidade
santa” é a Jerusalém espiritual, são os cristãos arrependidos que são
“pisados”, ou seja, perseguidos durante “42 meses” que simbolicamente deve se
referir a um intervalo de extensão que se estende da Primeira Vinda de Cristo
até a sua Segunda Vinda.
O
Trabalho, a Morte e a Ressurreição das Duas Testemunhas (11:3-13)
Apocalipse
11:3 – Darei às minhas duas testemunhas que profetizem por mil duzentos e
sessenta dias, vestidas de pano de saco.
Darei às minhas duas testemunhas que profetizem por mil
duzentos e sessenta dias: A ordem vem de cima. As testemunhas profetizam
pela autoridade de Deus.
Quem são as duas testemunhas? Comentaristas têm oferecido
diversas respostas a esta pergunta. Alguns procuram personagens específicos,
até sugerindo a volta à terra de pessoas do Velho Testamento (por exemplo,
Moisés e Elias ou Enoque e Elias). Outros sugerem o Antigo e o Novo
Testamentos. Alguns dizem que são a Lei (de Moisés) e os Profetas (veja Lucas
16:29,31; 24:27; Atos 13:15; 24:14; Romanos 3:21 e outras passagens que falam
sobre a Lei e os Profetas, mas considere também comentários de Jesus mostrando
que estas revelações do Antigo Testamento já seriam ultrapassadas pelo
evangelho – Mateus 11:13; Lucas 16:16). Outras possibilidades incluem profetas
e apóstolos (Lucas 11:49) ou o Espírito Santo e os apóstolos (João 15:26-27; Atos
5:32).
Por não ter uma identificação específica neste trecho,
talvez a resposta melhor se encontra no próprio contexto. Os primeiros
versículos do capítulo falaram sobre a igreja, o povo de Deus. Cristãos fiéis
são descritos como testemunhas ou pessoas que dão testemunho em outros
versículos do livro (2:13; 6:9; 12:11,17; 17:6; 19:10; 20:4).
O tempo do trabalho deles, 1.260 dias, é igual a 42 meses
(11:2) ou três anos e meio (usando o calendário de 12 meses de 30 dias). Este
período, a metade de sete anos, normalmente descreve um período de tribulação e
sofrimento. Seria um trabalho difícil, cheio de angústia, mas seria temporário.
Na minha opinião o texto está se referindo à igreja que não
fora arrebatada juntamente com o povo de
Israel que serão perseguidos durante a tribulação.
Vestidas de pano de saco: Pano de saco é a roupa de
lamentação e angústia, sentimentos opostos à alegria (Salmo 30:11; 35:13;
69:11; Ezequiel 27:31; Joel 1:8). Jacó se vestiu de pano de saco quando
lamentou a suposta morte de José (Gênesis 37:34). Quando Acabe ouviu a
condenação de sua casa, ele se lamentou em pano de saco, um gesto de angústia e
humildade (1 Reis 21:27-29). Pano de saco acompanha o arrependimento em várias
outras citações bíblicas (Neemias 9:1-2; Jonas 3:6-8; Mateus 11:21; Lucas
10:13). Ezequias se vestiu de pano de saco quando buscou a libertação de
Jerusalém diante da ameaça assíria (2 Reis 19:1-3). O pano de saco das duas
testemunhas sugere a mensagem difícil e a lamentação delas em pronunciar a mensagem
do Senhor, uma mensagem que certamente condenava os perversos.
Devemos interpretar as “Duas Testemunhas” aqui de maneira
simbólica para não incorrermos em erros grosseiros de interpretação.
As “Duas Testemunhas” representam a Igreja de Cristo em sua
totalidade que proclama o Evangelho ao mundo e sofre perseguição por isso.
Tanto o povo gentio, quanto os judeus formão uma só família escolhida por Deus
e estas “testemunhas” devem pregar ao mundo a Palavra de Deus (v.9), mesmo que
isto os levem à morte.
Vestir pano de saco (de pelos de camelo ou cabritos)
conclama o povo ao arrependimento, pois o juízo de Deus é eminente. Esse é o
período da Grande Comissão, tanto a Igreja quanto Israel até a consumação dos
séculos (Mt.28:19-20).
Porque assim
não dizer também que as “Duas Testemunhas” constituem algo que pode continuar
existindo na presença de Deus, e ser ao mesmo tempo atacado na Terra. A
interpretação pode estar se referindo de que as ‘testemunhas’ são a Palavra de
Deus – o Antigo e o Novo testamentos pois ambos são importante testemunhas
quanto à origem e à perpetuidade da lei de Deus. Ambos são também testemunhas
do plano da salvação. Os tipos, sacrifícios e profecias do Velho Testamento
apontam para um Salvador por vir. Os evangelhos e as epístolas do Novo
Testamento falam acerca de um Salvador que veio exatamente da maneira predita pelas
profecias, e a Palavra de Deus é viva, eficaz e permanece para sempre,
independente dos acontecimentos vindouros.
Apocalipse
11:4 – São estas as duas oliveiras e os dois candeeiros que se acham em pé
diante do Senhor da terra.
São estas as duas oliveiras e os dois candeeiros que se
acham em pé diante do Senhor da terra: Esta linguagem nos lembra da visão
de Zacarias 4 (leia o capítulo). As duas oliveiras que alimentavam de azeite o
candelabro são identificados como “os dois ungidos, que assistem junto ao
Senhor de toda a terra” (4:14). No Velho Testamento, sacerdotes e reis
foram ungidos (Levítico 8:12,30; 1 Samuel 10:1; 16:1,13). No Novo Testamento,
os cristãos são o “reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai” (1:6),
o “sacerdócio real” (1 Pedro 2:9). Apoiando a interpretação das duas
testemunhas como a igreja é a expressão acrescentada aqui, “os dois
candeeiros”. No Apocalipse, os candeeiros representam as igrejas (1:20).
Os candeeiros no templo sempre ficavam acesos diante de Deus, como os cristãos
brilham diante do Senhor como a luz do mundo (Mateus 5:14-16; Efésios 5:8;1
Tessalonicenses 5:5).
Apocalipse
11:5 – Se alguém pretende causar-lhes dano, sai fogo da sua boca e devora os
inimigos; sim, se alguém pretender causar-lhes dano, certamente, deve morrer.
Se alguém pretende causar-lhes dano: Agora entram os
perseguidores, aqueles que queriam causar danos aos servos de Deus.
Sai fogo da sua boca e devora os inimigos: É uma
visão num livro que emprega uma grande variedade de símbolos. O fogo da boca
das testemunhas não é literal, mas representa o poder dos servos de Deus de
persistir no seu trabalho, apesar da oposição dos inimigos. A figura nos lembra
de vários profetas do Velho Testamento. Moisés e Arão enfrentaram seus
adversários no Egito com uma série de pragas devastadoras (Êxodo 7-12). Quando
Acazias, rei de Israel, tentou prender Elias, fogo desceu do céu e consumiu os
soldados do rei (2 Reis 1:1-14). Os servos de Nabucodonosor que tentaram matar
os amigos de Daniel foram consumidos pelo fogo da fornalha (Daniel 3:19-22).
Deus está com as testemunhas e lhes dará a vitória. Os adversários devem
morrer. Sabemos que a perseguição começou pouco tempo depois do início da
igreja. Alguns discípulos foram presos, e alguns morreram (Estêvão – Atos 7;
Tiago – Atos 12; etc.). Mas o trabalho da divulgação do evangelho continuou
praticamente sem empecilho, e a palavra circulou pelo mundo inteiro nas
primeiras três décadas (veja Colossenses 1:23), mas virá tempo em que falar de
Deus será proibido pelo mundo todo.
Vs.5,6 – As “testemunhas” de João carregam
características dos profetas do Antigo Testamento, o “fogo que sai da boca”
revela que a Palavra de Deus não pode ser detida, é um testemunho do qual os
que ouvem e não se arrependem não podem escapar. (Jr.5:14; 23:29)
Aqui temos também uma comparação das “testemunhas” do
apocalipse com os profetas Elias (1Rs.17:1) e Moisés (Êx.7:17,19,20), nessa
comparação vemos que Deus responde a oração da sua Igreja (Tg.5:16,17;
Mt.17:20; 1Co.13:2). A Igreja do Senhor possui o poder da oração quando suplica
a Deus para que ele intervenha com juízo. (Ap.6:10; Dt.32:35)
Apocalipse 11:6 – Elas têm autoridade para fechar o
céu, para que não chova durante os dias em que profetizarem. Têm autoridade
também sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra
com toda sorte de flagelos, tantas vezes quantas quiserem.
Elas têm
autoridade para fechar o céu: Como fez Elias durante o reinado de Acabe (1 Reis 17:1;
Tiago 5:17-18).
Têm
autoridade também sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para
ferir a terra com toda sorte de flagelos: Como fizeram Moisés e Arão no Egito (Êxodo 7-12).
Deus equipa
seus servos com poder para vencer os inimigos. Deus agiu durante o ministério
dos apóstolos através de milagres que demonstraram o poder divino e confundiram
os inimigos (Atos 5:17-21; 12:6-24; 16:23-26; 19:13-17). Paulo cegou Elimas,
um “inimigo de toda a justiça” (Atos 13:9-11) e expulsou o espírito
adivinhador da jovem em Filipos (Atos 16:16-18). O período apostólico foi
caracterizado pelo crescimento do evangelho: “Com grande poder, os
apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus” (Atos 4:33). “Crescia
a palavra de Deus” (Atos 6:7). “Assim, a palavra do Senhor crescia e
prevaleceu poderosamente” (Atos 19:20). O maior poder dado aos discípulos
vem da própria palavra pregada. O evangelho “é o poder de Deus para a salvação” (Romanos
1:16). As armas espirituais são “poderosas em Deus, para destruir
fortalezas...e toda altivez que se levante contra o conhecimento de
Deus” (2 Coríntios 10:3-6). A palavra de Deus é “a espada do
Espírito”, usada “contra as forças espirituais do mal” (Efésios 6:10-17).
Esta espada é “mais cortante do que qualquer espada de dois
gumes” (Hebreus 4:12).
Elas têm
poder para fechar o céu, para que não chova durante os dias da sua profecia; e
têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com
toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem.
Apocalipse
11:7 – Quando tiverem, então, concluído o testemunho que devem dar, a besta que
surge do abismo pelejará contra elas, e as vencerá, e matará,
Quando tiverem, então, concluído o testemunho que devem dar:
Este trecho obviamente não fala do término final da missão da igreja, pois já
usou a figura de um período curto (1.260 dias). Chegando ao ponto determinado
por Deus, e tendo cumprido a sua responsabilidade de testemunhar, Deus
permitiria que a cena continuasse. Embora tenhamos sempre trabalho para fazer,
é possível encerrar uma determinada missão (Lucas 10:10-12; Atos 13:46-47).
Deus determinou uma missão de tempo limitado para os seus servos, e deixou o
inimigo mostrar seu poder limitado somente quando a missão fosse encerrada.
A besta que surge do abismo pelejará contra elas, e as
vencerá e matará: Esta besta se tornará importante nos próximos capítulos.
Ela sobe do mar (13:1) ou do abismo (11:7; 17:8) e peleja contra os santos e os
vence (13:7). Mas a sua vitória não é final nem completa, pois será vencida
pelo Cordeiro e seus servos (17:12-14). Aqui, porém, a besta aparece e, por
enquanto, vence as testemunhas do Senhor.
