quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

E C L E S I A S T E S

O    L I V R O    D E    E C L E S I A S T E S



O livro de Eclesiastes faz parte dos livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia cristã e judaica, vem depois do Livro dos Provérbios e antes de Cântico dos Cânticos. O Livro tem seu nome emprestado da Septuaginta, e na Bíblia hebraica é chamado Kohelet (קהלת). Embora tenha seu significado considerado como incerto, a palavra tem sido traduzida para o português como pregador ou preletor. Faz parte dos escritos atribuídos tradicionalmente ao Rei Salomão, por narrar fatos que coincidiriam com aqueles de sua vida.
Por outro lado, Bíblia de Jerusalém sustenta que a atribuição a Salomão não passa de mera ficção literária do autor, a linguagem do livro, e sua doutrina, permitem concluir que foi escrito após o Exílio na Babilônia.
Muitos questionam a unicidade do autor, e defendido que foi escrito por duas, três, quatro e até oito mãos distintas.
O principal tema do livro é a vaidade das coisas humanas, dando a lição de desapego dos bens terrestres, negando a felicidade dos ricos e preparando o povo para entender que "bem-aventurados são os pobres" (Lc 6, 20).
Por sua vez, a Edição Pastoral da Bíblia sustenta que se trata de um livro profundamente crítico, lúcido e realista sobre a condição do povo, por volta do século III AC, quando a Palestina era então colônia da dinastia Macedônia dos Ptolomeus, ao qual devia pagar pesados tributos, que eram arrecadados pela família dos Tobíadas, que controlava o comércio, a economia e a política interna.
O autor escreveu durante esse tempo de exploração interna e externa, que não deixava esperanças de futuro melhor para o povo. Num mundo sem horizontes, ele fez um balanço sobre a condição humana, buscando apaixonadamente uma perspectiva de realização.
Para ensinar os caminhos para realizar a vida e a felicidade, o autor desmonta as ilusões que um determinado sistema de sociedade apresenta como ideal (riqueza, poder, ciência, prazeres, status social, trabalho para enriquecer etc.) e coloca uma pergunta fundamental: «Que proveito tira o homem de todo o trabalho com que se afadiga debaixo do sol? » (1,3).


Tudo é Vaidade (Ec 1:2)
Em vez de cair no desespero, o autor descobre duas grandes perspectivas: Primeiro, descobre Deus como Senhor absoluto do mundo e da história, devolvendo a Deus a realidade de ser Deus. Depois, descobre o Deus sempre presente, fazendo o dom concreto da vida para o homem, a cada instante e continuamente. Isso leva o homem a descobrir que a própria realização é viver intensamente o momento presente, percebendo-o como lugar de relação com o Deus que dá a vida. Intensamente vivido, o momento presente se torna experiência da eternidade, saciando a sede que o homem tem da vida. Todavia, para que se possa de fato viver o presente é preciso usufruir o fruto do próprio trabalho (2,10; 2,24; 3 ,13.22; 5,18-20; 9,9).
O Eclesiastes ou Coélet denuncia, portanto, as consequências de uma estrutura social injusta. O povo não tem presente, quando é impedido de usufruir do fruto do próprio trabalho. Consequentemente, fica sem vida, que lhe foi roubada não por esta ou aquela pessoa, mas por todo um sistema social dependente que, para privilegiar uma minoria, acaba espoliando a nação inteira. E aqui, o autor mostra que isso se trata, em primeiro lugar, de um pecado teológico: Deus dá a vida para todos; se ela é roubada, o roubo é um desvio na própria fonte da vida.

O Eclesiastes é convite para destruir e construir. Destruir uma falsa concepção a respeito de Deus e da vida, muitas vezes justificada por concepções teológicas profundamente arraigadas. Depois, construir uma nova concepção de vida, a vida que é um dom gratuito de Deus para que todos a partilhem com justiça e fraternidade. Só então todos poderão ter acesso à felicidade, que consiste em usufruir a vida presente que, intensamente vivida, é a própria eternidade. Como conclui o próprio pregador: "De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mal". (Ecl 12:13-14).


O    L I V R O    D E    E C L E S I Á S T E S


            Eclesiastes é o Livro do Sábio, um homem que meditou profundamente sobre a vida humana, com suas injustiças e decepções, e concluiu que tudo é ilusão. É o livro do homem sem Deus, que descobre verdades consoladoras, que é “Temer a Deus e Obedecer aos seus Mandamentos” Ecles.12.13, pois foi para isso que fomos criados, pois a Ele iremos um dia prestar contas de tudo, seja para o bem ou para o mal.

            O Livro de Eclesiastes foi escrito em 970-700 AC, por Salomão, o qual também é chamado de “o Sábio ou o Pregador”. Salomão escreveu este livro no final de sua vida, no seu espírito em declínio, quando deixou por fim desiludido com os prazeres desta vida e o materialismo, como caminho da felicidade.
Eclesiastes reflete a busca da felicidade nesta vida à parte de Deus e sua Palavra. Salomão no seu vazio experimentou de tudo: Edificou, Colecionou Obras de Artes, Jogos, Filosofia, Ritualismo Religioso, mas nada adiantou, até que por fim em sua velhice reconheceu que o homem sem Deus não é nada, tudo nesta vida sem Deus é ilusão.
             Resumindo, o livro de  Eclesiastes são reflexões da vida, de nossos deveres  e obrigações perante Deus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário