terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O S 4 0 0 A N O S D E S I L Ê N C I O

OS 400 ANOS DE SILÊNCIO DE DEUS - DE MALAQUIAS À JESUS CRISTO
            Antigamente as Bíblias vinham com quatro páginas em branco, entre os livros do profeta Malaquias (último livro do Antigo Testamento) e Mateus (primeiro livro do Novo Testamento). Essas páginas em branco simbolizam os 400 (quatrocentos) anos em que Deus permaneceu em silêncio. "Os 400 anos de silêncio da parte de Deus pode ser melhor compreendido se levarmos em consideração a afirmativa de que nenhum profeta inspirado ergueu-se em Israel, pois o Antigo Testamento já estava completo aos olhos dos judeus".
            Mas o que oconteceu exatamente nesse período de 400 anos? A Bíblia de Estudo Pentecostal extraiu da Historia del pueblo judio entre el Antiguo Testamento y el nuevo por Ralph D. Williams, na Bíblia de Estudo Ampliada, Editora Vida, 1983, as informações que nos tira essa dúvida, narrando sucintamente os fatos ocorridos nesse intervalo entre o profeta Malaquias e o Senhor Jesus Cristo.


A SOBERANIA PERSA (450-333 a.C.)
Por volta de um século depois da época de Neemias, o povo judeu ainda achava-se sob a tutela da Pérsia. Os monarcas persas tratavam os judeus com especial tolerância, permitindo-lhes adorar livremente a Deus, e observar a Lei de Moisés. Durante este período, houve luta constante entre a Pérsia e o Egito. Judá, portanto, encontrava-se "entre a bigorna e o martelo", e muito sofria com isso.


A SUPREMACIA CRECO-NACEDÔNICA (333-323 a.C.)
Alexandre Magno derrotou o exército medo-persa em 333 a.C., tornando a Macedônia na maior potência de seu tempo. Ele estendeu seus domínios até o Egito, Ásia Menor, Babilônia e Pérsia, alcançando inclusive o Norte da Índia. À semelhança dos persas, tratou com tolerância aos judeus. Promoveu o florescimento do idioma e da cultura gregos, e fundou diversas cidades, entre as quais Alexandria, no Egito. Alexandre morreu com a idade de 33 anos, em 323 a.C.. Com ele, morreu também o seu império.


A DOMINAÇÃO EGÍPCIA (323-128 a.C.)
Depois da morte de Alexandre, seu império ficou sob o governo de quatro de seus generais. A Síria coube a Seleuco; e, o Egito, a Ptolomeu. Por volta do ano 320 a.C., Ptolomeu I passou a dominar a Judéia. Sob essa dinastia, o povo judeu vivia pacificamente. E, assim, a colonização judaica, no Egito, foi incentivada, resultando, entre outras coisas, na tradução do Antigo Testamento para o grego - a Septuaginta.


O JUGO SÍRIO (198-166 a.C.) - Antioco IV Ipítanes 
Depois de haver permanecido como tributário do Egito por cerca de cem anos, a nação judaica caiu sob o poder dos reis sírios no ano de 198 a.C. Embora estes monarcas hajam inicialmente favorecido os judeus, Antíoco IV Epífanes (175-164 a.C.), encetou a helenização de seus domínios, pois odiava a religião judaica. Antíoco destituiu o sumo sacerdote, proibiu o sacrifício diário no templo, e, sobre o altar de Jeová, erigiu ele um altar a Zeus. Em 168 a.C., a profanação chegou ao clímax, quando predispôs-se a sacrificar um porco sobre o altar. Como se não bastasse, vendeu milhares de famílias judias como escravas.  


A GUERRA DE LIBERTAÇÃO DOS MACABEUS (166-63 a.C.)
Em 167 a.C., Deus suscitou um libertador na pessoa de Matatias. Este santo e resoluto sacerdote era pai de três filhos que se destacariam com igual valor na história de Israel: Judas, Simão e Eleazar. Com seu exemplo e enérgicas exortações, logrou despertar nos filhos e no povo o ardor pela defesa da fé. Judas destacou-se pelo gênio militar. Ganhou muitas batalhas contra forças superiores, reconquistou Jerusalém, e promoveu a purificação do templo com a restauração do culto a Jeová. E, assim, foi instituída a festa da dedicação para comemorar a retomada da Cidade Santa e da Casa de Deus. Com a morte dos filhos de Matatias, João Hircano, filho de Simão, 135-106 a.C., começou a sobressair-se na administração da Judéia. E o país passa a desfrutar de sua legendária prosperidade.


A INTERVENÇÃO DO IMPÉRIO ROMANO (De 663 a.C. aos tempos de Cristo)


Exército Romano em Batalha
O general Pompeu tomou Jerusalém, submeteu a nação judaica e instalou a Hircano II Antípater no poder. Este soberano títere foi sucedido por seu filho, Herodes, o Grande. Depois da batalha de Accio, em 31 a.C., Herodes, o Grande, levou César Augusto a confirmá-lo no governo de toda a Palestina. Herodes tinha uma personalidade mui polêmica. Embora fosse idumeu e possuísse uma alma pagã, esforçava-se por ganhar a simpatia dos judeus. Para tanto, fortificou e embelezou Jerusalém, reconstruiu o templo e ajudava regularmente ao povo. Todavia, era consumadamente cruel. Ordenou a morte do pai, Hircano II, e de sua esposa, Mariane. É também apontado como o principal responsável pela morte de três de seus filhos. Era este o Herodes que reinava na Judéia quando do nascimento de Jesus.




domingo, 18 de dezembro de 2016

P E R Í O D O I N T E R T E S T A M E N T Á R I O

T R A N S I Ç Ã O    DOS    T E S T A M E N T O S


O QUE ACONTECEU NO PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO


O tempo entre a última parte do Antigo Testamento e a aparição de Cristo é conhecido como o período intertestamentário (ou “entre os testamentos”). Porque não houve nenhuma palavra profética de Deus durante esse período, alguns o chamam de “400 anos de silêncio”. A atmosfera política, religiosa e social da Palestina mudou significantemente durante esse período. Muito do que aconteceu foi predito pelo profeta Daniel (veja Daniel capítulos 2,7,8 e 11 e compare os eventos históricos).

Israel estava sob controle do Império Persa entre 532-332 A.C. Os persas deixaram os judeus praticarem sua religião com pouca interferência, até mesmo dando-lhes permissão para reconstruir e adorar no templo (2 Crônicas 36:22-23; Esdras 1:1-4). Esse período inclui os últimos 100 anos do Antigo Testamento e mais ou menos os primeiros 100 anos do período intertestamentário. Esse tempo de paz e contentamento foi um de calma bem antes da tempestade.

Alexandre o Grande derrotou Dário da Pérsia, assim introduzindo o reinado grego ao mundo. Alexandre foi um aluno de Aristóteles e era bem-educado na filosofia e política gregas. Ele exigiu que a cultura grega fosse promovida em todo território conquistado. Como resultado, o Antigo Testamento hebraico foi traduzido ao grego, tornando-se a tradução conhecida como a Septuaginta. Alexandre permitiu liberdade religiosa aos judeus, apesar de fortemente promover os estilos de vida gregos. Isso não foi uma boa direção dos eventos para Israel, já que a cultura grega era uma ameaça a Israel por ser muito humanística, mundana e que não agradava a Deus.

Depois que Alexandre morreu, a Judeia foi reinada por uma série de sucessores, culminando com Antíoco Epifânio. Ele fez muito mais do que apenas recusar liberdade religiosa aos judeus. Em mais ou menos 167 A.C., ele aboliu a linha do sacerdócio e profanou o templo com animais impuros e um altar pagão (veja Marcos 13:14). Isso foi uma espécie de estupro religioso. Eventualmente a resistência judaica a Antíoco restaurou os sacerdortes e resgatou o templo. O período que seguiu, no entanto, foi um de guerra e violência.

Em mais ou menos 63 A.C., Pompeu de Roma conquistou a Palestina, colocando toda Judeia sob o controle de César. Isso eventualmente fez com que o imperador romano e senado fizessem de Herodes o rei da Judeia. Essa seria a nação que muito exigiu dos judeus, controlando-os demasiadamente e eventualmente executando o Messias na cruz romana. As culturas romana, grega e hebraica agora estavam misturadas na Judeia, com todas as três línguas faladas comumente.


Durante o período de ocupação grega e romana, dois grupos políticos e religiosos bastante importantes passaram a existir. Os Fariseus adicionaram à Lei de Moisés através de tradição oral – eventualmente considerando suas próprias leis como sendo mais importantes (veja Marcos 7:1-23). Enquanto os ensinamentos de Cristo frequentemente concordavam com os dos fariseus, Ele era contra o seu legalismo e falta de compaixão. Os Saduceus representaram os aristocratas e ricos. Os Saduceus, os quais tinham bastante poder através do Sinédrio (algo parecido com a Suprema Corte), rejeitaram todos os livros do Antigo Testamento, menos os Mosaicos. Eles se recusaram a acreditar na ressurreição, e eram como uma sombra dos gregos, a quem admiravam grandemente.

Essa coleção de eventos que preparam o palco para a vinda de Cristo teve uma grande influência no povo judeu. Os judeus e pagãos de outras nações estavam descontentes com a religião. Os pagãos estavam começando a questionar a validez do politeísmo. Romanos e gregos se afastaram de suas mitologias em direção às Escrituras, as quais podiam ser lidas em grego e latim. Os judeus, no entanto, estavam desanimados com a situação. Mais uma vez, eles foram conquistados, oprimidos e poluídos. A esperança estava nas últimas, a fé mais ainda. Eles estavam convencidos de que a única coisa que podiam salvar a eles e a sua fé era a aparição do Messias.

O Novo Testamento conta a história de como a esperança surgiu, não só para os judeus, mas para o mundo inteiro. A realização de Cristo das profecias foi antecipada e reconhecida por muitos que O procuraram. As histórias do centurião romano, dos reis magos e do fariseu Nicodemos mostram como Jesus foi reconhecido como o Messias por aqueles que viveram no Seu tempo. Os “400 anos de silêncio” foram quebrados pela história mais maravilhosa jamais contada – o Evangelho de Jesus Cristo!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

R E S U M O D O V E L H O T E S T A M E N T O

R E S U M O     D O     V E L H O     T E S T A M E N T O


TRANSIÇÃO DOS TESTAMENTOS

Cremos ser de utilidade fazer, nesta altura, uma análise de todo o curso percorrido até agora. Lembremo-nos de que o conteúdo do livro de Gênesis pode ser apresentado por uma flecha que vem do oriente até o Egito, passando pela Caldéia e Palestina. Esta linha está dividida em três partes. A primeira do oriente até a Caldéia, na cidade de Ur, de onde surgiu Abraão. Resume-se em três palavras: Éden, Dilúvio e Babel.
A segunda parte, de Ur à Canaã, nos lembra do nome dos três grandes patriarcas: Abraão, Isaque e Jacó.  A terceira, de Canaã ao Egito, trata de José, o conhecido herói da história israelita.
Segue-se o livro de Êxodo. É ele representado por uma flecha que vai do Egito até a península do Sinai. Trata o “êxodo”, ou seja, a saída do povo de Israel do Egito.
O livro de Levítico é o que trata da dádiva da Lei. Desenhado o Tabernáculo, representamos o serviço do culto, o que de fato resume todo o conteúdo do livro.
Depois, Números. O itinerário se desenvolve em forma de N, através do deserto; primeiro até a entrada sul da terra prometida; depois; em retorno, até a região de Ezion-Gezer; então, a marcha final, até o monte Nebo, nas cercanias do mar Morto.
Deuteronômio apresenta a repetição das leis, conforme Moisés dera ao povo. Conta-se ali, também, a fim da carreira desse herói.
Todo o Pentateuco, os cinco primeiros livros da Bíblia, pode, pois ser representado por um movimento que, vindo do oriente via Caldéia e Canaã, descendo ao Egito, passando depois pela península do Sinai, vindo a ter de novo à Canaã, do lado oriental do mar Morto.
Passemos, agora, a recordar o estabelecimento do povo na terra de Canaã. Assim como Deus constituira o povo, do ponto de vista demográfico, passa a instalá-lo em Canaã, a sua Pátria.
Em primeiro lugar consideramos o livro de Josué, com as etapas já estudadas: Preparação, Passagem, Prélios, Partilha, Pacto.  São essas as fases do livro e da pose da terra.
Vimos ainda o livro de Juízes, cujas informações principais relembramos através da enumeração dos grandes juízes. Basta para isso a frase. “Os esforços de grandes juízes salvaram Israel”. A frase é mnemônica, pois suas iniciais são as mesmas dos nomes dos grandes juízes. Otoniel, Eude, Débora, Gedeão, Jefté, Sansão.  Salvaram Israel (parcialmente, é verdade) da corrupção e da decadência a que infelizmente tinham chegado.
Samuel foi o último dos juízes, que ungiu o primeiro rei e que marcou um ponto de transição. Entramos nos livros mais comumente chamados históricos. Vemos que é necessário estudar o quadro geral dos livros históricos em duas grandes etapas: Reino Unido e Reino Dividido.
Quanto ao Reino Unido, verificamos que o plano é muito simples. Os três grandes reis, do reino unido foram: Saul, Davi e Salomão. Quando estudamos as biografias desses reis devemos também estudar os livros que foram escritos nestas épocas respectivas. No tempo de Davi: Salmos, na sua 1ªparte. Convém ler o livro de Jó. No tempo de Salomão: Provérbios, Eclesiástes e Cantares. Estudados os três grandes líderes e suas composições literárias de sua época, podemos verificar que estas eram épocas em que a vida de Israel realmente se confundia com sua organização nacional.
Infelizmente o reino foi dividido. Dez tribos ao norte constituíram o Reino de Israel, e duas ao sul, o Reino de Judá. Nós podemos dividir esta fase em cinco partes distintas: Elias, Eliseu, Isaías, Elcias e Jeremias. Não apenas esta indicação, mas podemos dividir alguns textos bíblicos destes profetas contemporâneos que podem ser lidos em etapas, os quais fazem partes desses grandes reis históricos desses reinos.
Infelizmente é uma história de decadência, primeiramente acentuada ao norte, o Reino de Israel, que foi levado cativeiro no tempo de Salmanazar. Depois, apesar de algumas reformas, sobretudo nos tempos dos reis Josias e Ezequias, o Reino de Judá entra, também, em decadência, sendo levado em cativeiro por Nabucodonosor.
A fase que se segue é a do cativeiro com seus grandes profetas, principalmente Daniel e Ezequiel. Há a restauração que se dá em três grandes etapas: Zorobabel, Esdras e Neemias. Templo, Lei e Muros.
Deus, ao mesmo tempo em que constituira o povo e lhe dera uma pátria, mostrava que a expressão de sua verdadeira grandeza não era uma organização nacional, mas, pelo contrário, sua Vocação Espiritual.



terça-feira, 22 de novembro de 2016

A D I C I O N A I S A O S L I V R O S A P Ó C R I F O S

ADIÇÕES AO LIVRO DE ESTER

INTRODUÇÃO
A forma hebraica do livro de Ester possui 10 capítulos (conf. versão protestante), já a versão grega contém alguns acréscimos e ampliações (conf. versão católica). Os acréscimos gregos são do final do século II e destacam a intervenção divina no episódio, diferentemente da versão hebraica, que sequer menciona o nome de Deus. S. Jerônimo ao traduzir Ester colocou os acréscimos em apêndice (c. 11–16). Os acréscimos gregos da Septuaginta estão na introdução, após 3,13; 4,16; 8,12 e 10,3. A edição crítica de R. Hanhart da Septuaginta de Göttingen (1966) identifica os fragmentos pelas letras (A–F), utilizando o grifo para distingui-los do texto hebraico. Fiz o resumo baseado numa edição da editora Vozes, que segue o texto crítico de R. Hanhart. Nesta versão os acréscimos e ampliações estão dispostos da seguinte forma:
17 versículos na introdução (antes do cap. 1 da versão hebraica);
7 versículos depois do capítulo 3;
30 versículos depois do capítulo 4;
15 versículos depois do capítulo 5;
24 versículos depois do capítulo 8, e;
11 versículos depois do capítulo 10.

RESUMO DO LIVRO
A história começa com o sonho de Mardoqueu, um judeu funcionário da corte que passou a viver em Susa, após ter sido deportado por Nabucodonosor juntamente com Jeconias, rei de Judá. No sonho, Mardoqueu vê dois dragões avançando para o combate, enquanto a terra é assolada por trovões e terremotos. Os dragões lançam um rugido, dando início a um combate entre várias nações e o povo dos justos. Esse povo invoca a Deus e através de seu grito nasce um rio de águas caudalosas. Na sequência os poderosos são devorados pelos humildes. Ao acordar, Mardoqueu se concentra no sonho, buscando de todas as maneiras decifrá-lo.
Algum tempo depois Mardoqueu percebe dois eunucos conversando sobre um plano para matar o rei. Antes que pudessem executá-lo, Mardoqueu os denuncia ao monarca, que após torturá-los e ouvir as suas confissões os envia ao suplício. Diante dessa demonstração de fidelidade, o rei confia a Mardoqueu uma função no palácio e o recompensa com presentes. Amã, homem de confiança do rei, planejando matar Mardoqueu por causa dos dois eunucos, convence o rei a escrever uma carta aos governantes das províncias e aos chefes de distrito, ordenando que todas as pessoas cujos nomes estivessem nela sejam exterminadas. Amã acusa os judeus de ser um povo mal intencionado, possuidor de leis estranhas e hostis aos interesses do rei.
Diante do conteúdo da carta, Mardoqueu ora ao Senhor, dizendo que até se ajoelharia diante de Amã caso isso proporcionasse salvação para Israel. Mas sua recusa em fazê-lo se dá no intuito de evitar que a glória de um homem seja posta acima da glória de Deus.

A rainha Ester (judia como Mardoqueu), sabendo do conteúdo da carta, despoja-se de suas vestes reais e veste-se de luto, buscando refúgio no Senhor. Entendendo que a situação havia sido provocada pelo pecado deidolatria cometido pelo povo, ela alega inocência, dizendo jamais ter bebido o vinho das libações e comido na mesa de Amã.
Após o término da oração, Ester deixa as vestes de súplica e comparece diante do rei de forma esplendorosa. Ao se colocar diante dele, desmaia, comovendo o coração do rei. O episódio faz com que o rei mude de ideia e redija uma nova carta, onde reconhece ter sido influenciado por Amã. O rei determina que a nova carta seja afixada em todos os lugares, permitindo que os judeus sigam livremente suas próprias leis. Amã acaba sendo enforcado por ordem do rei.
Mardoqueu lembra-se de seu sonho, e interpreta a visão dos dois dragões com sendo ele e Amã; o rio com sendo Ester; e os povos como sendo aqueles que se coligaram para extinguir os judeus.
Mardoqueu, diante de tudo o que aconteceu, entende que Deus fez justiça à sua herança, e por isso, os dias quatorze e quinze do mês de Adar, seriam dias de regozijo, para todo o sempre.

INFORMAÇÕES GERAIS
Esther é um livro no Velho Testamento da Bíblia. Ele relata a libertação dos judeus da perseguição no Império Persa, um livramento realizado pela atempada das ações dois membros judaicas de tribunal estrangeiro: Rainha Ester e seu primo e pai de criação, Mardoqueu. Ester, uma judia que se tornou rainha de uma nação estrangeira. O livro foi destinado a reforçar os judeus durante a perseguição e, em particular, para autorizar a celebração da Festa da Palestina Purim, de outra forma desconhecida no Velho Testamento. Judeus da Diáspora, uma romaria de livramento de estrangeiros perseguidores.
O anti - semita temperamento, o assassínio de muitos dos gentios, e aparentemente a conversão forçada de outras descritas no livro indicam que ele foi escrito durante o reinado de D. João Hyrcanus, o rei judeu Hasmoneus (c.135 - 105 aC; ver Macabeus) . A ausência do nome de Deus, o que levou a religiosamente motivados acréscimos de 107 versos à versão grega do livro (formando um livro separado no Apocrypha), pode ser o resultado da sabedoria ou influência de uma tendência no secularizing Hasmoneus círculos que introduziu a festa de Purim para a Palestina.




 A D I Ç Õ E S    A O    L I V R O    D E    D A N I E L

Adições em Daniel é a parte considerada deuterocanônica do Livro de Daniel. Além da parte escrita originalmente em hebraico, temos em Daniel as adições de origem grega: os capítulos 3:24-90; 13 e 14 não constam na Bíblia hebraica e nem nas versões da Bíblia comumente usada pelos protestantes.

AS ADIÇÕES
Salmo de Azarias e o cântico dos três jovens
No capítulo terceiro temos a oração de Azarias e a canção dos três jovens que foram inseridas entre Daniel 3:23 e 3:24. Azarias ["o Senhor ajuda"] era o nome original de Abedenego, que, com Sadraque e Mesaque, foi lançado na fornalha de fogo ardente.[Daniel 1:7; 3:23]. A oração de Azarias reconhece os pecados dos judeus que foram levados ao exílio, e pede a misericórdia e intervenção de Deus [vs. 3:22]. A breve seção central descreve como Deus protegeu seus servos da força do fogo [vs. 3:28]. A canção dos três moços celebra a grandeza de Deus e sua provisão em tempos de angústia e perigo [vs. 29-68].

História de Susana
No capítulo 13 temos a História de Susana. É a história de uma bela jovem que, tendo resistido às investidas de dois líderes judeus, foi falsamente acusada por eles de cometer adultério com um jovem no jardim da casa dela. Daniel interrogou os dois líderes e expôs a inconsistência nos seus testemunhos, salvando Susana da morte. Na Septuaginta, a história aparece no início do livro de Daniel para mostrar como a sabedoria dele contribuiu para sua alta reputação na Babilônia [vs 64].
Susana (em hebraico: שׁוֹשַׁנָּה, Moderno: Šošana| Tiberiana: Šôšannâ: "Lírio") é uma das Adições em Daniel, considerada apócrifa por protestantes, mas incluída no Livro de Daniel (como o capítulo 13) pela Igreja Católica e pela Igreja Ortodoxa Oriental. Ela está listada no Artigo VI dos Trinta e Nove Artigos de Religião da Comunhão Anglicana como não fazendo parte das Escrituras. A história de Suzana também não está incluída no Tanakh judaico e não é sequer mencionada nas primeiras obras literárias judaicas, apesar de estar presente na Septuaginta.
O texto grego sobreviveu em duas versões. O da Septuaginta aparece apenas no Códice Chigi. A versão de Teodócio é a que aparece nas bíblias católicas. Ela foi considerada como parte da literatura de Daniel e colocada no início do seu livro nos manuscritos do Antigo Testamento. Jerônimo por sua vez a colocou no final de Daniel enquanto traduzia a Vulgata, com uma nota indicando que ela não existia na bíblia hebraica e a considerava uma fábula. Em sua introdução, ele afirma que o texto é uma adição apócrifa justamente não ter sido escrita em hebraico - como o livro de Daniel original - e sim em grego. 
Sexto Júlio Africano não considerava a história como canônica, segundo Eusébio de Cesareia e escreveu a Orígenes sobre o assunto. Orígenes escreveu-lhe de volta uma longa defesa da história, afirmando que:
Respondendo a isto, você provavelmente dirá: "Por que então a história não está no Daniel deles [os judeus] se, como você diz, os seus sábios legaram pela tradição histórias desta natureza?". A resposta é que eles esconderam como puderam este conhecimento das pessoas, pois muitas de suas passagens que continham escândalos contra os anciãos, reis e juízes, alguns deles sendo preservados em escritos apócrifos.

Adições em Daniel é a parte considerada deuterocanônica do Livro de Daniel. Além da parte escrita originalmente em hebraico, temos em Daniel as adições de origem grega: os capítulos 3:24-90; 13 e 14 não constam na Bíblia hebraica e nem nas versões da Bíblia comumente usada pelos protestantes.


Bel e o Dragão
No capítulo 14, Bel e o Dragão contém três histórias. A primeira relata como Daniel ridicularizou o ídolo babilônico chamado Bel, provando que a comida deixada diante da imagem era, na verdade, consumida pelos sacerdotes em seus banquetes secretos noturno. A segunda, conta como Daniel destruiu um dragão que os babilônicos adoravam como um deus, quando Daniel alimentou o dragão com bolos feitos de piche, gordura e pêlos de animais, ele estourou. Por isso Daniel foi lançado na cova dos leões, a fim de que servisse de refeição. Porém, os leões foram alimentados de forma milagrosa pelo profeta Habacuque, que fora transportado da Judéia à Babilônia por um anjo. Assim Daniel foi libertado, e aqueles que tentaram acabar com ele foram jogados na cova dos leões.


— Carta a Africano, Orígenes.
Porém, não existe nenhuma referência a Susana anterior ao texto de Orígenes na literatura judaica.



I N F O R M A Ç Õ E S    A V A N Ç A D A S    SOBRE
O    L I V R O    D E    E S T E R
A autoria deste livro é desconhecida. Deve ter sido escrito obviamente depois da morte de Ahasuerus (o Xerxes dos gregos), que teve lugar BC 465. Encontra-se também dados históricos de muitos detalhes que provavelmente o escritor deste livro foi contemporâneo com Mardoqueu e Ester. Daí podemos concluir que o livro foi escrito em meados de 444-434 aC, e que o autor foi um dos judeus da dispersão. Este livro é puramente histórico mais do que qualquer outro livro das Escrituras, e que tem esta particularidade notável que o nome de Deus não acontece no início e nem no último capítulo, sob qualquer forma. Tem, no entanto, a observância de que "embora o nome de Deus não estar na história, é o seu dedo que comanda todos os eventos descritos." O livro expõe maravilhosamente o governo providencial de Deus.

ESTHER
Informação Católica
(Do hebraico significado estrela, felicidade); rainha da Pérsia e de Assuerus esposa, que é identificado com Xerxes (485-465 aC). Ela era uma judia da tribo de Benjamin, filha de Abihail, antes de sua adesão ao trono para o nome de Edissa (Hadassah, murta). A família dela tinha sido deportada de Jerusalém para Babilônia, no tempo do Jechonias (599 aC). Com de morte de seus pais ela foi criada pelo irmão de seu pai, Mardochai, que então vivia em Susan, a capital da Pérsia. O rei Assuerus estaria irritado com a recusa da esposa Vasthi para responder ao seu convite para assistir um banquete que ele deu no terceiro ano de seu reinado, divorciado então, ordenou-lhe as mais atraentes donzelas do reino interposto perante a ele e que ele pudesse escolher sua esposa sucessora de entre elas. Entre estas estava Esther, cuja rara beleza cativou o rei e moveu-lhe para ela lugar no trono. O tio dela Mardochai permanecera constantemente perto do palácio para que ele pudesse aconselhá-la a serviço do rei. Enquanto no portão do palácio, descobriu-se uma conspiração de dois dos eunuchs do rei para matar seu mestre real. Essa parcela ele revelou a Esther, que, por sua vez, informou o rei. Os plotters foram executados, e um registro dos serviços de Mardochai foi inscrito nas crônicas do reino. Pouco tempo depois, Aman, um royal favorito antes a quem o rei tinha ordenado a todos os povos sua adoração, tendo frequentemente observado Mardochai no portão do palácio e que ele se recusou a prostrar-se diante dele. Após obtido o consentimento do rei para um massacre em geral um dia de todos os judeus no reino, Aman determinada por sorteio (PUR, pl. Purim), que deverá ter lugar ao massacre doze meses, por conseguinte.  Um decreto real foi depois enviado ao longo de todo o Reino da Pérsia. Mardochai informou Esther deste e implorou-lhe para usar sua influência com o rei e, assim, afastar o perigo ameaçador. No começo ela temia a entrar na presença do rei, pois para fazê-lo era uma ofensa capital. Mas, honestamente sobre a súplica de seu tio, ela consentida após três dias, o que com ela as empregadas domésticas que iria passar em jejum e oração, e durante o qual ela solicitou seu tio para ter todos os judeus na cidade a jejuar e orar.
No terceiro dia Esther compareceu perante o rei, que a recebeu piedosamente e prometeu conceder-lhe pedido seja o qual fosse. Ela pediu, então para ele e Aman jantarem com ela. Num banquete no dia seguinte, Aman, deixou-se levar pela alegria que lhe deu essa honra, emitiu ordens para a edificação de uma forca sobre o que ele odiava o se propusessem a pendurar Mardochai. Mas nessa noite, o rei, ainda sem dormir, ordenou a crônica da nação para ser lido com ele. Mardochai que nunca tinha sido recompensado pelo seu serviço para revelar o enredo dos eunuchs, pediu a Aman, no dia seguinte, ao sugerir uma recompensa adequada para um "rei desejado para quem a honra". Aman pensando que era ele próprio que o rei tinha em mente, sugeriu a utilização do vestuário e insígnias do rei. Estas o rei ordenou a ser agraciado em Mardochai. No segundo banquete, quando o rei repetiu a sua oferta Esther de conceder-lhe o que ela havia pedido, ela informou-o da parcela de Aman, que provocaram a destruição de todo o povo judeu para a qual ela pertence, e pediu que eles deveriam ser poupados. O rei ordenou que Aman devesse ser enforcado sobre a armação de madeira preparada para Mardochai, e, confiscou de seus bens. O reienviou Mardochai para tratar a todos os governadores da Pérsia autorizando os judeus se defender e de matar todos aqueles que, por força do decreto anterior, deve atacá-los. Durante dois dias, os judeus tiveram uma sangrenta vingança sobre os seus inimigos em Susan e outras cidades. Em seguida, Mardochai instituiu a festa de Purim (lotes) que ele exortou os judeus para celebrar o dia em memória de Aman, que havia determinado para a sua destruição, mas que havia sido transformado por Esther em um dia de triunfo. A história de Esther exposta neste conteúdo é retirada do livro de Ester, encontrado na Vulgata. Tradições judaica relatam o local do túmulo de Esther em Hamadan (Ecbatana). Aos Padres da Igreja, Esther é considerado como um tipo de “Bem-aventurada Virgem Maria” e em seus poemas têm encontrado um tema favorito.

SOBRE O LIVRO DE ESTER
No hebraico bíblico e na Septuaginta o Livro de Ester ostenta apenas a palavra "Ester" como título. Mas os rabinos judaicos chamaram-lhe também o "volume de Ester", ou simplesmente o "volume" (megillah) para se distinguir dos outros quatro volumes (megilloth), escrita em separado rolos, que eram lidas nas sinagogas em certos dias festivos.
Como esta era lida na festa de Purim e consistiu em grande parte das Epístolas (cf. Ester 9:20, 29), foi chamado pelos judeus de Alexandria a "Epístola de Purim". Em hebraico o cânon o livro foi colocado entre os Hagiógrafas e depois Eclesiastes. Na Vulgata Latina ela tem sido classificada com Tobias e Judith, após colocado depois destes livros. O texto em hebraico varia consideravelmente entre os da Septuaginta e da Vulgata. A Septuaginta, além de mostrar muitas divergências pouco importantes, contém vários aditamentos no corpo do livro ou no final. Os aditamentos são a parte do texto Vulgata após ch. x,
Embora nenhum vestígio destes fragmentos é encontrado no hebraico bíblico, eles são provavelmente mais traduções de uma ou Chaldaic texto original hebraico. Orígenes diz-nos que eles já existiam na versão Theodotion's, e que eram utilizados por Josephus em suas "Antiguidades" (XVI). St. Jerome, encontrando-os na Septuaginta e da antiga versão latina, colocou-os no final da sua tradução quase literal do texto hebraico existentes, e indicou o lugar que ocupava na Septuaginta. Os capítulos, assim sendo reorganizados, o livro pode ser dividido em duas partes: a primeira relativa aos acontecimentos que precederam e liderou até o decreto que autoriza o extermínio dos judeus (I-III, 15; xi, 2; xiii, 7); a segunda mostrando como os judeus fugiram de seus inimigos e avenged si (IV-V, 8; xiii-xv).
O Livro de Ester, assim, tomado em parte da Canon hebraico e em parte da Septuaginta, encontraram um lugar no Cristã Canon do Antigo Testamento. Os capítulos extraídos da Septuaginta foram considerados deuterocanonical, e, depois de St. Jerome, foram separados os dez capítulos extraídos do hebraico, que foram chamados protocanonical. Uma grande parte dos primeiros Padres claramente considerada como toda a obra inspirada, embora ninguém entre eles encontraram-no para o seu propósito de escrever um comentário sobre isso. Sua omissão em alguns dos primeiros catálogos das Escrituras foi acidental ou sem importância. O primeiro a rejeitar o livro foi Lutero, que declarou que ele o odiava de modo que ele desejava que não existisse (Tabela Discussão, 59). Seus primeiros seguidores desejavam apenas rejeitar as partes deuterocanonical, como também de outras partes da Escritura deuterocanonical. Foram declarados pelo Conselho de Trent (Sess. IV, de Can. Scripturæ), como inspirado e canônico. Com a ascensão do racionalismo a opinião de Lutero encontrou muitos adeptos. Os modernos racionalistas alegam que o Livro de Ester é irreligioso no personagem, ao contrário dos demais livros do Antigo Testamento e, portanto, deve ser rejeitado, eles têm em mente apenas a primeira parte protocanonical e, não o livro inteiro, o que é manifestamente religioso. Mas, apesar da primeira parte não ser explicitamente religiosas, não contém nenhum indigna de um lugar nas Sagradas Escrituras. E de qualquer forma, como salienta Driver (Introduc. à Lit. Do Testamento), não há nenhuma razão para qualquer parte do registro bíblico deva mostrar o "mesmo grau de subordinação dos interesses humanos ao espírito de Deus".
Quanto à autoria do Livro de Ester não há nada de conjecturas. O Talmud (Baba Bathra 15a) atribui-lo para o Grande Sinagoga; São Clemente de Alexandria atribui-la a Mardochai; Santo Agostinho sugere Esdras como o autor. Muitos, constatando o escritor da familiaridade com os costumes e as instituições persa e com o caráter de Assuerus, segure que ele era um contemporâneo de Mardochai, cujas memórias que ele mesmo usou. Mas essas memórias e outros documentos que comprovam está familiarizado contemporânea de conhecimento, poderia ter sido usado por um escritor em um período posterior. E, apesar da ausência, no texto da alusão a Jerusalém parece levar à conclusão de que o livro foi escrito e publicado na Pérsia, no final do reinado de Xerxes I (485-465 aC) ou durante o reinado de seu filho Artaxerxes I (465-425 aC), o texto parece oferecer vários fatos que podem ser invocadas com alguma razão de mostrar a favor de uma data posterior. Eles são:
Uma declaração implícita de que Susan tinha deixado de ser a capital da Pérsia, e uma descrição vaga da vastidão do reino (i, 1);
Uma explicação do povo persa que implica familiaridade com eles por parte dos leitores (i, 13, 19; iv, 11; viii, 8);
Vingativa a atitude dos judeus para com os gentios, por quem sentia que tinham sido injustiçado, e com quem eles quisessem ter pouco a ver (iii, 8 sqq.);
Uma dicção mostrando muitas palavras e uma deterioração tarde em sintaxe;
As referências a " Macedónia" e à parcela de Aman como uma tentativa para transferir "o reino dos Persas para os macedónios" (xvi, 10, 14).
Sobre a resistência dessas passagens vários críticos modernos têm atribuído tarde datas para a autoria do livro, como, 135 aC e 167 aC, 238 aC, o início do século III aC, ou os primeiros anos do período que se iniciou grego 332 BC A maioria aceita a última opinião.
Alguns dos modernos críticos que têm atrasado após a data fixada para a composição do livro negou que tenha algum valor histórico qualquer, e declarando-a de ser um trabalho da imaginação, escrito com a finalidade de popularizar a festa de Purim. Em apoio à sua tese eles apontam no texto aquilo que parece ser improbabilities histórica, e tenta mostrar que a narrativa tem todas as características de um romance, os diversos incidentes artfully estar dispostos de modo a formar uma série de contrastes e de desenvolver para um apogeu. Mas o que parece ser histórico improbabilities em muitos casos são triviais. Mesmo os críticos avançados não concordam quanto àqueles que parecem muito graves. Embora algumas pessoas, por exemplo, consideram totalmente improvável que Assuerus  e Aman tivessem sido ignorante da nacionalidade de Esther, que tinha frequente na comunicação com Mardochai, um conhecido judeu, outros defendem que era bem possível e provável que uma jovem mulher, conhecida por ser uma judia, deveria ser tida no harém de um rei persa, e que, com a ajuda de um parente, deveria evitar a ruína de seu povo,  e que um alto funcionário tinha tentado pôr em prática algo semelhante. A improbabilidade de outras passagens, não totalmente explicada, pode ser assim suficientemente explicada a destruir a celebração, neste terreno, que o livro não é histórico. Quanto ao Artful, contrastes e clímax, apelo para que se faça como evidências de que o livro é obra de um mero romancista, que pode ser dito com Driver (op. cit.) Que de fato é mais estranho do que a ficção, e que uma conclusão com base nessas aparências é precária. Existe sem dúvida um exercício de arte na composição do trabalho, mas não mais do que qualquer historiador o uso demasiado, acumulando e organizando os incidentes de sua história. Uma opinião mais contemporânea aceita entre os críticos, é que o trabalho substancialmente histórico. Reconhecendo a estreita familiaridade do autor com a pérsia, costumes e instituições, de que são titulares os principais elementos do trabalho que lhe foram fornecidos pela tradição, mas que, para satisfazer o seu gosto pelo efeito dramático, ele apresenta informações que não eram estritamente históricas. Mas a opinião realizada pela maioria dos católicos e protestantes se por alguns, de que o trabalho é histórico, em substância, e em detalhe. Eles baseiam as suas conclusões, em especial, nos seguintes aspectos:
A vivacidade e a simplicidade da narrativa;
As informações precisas e circunstanciais, como, sobretudo, a nomeação de personagens sem importância, as datas e notando de eventos;
As referências aos anais dos persas;
A ausência de anacronismos;
Os nomes próprios de acordo com a época em que a história é colocada;
A confirmação das informações pela história e pela arheology;
A celebração da festa de Purim, em comemoração à libertação dos judeus por Esther e Mardochai no momento da Machabees (2 Macabeus 15:37), no momento da Josephus (Antiq dos judeus, XI, VI, 13), E desde então.
A explicação de alguns de que a história de Esther foi inserida em uma festa judaica já existente e, provavelmente relacionado com um festival persa, é apenas uma suposição. De igual modo, nenhum outro conseguiu uma melhoria na oferta de uma explicação da festa e a sua origem, como afirma no livro de Ester. (Veja também Heródoto, História, VII, 8, 24, 35, 37-39; IX, 108 )

APÓCRIFO LIVRO DE ESTER
Informação Perspectiva Judaica
ARTIGO DESCRITORES:
O Sonho de Mardoqueu.
A Destruição dos Judeus decretada.
Mardoqueu's Prayer.
A Oração de Ester.
Esther Antes do rei.
O novo edital.
Interpretação de Mardoqueu's Dream.
O livro canônico de Ester apresenta, sem dúvida, a mais antiga forma de sobrevivência na história. Em tempos de opressão dos judeus conforto encontrado nesta narrativa, por exemplo, apresentou uma súbita divina salvação nos dias de angústia (ix Esth.. 22, 28), e que reforçou a sua esperança de ser libertado da sua condição desesperada, especialmente nos dias dos Macabeus. Naturalmente, os judeus "notoriamente conheciam habilidade em transformar e enriquecer narrativas tradicionais foi aplicado principalmente para aqueles episódios que foram tocados, mas levemente no livro bíblico de Ester. Tais variações e aditamentos foram preservados em grego, mas a suposição de que eles foram baseadas em um original hebraico (comp. Scholz, "Kommentar über das Buch mit Esther Zusätzen Seinen", 1892, pp. 21 e segs.), A dificuldade de traduzir muitas destas adições em hebraico sendo particularmente significativo (Fritzsche, "Handbuch ZU Kurzgefasstes Exegetisches den Apokryphen des Alten Testamentos", 1851, p. 71; Wace, "O Apocrypha", em "O Speaker's Commentary," i. 361-365). Os aditamentos foram provavelmente feitos no momento de Macabeus, quando as pessoas estavam esperando pela liberação repentina de uma outra intervenção divina e principalmente para abastecer o elemento religioso signally falta no livro canônico (comp. Reuss, "Geschichte der Heiligen Schriften des Alten Testamentos", 2d ed., § § 470 e segs. Bleek-Wellhausen, "Einleitung em Alte das Testamento ", 5a ed., § 120; JS Bloch", Hellenistische Bestandtheile im Bibl. Schriftum ", 2d ed., P. 8; Ryssel, em Kautzsch," Die Apocryphen und Pseudepigraphen des Alten Testamentos ", i. 197). Fritzsche (LCP 73) referiu ter semelhanças lingüísticas entre os aditamentos e, o segundo livro dos Macabeus.