A era do evangelho, contudo, chegará ao final (Mt
24.14). A Igreja, como poderosa organização missionária, findará seu
testemunho. A besta que sobe do abismo, isto é, o mundo anticristão, movido
pelo inferno, pelejará contra a Igreja e a destruirá. Assim, logo antes da
segunda vinda, o cadáver da Igreja, cujo testemunho oficial e público foi
silenciado e sufocado pelo mundo, está tombado na praça da grande cidade. Esta
é a praça da Jerusalém imoral e anticristã. Jerusalém crucificou o Senhor. Por
causa de sua imoralidade e perseguição dos santos ela se tornou,
espiritualmente, como Sodoma e Egito (cf Is 1.10; 3.9; Jr 23.14;
Ez 16.46). Tornou-se símbolo da Babilônia e da totalidade do mundo imoral e
anticristão.
Nos dias de hoje podemos encontrar muitas igrejas mortas no
meio deste mundo, elas não mais existem como instituição de influência e de
poder missionário! Seus líderes estão mortos e sua voz foi silenciada. Uma
prefiguração dos últimos tempos, mas com uma diferença: Na tribulação a igreja
dará sua vida por amor a Cristo. A igreja será perseguida, mas os que morrerem
morrerão por amor a sua Palavra.
Apocalipse
11:8 – e o seu cadáver ficará estirado na praça da grande cidade que,
espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi
crucificado.
E o seu cadáver ficará estirado na praça: O cadáver
(cadáveres – 11:9) das testemunhas não é tratado com nenhum respeito pela besta
e seus servos. Os corpos ficam na rua como troféus da vitória sobre os fiéis
(veja o desrespeito mostrado pelos filisteus quando mataram Saul – 1 Samuel
31:8-10). Aqueles que morreram pelas mãos do anticristo estarão expostos para
todos verem.
Da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e
Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado: Este versículo é um dos
mais polêmicos do livro. Qual cidade? É uma cidade específica, ou linguagem que
representa algo maior? Claramente a descrição usa linguagem simbólica, pois
qualquer interpretação literal cairia em diversas contradições. Sodoma foi
destruída há milhares de anos. Egito é um país, não apenas uma cidade. Jesus
foi crucificado em Jerusalém, nem em Sodoma e nem no Egito. Representam a
soberba, o pecado e a idolatria.
Sodoma e Egito aparecem somente neste versículo no livro
do Apocalipse, mas são citados frequentemente em outros livros da Bíblia. Sodoma
e Egito – “Símbolos de degeneração moral e de desafio aos mandamentos de
Deus.
Vamos ver o significado destes lugares:
Sodoma: Depois de sua destruição (Gênesis 19), Sodoma
serve como exemplo de destruição e castigo divino, ou de pecado aberto e
perversidade exagerada. “...como Sodoma, publicam o seu pecado e não o
encobrem. Ai da sua alma! Porque fazem mal a si mesmos” (Isaías 3:9).
“Porque maior é a maldade da filha do meu povo do que o pecado de Sodoma, que
foi subvertida como num momento, sem o emprego de mãos
nenhumas” (Lamentações 4:6). “...como Sodoma, e Gomorra, e as cidades
circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo
após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo
punição” (Judas 7). Veja também: Deuteronômio 32:32-33; Isaías 1:9-10.
Sodoma seguramente representa pecadores que merecem castigo.
Egito: Muitas citações bíblicas referem-se à nação ou
à terra do Egito. Quando usado simbolicamente, o Egito sugere pecado,
idolatria, imundícia, escravidão e rejeição de Deus. Quando o povo de Israel
chegou à terra prometida e fez a circuncisão dos homens, Deus
disse: “Hoje, removi o opróbrio do Egito” (Josué 5:9). A terra do
Egito foi conhecida como a casa da servidão (Josué 24:17; Judas 5), uma figura
empregada no Novo Testamento para descrever a escravidão ao pecado (Atos
7:39-40; Hebreus 3:16 e, implicitamente, em 1 Coríntios 10:1). O Egito oprimiu
o povo de Deus, e serve como uma figura apropriada dos perversos que oprimiam e
perseguiam os cristãos na época de João.
Sodoma e Egito, então, representam as ideias de pecado,
perversidade, rejeição de Deus e opressão dos fiéis. Resumindo, representam a
sociedade ímpia que se colocou em oposição ao povo do Senhor, perseguindo os
servos de Jesus. E a terceira descrição? O que quer dizer “onde também o
Senhor foi crucificado”? Algumas pessoas, mesmo aceitando o significado
simbólico de Sodoma e Egito, sugerem uma interpretação literal desta frase e
concluem que Jerusalém fosse um dos principais objetos da ira de Deus no Apocalipse.
É claro que Jesus foi crucificado em (ou perto de) Jerusalém. Mas, num sentido
maior, ele foi crucificado pelo mundo – pelo povo ímpio – que não o aceitou. O
relato do evangelho do mesmo autor destaca esta rejeição pelo mundo, não somente
por Jerusalém: “O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio
dele, mas o mundo não o conheceu” (João 1:10). É interessante observar que
mais de um terço das ocorrências da palavra “mundo” na Bíblia todas se
encontram nos livros de João. A vitória aparente do mal sobre Jesus trouxe
tristeza aos discípulos e alegria ao mundo (João 16:19-20). O lugar onde o
Senhor foi crucificado foi no mundo, no meio de uma sociedade rebelde que o
rejeitou porque preferia permanecer nas trevas. A mesma sociedade que odiava o
Mestre, também odiaria os discípulos: “Se o mundo vos odeia, sabei que,
primeiro do que a vós outros, me odiou a mim” (João 15:18). Regozijaram-se
na vitória aparente sobre Jesus, e fariam uma grande festa quando vencerem,
aparentemente, as testemunhas dele. Mas nenhuma das duas vitórias foi real.
Apocalipse
11:9 – Então, muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações contemplam os
cadáveres das duas testemunhas, por três dias e meio, e não permitem que esses
cadáveres sejam sepultados.
Muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações
contemplam os cadáveres das duas testemunhas: Pessoas de todas as nações,
ou seja, pessoas do mundo em geral, contemplam os corpos mortos das testemunhas
do Senhor. A descrição usada aqui é quase a mesma encontrada algumas outras
vezes no livro para identificar a sociedade em geral, ou as pessoas de diversas
nações. A grande multidão que adora a Deus diante do trono vem de “todas
as nações, tribos, povos e línguas” (7:9). João foi encarregado de
profetizar “a respeito de muitos povos, nações, línguas e
reis” (10:11). A meretriz Babilônia se assenta sobre “povos,
multidões, nações e línguas” (17:15). Esta linguagem denomina as pessoas
do mundo ou da sociedade em geral. Algumas dessas pessoas aceitam as bênçãos
que vêm pelo descendente de Abraão e, assim, fazem parte da multidão de
adoradores diante do trono. Outras seguem a meretriz e se regozijam com as
vitórias passageiras sobre os servos do Senhor. Muitos (mas não todos – 7:9)
dentre os povos olham para os corpos dos servos mortos.
Por três dias e meio: Não há dúvida. Estão mortas. Os
corpos já estariam com o mal cheiro da decomposição. Mas há mais aqui. Três
dias e meio, a metade de sete dias, novamente representa um período curto, um
tempo de angústia para os fiéis que sofrem das perseguições, ou seja metade dos
últimos 7 anos de tribulação que a igreja será perseguida até a morte. Mas, a
“vitória” da besta não dura por muito tempo. Somente as pessoas com miopia
espiritual serão enganadas por esta falsa vitória.
E não permitem que esses cadáveres sejam sepultados:
Os ímpios querem o proveito máximo desta “vitória” sobre os servos de Deus.
Deixam os corpos expostos para mostrar o seu poder sobre os justos. O que eles
não entendem, ainda, é que a morte não é o fim para os servos de Deus. Os
vencedores não sofrem “dano da segunda morte” (2:11). Também não
entendem como o orgulho da festa desta falsa vitória ajudará a salientar a
vitória verdadeira dos servos do Senhor. O que acontecerá nos versículos 11 e
12 será visível a todos!
O mundo como inimigo da Igreja do Senhor (Ap.10:11; 13:7;
14:6; 17:15), comemora a “morte” da Noiva de Cristo, essa comemoração de
triunfo sobre o povo de Deus é muito curta, são apenas três dias e meio. A
Igreja com a mensagem do Evangelho é um tormento para consciência daqueles que
não se arrependeram de seus pecados.
Apocalipse
11:10 – Os que habitam sobre a terra se alegram por causa deles, realizarão
festas e enviarão presentes uns aos outros, porquanto esses dois profetas atormentaram
os que moram sobre a terra.
Os que habitam sobre a terra se alegram por causa deles: Quando
a besta mata os servos do Senhor, os ímpios fazem a festa. A prática de enviar
presentes é uma maneira de expressar alegria em ocasiões especiais (Neemias
8:9-10). Aqui, os perversos fazem uma festa de vitória. Há uma verdadeira
guerra, uma luta entre o bem e o mal, e os malfeitores se regozijam com
qualquer vitória, mesmo de pouca duração, sobre o bem. Frequentemente, os
ímpios acham que suas “vitórias” servem para libertar pessoas oprimidas por
regras desnecessárias de religiões ultrapassadas. Oferecem a liberdade para
satisfazer qualquer desejo sexual, ou a liberdade para tirar a vida de crianças
antes de elas nascerem, ou a liberdade para exigir o respeito de outros mesmo
quando praticam coisas que desprezam os princípios de decência daqueles que
seguem a Deus. Prometem liberdade, mas são escravos da corrupção (2 Pedro
2:19).
Porquanto esses dois profetas atormentaram os que moram
sobre a terra: Aqui revela o motivo do assassinato. Os dois profetas
atormentaram os ímpios. Como? Eles pregaram a verdade! A palavra de Deus
atormenta os malfeitores, tirando o sossego daqueles que recusam se submeterem
ao Senhor. Este é o lado amargo da pregação do evangelho. Por isso, os
pregadores fiéis são odiados pelo mundo (Mateus 10:22). Paulo sofreu
perseguições e avisou que os piedosos seriam perseguidos por homens perversos
(2 Timóteo 3:10-13).
Apocalipse
11:11 – Mas, depois dos três dias e meio, um espírito de vida, vindo da parte
de Deus, neles penetrou, e eles se ergueram sobre os pés, e àqueles que os
viram sobreveio grande medo;
Depois dos três dias e meio, um espírito de vida, vindo
da parte de Deus: Foram três anos e meio de profecia e três dias e meio de
falsa vitória dos ímpios antes da vitória real das testemunhas de Deus. O
Senhor manda um espírito de vida, pois ele é a verdadeira e única fonte de
vida. Um tema constante nas Escrituras é o contraste entre a vida e a morte
(Deuteronômio 30:15; Mateus 7:13-14; etc.). A vida é sempre ligada a Deus, e a
morte sempre ligada ao pecado. A palavra vida aparece mais nos livros de João
do que nos escritos de qualquer outro autor no Novo Testamento. João emprega
esta palavra com um rico significado espiritual, a partir do prólogo de seu
evangelho: “A vida estava nele e a vida era a luz dos homens” (João
1:4). A vida própria é uma qualidade divina: “Porque assim como o Pai tem
vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo” (João 5:26).
Jesus oferece a vida aos homens, dizendo: “Eu sou o pão da
vida” (João 6:48) e oferecendo a água viva (João 4:10-11).
Acrescenta: “Eu lhes dou a vida eterna” (João 10:28) e “Eu sou a
ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (João
11:25). Resumindo o seu papel essencial para a salvação dos homens, ele
diz: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão
por mim” (João 14:6). “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti,
o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3).
Na sua primeira carta, João descreve Jesus como o “Verbo da
vida” (1:1) e o identifica como “a vida eterna, a qual estava com o
Pai e nos foi manifestada” (1:2). Sem o Pai e o Filho, a vida se torna
impossível: “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta
vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o
Filho de Deus não tem a vida” (5:11-12). Ele disse que Jesus “...não
só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho”
(2 Timóteo 1:10).
A vida
vem de Deus.
Neles penetrou, e eles se ergueram sobre os pés: O
espírito de vida enviado por Deus ressuscitou as testemunhas. A vitória da
besta e dos perversos acabou! Que conforto aos discípulos do Senhor na Ásia ou
em outros lugares onde a perseguição ameaçava matá-los! Poderiam até morrer,
mas a morte não teria a vitória final sobre os fiéis. Eles são e sempre serão os
vencedores (2:11). Este versículo serve para encorajar os servos de Deus em
qualquer época, enfrentando qualquer ameaça do inimigo. Podem sofrer; podem até
morrer. Mas, no final, ficarão de pé, vitoriosos!
E àqueles que os viram, sobreveio grande medo: A
festa acabou! A vitória dos ímpios não durou, era falsa. Agora os perversos
percebem que seu adversário é realmente invencível. Nem a morte segura os
servos de Jesus! “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o
teu aguilhão?.... Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso
Senhor Jesus Cristo” (1 Coríntios 15:55-57). Os perseguidores têm todo
motivo para sentir medo. Perderão!
Apocalipse
11:12 – e as duas testemunhas ouviram grande voz vinda do céu, dizendo-lhes:
Subi para aqui. E subiram ao céu numa nuvem, e os seus inimigos as
contemplaram.
As duas testemunhas ouviram grande voz vinda do céu,
dizendo-lhes: Subi para aqui: Mais uma grande voz. As testemunhas ouviram
esta voz, mas não sabemos se os adversários a ouviram. A voz chamou os servos
vitoriosos a subirem para o céu. Missão cumprida!
E subiram ao céu numa nuvem: As testemunhas, depois
de sua ressurreição, subiram como Jesus subiu (Atos 1:9). No Arrebatamento, os
fiéis subirão “entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares” (1
Tessalonicenses 4:17).
E os seus inimigos as contemplaram: Que cena triste
para os inimigos de Deus. As testemunhas, não contidas pela morte, agora somem
de vez. A besta que surgiu do abismo e parecia tão forte se mostra incapaz de
vencer os servos de Deus. O resto do livro mostrará, com mais detalhes, esta
certeza da vitória dos fiéis sobre seus adversários ímpios. “Porque todo o
que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a
nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de
Deus?” (1 João 5:4-5).
“Como Jesus morreu
nas mãos dos ímpios, assim morrerão seus servos. Como Jesus ressuscitou dentre
os mortos, assim ressuscitarão seus servos. Como Jesus subiu ao céu e uma nuvem
o encobriu dos apóstolos (At.1:9), assim seus servos subiram numa nuvem à vista
de seus inimigos”.
Apocalipse
11:13 – Naquela hora, houve grande terremoto, e ruiu a décima parte da cidade,
e morreram, nesse terremoto, sete mil pessoas, ao passo que as outras ficaram
sobremodo aterrorizadas e deram glória ao Deus do céu.
Naquela hora, houve grande terremoto: Houve grande
terremoto, e ruiu a décima parte da cidade, e morreram, nesse terremoto, sete
mil pessoas: Já encontramos terremotos como símbolos do castigo divino. Este
terremoto afeta a décima parte da cidade e causa a morte de 7.000 pessoas. Como
as primeiras trombetas, este castigo também não é final e total, mas a retirada
das testemunhas de Deus traz consequências graves para a cidade mundana, a
sociedade dos ímpios. Grande terremoto – “Esse terremoto não é o final da
História, porque ruiu apenas a décima parte da cidade. Deve ser entendido como
o derramamento de um juízo parcial de Deus para conduzir os homens ao respeito
de Sua Palavra”.
As outras ficaram sobremodo aterrorizadas e deram glória
ao Deus do céu: Ficaram com medo, mas o texto não diz que se converteram.
Nabucodonosor, impressionado com a interpretação do seu sonho por Daniel,
reconheceu o Senhor como “o Deus dos deuses, e o Senhor dos
reis” (Daniel 2:47) mas ainda fez a sua imagem de ouro e exigiu que os
homens a adorassem (Daniel 3) e se exaltou ao ponto de ser humilhado por Deus
(Daniel 4). É possível dar glória a Deus sem se converter a ele.
Agora volta-se o olhar para o que vai acontecer com o mundo
ímpio antes do Juízo Final. O terremoto (símbolo de Juízo, Ap.6:12) golpeia uma
parte dos ímpios e o restante dos ímpios vão dar glória a Deus, mas essa fala
dos pecadores não é fruto de verdadeiro arrependimento, mas de medo do juízo
que já está certo sobre suas vidas. Enquanto a Igreja proclama a Palavra de
Deus, há tempo para a salvação, mas quando o Juízo Final for instaurado não
haverá mais nenhuma possibilidade para isso. (Ap.19:11-21).
Apocalipse
11:14 – Passou o segundo ai. Eis que, sem demora, vem o terceiro ai.
O fim do primeiro “ai” foi em Ap.9:12 e aqui está o fim do
segundo “ai”, agora começa o relato do significado do terceiro “ai” a sétima
trombeta, o Juízo Final.
