E P Í S T O L
A A O S C O R Í N T I O S
2 ª C A R T A
Autor: 2
Coríntios 1:1 identifica o apóstolo Paulo como o seu autor, possivelmente com
Timóteo.
Quando foi escrito: O livro de 2 Coríntios foi provavelmente escrito cerca de 55-57 dC.
Propósito: A igreja em Corinto começou em 52 dC como resultado da visita de Paulo em sua segunda viagem missionária. Foi então que ele ficou um ano e meio, a primeira vez que pôde permanecer no mesmo lugar o tanto que quisesse. Um registro dessa visita e do estabelecimento da igreja é encontrado em Atos 18:1-18.
Em sua segunda carta aos Coríntios, Paulo expressa seu alívio e alegria que a igreja tinha recebido a sua carta "severa" (hoje perdida) de uma maneira positiva. Essa carta dirigia-se a questões que estavam causando divisões na igreja, principalmente a chegada dos (falsos) apóstolos (2 Coríntios 11:13) que estavam atacando o caráter de Paulo, semeando a discórdia entre os crentes e ensinando uma falsa doutrina. Eles parecem ter questionado a veracidade de Paulo (2 Coríntios 1:15-17), a sua capacidade de falar (2 Coríntios 10:10, 11:6) e sua relutância em aceitar sustento da igreja em Corinto (2 Coríntios 11:7 - 9; 12:13). Havia também algumas pessoas que não haviam se arrependido de seu comportamento licencioso (2 Coríntios 12:20-21).
Positivamente, Paulo achou que os Coríntios tinham recebido bem sua carta "severa". Paulo ficou muito feliz ao ficar sabendo por parte de Tito que a maioria dos membros da igreja de Coríntios tinha se arrependido de sua rebelião contra Paulo (2 Coríntios 2:12-13, 7:5-9). O apóstolo os encoraja por isso através de uma expressão de amor genuíno (2 Coríntios 7:3-16). Paulo também buscou reivindicar seu apostolado, já que alguns membros da igreja tinham provavelmente questionado sua autoridade (2 Coríntios 13:3).
Versículos-chave: 2 Coríntios 3:5: “...não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus...”
2 Coríntios 3:18: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.”
2 Coríntios 5:17: "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; {criatura; ou criação} as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas."
2 Coríntios 5:21: "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus."
2 Coríntios 10:5: "...e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo."
2 Coríntios 13:4: "Porque, de fato, foi crucificado em fraqueza; contudo, vive pelo poder de Deus. Porque nós também somos fracos nele, mas viveremos, com ele, para vós outros pelo poder de Deus."
Resumo: Após saudar os fiéis na igreja em Corinto e explicar por que ele não os tinha visitado como originalmente planejado (1:3-2:2), Paulo explica a natureza do seu ministério. Triunfo por meio de Cristo e sinceridade diante de Deus eram as características principais do seu ministério às igrejas (2:14-17). Ele compara o glorioso ministério da justiça de Cristo com o "ministério da condenação" que é a Lei (3:9) e declara a sua fé na validade do seu ministério apesar da intensa perseguição (4:8-18). Capítulo 5 descreve a base da fé cristã – a nova natureza (v. 17) e a troca do nosso pecado pela justiça de Cristo (v. 21).
Nos capítulos 6 e 7 encontramos Paulo defendendo a si mesmo e ao seu ministério, assegurando os Coríntios mais uma vez de seu sincero amor por eles e exortando-os ao arrependimento e vida santa. Nos capítulos 8 e 9, Paulo exorta os crentes de Corinto a seguir os exemplos dos irmãos na Macedônia e estender generosidade aos santos em necessidade. Ele ensina-lhes os princípios e vantagens de ajudar com um coração alegre.
Paulo termina sua carta reiterando sua autoridade entre eles (capítulo 10) e sua preocupação com a sua fidelidade a ele diante da feroz oposição dos falsos apóstolos. Ele se chama de "insensato" por ter que relutantemente se vangloriar de suas qualificações e seu sofrimento por Cristo (capítulo 11). Ele termina sua epístola descrevendo a visão celestial que lhe foi permitido experimentar e o "espinho na carne" que Deus o deu para garantir sua humildade (capítulo 12). O último capítulo contém suas exortações aos Coríntios para que esses se examinassem a fim de verem se o que professavam era a realidade. Paulo então termina com uma bênção de amor e paz.
Conexões: Por todas as suas epístolas, Paulo frequentemente se refere à lei mosaica, comparando-a com a suprema grandeza do evangelho de Jesus Cristo e a salvação pela graça. Em 2 Coríntios 3:4-11, Paulo contrasta a lei do Antigo Testamento com a nova aliança da graça, referindo-se à lei como aquele que "mata", enquanto que o Espírito vivifica. A lei é o "ministério da morte, gravado com letras em pedras" (v. 7; Êxodo 24:12) porque traz apenas o conhecimento do pecado e sua condenação. A glória da lei é que ela reflete a glória de Deus, mas o ministério do Espírito é muito mais glorioso do que o Ministério da lei porque ele reflete Sua misericórdia, graça e amor em providenciar Cristo como o cumprimento da lei.
Aplicação Prática: Esta carta é a mais biográfica e a menos doutrinária das epístolas de Paulo. Ela nos diz mais sobre Paulo como pessoa e como ministro do que qualquer outra. Dito isso, há algumas coisas que podemos aprender desta carta e aplicar hoje em nossas vidas. A primeira coisa é a boa administração, não só de dinheiro, mas de tempo também. Os macedônios não só deram generosamente, mas "também deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus" (2 Coríntios 8:5). Da mesma forma, não só devemos dedicar tudo o que temos para o Senhor, mas tudo o que somos. Ele realmente não precisa do nosso dinheiro. Ele é onipotente! Ele quer um coração que anseia por servir, agradar e amar. Boa administração e ofertar a Deus é mais do que apenas dar dinheiro. Sim, Deus quer que ofereçamos o dízimo da nossa renda, e Ele promete abençoar-nos quando damos a Ele. Há mais, porém. Deus quer 100%. Ele quer que nos entreguemos por completo a Ele. Tudo o que somos. Devemos viver nossas vidas para servir o nosso Pai. Devemos não só dar a Deus de nosso salário, mas as nossas próprias vidas devem ser um reflexo dEle. Devemos dar tudo de nós ao Senhor em primeiro lugar, e depois para a igreja e ao trabalho do ministério de Jesus Cristo.
Quando foi escrito: O livro de 2 Coríntios foi provavelmente escrito cerca de 55-57 dC.
Propósito: A igreja em Corinto começou em 52 dC como resultado da visita de Paulo em sua segunda viagem missionária. Foi então que ele ficou um ano e meio, a primeira vez que pôde permanecer no mesmo lugar o tanto que quisesse. Um registro dessa visita e do estabelecimento da igreja é encontrado em Atos 18:1-18.
Em sua segunda carta aos Coríntios, Paulo expressa seu alívio e alegria que a igreja tinha recebido a sua carta "severa" (hoje perdida) de uma maneira positiva. Essa carta dirigia-se a questões que estavam causando divisões na igreja, principalmente a chegada dos (falsos) apóstolos (2 Coríntios 11:13) que estavam atacando o caráter de Paulo, semeando a discórdia entre os crentes e ensinando uma falsa doutrina. Eles parecem ter questionado a veracidade de Paulo (2 Coríntios 1:15-17), a sua capacidade de falar (2 Coríntios 10:10, 11:6) e sua relutância em aceitar sustento da igreja em Corinto (2 Coríntios 11:7 - 9; 12:13). Havia também algumas pessoas que não haviam se arrependido de seu comportamento licencioso (2 Coríntios 12:20-21).
Positivamente, Paulo achou que os Coríntios tinham recebido bem sua carta "severa". Paulo ficou muito feliz ao ficar sabendo por parte de Tito que a maioria dos membros da igreja de Coríntios tinha se arrependido de sua rebelião contra Paulo (2 Coríntios 2:12-13, 7:5-9). O apóstolo os encoraja por isso através de uma expressão de amor genuíno (2 Coríntios 7:3-16). Paulo também buscou reivindicar seu apostolado, já que alguns membros da igreja tinham provavelmente questionado sua autoridade (2 Coríntios 13:3).
Versículos-chave: 2 Coríntios 3:5: “...não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus...”
2 Coríntios 3:18: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.”
2 Coríntios 5:17: "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; {criatura; ou criação} as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas."
2 Coríntios 5:21: "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus."
2 Coríntios 10:5: "...e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo."
2 Coríntios 13:4: "Porque, de fato, foi crucificado em fraqueza; contudo, vive pelo poder de Deus. Porque nós também somos fracos nele, mas viveremos, com ele, para vós outros pelo poder de Deus."