EDIÇÕES CRÍTICAS E AJUDA
A última data que pode ser dada aos aditamentos, o ano 30 aC, quando a regra ptolomaica chegou ao fim (comp. B. Jacob's no Stade "Zeitschrift", 1890, p. 290). Estes aditamentos estão contidos no uncial manuscrito do Codex Sinaiticus (sin.), o Codex Vaticanus (B), e Codex alexandrinus (A). Entre as edições impressas podem ser mencionados os de R. Holmes e J. Parsons, Oxford, 1798-1827; E. Nestle, "Vet. Teste. Græce justa LXX. Interpretum," Leipsic, 1850; MP, Swete, "O Velho Testamento em grego, "2d ed., Cambridge, 1895-99; DO Fritzsche", Libr. Apoc. Græce VT ", 1871. O texto das adições foi preservada em duas formas, ou seja, a da Septuaginta, e que a revista por Lucian, o mártir de Antioquia (comp. B. Jacob, lc pp. 258-262). Lagarde, que publicou os dois textos críticos completo com anotações em seu "Librorum Veteris testamenti Canonicorum", 1883, i. 504-541; e, mais tarde, A. Scholz ( "Kommentar über das Buch Esther", pp. 2-99, Würzburg e em Viena, 1892) publicou uma pequena edição, em quatro colunas paralelas, mostrando lado a lado, o texto hebraico da canônica livro, os dois textos gregos, e Josephus' texto (comp. Ryssel em Kautzsch, lc pp. 198, 199).
Para crítica textual, há, também, as duas traduções latim, não tanto a Vulgata, na qual Jerônimo traduzido muito livremente, e, em parte, arbitrariamente, como o Old latim, que, a despeito das suas arbitrariedades e de incompletude, e seus aditamentos, provavelmente feitas em parte pelos cristãos, foi preservada uma das poucas boas leituras do Codex Vaticanus (comp. Fritzsche, lc pp. 74 e segs. Ryssel, em Kautzsch, LCP 199; B. Jacob, lc pp. 249-258). Quanto à próxima edição da nova pré-Jerome textos de Ester, comp. Ph. THIELMANN, "Bericht über das Gesammelte Handschriftliche Material zu einer Kritischen Ausgabe der Lateinischen Uebersetzung Biblischer Bücher des AT" Munique, 1900; "Sitzungsberichte Königlichen der Bayerischen Academie der Wissenschaften," ii. 205-247. Para uma explicação do grego aditamentos ao Livro de Ester ver Fritzsche, lc (os mais antigos intérpretes, p. 76; a posteridade, pp. 69-108); PARA bissels, "O Apocrypha do Antigo Testamento," New York, 1880 ;-Fuller Wace, LCI 361-402; O. Zöckler, "Die Apocryphen des Alten Testamentos", Munique, 1891; Ball, "O Eclesiástica, ou Deuterocanonical, Livros do Velho Testamento", Londres, 1892; V. Ryssel, em Kautzsch, LCI 193-212.

O Sonho de Mardoqueu.
O sonho de Mardoqueu antecede na Septuaginta, como i. 11-17, a história de Esther canônico, e corresponde, no Vulgata para xi. 2-12 e xii. (Swete, "O Velho Testamento em grego," ii. 755 e segs.). Esta versão contradiz a conta no livro canônico, para, de acordo com a versão apócrifos (i. 2), Mardoqueu já está ao serviço do rei Artaxerxes, e tem este sonho no segundo ano do reinado do rei que, enquanto na versão canônica (II. 16) Esther não foi levada para a casa real até o sétimo ano de seu reinado, e Mardoqueu não se senta "no portão do rei"- ou seja, introduzir o serviço do rei, até após o evento (II. 19 -- 20). O autor do apócrifos Esther fala de duas conspirações contra Artaxerxes, e diz que Ester e Mardoqueu foramprecedidos de virem ao tribunal. Relata-se o seguinte: como um servo Mardoqueu no palácio dorme com os cortesãos Gabatha e Tharra (ii Esth.. 21, "Bigthan" e "Teresh"; vulg. "Bagatha" [donde "Gabatha"] e "Thara" ), E overhears conspira contra o rei. Ele denuncia os conspiradores, que são presos e confessam. O rei e Mardoqueu anotam a ocorrência, e Mardoqueu é recompensado. Como o conspiradores são condenados à pena de morte (de acordo com B. Jacob's no Stade "Zeitschrift", x. 298, a expressão do Codex B, διότι ἀνέρήθησαν, estão a ser adicionado aqui, comp. Jerome: "qui fuerant interfecti"), Haman , Que evidentemente foi no campelidos com eles, planos de tomar vingança sobre Mardoqueu (Apocr. Esth. Ii. 12-17).
Existe uma segunda conspiração após ter o rei sido feita rainha Ester, no sétimo ano do reinado do rei (ii Esth.. 21 e segs.). Mardoqueu, em seu sonho (Apocr. Esth. I. 4-11) vê próximos dois dragões para lutarem um contra o outro (o que representa Mardoqueu e Haman, ib. vi. 4); as nações preparam-se para destruir o "povo dos justos", mas as lágrimas dos justos bem em cima um pouco de primavera que cresce em um poderoso fluxo (comp. Ezek. XLVII. 3-12; segundo a Apocr. Esth. vi. 3, simboliza a primavera Esther, que passou de uma má judia para ser uma rainha persa). O sol nasce agora, e aqueles que tinham sido reprimidos "devorou aqueles que até então tinha sido honrado" (comp. Esth. Ix. 1-17).

A Destruição dos Judeus decretada
Nos memoriais de Artaxerxes contém um edital para a destruição de todos os judeus, a ser realizado por Haman (Apocr. Esth. Ii. 1-7; segue-se Esth. Iii. 13; comp. Swete, lc pp. 762 et seq.). A simples menção ao fato de um edital para a destruição dos judeus tinham ido adiante, era uma tentação para ampliar-lhe seu poderio. O "grande rei" (versículo 1), como em Esth. i. 1, envia uma carta aos governadores das cento e vinte e sete províncias do seu reino, que se estende da Índia até Etiópia-vos dizendo que embora pessoalmente ele está inclinado em direção a clemência, ele é obrigado a olhar para a segurança do seu reino. Numa conferência sobre o assunto, disse ele a Haman, conselheiro do rei ao lado dele no reino, assinala que haverá uma eliminação de classe de pessoas em seu reino, que, pelas suas leis, colocou-se em oposição a todas as outras classes, persistindo em desrespeitar os decretos reais, tornando assim impossível um governo unificado. Nestas circunstâncias, disse ele, mais nada se manteve a adoptar a sugestão de Haman, que, depois de terem sido colocados a cargo dos assuntos do Estado, poderia, num certo sentido ser chamado o segundo pai do rei, essa sugestão foi a de destruir a espada de outras nações, sobre o décimo quarto dia de Adar (décimo terceiro de Adar no Esth. iii. 13, viii. 12, ix, 1), todos os designados como judeus, juntamente com suas esposas e filhos. Após este distúrbio, a paz tinha sido posta fora do caminho, o rei afirmou que os negócios do reino poderão voltar a ser conduzidos em paz.

Mardoqueu's Prayer.
Os restantes aditamentos estão intimamente ligados a este assunto. A próxima é no fim da oração para ajudar Mardoqueu (Apocr. Esth. Iii. 1-11; vulg. Xiii. 8-18); a Septuaginta, em que é adicionado à iv. 17 (Swete, lc pp. 765 e segs.). Ele segue a história de Esth. iv. 1-16, segundo a qual Esther comandou Mardoqueu para juntar todos os judeus para um período de três dias de jejum antes de ela própria intercede por eles antes do rei. A oração começa com o habitual elogio da onipotência divina. O céu e a terra são uma paráfrase para a ideia τὸ πᾶν (versículo 2; comp. Gen. i. 1; Isa. Xlv. 18). O sofrimento dos judeus foi provocado pela recusa a beijar o pé do Haman (comp. Esth. Iii. 2-5), uma recusa não causada pelo orgulho, mas pela alta honra que um ato implícito que pertence a Deus somente ( comp. προσκύνησις a recusa dos embaixadores do grego para Darius). Mas, continua Mardoqueu, esta recusa era meramente um pretexto para que se destruamo  povo escolhido de Deus (κληρονομία, versículo 8; comp. Apocr. Esth. Iv. 20; vii. 9 = hebr.; Ps. Xxviii. 9, xciv. 5, etc .; Μερίς, versículo 9; comp. LXX. Sobre Deut. Xxxii. 9; κλῆρος, versículo 10 =, Deut. Iv. 20), e que eles implorem a Deus para protegê-los agora, assim como fizeram seus pais no Egito (comp. em Deut. Ix. 26). A oração termina com a súplica para salvar o Seu povo e transformar seu luto em alegria (realmente "festa", comp. Vi. 22 e segs.; Ver também Esth. Ix. 17-19, quando a oração também termina em festa e no envio das doações de alimentos de uns para os outros). Aqui, como em Ps. vi. 6 (AV 5), xxx. 10 [9], cxv. 17; e Ecclus. (Sirach) xvii. 25, a razão para harkening para a oração é o desejo de audiência atribuída a Yhwh canções de louvor e de agradecimento, que só a vida pode oferecer (versículo 10, onde a leitura é preferível a στόμα αιμα; Swete, LCP 765). Por último, a ênfase é colocada no alto da gente chorando e chamando a Deus (ἐξ ἰσχύος αὐτῶν... Ἐκήκραξεν; comp. Dan. Iii. 4,; Isa. LVIII. 1), quando eles ficavam cara a cara com a morte (ἐν ὀφθαλμοῖς αὐτῶν).

A Oração de Ester.
Intimamente ligada a Deus, é a oração de Ester (Apocr. Esth. Iii. 12-30; Septuaginta, xiii. 8-18, xiv. 1-19; Swete, lc pp. 766 e segs. Vulg. Xiv. 1 -- 19): tu tira-la royal vestuário (τὰ ἱμάτια τῆς δόξης αὐτῆς [em Esth. I. 11, ii. 17 apenas a coroa real é mencionada]), e, pondo em luto-vestes (, juízes viii. 5 [6 ]; Neemias. Ix. 1), strews cinzas sobre a cabeça dela (comp. Isa. Iii. 24; Mal. Ii. 3; II Sam. Xiii. 19, vulgarmente; Job ii. 9). Sobre o cabelo dela (versículo 13) tira todos adornos (ἐ; ταπείνωσεν comp., Lev. Xvi. 29, 31; Isa. LVIII. 3). Desta forma, a pena seria de Deus e a Sua ira despertada dissipada (I Reis xxi. 21-29). A oração refere-se ao perigo ameaçador (comp. iii. 11): Deus como Israel, uma vez liberada a partir de ancestrais do jugo egípcio (versículo 16), de modo Esther exorta a Deus para salvar os judeus do seu destino iminente, embora não o merecem por terem participado de idolatrias persa (versículos 17, 18 referem-se a isto, e não para o preexilic idolatria; comp. II Reis xvii. 29-33, 41). Na sequência Ryssel e Lagarde, a leitura no versículo 19 está ἔθηκαν τὰς χεῖρας αὐτῶν επῖ τὰς χεῖρας τῶν εὶδώλων ( "eles colocaram suas mãos nas mãos dos ídolos"; depois, para confirmar através de um acordo de mãos, veja Esdras 19 x. ). Isto significa: "Os persas opressores azem juramento aos seus deuses [versículo 19] que vão fazer a promessa divina, de destruir Israel [ou seja, a herança divina], para fechar a boca daqueles que louvar Deus, e para extinguir a glória de da casa e do altar de Deus [versículo 20]. Além disso, juram que a boca do bárbaro será aberta em louvor do seu impotente [deuses], e sua mortal rei [o persa] será eternamente admirado "(versículo 21). Daí besought Deus é não dar o Seu cetro nas mãos dos "não-existentes" (τοῖς μὴ οὖσιν; comp. I Coríntios. Viii. 4), e não para tornar os judeus um motivo de riso para os pagãos, mas para planos de deixar o último turno contra si. "Mark ele [παρλδιγμάτισον; comp. Hebreus. Vi. 6] que começou [para agir] contra nós."
No versículo 24 Esther acrescenta uma oração para o sucesso da petição que, de acordo com Esth. iv. 16, ela pretende fazer para o rei. "Ponha ordenado discurso em minha boca em face do leão" (o rei persa é assim chamado também na versão do aramaico Mardoqueu's dream; ver Merx, "Chrestomathia Targumica", p. 164 , 3; comp. Ecclus. [Sirach] xxv. 16, 19). O objeto de sua petição, o de transformar a ira do rei de Israel contra os perseguidores-eventos de antecipa a Esth. vii. 9. Ela ora a Deus para ajudá-la, a um desolado (τῇ μόνῃ; correspondentes a no Ps. Xxv. 17 [AV 16], onde ela ocorre ao lado, "solitárias e desertas", diferenciando-versículo 14, σὺ εἶ μόνος, referindo-se ao a unicidade do Yhwh), que tem mais ninguém para ligar para (versículo 25). Ela refere-se ao facto de Yhwh sabe o esplendor da sua real posição não a tentar a ceder ao rei (em Esth. Ii. 7-20 isto não é mencionado), mas que ela apresentou à força das circunstâncias (versículo 25 ). Ela continua afirmando que odeia o resplendor do bárbaro querido (δόξαν ἀνόμων o ἀνόμων aqui são os pagãos; seus δόξα é seu poder), e tem horror ao leito do incircunsiso (versículo 26). Yhwh, diz ela, sabe-la em perigo a ser obrigados a ser a esposa do rei. Ela abomina o símbolo do orgulho em sua cabeça (ou seja, a coroa real que ela usa em público); ela abomina-o como um trapo imundo (ὡς ῥάκος κλταμηνίων =; Isa. LXIV. 5 [AV 6]), e não o usar quando sentado calmamente em casa (versículo 17). Finalmente, ela não tem prazer na mesa da casa do Haman, nem pela sua presença Agraciados o banquete do rei (de acordo com a versão canónica [ii. 18], Esther manteve a sua própria festa) , Nem tampouco ela bebe qualquer sacrifício dos deuses pagãos do vinho (οῦνον σπονδῶν; comp. LXX. Deut. Xxxii. 38; Fuller, em Wace, LCP 390, versículo 28).   A oração termina com uma petição para a confirmação da fé e uma libertação de todo medo (comp. Judith ix. 11).

Esther Antes do rei.
Esther's é recebida pelo rei (IV. 1.15; Swete, lc pp. 767 e segs.), mediante a oração (XV. 4.19; vulg. Xv. 1-19). Veja os eventos em Esth. v. 1, 2 são amplificados. Em xv. 1 (Septuaginta) o "terceiro dia" corresponde a Esth. v. 1. De acordo com a Septuaginta v. 1 ela tirou as roupas que tinha usado pelo serviço divino; na versão apócrifos (III. 13) ela tinha decidido colocá-las, põe em seu real vestuário, à qual pertence a coroa provavelmente, em função ii. 17. Após uma súplica a Deus, ela aparece (IV. 1) acompanhado por dois handmaidens (ἅβραι = "favorito escravos", comp. Judith viii. 33); segundo a Esth. ii. 9, ela tinha sete serviçais. Nos apócrifos Esther iv. 2, é dito que ela era escoltada para o rei por duas donzelas ", "e os outros seguiram, munidos do seu comboio." No Livro de Ester canônico nenhuma menção é feita desta escolta.
iv. (Apocr. Esth). Descreve a impressão de sua beleza produzida: ela foi corada por meio da perfeição de sua beleza, e seu semblante era alegre e amo-gravetos, mas o seu coração foi pesado com medo do perigo de quotizações não aparecendo antes do rei (comp. Esth. iv. 11). Depois passaram por todas as portas, ela ergueu-se perante o rei, que vestiu a dignidade do seu trono com vestes de majestade (ver Fuller em Wace, lc; comparar a representação do rei sobre o seu trono na imagem de Persépolis, de acordo com Rawlinson). Versículo 7: Em seguida, levantando o seu rosto (que brilhou com a majestade), ele parecia muito ferozmente sobre ela, e da rainha caiu, e estava pálida, e desmaiou, depois de ter a consciência que ela própria curvado sobre a cabeça da empregada que passaram antes dela. Versículo 8: Então Deus mudou o espírito do rei em benignidade. Na preocupação que ele saltou de seu trono, e levou-a em seus braços até que recuperou a sua compostura, ela reconfortante com palavras amorosas. Em Verso 9 ele pergunta: "Ester, qual é o problema? Eu sou teu irmão", assim colocando-a ao mesmo nível com ele. Nos versos 10 e segs. Ele assegurou a ela que a pena de morte é suposto aplicar-se apenas à entrada não autorizada do rei da causa (comp. Esth. iv. 11), e que ela não se aplica a ela: "Tu não deverás morrer…" Tocar-lhe o pescoço com o seu cetro dourado, ele abraçou ela, e disse: "Diga para mim." Então ela disse ele, "eu vi-te, meu senhor, como um anjo de Deus [comp. Ezek. Viii. 2], eo meu coração estava incomodado por medo da tua majestade." E como ela estava falando, ela caiu para desmaios. Versículo 16: Então o rei estava perturbado, e todos os seus servos confortando ela.
O novo edital.
O rei agora emiti um edital cancelando o antigo edital, e decreta a proteção dos judeus (Apocr. Esth. V. 1.24; vulg. Xvi. 1.24; Septuaginta além de viii. 12; comp. Swete, lc pp. 773-775, a amplificação do edital mencionado em Esth. Viii. 13). O primeiro edital contra os judeus é revogado; sua instigação, e Haman é acusado de conspiração contra o rei, e todas as ajudas é condenada a ser dado aos judeus. Versos 2-4: "Muitas, muitas vezes eles são os mais honrados com a graça de sua graciosa príncesa, os mais orgulhosos de serem semelhante a cera, e se esforçar para não machucar os nossos assuntos só, mas, não sendo capaz de suportar abundância, não tome na mão de praticar também contra aqueles que lhes fazem bem, e não apenas ter afastado de gratidão entre os homens, mas também, levantou-se com a lúbrico gloriosas palavras de pessoas que nunca foram boas, eles acham que para escapar da justiça de Deus, que vê todas as coisas, e até o mal. "Versos 5-6:" Muitas vezes, também, justo discurso daqueles que são postos em gerenciem seus amigos de confiança »dos assuntos [comp. Jacob no Stade, LCX 283, nota 2], fez que causou muitos são, em sua autoridade para ser desfrutarão de sangue inocente, em calamidades sem remédio [comp. I Sam. xxv. 26; II Sam. xvi. 4], com a falsidade e a falsidade dos seus inocentes e lúbrica alienação e da bondade de seus príncipes. " Versículo 7: "Agora vos pode ver isso, como temos declarado, não tanto por histórias antigas, como pela observação que fez através do pestilento comportamento deles, que estão colocados diante da autoridade." Versos 8-9: "Temos de tomar cuidado para que a hora de vir nosso reino pode ser tranquilo e sereno para todos os homens, por fins e sempre mudando nosso julgar coisas que são mais evidentes com a igualdade de processo." Versos 10-14: O rei tinha concedido esse tratamento suave para Haman, mas tinham sido enganados por ele amargamente, e, por isso, foi obrigada a revogar o seu antigo edital. (De acordo com Dan. Vi. 9, 13 isto era inadmissível, mas Fuller, lc pp. 397 e segs., Cita uma série de casos em que foi feito. "Verso 10 é de cerca de Haman, chamada em i. 17" a Agagite , "Aqui" o macedônio ", no versículo 14 que ele é acusado de ter traído o império persa para os macedónios.)" Para a Aman, um macedônio, o filho de Amadatha, sendo na verdade um estranho para o persa sangue [comp. Vulg. "Animo et et gente Macedo"], e muito distante da nossa bondade, e recebeu de nós um estranho, tive até agora obtidos mostram a favor de que estamos em direção a toda a nação que ele era o nosso chamado 'pai', e foi homenageado continuamente de todas as homens, como a próxima pessoa que te ante o rei. Ele também tinha sido curvado para baixo para [comp. Esth. iii. 2-6]. Mas ele, não tendo o seu grande dignidade, correu sobre a privar-nos do nosso reino ea vida; ter , Por variadas e astúcia deceits, procurou-nos a destruição, bem como de Mardoqueu, que salvou nossas vidas, e nosso bom colhidos continuamente, como inocente de Esther, cúmplice do nosso reino com toda a nação. Para ele pensou por estes meios, encontrar-nos desamparados de amigos, ter traduzido para o reino dos Persas para os macedónios. " De acordo com estes versos Haman era culpado de um triplo pecado, uma vez que ele tentou sacar da esposa do rei, reino, ea vida.
v. 15-16, 18-19: "Mas nós achamos que os judeus, a quem, revelam este desgraçado ímpios entregue à completa destruição, não são os iníquos, mas viver por mais leis justas, e que eles são filhos do Altíssimo A maioria dos e Poderoso Deus, que vos ordenou o reino tanto para nós e para nossos progenitores na mais excelente forma. Portanto, deverá vos fazem bem para não pôr em execução as cartas enviadas a ti por Aman, o filho de Amadatha; para que ele Foi o trabalhador dessas coisas é enforcado [ήσταυρωσθσι = "empalados"], os portões de Susa com toda a sua família [de acordo com Esth. vii. 10, viii. 7, Haman foi enforcado sozinho, segundo a Esth. ix. 10, os judeus mataram seus dez filhos; em Dan. vi. 25 esposas e os filhos foram atirados para os leões' den], Deus, que ruleth todas as coisas, tornando rapidamente vingança para ele, de acordo com desertos. Por isso ele deve publicar a cópia da presente carta em todos os lugares [ἐκτιθήναι; Stade, LCX 282, uma frase usada na promulgação da royal comandos], de que os judeus vivem maio após as suas próprias leis "(comp. Ezra vii. 25 e segs. Josephus," Ant. " xii. 3, § 3, xvi. 6 º, § 2).
v. 20-24: "Vós devereis ajuda-los, ainda que no mesmo dia, sendo o l3th dia do 12 º mês Adar, os mesmos podem ser avenged sobre eles que, no momento da sua aflição que lhes é fixado [comp. Esth. ix. 1; mas veja acima Apocr. Esth. ii. 6, onde está fixado o 14 º dia após, segundo a Esth. iii. 13, Haman tinha nomeado o décimo terceiro dia de extermínio dos judeus]. Para Todo Poderoso fez a alegria transformou-vos lhes o dia em que o povo deveria ter escolhido pereceram. Ye deve, portanto, entre suas festas solenes, mantê-la um dia, com todos os altos festa [seguinte Grotius, Fritzsche, e Ryssel κλήρων (sc. ὴμιν), deve ser acrescentada depois, segundo a este o rei persa instituiu a festa judaica do Purim, como um dia para ser comemorado também pelos persas], que tanto agora como a seguir pode haver segurança para nós [a leitura aqui deveria ser ὑμιν vez de ἡμιν] e para o bem-intencionado Persas, e que poderá ser, para aqueles que fazem conspiração contra nós, um memorial de destruição. Por isso cada cidade e país, que não deve fazer de acordo com estas coisas, devem ser destruídos sem piedade com fogo e espada.