QUEM SÃO
AS DUAS TESTEMUNHAS
Segundo
alguns estudiosos estas duas testemunhas podem ser:
ELIAS – Esta testemunha teria o “poder para fechar o céu, para que não chova durante os dias da sua profecia; ...” Apocalipse 11:6 (primeira parte). Comparar com I Reis 17:1 – “Então Elias, o tisbita, que habitava em Gileade, disse a Acabe: Vive o Senhor, Deus de Israel, em cuja presença estou, que nestes anos não haverá orvalho nem chuva, senão segundo a minha palavra.” O profeta Elias tenazmente combateu a idolatria e a adoração aos falsos deuses.
MOISÉS – Esta testemunha teria o poder “sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem.” Apocalipse 11:6 (última parte). Comparar com Êxodo 7:19 – “Disse mais o Senhor a Moisés: Dize a Arão: Toma a tua vara, e estende a mão sobre as águas do Egito, sobre as suas correntes, sobre os seus rios, e sobre as suas lagoas e sobre todas as suas águas empoçadas, para que se tornem em sangue; e haverá sangue por toda a terra do Egito.” O profeta Moisés recebeu as duas tábuas da LEI (Dez Mandamentos), escritas pelo próprio dedo de Deus e durante a sua vida defendeu o seu cumprimento. Moisés morreu, mas seu corpo nunca foi encontrado (Deut.34:6) e segundo a Bíblia o próprio Deus o enterrou. No livro de Judas está escrito que satanás lutou com o anjo Gabriel pelo corpo de Moisés.
ELIAS – Esta testemunha teria o “poder para fechar o céu, para que não chova durante os dias da sua profecia; ...” Apocalipse 11:6 (primeira parte). Comparar com I Reis 17:1 – “Então Elias, o tisbita, que habitava em Gileade, disse a Acabe: Vive o Senhor, Deus de Israel, em cuja presença estou, que nestes anos não haverá orvalho nem chuva, senão segundo a minha palavra.” O profeta Elias tenazmente combateu a idolatria e a adoração aos falsos deuses.
MOISÉS – Esta testemunha teria o poder “sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem.” Apocalipse 11:6 (última parte). Comparar com Êxodo 7:19 – “Disse mais o Senhor a Moisés: Dize a Arão: Toma a tua vara, e estende a mão sobre as águas do Egito, sobre as suas correntes, sobre os seus rios, e sobre as suas lagoas e sobre todas as suas águas empoçadas, para que se tornem em sangue; e haverá sangue por toda a terra do Egito.” O profeta Moisés recebeu as duas tábuas da LEI (Dez Mandamentos), escritas pelo próprio dedo de Deus e durante a sua vida defendeu o seu cumprimento. Moisés morreu, mas seu corpo nunca foi encontrado (Deut.34:6) e segundo a Bíblia o próprio Deus o enterrou. No livro de Judas está escrito que satanás lutou com o anjo Gabriel pelo corpo de Moisés.
ENOQUE –
Enoque andou com Deus e o Senhor o tomou para si, tipificando na pessoa de
Enoque o arrebatamento da Igreja.
A PALAVRA
DE DEUS – Simbolizando as testemunhas através do Velho e Novo
testamento, os profetas e os apóstolos ou o Povo Judeu e a Igreja de Cristo.
Conclusão
Este texto bíblico deixa muito claro, portanto, que entre os
toques da sexta trombeta (segundo “ai”) e a sétima trombeta (terceiro “ai”),
haveria um período de espera. Tudo se encaixa perfeitamente, pois, de acordo
com Apocalipse 10:11, haveria um tempo em que o remanescente povo de Deus
receberia a incumbência de profetizar novamente a muitos povos, e nações, e
línguas, e reis.
Durante esse período de espera, fatos de grande relevância deveriam ocorrer, os quais teriam como objetivo sinalizar o breve retorno de nosso Senhor Jesus Cristo.
A segunda parte do capítulo 11 do livro de Apocalipse (ver Apocalipse 11:15-19) faz referência às majestosas cenas que ocorrerão ao toque da sétima trombeta. Ela anunciará a queda de todos os reinos do mundo e a tão esperada volta de Cristo. Esta é a maravilhosa e inconfundível certeza: “Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará pelos séculos dos séculos.” Apocalipse 11:15.
No auge da última e decisiva guerra do Armagedom (sexta praga), todos os inimigos de Deus serão aniquilados e os reinos do mundo serão entregues ao nosso Senhor Jesus Cristo. O Apocalipse confirma a presença e atuação do dragão, da besta e do falso profeta nesta última batalha (Apocalipse 16:13 e 14; 19:11-21).
O apóstolo Paulo diz: “Eis aqui vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis. E nós seremos transformados.” I Coríntios 15:51 e 52.
Aos tessalonicenses o apóstolo Paulo tem declarado o seguinte: “Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.” I Tessalonicenses 4:16.
Portanto, ao soar a última trombeta, os justos mortos serão ressuscitados e os justos vivos serão transformados.
O profeta Daniel assim descreve esse grandioso evento, ao revelar o sonho do rei Nabucodonosor:
“Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mãos, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se podia achar nenhum vestígio deles; a pedra, porém, que feriu a estátua se tornou uma grande montanha, e encheu toda a terra. ...Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; nem passará a soberania deste reino a outro povo; mas esmiuçará e consumirá todos esses reinos, e subsistirá para sempre.” Daniel 2:34, 35 e 44.
Diz também a Palavra de Deus que, ao soar a sétima trombeta “abriu-se o santuário de Deus que está no céu, e no seu santuário foi vista a arca do seu pacto; e houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremotos e grande saraiva.” Apocalipse 11:19. Esta cena é descrita novamente quando o sétimo anjo derramar a sua taça no ar: “...e saiu uma grande voz do santuário, da parte do trono, dizendo: Está feito. E houve relâmpagos e vozes e trovões; houve também um grande terremoto, qual nunca houvera desde que há homens sobre a terra, terremoto tão forte quão grande; ...e sobre os homens caiu do céu uma grande saraivada, pedras quase do peso de um talento; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da saraivada, porque a sua praga era mui grande.” Apocalipse 16:17-21.