Resumo: Após saudar os fiéis na igreja em Corinto e explicar por que ele não os tinha visitado como originalmente planejado (1:3-2:2), Paulo explica a natureza do seu ministério. Triunfo por meio de Cristo e sinceridade diante de Deus eram as características principais do seu ministério às igrejas (2:14-17). Ele compara o glorioso ministério da justiça de Cristo com o "ministério da condenação" que é a Lei (3:9) e declara a sua fé na validade do seu ministério apesar da intensa perseguição (4:8-18). Capítulo 5 descreve a base da fé cristã – a nova natureza (v. 17) e a troca do nosso pecado pela justiça de Cristo (v. 21).
Nos capítulos 6 e 7 encontramos Paulo defendendo a si mesmo e ao seu ministério, assegurando os Coríntios mais uma vez de seu sincero amor por eles e exortando-os ao arrependimento e vida santa. Nos capítulos 8 e 9, Paulo exorta os crentes de Corinto a seguir os exemplos dos irmãos na Macedônia e estender generosidade aos santos em necessidade. Ele ensina-lhes os princípios e vantagens de ajudar com um coração alegre.
Paulo termina sua carta reiterando sua autoridade entre eles (capítulo 10) e sua preocupação com a sua fidelidade a ele diante da feroz oposição dos falsos apóstolos. Ele se chama de "insensato" por ter que relutantemente se vangloriar de suas qualificações e seu sofrimento por Cristo (capítulo 11). Ele termina sua epístola descrevendo a visão celestial que lhe foi permitido experimentar e o "espinho na carne" que Deus o deu para garantir sua humildade (capítulo 12). O último capítulo contém suas exortações aos Coríntios para que esses se examinassem a fim de verem se o que professavam era a realidade. Paulo então termina com uma bênção de amor e paz.
Conexões: Por todas as suas epístolas, Paulo frequentemente se refere à lei mosaica, comparando-a com a suprema grandeza do evangelho de Jesus Cristo e a salvação pela graça. Em 2 Coríntios 3:4-11, Paulo contrasta a lei do Antigo Testamento com a nova aliança da graça, referindo-se à lei como aquele que "mata", enquanto que o Espírito vivifica. A lei é o "ministério da morte, gravado com letras em pedras" (v. 7; Êxodo 24:12) porque traz apenas o conhecimento do pecado e sua condenação. A glória da lei é que ela reflete a glória de Deus, mas o ministério do Espírito é muito mais glorioso do que o Ministério da lei porque ele reflete Sua misericórdia, graça e amor em providenciar Cristo como o cumprimento da lei.
Aplicação Prática: Esta carta é a mais biográfica e a menos doutrinária das epístolas de Paulo. Ela nos diz mais sobre Paulo como pessoa e como ministro do que qualquer outra. Dito isso, há algumas coisas que podemos aprender desta carta e aplicar hoje em nossas vidas. A primeira coisa é a boa administração, não só de dinheiro, mas de tempo também. Os macedônios não só deram generosamente, mas "também deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus" (2 Coríntios 8:5). Da mesma forma, não só devemos dedicar tudo o que temos para o Senhor, mas tudo o que somos. Ele realmente não precisa do nosso dinheiro. Ele é onipotente! Ele quer um coração que anseia por servir, agradar e amar. Boa administração e ofertar a Deus é mais do que apenas dar dinheiro. Sim, Deus quer que ofereçamos o dízimo da nossa renda, e Ele promete abençoar-nos quando damos a Ele. Há mais, porém. Deus quer 100%. Ele quer que nos entreguemos por completo a Ele. Tudo o que somos. Devemos viver nossas vidas para servir o nosso Pai. Devemos não só dar a Deus de nosso salário, mas as nossas próprias vidas devem ser um reflexo dEle. Devemos dar tudo de nós ao Senhor em primeiro lugar, e depois para a igreja e ao trabalho do ministério de Jesus Cristo.
INTRODUÇÃO
Começamos
com uma pequena introdução ao livro. Algumas destas informações são repetidas
da introdução à primeira carta.
No
mapa: Corinto era a capital da Acaia, situada no sul da Grécia. Por causa
da sua posição perto do istmo que ligava duas partes da Grécia, era uma cidade
de importância comercial, cultural e religiosa. Tinha diversos templos
dedicados aos vários falsos deuses da época, incluindo um templo de Afrodite,
onde os adoradores da deusa praticavam prostituição.
Na história
bíblica: Encontramos o relato do início do trabalho em Corinto em Atos
18:1-17. Na sua segunda viagem missionária, Paulo foi de Atenas até Corínto,
onde permaneceu 18 meses. Ele morou e trabalhou com Áqüila e Priscila, judeus
que fabricavam tendas. Aos sábados, Paulo ensinava na sinagoga. Quando Silas e
Timóteo chegaram da Macedônia (veja Atos 17:14-15), Paulo se entregou totalmente
ao trabalho do evangelho. A oposição entre os judeus cresceu, e ele sacudiu o
pó dos pés (veja Mateus 7:6; 10:14-15) e deu sua atenção aos gentios. Muitas
pessoas, incluindo Crispo, o líder da sinagoga, creram e foram batizadas. Deus
mandou que Paulo ficasse naquela cidade. Ele continuou seu trabalho em Corinto
durante um ano e seis meses.
**Obs.:
Algumas pessoas citam o exemplo de Paulo ensinando na sinagoga aos sábados como
evidência da importância de guardar o sábado nos dias de hoje. A questão não é
o fato deste apóstolo ter ensinado aos sábados, mas o motivo. Paulo costumava
procurar pessoas com interesse em coisas espirituais quando e onde elas se
reuniam, seja num sábado junto do rio em Filipos (Atos 16:13) ou seja todos os
dias numa praça em Atenas (Atos 17:17). Nem Paulo nem outros cristãos
primitivos ensinavam a necessidade de guardar o sábado, e pessoas hoje não têm
direito de acrescentar tal exigência à doutrina de Cristo.
Alguns
judeus começaram a perseguir Paulo, mas Gálio, o procônsul da província (52
d.C.), recusou-se a ouvir as queixas deles contra o apóstolo. Paulo permaneceu
ainda algum tempo em Corinto, e depois foi para Éfeso e outros lugares,
encerrando a viagem em Antioquia da Síria.
Na terceira
viagem, Paulo escreveu a primeira carta aos coríntios quando estava em Éfeso,
onde ele trabalhou no evangelho durante três anos. Depois de partir de Éfeso,
ele mandou a segunda carta da Macedônia (Atos 20:1-2; 2 Coríntios 7:5-6).
Muitos comentaristas acreditam, baseados principalmente nos comentários de
Paulo em 2:1-10; 7:8; 12:14; 13:1, que entre as duas cartas aconteceram duas
coisas não registradas no livro de Atos: (1) Que Paulo fez uma visita a
Corínto, e voltou para Éfeso entristecido, e (2) Que ele mandou uma outra
carta, considerada severa, repreendendo algumas atitudes erradas dos coríntios.
O conteúdo
da carta: Enquanto a primeira carta é voltada, em boa parte, aos problemas
específicos dos coríntios (questões de doutrina e prática), a segunda carta
abre mais o coração de Paulo para mostrar os seus sentimentos fortes em relação
aos coríntios e, mais ainda, para com o Senhor. É um livro extremamente rico
pelo qual somos privilegiados para ver o coração de uma das grandes personagens
da História, o apóstolo Paulo.
1:1-2
Paulo e Timóteo mandaram esta carta à igreja dos coríntios e aos demais santos na Acaia.
Paulo e Timóteo mandaram esta carta à igreja dos coríntios e aos demais santos na Acaia.
**Obs.: Como
era seu costume, Paulo incluiu seu co-obreiro na saudação, mas a carta é do
próprio apóstolo. Por este motivo, ele refere a si mesmo na primeira pessoa, e
comenta sobre Timóteo na terceira pessoa (veja 1:19).
1:3-11
Paulo agradeceu pela consolação que Deus dá.
Paulo agradeceu pela consolação que Deus dá.
O sofrimento
de Cristo favorece os seus servos.
O conforto
que Deus dava a Paulo, em seu sofrimento, equipou o apóstolo para confortar
outros que passavam por angústias. Como participavam do sofrimento,
participariam, também, da consolação.
Paulo passou
por tribulações na Ásia, até ao ponto de desesperar da própria vida. Por essa
experiência, ele aprendeu a confiar mais ainda em Deus (veja 12:9-10).
O apóstolo
agradeceu as orações dos coríntios a seu favor.
**Obs.: No
resto do livro, Paulo comentará bastante sobre sua atitude em relação ao
sofrimento, especialmente no capítulo 12.
1:12-14
Paulo afirmou sua sinceridade para com os coríntios, e os relembrou de que sua mensagem era de Deus, e não da sabedoria humana.
Paulo afirmou sua sinceridade para com os coríntios, e os relembrou de que sua mensagem era de Deus, e não da sabedoria humana.
1:15-22
Paulo defendeu a sua honestidade em relação às mudanças nos planos dele.
Paulo defendeu a sua honestidade em relação às mudanças nos planos dele.
Ele tinha
planejado uma viagem a Corinto. De lá, ele iria à Macedônia e voltaria a
Corinto antes de prosseguir para a Judéia. Quando não fez a viagem como
pretendia, alguns evidentemente questionaram sua integridade. Ele se defendeu,
dizendo que sua palavra era confiável, como a palavra do Senhor.
**Obs.:
Paulo cita, neste parágrafo, o Pai, o Filho e o Espírito. Disse que somos
confirmados em Cristo, ungidos por Deus (Pai), e selados no Espírito. Assim,
ele mostra o privilégio do cristão de estar em comunhão com as três pessoas
divinas (veja Mateus 28:19; João 14:17,23; 1 Coríntios 6:19).
1:23-24
Paulo disse que ainda não tinha ido a Corinto para poupá-los. Baseado em comentários encontrados mais tarde no livro, entendemos que Paulo estava dando tempo para os coríntios se arrependerem de alguns pecados, para evitar a necessidade de repreensões ásperas (veja, por exemplo, 10:2,9-11; 12:19-21; 13:1-2,10).
Paulo disse que ainda não tinha ido a Corinto para poupá-los. Baseado em comentários encontrados mais tarde no livro, entendemos que Paulo estava dando tempo para os coríntios se arrependerem de alguns pecados, para evitar a necessidade de repreensões ásperas (veja, por exemplo, 10:2,9-11; 12:19-21; 13:1-2,10).
2:1-4
Paulo não queria voltar para Corinto em tristeza; então deu tempo para que resolvessem os problemas primeiro.
Paulo não queria voltar para Corinto em tristeza; então deu tempo para que resolvessem os problemas primeiro.
Ele não se
regozijou na tristeza deles. Pelo contrário, ele queria participar da alegria
desses queridos irmãos.
A tristeza
evidente na carta dele demonstrou seu amor verdadeiro para com eles.
**Obs.: Qual
carta? Alguns comentaristas acreditam que Paulo mandou uma carta entre 1 e 2
Coríntios, severamente repreendendo os coríntios por algumas atitudes erradas.
Supõe-se que esta carta severa fosse enviada depois de uma visita rápida e
desagradável (que teria sido, segundo esta interpretação, a segunda visita; uma
vez que ele estava planejando a terceira visita em 12:14 e 13:1).
2:5-11
Quando o irmão pecador se arrepende e volta, deve ser acolhido em amor pelos irmãos.
Quando o irmão pecador se arrepende e volta, deve ser acolhido em amor pelos irmãos.
A referida
punição seria, provavelmente, a rejeição do pecador do meio da congregação,
conforme o ensinamento de 1 Coríntios 5. Um dos propósitos de tal expulsão é a
salvação do espírito do pecador, ou seja, o arrependimento e perdão dele. Uma
vez que o pecador se arrepende, deve ser perdoado e confortado.
**Obs.: Qual
irmão? Paulo não identifica o irmão que voltou. Pode ser o homem imoral de 1
Coríntios 5. Pode ser um dos homens com queixa contra o irmão em 1 Coríntios 6.
Pode ser algum outro caso não especificado. Não importa o pecado ou a
identidade do pecador. O princípio ensinado aqui é válido em qualquer caso de
arrependimento de um irmão que pecou. Quando se arrepende, os outros devem o
perdoar (veja Mateus 18:15-35).
O irmão
arrependido precisa ser perdoado e confortado, para evitar que seja consumido
por excessiva tristeza. A tristeza e sentimentos de culpa servem para nos
conduzir ao arrependimento (7:10; Tiago 8-10). Mas, se ficar na tristeza e
vergonha, a pessoa será consumida e vencida pelo erro. O irmão arrependido deve
sentir o amor dos outros discípulos.
2:12-13
Paulo ficou pouco tempo em Trôade, porque não encontrou Tito. Continuou a sua viagem até a Macedônia.
Paulo ficou pouco tempo em Trôade, porque não encontrou Tito. Continuou a sua viagem até a Macedônia.
**Obs.:
Saindo de Éfeso, Paulo foi até Trôade (ainda na Ásia), e depois prosseguiu até
a Macedônia, que faz parte da Europa.
2:14-17
O aroma de vida e morte.
O aroma de vida e morte.
Neste
parágrafo, Paulo usa simbolicamente a imagem de um desfile triunfal de um
exército. Depois da batalha, o comandante conduzia seus soldados, seguidos
pelos prisioneiros. O incenso queimado levava o cheiro de vitória aos
vencedores, mas o cheiro de morte aos prisioneiros, pois seriam mortos depois
do desfile.
Paulo
pregava uma mensagem só. A mesma palavra que faz o pecador sentir-se culpado e
réu de morte traz as boas novas de vida aos fiéis.
Paulo disse
que não mercadejava a palavra, reafirmando sua sinceridade.
3:1-11
Paulo não precisou dar carta de recomendação aos coríntios para estabelecer sua credibilidade, pois os próprios coríntios eram evidência de seu trabalho.
Paulo não precisou dar carta de recomendação aos coríntios para estabelecer sua credibilidade, pois os próprios coríntios eram evidência de seu trabalho.
Ele começa,
aqui, um contraste entre o evangelho de Cristo e a lei do Velho Testamento.
Observe os pontos principais:
ANTIGA
ALIANÇA X NOVA ALIANÇA
Tinta X
Espírito
Pedra X
Carne/corações
Letra mata X
Espírito vivifica
Ministério
da morte X Ministério do Espírito
Condenação X
Justiça
Outrora X
Atual
Desvanecia-se
X Permanente
Glória X
Sobreexcelente glória
**Obs.:
"A letra mata, mas o espírito vivifica". Muitas pessoas distorcem o
sentido desta frase, até usando o versículo para dizer que estudo da Bíblia
pode ser prejudicial! Mas, um pouquinho de estudo do contexto mostra que tal
interpretação é totalmente errônea. No contexto, a letra representa o sistema
da lei do Velho Testamento, que trouxe conhecimento das conseqüências do
pecado, mas não revelou o caminho para a salvação. O espírito representa a
palavra de Cristo, que nos dá a solução para nosso problema.
3:12-18
A grande
diferença entre o Novo e o Velho Testamentos pode ser resumida na palavra
"esperança". Nós temos esperança e, por isso, temos motivo para falar
ousadamente sobre Cristo.
**Obs.: A
grande diferença entre o evangelho de Cristo e muitas religiões e filosofias é
a esperança. Muitas religiões oferecem a "esperança" de voltar pela
reencarnação para viver de novo, talvez como uma pessoa numa vida mais sofrida,
talvez como vaca ou mosca. Outras religiões oferecem a "esperança" de
perder a identidade em algum tipo de consciência universal. Várias filosofias
oferecem a "esperança" de morrer e cessar de existir. Mas Jesus
oferece a esperança da vida eterna. Pedro entendeu este fato quando disse a
Jesus: "Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna"
(João 6:68).
Paulo disse
que as pessoas que continuavam confiando na lei de Moisés ainda tinham um véu
que escondia a verdade sobre Cristo. O véu não está mais sobre o rosto de
Moisés, e sim sobre o coração dos que não se convertem a Cristo.
A verdadeira
liberdade está no Espírito do Senhor.
**Obs.:
Liberdade X Libertinagem. Paulo disse que a liberdade está no Espírito de Deus,
mas muitas pessoas procuram liberdade em outros lugares. Até rejeitam a palavra
do Senhor, rebelando-se contra a autoridade dele para cumprir sua própria
vontade. Tal libertinagem resulta na escravidão espiritual da pessoa (2 Pedro
2:18-20).
Pelo
Espírito, somos transformados na imagem do Senhor.
**Obs.: A
imagem de Deus. Deus criou o homem à imagem dele (Gênesis 1:26-27), mas o homem
manchou a imagem com o pecado. Jesus nos mostrou a imagem do Pai (2 Coríntios
4:4; Colossenses 1:15). Nós somos refeitos à imagem de Cristo (2 Coríntios
3:18; Colossenses 3:10).
**Obs.:
Considere as afirmações dos versículos 17 e 18 em relação a divindade do
Espírito Santo: "o Senhor é o Espírito" e "pelo Senhor, o
Espírito". E ainda há pessoas que negam a personalidade e a divindade
dele!
4:1-6
Paulo fez seu trabalho de uma maneira transparente e sincera, e não pretendia desistir dele.
Paulo fez seu trabalho de uma maneira transparente e sincera, e não pretendia desistir dele.
Outros
andavam de modo vergonhoso, usando de astúcia e adulterando a palavra de Deus.
As pessoas
cegas continuam perdidas, não enxergando a imagem de Deus em Cristo.
Paulo não
pregou uma doutrina particular, mas sim, o evangelho de Cristo.
Paulo,
escolhido por Cristo para ser apóstolo, se colocou na posição de servo dos
coríntios, por amor de Jesus.
**Obs.: É
importante observar, nas cartas de Paulo, o uso de palavras como servo,
submissão, sacrifício, etc. Ele mostra uma atitude de humilde serviço, que nós
devemos imitar.
Através de
Cristo, conhecemos a glória de Deus.
4:7-15
Neste parágrafo, Paulo explica bem a grande responsabilidade dos apóstolos. No contexto, em que ele fala sobre a sua própria morte, parece que os vasos de barro são os próprios apóstolos. Isso não nega, porém, a nossa responsabilidade na divulgação do evangelho hoje (veja a transmissão dessa responsabilidade de uma geração para outra em 2 Timóteo 2:2).
Neste parágrafo, Paulo explica bem a grande responsabilidade dos apóstolos. No contexto, em que ele fala sobre a sua própria morte, parece que os vasos de barro são os próprios apóstolos. Isso não nega, porém, a nossa responsabilidade na divulgação do evangelho hoje (veja a transmissão dessa responsabilidade de uma geração para outra em 2 Timóteo 2:2).
Paulo queria
sempre manifestar o poder de Cristo, e não o seu próprio.
**Obs.:
Confiança na carne. Nas cartas aos coríntios, Paulo fortemente rejeita a ênfase
nas obras dos homens. A grande tendência de muitas igrejas, hoje em dia, é
honrar os homens pelas obras realizadas (diplomas de seminários, títulos de
honra, glória de trabalhos bem-sucedidos, reconhecimento por homens, etc.).
Paulo pôs tudo que o homem é, e tudo que o homem faz, na categoria de um vaso
de barro. A glória pertence ao tesouro guardado no vaso, não ao próprio vaso.
O versículo
10 apresenta um tema mencionado várias outras vezes por Paulo. O cristão, em
alguns sentidos, participa da morte de Cristo e, também, participa da vida após
a ressurreição (compare com Romanos 6:3-4; 2 Coríntios 5:17; Colossenses
3:1-10).
No versículo
13, ele resume o sentido de Salmo 116, onde Deus é louvado por ter livrado seu
servo da morte. Neste contexto, Paulo mostra a mesma confiança. Ele será
livrado da morte na ressurreição, e todos que ouvem o evangelho podem
participar da mesma esperança.
4:16-18
Por causa da sua esperança da ressurreição, Paulo não se desanimava quando contemplava a própria morte. Ele mostrou a sua fé nas promessas de Deus, e depositou sua confiança nas coisas eternas e invisíveis.
Por causa da sua esperança da ressurreição, Paulo não se desanimava quando contemplava a própria morte. Ele mostrou a sua fé nas promessas de Deus, e depositou sua confiança nas coisas eternas e invisíveis.
2
Coríntios 5
5:1-5
Neste parágrafo, Paulo apresenta uma perspectiva cristã da morte física.
5:1-5
Neste parágrafo, Paulo apresenta uma perspectiva cristã da morte física.
O corpo
físico é um tabernáculo (tenda) terrestre que está se gastando.
O corpo
espiritual é um edifício (templo) eterno e celeste.
Os santos
gemem neste corpo, querendo ser revestidos da vida eterna.
Tal
esperança é válida somente para as pessoas preparadas/vestidas da imagem de
Cristo, e não despreparadas/espiritualmente nuas (veja Colossenses 3:5-12; 2
Pedro 1:4).
Paulo deixa
bem claro que ele não deseja a morte, e sim a vida eterna. Ele não quer ser
despido; ele quer ser revestido da vida.
**Obs.: O
desejo de morrer. É importante compreender a diferença entre a vontade de Paulo
e a vontade do rei Saul, Judas Iscariotes e outros que, até hoje, consideram o
suicídio uma saída. Paulo não desejava a morte, e sim a vida. Ele não estava
correndo dos problemas desta vida, mas olhava para o fim do caminho (2 Timóteo
4:6-8). Embora querendo estar com Deus na eternidade, Paulo não apressou sua
própria morte. Ele confiava em Deus para decidir a hora certa para dar-lhe a
coroa da vida. Embora Deus tenha livrado os fiéis do medo de morrer, ele não
autorizou o suicídio.
Deus nos
preparou para a vida eterna, já dando uma amostra da vida eterna através do
Espírito (veja Efésios 1:13).
**Obs.: A
vida eterna: presente ou futuro? Quando a Bíblia ensina sobre a salvação em
Cristo e a vida eterna, fala em dois sentidos (veja 1 Timóteo 4:8). Num
sentido, os discípulos de Cristo já têm a salvação e participam da vida
espiritual nele (Atos 2:47; 15:11; Romanos 6:4; Efésios 2:1,5; Colossenses
2:13; 1 João 5:12-13). Em outro sentido, ainda aguardamos a salvação e a vida
eterna (veja Romanos 2:7; 13:11; Gálatas 6:8; Tito 3:7; Hebreus 9:28; Judas
21).
5:6-10
Paulo andava em esperança da vida eterna que o motivou a ser agradável a Deus.
Paulo andava em esperança da vida eterna que o motivou a ser agradável a Deus.
Todos nós
seremos julgados pelas coisas feitas no corpo.
**Obs.:
Julgamento segundo as coisas feitas por meio do corpo. Apesar da confusão
causada por várias doutrinas humanas, algumas afirmações bíblicas são bem
claras. As diversas filosofias e religiões que ensinam a reencarnação enfrentam
um problema no versículo 10. Paulo não falou de julgamento das coisas feitas
por meio dos corpos. Ele falou de um corpo só (veja Hebreus
9:27). Os premilenaristas ensinam que haverá duas ressurreições, mas Jesus
afirma que todos seremos ressuscitados na mesma hora para o julgamento final
(João 5:28-29).
5:11-17
Paulo pregava com convicção, persuadido da mensagem de Cristo. Ele não confiava nas aparências da carne, e sim na verdade no coração. Outros o julgavam louco, mas ele continuou servindo a Deus.
Paulo pregava com convicção, persuadido da mensagem de Cristo. Ele não confiava nas aparências da carne, e sim na verdade no coração. Outros o julgavam louco, mas ele continuou servindo a Deus.
Os que estão
em Cristo são novas criaturas.
**Obs.:
Versículo 17 mostra a grande diferença entre a morte e as trevas do passado e a
vida e a luz em Cristo. Infelizmente, algumas pessoas torcem o sentido do
versículo para justificar o pecado. Sugerem que a pessoa que praticava pecado
pode continuar nas mesmas práticas, porque agora Deus fez tudo novo. Mas ele
fez tudo novo quando justificou (salvou, perdoou) o pecador. Ele não justificou
o pecado. Para sermos novas criaturas, temos que deixar de praticar as coisas
condenadas por Deus (veja 1 Coríntios 6:9-11).
5:18-21
O trabalho de Paulo era o ministério da reconciliação, promovendo a paz entre Deus e os homens (veja Isaías 59:1-2; Efésios 2:14-18).
O trabalho de Paulo era o ministério da reconciliação, promovendo a paz entre Deus e os homens (veja Isaías 59:1-2; Efésios 2:14-18).
Paulo
usufruiu a reconciliação, e passou a pregar a mesma mensagem para outros. Ele
diz: "Deus...nos reconciliou" (5:18) e "Deus estava em
Cristo reconciliando consigo o mundo" (5:19).
Considere
bem a mensagem profunda do versículo 21 sobre a grande troca feita por Deus:
- Jesus não
conheceu pecado, e Deus o fez pecado por nós.
- Nós
conhecemos pecado, e Deus nos fez justiça através dele!
- Ele levou
sobre si os nossos pecados; levamos sobre nós a justiça dele! Que maravilha!
2
Coríntios 6
No parágrafo anterior (5:18-21), Paulo falou da reconciliação. Disse que Cristo nos reconciliou, e que deu o ministério da reconciliação aos seus embaixadores. Ele continua falando sobre este segundo aspecto da reconciliação (o papel dele como servo de Jesus) no início do capítulo 6.
No parágrafo anterior (5:18-21), Paulo falou da reconciliação. Disse que Cristo nos reconciliou, e que deu o ministério da reconciliação aos seus embaixadores. Ele continua falando sobre este segundo aspecto da reconciliação (o papel dele como servo de Jesus) no início do capítulo 6.
6:1-3
Paulo exortou-os a não receberem a graça de Cristo em vão, frisando a urgência da sua obediência.
Paulo exortou-os a não receberem a graça de Cristo em vão, frisando a urgência da sua obediência.
**Obs.: Ele
cita Isaías 49:8 como a palavra de Jesus. Este versículo faz parte de uma série
de profecias messiânicas em Isaías sob o tema "O Servo do Senhor".
Paulo serviu
com toda sinceridade e dedicação, para não impedir o progresso do evangelho.
6:4-10
Ao invés de dar motivo de escândalo, Paulo se negou em tudo para ser um bom embaixador de Cristo.
Ao invés de dar motivo de escândalo, Paulo se negou em tudo para ser um bom embaixador de Cristo.
Ele aceitou
sofrimento na sua vida (versículos 4 e 5), e ainda desenvolveu as qualidades
características de um servo fiel (versículo 6).