Interpretação de Mardoqueu's Dream.
Na Septuaginta a interpretação do sonho de Mardoqueu é separada do sonho em si, que faz o início dos acréscimos, e constitui o fim de toda a apocryphon (VI. 1-10), com o versículo 11 do assinatura (Swete, lc pp. 779 e segs.). Na passagem da Vulgata stands no final do livro canônico de Esdras (x. 4-11), que precede todas as outras adições apócrifos, assim como o sonho em si, o que aqui ocupa xi. 2.11. Nem sonho nem interpretação é encontrada em Josephus. A expressão "Deus fez essas coisas" (comp. Matt. Xxi. 42) refere-se, em toda a história do livro de Ester. Versículo 2 refere-se ao sonho disse no começo do livro, que foi cumprido em todos os aspectos. "O pequeno chafariz que se tornou um rio" (VI. 3) atesta a elevação de Ester (ver i. 9), que se tornou um riacho, quando ela casou com o rei ea rainha fez dela.A luz eo sol (ver i. 10) significar a salvação ea alegria que interposto Esther para os judeus (comp. Esth. Viii. 16). Os dois dragões são Mardoqueu e de Haman. As nações que montadas para destruir o nome dos judeus (ver i. 6) são theheathen (comp. Esth. Iii. 6-8). "E este é o meu povo Israel, que clamou a Deus e foram salvos" (VI. 6; comp. Iii. 11). "Por isso que ele fez, fez dois lotes, um para o povo de Deus, e outra para todos os gentios" (VI. 7; comp. Esth. Iii. 7). "E os dois lotes foram sorteados [ἦλθον; aceso." Eles vieram, nasceu fora no momento certo "]: uma para o seu povo [Fritzsche e Ryssel adicionar τῷ λαῶ αὐτοῦ], a outra para todos os outros povos." "Então Deus lembrado o seu povo e justificada [decidido em seu favor; compare Deut. Xxv. 1; I Reis viii. 32; Ecclus. (Sirach) xiii. 22; vulg. Livremente prestados," misertus est "; comparar velho latim" salvavit "] a sua herança" (vi.9). "Por isso esses dias será, para eles, no mês de Adar, o décimo quarto eo décimo quinto dia do mesmo mês, com uma montagem, e alegria, e com alegria perante Deus, de acordo com as gerações eternamente entre o seu povo" (VI. 10 ; Comp. Esth. Ix. 18, 21). Na II Macc. xv. 36 o décimo quarto dia é chamado ἥ Μαρδοχαικὴ ἡμέρα. A subscrição, versículo 11 (em Swete, ii. 780, inserido na Bíblia alemão entre Esther recepção do rei e de Ahasuerus pelo "segundo edital), refere-se a todo o Livro de Ester, juntamente com os acréscimos apócrifos, como o faz também a expressão τὴυ προκειμέυηυ ἐπιστολὴυ τῶυ φρουραί (Swete), que significa "acima da carta de Purim" (compare Esth. ix. 20, 29).
Esta carta foi levado para o Egito por Dositheus quem ligou-se um padre e Levite (?)-E seu filho Ptolomeu, que alegou que era o original (Apocr. Esther). Lysimachus, o filho de Ptolomeu, um habitante de Jerusalém, traduzido à letra, no quarto ano do reinado de Ptolomeu e Cleópatra (segundo alguns, em 455; ver Fritzsche, lc pp. 72 e segs.). Ptolemies tinha quatro esposas pelo nome de Cleópatra (Epifânio, Philometor, Physkon, e Soter). Soter II. que viveu cerca de tempo, mas todos estes avisos são desonesto; comparar, na data do ofício, no Stade Jacob's "Zeitschrift", x. 274-290, especialmente p. 279.EGHCS
Emil G. Hirsch, Carl Siegfried
Enciclopédia Judaica, publicada entre 1901-1906.




sábado, 29 de outubro de 2016

O L I V R O A P Ó C R I F O D E B A R U C

O    L I V R O    D E    B A R U C

Baruc ou Baruque ou Baruk ben Neriá é um personagem bíblico, sendo também o nome de um dos livros deuteronômicos não um apócrifo, (assim considerados pela igreja católica romana) do Antigo Testamento da Bíblia, cuja autoria é atribuída ao próprio Baruque, que não era um simples escriba, mas um sofer, um alto funcionário da administração babilônica na Judéia. Baruque teria sido um homem erudito e de família nobre, que foi secretário de Jeremias durante o Exílio do povo de Israel na Babilônia.  Filho de Nerias, irmão de Seraías, amigo e secretário do profeta Jeremias (Jr 36:4 ss). Era homem erudito, de nobre família (Jr 51:59 ss), tendo servido fielmente ao profeta. Pelas instruções de Jeremias, escreveu Baruque as profecias daquele profeta, comunicando-as aos príncipes e governadores. E um destes foi acusar de traição o escrevente e o profeta Jeremias, mostrando ao rei, como prova das suas afirmações, os escritos, de que tinham conseguido lançar mão. Quando o rei leu os documentos, foi grande o seu furor. Mandou que fossem presos os dois, mas eles escaparam. Depois da conquista de Jerusalém pelos babilônios (586 a.C.), foi Jeremias bem tratado pelo rei Nabucodonosor- e Baruque foi acusado de exercer influência sobre Jeremias a fim de não fugirem parao Egito (Jr 43:3). Mas, por fim, foram ambos compelidos a ir para ali com a parte remanescente de Judá (Jr 43:6). Durante o seu encarceramento deu Jeremias a Baruque o título de propriedade daquela herdade que tinha sido comprada a Hanameel (Jr 32:8-12).

SEU LIVRO
A obra possui seis capítulos, sendo que a autoria dos cinco primeiros é tradicionalmente atribuída à Baruque, enquanto que a autoria do sexto é atribuída a Jeremias.
A obra tem por objetivo mostrar como era a vida religiosa daquele povo, seus cultos e tem o mérito de conservar o sentimento religioso dos israelitas dispersos pelo mundo todo após a ruína de Jerusalém e a perda de quase todas as suas instituições. Mostra como eles conservaram viva a consciência de ser um povo adorador do verdadeiro Deus. Ao mesmo tempo, mostra a consciência que tinham do desastre nacional: não atribuem tudo isso à infidelidade de Javé; ao contrário, reconhecem que os males se originaram por culpa deles próprios: estão assim porque desprezaram a palavra dos profetas, rejeitaram a justiça e a verdadeira sabedoria. Mas, ao lado dessa consciência de seus pecados, conservam uma viva esperança, pois acreditam que Deus não abandona o seu povo e continua fiel às promessas. Se houver arrependimento e conversão, poderão confiar no perdão divino: serão reunidos de novo em Jerusalém, que é para sempre a cidade de Deus.
A carta do capítulo sexto é uma carta que nos leva aos templos pagãos, cujos ídolos estão empoeirados e carcomidos de cupim. Esses ídolos, apresentados de forma atraente e grandiosa, não têm vida, nem são capazes de produzir vida: "Não podem salvar ninguém da morte e nem podem livrar o fraco da mão do poderoso. Não são capazes de devolver a vista ao cego nem de livrar um homem do perigo; não têm compaixão pela viúva nem prestam qualquer ajuda ao órfão. Esses deuses de madeira prateada ou dourada parecem pedras tiradas do morro: quem se ocupa deles só vai passar vergonha. Como, então, pensar ou dizer que são deuses?" (Br 6:35-39).

ESTRUTURA DO LIVRO
O Livro de Baruc é composto de textos com gêneros literários diferentes que não devem ser nem do mesmo do autor e nem da mesma época.
Pode-se dividir a obra em cinco partes:
1. Capítulo 1:1-14: faz uma descrição da origem da obra, uma introdução (em prosa);
2. Capítulos 1:15 a 3:8: há confissão dos pecados de Israel (1:15-2:10) e suas orações, pedindo perdão (2:11-3:8), foi escrita originalmente em hebraico (em prosa), e desenvolve a oração de Dn 9:4-19 .
3. Capítulos 3:9 a 4:4: Os profetas exortam o povo a parar de cometer erros e seguir os mandamentos dados (em poesia, no estilo dos livros sapienciais).
4. Capítulos 4:4 a 5:9: O povo recebe por meio dos profetas a promessa de que será liberto do cativeiro (em poesia).
5. Capítulo 6: Jeremias diz que o povo está idolatrando e que deve parar com isso (Carta de Jeremias - em poesia), na Septuaginta este capítulo é um livro a parte, enquanto que na Vulgata e nas Bíblias Católicas é o capítulo 6 do Livro de Baruc, parece ter sido escrita originalmente em hebraico e 2Mc 2:1-3 parece referir-se a ela.

Alguns capítulo dos livros de Baruque são conhecidos por nomes individuais:
1 Baruque: Livro de Baruque.
2 Baruque: Apocalipse siriaco de Baruque. Os capítulos 78-87 são também conhecidos por Carta de Baruque à tribo dos nove e meio.
3 Baruque: Apocalipse de Baruque ou Apocalipse grego de Baruque.
4 Baruque: Paralipomena de Jeremias aparece como título em diversos manuscritos antigos gregos deste capítulo, significando "coisas deixadas de fora de (do livro de) Jeremias ".