Os textos de Apocalipse 11:19 e Apocalipse 16:17-21 tratam do mesmo evento. Ao som da sétima trombeta dar-se-á a volta de nosso Senhor Jesus, a queda total das nações, a recompensa dos santos e a implantação do Reino Milenar de Cristo.
Durante esse período de espera, fatos de grande relevância deveriam ocorrer, os quais teriam como objetivo sinalizar o breve retorno de nosso Senhor Jesus Cristo.
A segunda parte do capítulo 11 do livro de Apocalipse (ver Apocalipse 11:15-19) faz referência às majestosas cenas que ocorrerão ao toque da sétima trombeta. Ela anunciará a queda de todos os reinos do mundo e a tão esperada volta de Cristo. Esta é a maravilhosa e inconfundível certeza: “Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará pelos séculos dos séculos.” Apocalipse 11:15.
No auge da última e decisiva guerra do Armagedom (sexta praga), todos os inimigos de Deus serão aniquilados e os reinos do mundo serão entregues ao nosso Senhor Jesus Cristo. O Apocalipse confirma a presença e atuação do dragão, da besta e do falso profeta nesta última batalha (Apocalipse 16:13 e 14; 19:11-21).
O apóstolo Paulo diz: “Eis aqui vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis. E nós seremos transformados.” I Coríntios 15:51 e 52.
Aos tessalonicenses o apóstolo Paulo tem declarado o seguinte: “Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.” I Tessalonicenses 4:16.
Portanto, ao soar a última trombeta, os justos mortos serão ressuscitados e os justos vivos serão transformados.
O profeta Daniel assim descreve esse grandioso evento, ao revelar o sonho do rei Nabucodonosor:
“Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mãos, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se podia achar nenhum vestígio deles; a pedra, porém, que feriu a estátua se tornou uma grande montanha, e encheu toda a terra. ...Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; nem passará a soberania deste reino a outro povo; mas esmiuçará e consumirá todos esses reinos, e subsistirá para sempre.” Daniel 2:34, 35 e 44.
Diz também a Palavra de Deus que, ao soar a sétima trombeta “abriu-se o santuário de Deus que está no céu, e no seu santuário foi vista a arca do seu pacto; e houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremotos e grande saraiva.” Apocalipse 11:19. Esta cena é descrita novamente quando o sétimo anjo derramar a sua taça no ar: “...e saiu uma grande voz do santuário, da parte do trono, dizendo: Está feito. E houve relâmpagos e vozes e trovões; houve também um grande terremoto, qual nunca houvera desde que há homens sobre a terra, terremoto tão forte quão grande; ...e sobre os homens caiu do céu uma grande saraivada, pedras quase do peso de um talento; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da saraivada, porque a sua praga era mui grande.” Apocalipse 16:17-21.
Os textos de Apocalipse 11:19 e Apocalipse 16:17-21 tratam do mesmo evento. Ao som da sétima trombeta dar-se-á a volta de nosso Senhor Jesus, a queda total das nações, a recompensa dos santos e a implantação do Reino Milenar de Cristo.
OUTRAS
INTERPRETAÇÕES
Quem são as duas testemunhas apresentadas no livro do
Apocalipse, capítulo 11 e o que revelam as Escrituras Sagradas quanto ao
contexto histórico ao qual estão inseridas?
Algumas respostas apresentam que as cenas que estão descritas na primeira parte do capítulo 11 do livro de Apocalipse (ver Apocalipse 11:1-14) é uma continuação do período histórico da sexta trombeta. O texto faz referência ao último período profético, quando ocorreram as mais cruéis perseguições contra o povo de Deus (ver Apocalipse 11:2 e 3). Durante este período a Palavra de Deus descreve a exaltação das duas testemunhas. Elas iniciaram o seu testemunho em 538 d.C., quando o povo de Deus foge para o deserto, e terminaram em 1798 d.C., data em que houve o aprisionamento do líder da igreja romana. A respeito desse período é nos dito o seguinte: “E concederei às minhas duas testemunhas que, vestidas de saco, profetizem por mil duzentos e sessenta dias” Apocalipse 11:3.
As ações do povo de Deus em defender os ensinamentos dos profetas e preservar a eterna lei do Senhor durante esse período, também conhecido como “idade média”, foram comparadas à atuação destas duas testemunhas, identificadas como “profetas”, conforme Apocalipse 11:10, as quais no passado atormentaram os habitantes da terra. Não foi por um acaso que as duas testemunhas tiveram destaque durante o ministério de Jesus, ao serem vistas por três de Seus apóstolos em uma visão do futuro reino milenar de Cristo (ver Mateus 16:28; 17:1, 3 e 9). Com os mesmos ideais que as duas testemunhas tiveram quando enalteceram a eterna lei de Deus e quando combateram a idolatria, assim também o povo de Deus prossegue anunciando o verdadeiro Evangelho aos que habitam sobre a Terra.
Algumas respostas apresentam que as cenas que estão descritas na primeira parte do capítulo 11 do livro de Apocalipse (ver Apocalipse 11:1-14) é uma continuação do período histórico da sexta trombeta. O texto faz referência ao último período profético, quando ocorreram as mais cruéis perseguições contra o povo de Deus (ver Apocalipse 11:2 e 3). Durante este período a Palavra de Deus descreve a exaltação das duas testemunhas. Elas iniciaram o seu testemunho em 538 d.C., quando o povo de Deus foge para o deserto, e terminaram em 1798 d.C., data em que houve o aprisionamento do líder da igreja romana. A respeito desse período é nos dito o seguinte: “E concederei às minhas duas testemunhas que, vestidas de saco, profetizem por mil duzentos e sessenta dias” Apocalipse 11:3.