**Obs.: Tudo
indica que Paulo ainda estava sendo criticado e rejeitado por alguns entre os
coríntios. Seu amor não fingido (sem hipocrisia) sugere um contraste com o
falso amor dos falsos apóstolos que estavam perturbando os coríntios (veja
11:13).
Paulo
confiava plenamente no poder de Deus para fazer seu trabalho, independente das
interpretações erradas por parte de outras pessoas.
6:11-13
Paulo sente-se constrangido, não por falta de vontade de sua parte, mas pela rejeição pelos coríntios. O coração dele estava bem aberto para recebê-los, mas eles permaneciam fechados.
Paulo sente-se constrangido, não por falta de vontade de sua parte, mas pela rejeição pelos coríntios. O coração dele estava bem aberto para recebê-los, mas eles permaneciam fechados.
6:14-18
Nestes versículos, e no primeiro do capítulo 7, Paulo destaca a importância da santificação na vida dos cristãos. Não pode haver concordância entre as coisas de Deus e as do Maligno. Observe os contrastes:
Nestes versículos, e no primeiro do capítulo 7, Paulo destaca a importância da santificação na vida dos cristãos. Não pode haver concordância entre as coisas de Deus e as do Maligno. Observe os contrastes:
Justiça X
Iniqüidade
Luz X Trevas
Cristo X O
Maligno
Crente X
Incrédulo
Santuário de
Deus X Ídolos
Nos
versículos 16 a 18, Paulo usa várias citações do Velho Testamento sobre o povo
santo. Deus desejava um povo santo em Israel, mas os hebreus não cumpriram sua
responsabilidade. Então, ele começou a profetizar sobre um povo santo e cumpriu
as profecias em Israel espiritual, a igreja. Hoje, em Cristo, participamos da
comunhão do Todo-Poderoso que habita entre os cristãos.
Paulo
concluiu o capítulo 6 com um apelo à santidade. Ele citou as grandes promessas
da comunhão com Deus, dizendo que Deus anda e habita no meio dos fiéis.
7:1
Baseado nas grandes promessas de comunhão com Deus, Paulo pede a cada discípulo:
Baseado nas grandes promessas de comunhão com Deus, Paulo pede a cada discípulo:
(1)
Purificar-se de toda impureza
(a) da carne
(imoralidade, obras da carne).
(b) do
espírito (idolatria, doutrinas e práticas erradas).
(2)
Aperfeiçoar a santidade com reverência e respeito para com Deus.
7:2-4
Paulo volta a falar sobre os problemas entre ele e os coríntios. Ele pede que abram seus corações, afirmando que ele sempre agia em boa fé e sinceridade.
Paulo volta a falar sobre os problemas entre ele e os coríntios. Ele pede que abram seus corações, afirmando que ele sempre agia em boa fé e sinceridade.
7:5-16
Paulo começou a comentar sobre sua procura de Tito em 2:12-13. Falou que chegou a Trôade (partindo de Éfeso) e não encontrou Tito. Por esta razão, foi para a Macedônia. Em 2:14, ele agradeceu a Deus pela vitória, mas não explicou o motivo específico das ações de graça. Ele continuou falando sobre as bênçãos de Deus e sobre o privilégio de participar delas. Aqui, ele volta à questão da procura de Tito.
Paulo começou a comentar sobre sua procura de Tito em 2:12-13. Falou que chegou a Trôade (partindo de Éfeso) e não encontrou Tito. Por esta razão, foi para a Macedônia. Em 2:14, ele agradeceu a Deus pela vitória, mas não explicou o motivo específico das ações de graça. Ele continuou falando sobre as bênçãos de Deus e sobre o privilégio de participar delas. Aqui, ele volta à questão da procura de Tito.
Quando Paulo
chegou à Macedônia, ele não achou Tito. Ele sentiu-se angustiado, enfrentando
vários problemas com esta preocupação sobre esse irmão e cooperador. Mas, Deus
o confortou com a chegada de Tito, levando notícias animadoras dos coríntios.
Paulo
comentou sobre a severidade de uma carta anterior.
**Obs.: É
possível que houvesse outra carta entre 1 e 2 Coríntios, na qual Paulo
repreendeu algumas atitudes erradas dos coríntios. Muitas pessoas acreditam
que, entre as duas cartas, Paulo teria feito uma visita a Corinto e que, devido
àlguns problemas com os irmãos na visita, teria mandado uma carta severa,
corrigindo-os.
Ele se
alegrou por causa do arrependimento verdadeiro deles. No versículo 10, ele fez
um comentário valioso sobre a tristeza e o arrependimento. A tristeza de
entender que o nosso pecado fere ao próprio Deus produz o arrependimento
verdadeiro que leva a salvação. Mas a tristeza do mundo, de se lamentar por
causa de conseqüências pessoais e imediatas, sem compreender os efeitos maiores
do pecado, não produz o arrependimento que Deus quer. Pode causar algum
sentimento de remorso (como Judas Iscariotes sentiu quando devolveu o dinheiro
da traição), mas não produz o arrependimento verdadeiro que precisamos para sair
do pecado.
Além da sua
alegria devida ao arrependimento dos coríntios, Paulo ficou mais contente ainda
quando ouviu de que maneira eles trataram Timóteo.
Paulo
começou este capítulo com tristeza, pedindo que eles abrissem os corações para
aceitá-lo. Encerrou o capítulo elogiando a atitude dos coríntios, e dizendo que
tinha plena confiança neles.
Nos
capítulos 8 e 9, Paulo incentiva os coríntios a participarem liberalmente da
assistência aos santos necessitados na Judéia. Neste ensinamento, encontramos
instruções e exemplos que mostram um aspecto do verdadeira amor entre irmãos em
Cristo. Os que tinham condições financeiras ajudaram outros que necessitavam de
assistência.
8:1-7
Paulo cita o bom exemplo das igrejas da Macedônia para incentivar a generosidade dos coríntios. Apesar dos seus próprios problemas, os macedônios se mostraram liberais quanto à assistência aos santos. Insistiram em ajudar, mesmo acima da sua capacidade. Tal generosidade não começou com o dinheiro, mas com o sacrifício de si mesmos.
Paulo cita o bom exemplo das igrejas da Macedônia para incentivar a generosidade dos coríntios. Apesar dos seus próprios problemas, os macedônios se mostraram liberais quanto à assistência aos santos. Insistiram em ajudar, mesmo acima da sua capacidade. Tal generosidade não começou com o dinheiro, mas com o sacrifício de si mesmos.
**Obs.: Uma
vez que nós nos entregamos ao Senhor, devemos entender que os nossos recursos
(dinheiro, habilidades, etc.) são ferramentas para usar no serviço a Deus. Os
discípulos na Macedônia entenderam isso.
**Obs.: A
graça concedida. Paulo usa essa expressão para descrever o privilégio de
sacrificar, dando dinheiro para ajudar aos outros.
8:8-15
Paulo não quer obrigar os coríntios a participarem dessa benevolência, mas procura incentivá-los a dar voluntariamente por amor.
Paulo não quer obrigar os coríntios a participarem dessa benevolência, mas procura incentivá-los a dar voluntariamente por amor.
Ele cita o
exemplo de Jesus. Ele deixou a riqueza dos céus e se fez pobre por causa do seu
amor para conosco. Através da pobreza dele, nós adquirimos as riquezas
espirituais que ele mandou.
Paulo espera
a concretização dos planos dos coríntios. Eles falaram já da vontade de ajudar;
ele espera a demonstração desse amor.
**Obs.
Querer e realizar. Devemos sempre nos esforçar para pôr em prática os nossos
planos espirituais. É importante querer crescer e fazer o bem. Cabe a nós
cumprir a nossa parte para realizar tais intenções boas. Veja Filipenses
2:12-13.
Paulo não
espera que ninguém dê acima das suas condições, nem quer que alguns fiquem
sobrecarregados enquanto outros são aliviados. Ele procura igualdade entre
irmãos.
**Obs.:
Igualdade. Alguns interpretam de uma maneira literal e errada esta palavra
"igualdade" (8:13). Nem Paulo nem outros servos de Deus no Novo
Testamento pregaram igualdade absoluta em termos de bens materiais. Eles não
propuseram nenhum sistema de comunismo onde todos teriam exatamente as mesmas
coisas. Ainda encontramos ricos e pobres entre os discípulos primitivos, mas
não houve a necessidade de alguém passar fome enquanto outros tinham
abundância.
**Obs.: Deus
proverá. A citação de 8:15 vem de Êxodo 16:18, um trecho que enfatiza o fato
que Deus providencia as nossas necessidades (compare com Mateus 6:21-34).
8:16-24
Paulo quer evitar a vergonha de irmãos chegarem a Corinto para achar os coríntios despreparados. Por isso, ele enviou três irmãos para ajudar na preparação da coleta dos coríntios antes de chegarem outros com Paulo. Esses três são: Tito (8:16), um irmão escolhido pelas igrejas (8:18), e mais um irmão de confiança (8:22).
Paulo quer evitar a vergonha de irmãos chegarem a Corinto para achar os coríntios despreparados. Por isso, ele enviou três irmãos para ajudar na preparação da coleta dos coríntios antes de chegarem outros com Paulo. Esses três são: Tito (8:16), um irmão escolhido pelas igrejas (8:18), e mais um irmão de confiança (8:22).
**Eleito
pelas igrejas (8:19). Alguns procuram qualquer apoio para justificar a criação
de grandes denominações, completas com seus congressos nacionais, etc. Mas uma
vez que uma igreja mostrou sua confiança num irmão para acompanhar Tito, ele
foi "eleito" ou "escolhido" por aquela igreja. Quando uma
outra congregação, conhecendo o mesmo irmão, pediu a mesma coisa, ele foi
"eleito pelas igrejas". Não há nada aqui que justifique reuniões ou
organizações que envolvam várias igrejas em decisões coletivas.
2
Coríntios 9
9:1-5
No início do capítulo 8, Paulo usou o exemplo dos macedônios para incentivar a liberalidade dos coríntios. Agora, ele disse que usou, também, o exemplo dos coríntios para estimular os macedônios! Devemos estimular uns aos outros em amor e boas obras (veja Hebreus 10:24).
9:1-5
No início do capítulo 8, Paulo usou o exemplo dos macedônios para incentivar a liberalidade dos coríntios. Agora, ele disse que usou, também, o exemplo dos coríntios para estimular os macedônios! Devemos estimular uns aos outros em amor e boas obras (veja Hebreus 10:24).
Paulo enviou
os irmãos citados no fim do capítulo 8 para evitar algum constrangimento mais
tarde. Eles ajudariam os coríntios a preparar a oferta, para que não se
envergonhassem com a chegada de outros irmãos depois.
9:6-15
Paulo incentiva os coríntios a darem generosamente. Ele cita um princípio bem conhecido nas Escrituras: ceifamos o que semeamos.
Paulo incentiva os coríntios a darem generosamente. Ele cita um princípio bem conhecido nas Escrituras: ceifamos o que semeamos.
A oferta é
voluntária, segundo a decisão de cada um para dar com alegria.
**Obs.: É
obrigação contribuir? Aqui, Paulo diz que a oferta não deve ser feita por
necessidade, mas 1 Coríntios 16:1-2 aborda o mesmo assunto como ordem. Podemos
entender assim: é a responsabilidade de cada cristão contribuir, mas não
devemos fazê-lo só por causa da obrigação. Devemos entender o propósito da
oferta e participar com alegria, reconhecendo o privilégio de participar do
trabalho do Senhor.
Ao invés de
segurar o nosso dinheiro, recusando utilizá-lo para servir a outros, devemos
lembrar que todas as nossas bênçãos e a nossa capacidade de dar vêm do Senhor.
**Obs.: O
versículo 9 é uma citação de Salmo 112:9. O Salmo 112 inteiro fala sobre a
importância da bondade e fidelidade do servo para ser abençoado por Deus.
A
generosidade dos gentios em ajudar os santos necessitados de Jerusalém teve
outros benefícios:
-Além de
ajudar aqueles santos, demonstrou gratidão para com Deus.
-Além de
ajudar aqueles santos, demonstrou comunhão com todos os santos.
Por outro
lado, os outros santos oravam em favor dos coríntios.
Quem merece
a gratidão e a glória é o próprio Deus.
Neste
capítulo, Paulo volta à defesa do seu apostolado em contraste com as alegações
dos falsos apóstolos que induziram os coríntios ao erro. Em alguns momentos,
ele assume o ponto de vista dos seus críticos, usando de ironia para se colocar
numa posição de fraqueza. É necessário uma leitura cuidadosa para não se perder
nas mudanças de "tom" nas palavras de Paulo.
10:1-6
Paulo falou que era humilde entre eles mas ousado nas suas cartas. Mais tarde, ele explica que essa foi uma acusação feita por seus detratores (compare com o versículo 10: "dizem").
Paulo falou que era humilde entre eles mas ousado nas suas cartas. Mais tarde, ele explica que essa foi uma acusação feita por seus detratores (compare com o versículo 10: "dizem").
Por
enquanto, Paulo usa esta imagem para reforçar seu ponto. O sentido é este:
"Tudo bem, vocês me consideram manso quando presente e severo quando
ausente. Então, façam tudo para corrigir os seus problemas, porque não quero
ser severo quando chego aí."
Apesar das
opiniões de outros sobre Paulo, ele afirma a sua determinação de fazer o certo,
agindo de acordo com a vontade de Deus e não a dos homens. Os versículos 3 a 6
descrevem bem a atitude e as táticas do servo de Deus nas batalhas espirituais.
Observe:
-Somos seres
humanos, mas não usamos táticas humanas.
-As armas
que usamos são espirituais, não carnais.
-Com as
armas poderosas de Deus, podemos vencer a força dos homens (fortalezas,
sofismas, altivez, pensamentos).
-Nosso alvo
é simples: levar "cativo todo pensamento à obediência de Cristo",
completando a nossa submissão.
**Obs.:
Sofismas são pensamentos ou raciocínios que parecem razoáveis e válidos, porém
são falsos. Paulo mostra, aqui, que a sabedoria de Deus é superior à suposta
sabedoria dos homens.
10:7-12
Paulo pede para seus críticos serem justos com ele. Eles se consideravam servos de Cristo, mas negavam a posição dele na família do Senhor. De fato, Paulo não era nem um pouquinho inferior a eles. Ele tinha recebido autoridade de Cristo para edificar, e não para destruir.
Paulo pede para seus críticos serem justos com ele. Eles se consideravam servos de Cristo, mas negavam a posição dele na família do Senhor. De fato, Paulo não era nem um pouquinho inferior a eles. Ele tinha recebido autoridade de Cristo para edificar, e não para destruir.
**Obs.: Para
edificar e não para destruir. Paulo mostra um dos problemas fundamentais do
partidarismo. Ao invés de edificar, o espírito carnal destrói. Em 1 Coríntios
3:1-16, ele frisou este mesmo ponto. Os verdadeiros servos não procuram criar
ou defender seus próprios partidos (assim destruindo o corpo de Cristo). Cada
um de nós deve edificar e contribuir ao bem do corpo.
Paulo não
aceitou a acusação que ele fosse forte nas cartas e fraco quando presente.
Prometeu, se fosse necessário, usar da mesma severidade na presença deles.
**Obs.:
Padrões errados para avaliação de homens. Paulo recusou avaliar-se por
comparações com outros homens, e condenou tal prática. Infelizmente, muitos
supostos servos do Senhor ainda não captaram o sentido desse ensinamento. Há
hoje comentários sobre qual pregador é melhor que o outro, prêmios para
melhores sermões, melhores livros, melhores sites evangélicos na Internet, etc.
Pessoas que alegam ser cristãs participam ousadamente do pecado de
auto-promoção. Tal prática não cabe no reino de Deus (veja Mateus 20:27; 23:11;
Lucas 17:10).
10:13-18
Paulo não tentou validar seu trabalho por comparações com os trabalhos de outros. Ele se viu no contexto da responsabilidade que Deus lhe deu. A esfera de ação dele incluiu Corinto e ele faria o trabalho entre eles, apesar da oposição de alguns "irmãos".
Paulo não tentou validar seu trabalho por comparações com os trabalhos de outros. Ele se viu no contexto da responsabilidade que Deus lhe deu. A esfera de ação dele incluiu Corinto e ele faria o trabalho entre eles, apesar da oposição de alguns "irmãos".
**Obs.: A
esfera de ação. Embora Paulo comente sobre locais geográficos, ele não sugere
limites de território físico no trabalho do Senhor. Os apóstolos foram enviados
ao mundo (Marcos 16:15), e a mesma responsabilidade de pregar o evangelho foi
transmitida a homens fiéis e idôneos (2 Timóteo 2:2). Pessoas que se acham hoje
donas de determinados "territórios" no trabalho do Senhor mostram a
mesma atitude carnal que Paulo condenou. Como servos de Deus, podemos e devemos
pregar em qualquer lugar onde exista oportunidade.
Neste
parágrafo, encontramos uma frase que deve controlar todas as tendências
orgulhosas de auto-engrandecimento: "Aquele, porém, que se gloria,
glorie-se no Senhor" (versículo 17).
11:1-6
Paulo justifica sua loucura! Na segunda metade deste capítulo, ele usará alguns argumentos que normalmente não empregaria. Aqui, ele explica o motivo. Ele estava agindo por amor aos coríntios, fazendo tudo para evitar que eles caíssem no engano de falsos apóstolos.
Paulo justifica sua loucura! Na segunda metade deste capítulo, ele usará alguns argumentos que normalmente não empregaria. Aqui, ele explica o motivo. Ele estava agindo por amor aos coríntios, fazendo tudo para evitar que eles caíssem no engano de falsos apóstolos.
**Obs.: A
"loucura" de Paulo. Quando homens carnais começaram a comparar
pessoas, Paulo ficou para trás. Outros eram mais eloqüentes ou mais polidos do
que Paulo. Ele disse, ironicamente, que ele era louco e os próprios coríntios
sábios (1 Coríntios 4:10). É claro que não era o caso. Em 1 Coríntios 2:16, ele
disse que tinha a mente de Cristo. No início de 1 Coríntios 3, chamou os
coríntios de crianças carnais. Do mesmo modo, ele criticou as pessoas que se
julgavam sábias, dizendo que devemos nos gloriar exclusivamente no Senhor (2
Coríntios 10:12,17-18). Paulo não era louco, mas considerou qualquer defesa baseada
nos feitos humanos um tipo de loucura. Assim, ele respondeu com esse tipo de
argumento em 1 Coríntios 4:10-13 e usará a mesma abordagem em 2 Coríntios
11:21-29.
O zelo de
Paulo destaca a importância de nos manter puros, e de ajudar outros a fazerem o
mesmo. Paulo procurava proteger os coríntios de falsos mestres para apresentar
a noiva como virgem ao seu verdadeiro esposo, Cristo.
**Obs.: A
noiva de Cristo. Paulo emprega aqui uma ilustração muito comum para descrever o
povo de Deus. Desde o Velho Testamento, a relação entre Deus e seu povo foi
comparada ao noivado e ao casamento. No Novo Testamento, encontramos a mesma
figura em vários livros (Sugestão para seu próprio estudo: faça uma lista de
passagens que usam a figura de casamento para descrever esta relação
espiritual). Dessa figura, vêm diversas aplicações: a pureza da noiva (aqui), o
amor do marido e a submissão da mulher (Efésios 5:22-33), o problema de
adultério espiritual (o livro de Oséias; Ezequiel 16); o adorno da noiva para o
casamento (Apocalipse 21:2), etc.
11:7-15
Ao invés de se exaltar como outros, especialmente os falsos apóstolos (tais apóstolos-11:5), Paulo tinha se humilhado para servir. Viveu humildemente. Não pediu dinheiro aos coríntios, mesmo passando privações.
Ao invés de se exaltar como outros, especialmente os falsos apóstolos (tais apóstolos-11:5), Paulo tinha se humilhado para servir. Viveu humildemente. Não pediu dinheiro aos coríntios, mesmo passando privações.
**Obs.:
"Despojei outras igrejas..." (8-9). Paulo recebeu seu sustento de
outras congregações. Ele não se fez pesado aos coríntios. Ele não viu o
trabalho com uma igreja como "negócio" para lucrar materialmente e,
sim, como serviço e sacrifício. Ele precisava de sustento, é claro, e o recebia
de outras congregações. Especificamente, ele cita ajuda recebida da Macedônia
durante seu tempo em Corinto. Da mesma forma, evangelistas hoje podem ser
sustentados por igrejas (veja 1 Coríntios 9:11-15). Como aqui, o sustento deve
ser enviado diretamente da igreja ao pregador (Filipenses 4:15-17). Não há
nenhuma autorização nas Escrituras para criar ou manter algum tipo de sociedade
missionária, nem de elevar uma congregação acima de outras como matriz ou
igreja patrocinadora.
A humildade
de Paulo não reflete falta de confiança em relação à sua mensagem ou à sua
missão (10).
Por qual
razão Paulo confrontaria esses falsos apóstolos? Para destruir vidas e mostrar
falta de amor? De modo algum! Ele entrou nesta batalha espiritual para poupar
os amados coríntios dos estragos e da perdição que os falsos mestres trazem.
**Obs.: O
aspecto polêmico do nosso serviço. Qualquer servo fiel a Deus terá que
enfrentar os inimigos da cruz, e devemos nos preparar para tais confrontos (1
Pedro 3:15). Nunca devemos esquecer que são batalhas espirituais (2 Coríntios
10:3-6) e que o propósito não é a destruição das pessoas que se opõem a nós, e
sim a salvação das mesmas. O nosso foco não deve ser na batalha em si, mas nas
pessoas que queremos extrair dos erros perniciosos do Maligno (2 Timóteo
2:24-26).
Satanás e
seus servos se apresentam como anjos de luz, como se fossem apóstolos de Cristo
e ministros de justiça. Uma das maiores armas do diabo é a sua astúcia. Ele
vende a corrupção e a morte, mas em embalagens atraentes que parecem inocentes.
Os servos do diabo são, muitas vezes, pessoas simpáticas e prestativas que
parecem tão sinceras que outras pessoas são facilmente enganadas por elas.
Temos de lembrar que o próprio Satanás se apresenta como anjo de luz, e os seus
servos são lobos vestidos como cordeirinhos.
11:16-33
Este trecho é exemplo da "loucura" de Paulo. Na verdade, ele jamais se defenderia com argumentos carnais, tentando se exaltar. O ponto que ele quer ensinar aqui é simples: Se os servos de Deus tivessem direito de se gloriar, como os falsos apóstolos entre vocês fazem, eu poderia me defender muito bem. Mas, de fato, não temos direito de nos exaltar. A tolerância dos falsos mestres levará vocês à escravidão espiritual.
Este trecho é exemplo da "loucura" de Paulo. Na verdade, ele jamais se defenderia com argumentos carnais, tentando se exaltar. O ponto que ele quer ensinar aqui é simples: Se os servos de Deus tivessem direito de se gloriar, como os falsos apóstolos entre vocês fazem, eu poderia me defender muito bem. Mas, de fato, não temos direito de nos exaltar. A tolerância dos falsos mestres levará vocês à escravidão espiritual.
Os
argumentos da loucura de Paulo:
(1) A sua
genealogia: de pura linhagem dos judeus.
(2) O seu
trabalho: ministro de Cristo que sofria muito por causa da sua fé.
(3)
Preocupação com as igrejas: um peso até maior do que o sofrimento físico.
Paulo não se
gloriou nestas coisas. A única coisa dele que deu motivo para se gloriar foi a
sua própria fraqueza. Quando enfrentou perseguições intensas, foi Deus que deu
livramento. A fraqueza de Paulo, até a sua incapacidade de se defender,
destacou a grandeza de Deus e seu poder (veja 10:17). Este é o tema do início
do capítulo 12.
**Obs.: Como
precisamos de homens como Paulo hoje! É triste observar a falta de humildade
entre supostos servos de Cristo. Homens procuram se glorificar, e exaltam uns
aos outros, mesmo no contexto de igrejas e trabalhos espirituais. Cultos
especiais para honrar homens, destaque dado a alguns por causa de sua formação
teológica, exaltação de pessoas que têm conquistado bens materiais ou posição
social e o uso de líderes políticos como convidados especiais são exemplos da
carnalidade que Paulo rejeitou e condenou. Um dos aspectos tristes dos desvios
de igrejas e pessoas "religiosas" é o esquecimento das qualidades que
Deus quer na vida de todos os cristãos (leia Gálatas 5:22-23; 2 Pedro 1:3-11),
nos evangelistas (1 Timóteo 4:12-16), nos diáoncos (1 Timóteo 3:8-13) e nos
presbíteros/pastores/bispos (1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9). Alguns destes
trechos falam sobre habilidade e talento, mas a grande ênfase está no caráter,
nas atitudes e na conduta das pessoas. Paulo não confiou nas coisas que ele
trouxe a Cristo, mas no que Cristo fez para ele, transformando a sua vida.
**Obs.: O
cuidado de Paulo para com as igrejas (versículos 28 e 29). Entre os pesos que
ele suportava, Paulo achou mais difícil o peso de preocupação com as igrejas.
Ele não está reclamando sobre o trabalho em si, nem o cansaço que ele sentia.
Ele tinha tanta compaixão que realmente sofria com as pessoas. Paulo sentiu as
fraquezas e escândalos dos irmãos em vários lugares, como se ele mesmo
estivesse passando pelos mesmos problemas.
Paulo
continua os comentários do capítulo 11, mostrando que ele poderia se gloriar
mais que os falsos apóstolos que estavam enganando os coríntios. Embora que
tenha como se gloriar, ele não o faz porque entende bem que toda a glória
pertence ao Senhor.
12:1-6
Se fosse para se exaltar, Paulo citaria as suas próprias experiências espirituais, principalmente as suas visões e revelações. Até uma vez ele foi levado ao terceiro céu (o paraíso) onde ouviu coisas que o homem não pode falar! Mas, esta experiência não deu motivo para Paulo se exaltar. Foi algo que ele recebeu, não algum ato que ele fez. Foi Deus que lhe concedeu esta bênção, e Paulo continua sendo um mero homem.
Se fosse para se exaltar, Paulo citaria as suas próprias experiências espirituais, principalmente as suas visões e revelações. Até uma vez ele foi levado ao terceiro céu (o paraíso) onde ouviu coisas que o homem não pode falar! Mas, esta experiência não deu motivo para Paulo se exaltar. Foi algo que ele recebeu, não algum ato que ele fez. Foi Deus que lhe concedeu esta bênção, e Paulo continua sendo um mero homem.