AUTORIA
Embora a introdução (1:1-14) sustente que foi escrito por Baruc e enviado a Jerusalém para ser lido nas assembléias litúrgicas, há estudos que indicam que os textos não foram escritos pelo próprio Baruc, o secretário de Jeremias, e que, provavelmente, foram escritos no século II AC ou em meados do séc I AC.

Discípulo de Jeremias, Baruc é tradicionalmente reconhecido como o autor do livro Deuterocanônico que leva o seu nome. Foi filho de Nerias (Jeremias 32:12; 32:16; 16 : 4, 8, 32; Baruc 1:1), e provavelmente irmão de Saraias, chefe camareiro do Rei Sedecias (Jeremias 32:12, 51:59; Baruc 1:1). Depois que o Templo de Jerusalém foi saqueado por Nabucodonosor (599 A.C.), Baruc escreveu o oráculo do grande profeta Jeremias, sendo ditado por este, e leu o escrito para que o povo judeu, arriscando sua vida por causa disso. No escrito era previsto o retorno dos babilônicos. Ele também escreveu a segunda e mais longa edição das profecias de Jeremias após a primeira ter sido queimada pelo enfurecido rei Joaquim (Jeremias: 36).
Durante sua vida, Baruc permaneceu fiel aos ensinamentos e ideais do grande profeta, apesar de em alguns momentos ter se deixado levar por decepções e ambições pessoais (Jeremais, 45). Ele estava com Jeremias durante o cerco a Jerusalém e testemunhou a compra do terreno ancestral de Anatot (Jeremias, 32). Depois da queda da Cidade Santa e dá destruição do Templo (588 A.C.), Baruc provavelmente viveu algum tempo com Jeremias em Masphath. Foi acusado por seus inimigos de sugerir ao profeta a aconselhar os Judeus a permanecerem em Juda, ao invés de iram para o Egito (Jeremias, 43), onde, de acordo com a tradição Hebraica preservada por São Jeronimo (Isaiah 30: 6, 7), os dois morreram antes de Nabucodonosor invadir aquele país. Entretanto, essa tradição entra em conflito com a informação encontrada no capítulo de abertura da Profecia de Baruc, onde é dito que ele escreveu este livro na Babilónia, e o leu publicamente 5 anos depois da queima da Cidade Santa. Aparentemente o livro foi enviado para Jerusalém por Judeus cativos dentro de um vaso sagrado como um presente destinado ao sacrifício no templo de Yahweh. Essa informação entra em conflito com várias tradições, tanto judias quanto cristãs, mas provavelmente contém algumas partes de verdade que não permitem determinar a data, local ou maneira em que Baruc morreu.
Na Bíblia Católica, “A Profecia de Baruc” é formada por 6 capítulos, último intitulado “Epístola de Jeremias” não pertence propriamente ao livro. A Profecia abre com uma introdução histórica (1: 1-14), estabelece primeiro (versos 1-2) que o livro foi escrito por Baruc na Babilónia, 5 anos após Jerusalém ter sido queimada pelos Caldeus. Em seguida (versos 3-14) deixa claro que foi lido na presença do Rei Jeconias e de outros em exílio na Babilônia, o  que resultou em efeitos benéficos. A primeira parte do corpo do livro (1:15; 3:8) contém a confissão dos pecados que os levaram ao exílio (1:15-2:5; 2:6-13), juntamente com uma prece a Deus para o perdão do Seu povo (2:14; 3:8). Enquanto a primeira parte é muito parecida com o Livro de Daniel (Daniel 9:4-19), a segunda parte de Baruc (3:9; 4:4) se assemelha à passagens em Jó 28, 38. É um belo louvor à Sabedoria Divina, que não se encontra em nenhum outro lugar a não ser na Lei dada a Israel; somente com o disfarce da Lei é que a Sabedoria apareceu no mundo e se tornou acessível ao homem, o que leva, portanto, Israel a provar novamente sua fidelidade a Lei. A última sessão do Livro de Baruc se estende de 4:5 até 5:9. É formada de 4 odes, cada um começando com a expressão “Tenha coragem” (ou “Tenha melhor animo” dependendo da tradução) (4:5, 21, 27, 30), e com um salmo muito semelhante ao décimo primeiro Salmo apócrifo de Salomão (4:36; 5:9). O capítulo 6 apresenta, como apêndice, todo o livro “A Epistola de Jeremias”, enviada pelo profeta “para aqueles que foram levados cativos à Babilónia” por Nabucodonosor. Devido aos seus pecados, os judeus foram levados para a Babilónia onde deveriam permanecer “ali muitos anos, e largos tempos, até sete gerações”. Naquela cidade herege deveriam testemunhar a bela adoração dada aos “deuses de ouro, e de prata, e de pedra, e de madeira”, mas nunca deveriam se conformar com aquilo. Todos esses deuses, demonstrado com vários argumentos, são impotentes e perecíveis, obras da mão de homens, eles não podem fazer nem mal nem bem, assim eles não são deuses de jeito algum.
É certo que o sexto capítulo de Baruc é distinto do resto da obra. Além do título especial, “A Epistola de Jeremias”, o estilo e conteúdo provam se tratar de um escrito independente da Profecia de Baruc. Em alguns manuscritos gregos Baruc não tem a “Epístola”, em outros, entre os melhores, ela está separada do Livro de Baruc e é apresentada imediatamente depois de Lamentações de Jeremias. O fato de o sexto capítulo de Baruc levar o título de “Epistola de Jeremias” tem sido entendido, e ainda é por muitos, o motivo definitivo de que o grande profeta é o autor. É também instigante a vívida e precisa descrição do esplendido, mas infame, culto aos deuses babilónicos em Baruc, feita pelo escrito tradicional, em Jeremias 13:5-6, provavelmente se referindo a dupla jornada de Jeremias ao Eufrates. Finalmente, afirma-se que um certo número de características hebraicas podem ser reconhecidas, levando a um original hebraico. Contrário a esta visão tradicional, a maioria dos críticos contemporâneos argumenta que o estilo grego de Baruc prova que ele foi originalmente escrito em grego e não em hebraico, consequentemente, Jeremias não seria o autor da Epístola com seu nome. Por causa disso e por outras razões observadas no estudo do conteúdo de Baruc, eles acreditam que São Jeronimo estava decididamente correto quando descreveu como uma pseudoepígrafe, ou seja, escrita com um nome falso. No entanto, um importante estudo do Canon das Sagradas Escrituras prova que, a despeito das contestações dos protestantes, Baruc 6 sempre foi reconhecido pela Igreja como um livro inspirado.
Em relação à linguagem original do Livro de Baruc (capítulos 1-5), uma variedade de opiniões permanecem entre os estudiosos. Naturalmente aqueles que se apegam simplesmente ao título admitem que toda a obra foi originalmente escrita em hebraico. Do contrário, a maioria dos que questionam ou rejeitam o título do livro acreditam que a obra foi escrita totalmente, ou pelo menos parcialmente, em grego. É verdade que características literárias gregas aparecem em várias sessões e não apontam para um texto original em hebraico, mas não é difícil se supor que o texto completo de Baruc seja uma tradução, aqui algumas evidências linguísticas que confirmam está última suspeita:
- É muito provável que Teodotio (final do segundo século da nossa era) traduziu O Livro de Baruc de um original hebraico.
- A alguma notas do texto Siro-Hexaplar declaram que algumas palavras no texto grego não são encontradas no texto hebraico.
- Baruc 1, 14 diz que o livro foi feito para ser lido em público no Templo, sendo assim ele deve ter sido composto com esse propósito.
Além disso, em relação a sua linguagem original, Baruc apresenta uma certa unidade em relação a seu tema, de modo que aqueles que acreditam que todo o texto seja um escrito primitivo hebraico admitem que ele é uma unidade de composição. Entretanto, há no Livro de Baruc muitos traços de um processo de compilação, onde várias partes foram aparentemente unidas. A diferença da forma literária entre 1-3:8 e 3:9-5 é grande e, observando-se a maneira abrupta como o panegírico sobre Sabedoria é introduzido em 3:9, sugere que tenham origens diferentes. A duas confissões dos pecados que levaram ao exílio em 1:15, 3:8, são colocadas lado a lado sem nenhuma transição natural. As diferenças literárias entre 3:9-4:4 e 4:5-5:9 são consideráveis e o início da terceira sessão em 4:5 não é menos abrupta do que o da segunda em 3:9. Novamente, a introdução histórica parece ter sido composta somente para o prefácio de 1:15-2:5. Em vista desses e de outros fatos, os críticos contemporâneos geralmente entendem que a obra é fruto de um processo compilatório e que sua unidade é fruto do editor final, que juntou os vários documentos sobre o enfado do exílio. Este método de composição literário não necessariamente conflita com a devoção tradicional ao Livro de Baruc, muitos dos escritores sagrados da Bíblia são compiladores, e Baruc pode ser mais um entre eles, de acordo com os estudiosos católicos que admitem o caráter compilatório das obras escritas por ele. Os católicos se sustentam aqui por três pontos:
- O livro é assinado por Baruc em seu título;
-  Sempre foi reconhecido como uma obra de Baruc pela tradição;
- O seu conteúdo não apresenta nada que pudesse ser de um período posterior ao de Baruc, o que seria considerado estranho ao estilo e forma do fiel discípulo e secretário de Jeremias.
Contra está visão, não-católicos argumentam:
- O seu fundamento é somente o título do livro;
- O título em si não está em harmonia com o conteúdo histórico e literário da obra;
- E parte desse conteúdo, quando examinado imparcialmente, aponta para uma compilação mais tardia do que Baruc; alguns vão mais longe e alegam que a composição foi obra de um escritor do século 70 D.C.
Católicos facilmente desmentem a última data do livro, mas não tão fácilmente refutam as graves dificuldades que foram levantadas contra o seu próprio relato de todo o trabalho a Baruque. Suas respostas são consideradas suficientes por estudioso católicos em geral. Mesmo se, entretanto, julgarem inadequado, por tanto considerarem o Livro de Baruc como um trabalho de um editor tardio, o caráter inspirado do livro permanece, entendendo-se que o último editor foi inspirado em seu trabalho de compilação.
O Livro de Baruc foi definido como escrito “sagrado e canônico” no Concílio de Trento, é tão inspirado por Deus como qualquer outro livro da Sagrada Escritura e pode ser demonstrado com um estudo minucioso do Canon Bíblico. Sua edição em Vulgata Latina remonta a desde antes da versão em Latim antigo de São Jeronimo, e é razoavelmente integral a versão em grego do texto.