As ações do povo de Deus em defender os ensinamentos dos profetas e preservar a eterna lei do Senhor durante esse período, também conhecido como “idade média”, foram comparadas à atuação destas duas testemunhas, identificadas como “profetas”, conforme Apocalipse 11:10, as quais no passado atormentaram os habitantes da terra. Não foi por um acaso que as duas testemunhas tiveram destaque durante o ministério de Jesus, ao serem vistas por três de Seus apóstolos em uma visão do futuro reino milenar de Cristo (ver Mateus 16:28; 17:1, 3 e 9). Com os mesmos ideais que as duas testemunhas tiveram quando enalteceram a eterna lei de Deus e quando combateram a idolatria, assim também o povo de Deus prossegue anunciando o verdadeiro Evangelho aos que habitam sobre a Terra.
Outra interpretação está no livro “O Grande Conflito” de
Ellen , baseado em Apoc. 11:19 “Abriu-se
o santuário de Deus que está no céu, e no seu santuário foi vista a arca do seu
pacto; e houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremoto e grande saraivada”.
Abriu-se o santuário –
“As palavras de São João no sentido de que ‘abriu-se… o santuário de Deus, que
se acha no Céu, e foi vista a arca da aliança no Seu santuário’, descrevem o
lugar santíssimo, pois era ali que a arca estava. Foi ali que Jesus entrou ao
se cumprirem os 2.300 dias, em 1844, o que nos permite entender que a partir
dessa época entramos no período da sétima trombeta. Quando Cristo sair do lugar
santíssimo, terão terminado o juízo investigativo, Sua obra mediadora e o tempo
da graça, e terão lugar as bodas do Cordeiro.” – SRA/EP, p. 134.
“O começo do julgamento que precede o Segundo
Advento. …’A arca do concerto de Deus está no santo dos santos, ou lugar
santíssimo, que é o segundo compartimento do santuário. No ministério do
tabernáculo terrestre, que servia como ‘exemplar e sombra das coisas
celestiais’, este compartimento se abria somente no grande dia da expiação,
para a purificação do santuário. Portanto, o anúncio de que o templo de Deus se
abrira no Céu, e de que fora vista a arca de Seu concerto, indica a abertura do
lugar santíssimo do santuário celestial, em 1844, ao entrar Cristo ali para
efetuar a obra finalizadora da expiação. Os que pela fé seguiram seu Sumo
sacerdote, ao iniciar Ele o ministério no lugar santíssimo, contemplaram a arca
de Seu concerto. Como houvessem estudado o assunto do santuário, chegaram a
compreender a mudança operada no ministério o Salvador, e viram que Ele agora
oficiava diante da arca de Deus, pleiteando com Seu sangue em favor dos
pecadores.” – O Grande Conflito, p. 433.
Outra mais recente interpretação baseada no Livro de Daniel 8:9-16, onde fala sobre o
“peque no chifre” interpretam que este
evento também se refere aos 2300 dias. O pequeno chifre não é Epifânio, o
imperador de Roma, mas o surgimento do Império Romano em 280 a.C que são as
pernas da estátua de Nabucodonozor (visão do livro de Daniel) e que este chifre
cresce para o sul indicando a Grécia se expandindo por toda a Europa, indo ao
oriente até a terra formosa (Jerusalém), isto é, os romanos declarando guerra
contra os gregos que se iniciou em 280 a.C. e terminara em 272 a.C. que matematicamente
associado ao ano de 2020 soma-se os 2300 dias ou em anos conforme Ez.4:6,
Num.14:34. Esta interpretação ainda sugere que o arrebatamento da igreja
acontecerá no mês de Nisã, ou seja, no mês de Abril, na primavera (Cant.2:11-13)
onde Jesus virá buscar sua noiva, o filho varão (a Igreja) conforme Gn 18 e
Ap.12:5. No ano 280 a.C. também foi feito a primeira tradução da Bíblia do
hebraico para o grego que se chamou Septuaginta, se referindo as duas
testemunhas segundo estas interpretações. Segundo esta interpretação o
arrebatamento acontecerá em 08 de abril de 2020. (280 + 2020 = 2300).
Após as duas testemunhas serem exaltadas nos é dito: “E passado o segundo ai; o terceiro ai cedo virá.” Apocalipse 11:14.
Após as duas testemunhas serem exaltadas nos é dito: “E passado o segundo ai; o terceiro ai cedo virá.” Apocalipse 11:14.
Observação:
Se estas interpretações forem verdadeiras
então estamos vivendo o Período da Tribulação, e o que dizer então da visão que
João teve das 7 Igrejas (Apoc. 2-3), visto que depois desta visão, no Cap.4:1, o
Apóstolo é levado para o céu e uma voz lhe diz que mostrará o que deve
acontecer depois destas coisas, que no meu entender “depois desta coisas”, estava se
referindo as coisas que deveriam acontecer depois do arrebatamento da igreja,
fatos estes que ocorrerão depois do período das 7 Igrejas aqui na terra. Como
ainda estamos vivenciando este Período da Era da Igreja, só posso discordar com
esta teoria, e se de fato estamos vivendo o Período da Tribulação, então o
Arrebatamento da Igreja já aconteceu. A pergunta que fica então é: Em que
período descrito no Livro de Apocalipse estamos vivendo então???
CONTINUAÇÃO DA PARTE 5 - ISRAEL PROTEGIDO
ResponderExcluirPróxima postagem Capítulo 12 do Livro de Apocalipse "O Povo de Deus e a Igreja de Cristo".
Boa leitura e bom estudo para todos! Fiquem com Deus!