**Obs.:
"Conheço um homem" - Paulo se esforçou tanto para evitar a vanglória
que nem se identificou aqui. A experiência obviamente era dele mesmo, mas ele
não quer dizer "Eu fui arrebatado ao paraíso!" De fato, ele
guardou silêncio sobre este assunto durante 14 anos!
**Obs.: O
terceiro céu - Paulo o identifica como o paraíso. Normalmente se supõe que o
primeiro seria a atmosfera (firmamento) e o segundo o espaço (sol, lua,
estrelas, etc.).
**Obs.: Se
Paulo recusa se gloriar nos seus feitos e nas suas experiências espirituais,
ele pode se gloriar no que? Ele já falou várias vezes: na sua fraqueza. Alguns
dos detratores de Paulo o consideravam fraco (10:10; 11:21). No seu argumento
aqui, ele torna seu ponto "fraco" em ponto forte. Ele se gloria na
fraqueza, porque a fraqueza dele destaca com mais clareza a força de Deus
(11:30; 12:5,9,10; 13:3).
12:7-10
A ilustração de fraqueza que Paulo escolheu foi de algum sofrimento que ele descreve como "espinho na carne". Ele não identifica o espinho, mas fala algumas coisas interessantes que nos ajudam quando enfrentamos diversos tipos de sofrimento em nossas vidas:
A ilustração de fraqueza que Paulo escolheu foi de algum sofrimento que ele descreve como "espinho na carne". Ele não identifica o espinho, mas fala algumas coisas interessantes que nos ajudam quando enfrentamos diversos tipos de sofrimento em nossas vidas:
(1) O
espinho servia para combater qualquer tendência de se ensoberbecer ou se
exaltar. Nas fraquezas, lembramos da nossa dependência de Deus e do fato que
somos insignificantes em comparação com ele.
(2) O
espinho foi um mensageiro de Satanás. Embora Deus use nossas angústias para seu
propósito, foi Satanás que pôs o espinho na vida de Paulo. Compare com o caso
de Jó. Deus permitiu que o Diabo o afligisse.
(3) Paulo
pediu três vezes, mas Deus recusou tirar o espinho de sua vida. As doutrinas de
algumas igrejas hoje que sugerem que a vida cristã deve ser livre de
sofrimento, ou que sofrimento é prova de pecado na vida da pessoa, são
doutrinas erradíssimas. Paulo, um servo fiel e dedicado, sofreu na carne. Servos
fiéis hoje podem sofrer pobreza, doenças e outras tristezas.
(4) A graça
de Deus basta. Satanás mandou o espinho, mas Deus o usou para mostrar a
importância de sua graça para com Paulo.
(5) O poder
de Deus se aperfeiçoa na fraqueza do homem.
(6) Paulo prefere
gloriar em Cristo do que receber a glória dos homens.
(7) Uma vez
que Paulo aprendeu entender as coisas desta maneira, ele sentia prazer nas
fraquezas, injúrias, etc, pois nestes momentos ele viu o poder de Deus com mais
nitidez. Veja Tiago 1:3-4.
(8) Quando
Paulo era fraco em termos de circunstâncias desta vida, ele se sentiu mais
forte por causa da força de Deus na vida dele.
12:11-13
Paulo considerou toda esta "loucura" desnecessária e constrangedora. Os fatos deveriam ter sido evidentes aos coríntios:
Paulo considerou toda esta "loucura" desnecessária e constrangedora. Os fatos deveriam ter sido evidentes aos coríntios:
(1) Ele não
era inferior aos falsos profetas!
(2) Ele
apresentou as credenciais do apostolado (milagres) aos coríntios.
(3) O fato
que ele não recebeu sustento da igreja dos coríntios não a fez inferior a
outras. (Ele pede perdão pela "injustiça" de não ser pesado para
eles!)
**Obs. As
credenciais do apostolado. Paulo cita seus sinais, prodígios e poderes
miraculosos como provas do seu apostolado. Nisso ele nos lembra de um fato
freqüentemente ignorado sobre os dons miraculosos na igreja primitiva. Os
sinais serviam para confirmar a palavra pregada pelos apóstolos (Marcos 16:20;
Hebreus 2:3-4). Hoje, temos a palavra revelada e confirmada nas Escrituras, e
não há mais necessidade de sinais (1 Coríntios 13:8-13). Nós não somos
apóstolos (testemunhas oculares de Cristo ressuscitado - Atos 1:22; 1 Coríntios
15:8), e não temos as credenciais do apostolado. Graças a Deus, temos um
caminho sobremodo excelente, superior a qualquer sinal miraculoso; temos a
palavra de Deus que pode salvar almas!
12:14-18
Paulo não pretendia ser "pesado" na próxima visita a Corinto. Ele não foi atrás dos bens, e sim procurou as pessoas. Ele não se interessou pelo dinheiro dos coríntios.
Paulo não pretendia ser "pesado" na próxima visita a Corinto. Ele não foi atrás dos bens, e sim procurou as pessoas. Ele não se interessou pelo dinheiro dos coríntios.
**Obs.:
"pela terceira vez" sugere a possibilidade de uma visita por Paulo a
Corinto entre a primeira e segunda carta. Veja comentários a esse respeito na
introdução (Estudo 1/15).
**Obs.: O
motivo do trabalho de Paulo. Este apóstolo não procurava os bens materiais dos
cristãos onde ele trabalhava. Não tinha metas de arrecadação, nem demandas
salariais. Recebia sustento, sim, mas não aproveitou oportunidades de tomar os
bens dos recém-convertidos nas igrejas que ele estabeleceu.
Paulo se
gastou no trabalho em prol das almas dos outros irmãos (15).
Voltando a
usar um tom de ironia, ele diz que prendeu os coríntios com dolo (16). Assim,
ele chama atenção ao fato da sinceridade e falta de qualquer egoísmo no seu
trabalho. Nem ele, nem os seus companheiros, tinham explorado os coríntios.
**Obs.:
Paulo e outros poderiam ter aproveitado as coletas que foram feitas para ajudar
os irmãos necessitados na Judéia, mas não o fizeram. De fato, Paulo fez tudo
para evitar qualquer suspeita ou acusação em relação ao dinheiro levado (veja
8:19-24). Como o trabalho dele foi diferente dos negócios ocultos e, às vezes,
sujos de algumas igrejas hoje!
12:19-21
Mostrando a sinceridade do seu amor para com os coríntios, Paulo faz mais um apelo incentivando-os a praticar a pureza. Ele não gostaria de encontrá-los praticando pecado.
Mostrando a sinceridade do seu amor para com os coríntios, Paulo faz mais um apelo incentivando-os a praticar a pureza. Ele não gostaria de encontrá-los praticando pecado.
2 Coríntios 13
13:1-4
Paulo se preparou para visitar Corinto pela terceira vez (veja comentário sobre 12:14 no estudo anterior) e estaria preparado para confrontar os falsos apóstolos com a justiça que a palavra de Deus exige.
13:1-4
Paulo se preparou para visitar Corinto pela terceira vez (veja comentário sobre 12:14 no estudo anterior) e estaria preparado para confrontar os falsos apóstolos com a justiça que a palavra de Deus exige.
Paulo
mostrou certeza de que Cristo falava nele, e afirmou a sua fé no poder de
Jesus. Jesus morreu na fraqueza mas ressuscitou e vive no poder. Paulo (e
qualquer outro) é fraco (veja 12:10), mas vive pelo poder de Deus.
13:5-10
Paulo desafiou os leitores que se examinassem para verificar a sua situação espiritual (5).
Paulo desafiou os leitores que se examinassem para verificar a sua situação espiritual (5).
**Obs.: O
desafio do versículo 5 vale para qualquer cristão. Realmente estamos na fé?
Enquanto
Paulo sugeriu a possibilidade que os coríntios fossem reprovados, ele falou com
confiança de sua própria posição, e pediu que eles reconhecessem que ele não
era reprovado (6).
Paulo
continuou orando para que os coríntios fizessem o bem, sem depender da atitude
deles em relação a ele (7).
Paulo não
faria nada contra a verdade, e se regozijaria se os coríntios fossem, de fato,
fortes (8-9).
As correções
que Paulo fez por carta tinham o propósito de evitar uma reprovação mais forte
na visita a Corinto (10). Se for necessário ser duro, ele o faria com a
autoridade que o Senhor lhe concedeu.
13:11-13
Como costumava fazer, Paulo encerrou a carta com algumas saudações para os irmãos. Ele enfatiza:
Como costumava fazer, Paulo encerrou a carta com algumas saudações para os irmãos. Ele enfatiza:
(1) A união
e paz entre irmãos (11)
(2) O amor
fraternal (12)
Paulo
encerra com uma bênção que inclui as três pessoas divinas: Jesus, o Pai e o
Espírito Santo (13).
**Obs.:
Algumas Bíblias dividem o versículo 12 em dois (12 e 13), assim dando um total
de 14 versículos no capítulo. Outras têm apenas 13 versículos. O conteúdo é o
mesmo. Aqui seguimos uma tradução que tem 13 versículos no capítulo.
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