quinta-feira, 8 de agosto de 2019

A P O C A L I P S E / TERCEIRA PARTE - A FIGURA DO FALSO PROFETA - Ap. 13:11-18


Parte 2 – A BESTA QUE EMERGE DA TERRA – Ap. 13: 11-18
Apocalipse 13: 11-18 - A BESTA DA TERRA – O FALSO PROFETA

Esta besta tem dois chifres, parecendo cordeiro. O Cordeiro em Apocalipse, é símbolo de Cristo. A besta da terra se faz parecer com Cristo.
Fala como o dragão – Embora a besta se pareça com Cristo, ela tem a mensagem ou a fala do diabo, porque obedece ao diabo.
Ela faz os homens adorarem a primeira besta – a do mar – e faz sinais (milagres). Ela confunde os homens com a sua aparência e os leva a adorar a primeira besta, a que tem poderes terrenos, em lugar de adorarem a Deus. Esta besta usa elementos religiosos para fazer a sua ação política ter a aparência religiosa.
A besta da terra é de caráter religioso, espiritual.
A marca 666:
Não há certeza sobre o que este número indica. Não são recomendáveis as tentativas de chegar ao nome da pessoa que o número possa representar, através de sistemas criptográficos (cálculo do valor das letras). Dependendo da língua (hebraico, grego, alemão, português, etc.), o valor de cada letra indicará nomes diferentes, que nada têm a ver com o assunto.
O que se sabe é que este é o número de homem. O homem foi criado no sexto dia. Mas, porque é 3 vezes 6 (666)? Talvez para reforçar a oposição à Trindade Divina. O número 666 indicaria a Trindade do mal: Dragão, besta do mar e besta da terra. Nos capítulos 17 e 18 de Apocalipse, há uma referência a esta besta, descrevendo-a como pior do que a outra, e que domina a outra.
Está claro que se trata de uma força espiritual falsa, um falso cristianismo. É o ANTICRISTO.
O mais provável é que não se trate de uma pessoa apenas, mas de todas as pessoas que constituem o poder, ou os poderes que negam, que combatem, que enganam, que falsificam a verdade do Evangelho através da história, servindo-se de aparência cristã mas para o engano.

O FALSO PROFETA
O falso profeta é identificado como a “besta de dois chifres”, isto quer dizer que de alguma forma ele será um ministro da “besta de sete chifres”, um subalterno do anticristo. O falso profeta será manso como um cordeiro e feroz como um lobo pois terá o poder da primeira besta, ou seja, terá autonomia em nome do anticristo, ele encantará os povos com seus prodígios e cura e com engano fará com que as pessoas adorem ao anticristo como se fosse Deus. Esse falso profeta e ministro do anticristo provavelmente será uma pessoa religiosa e conhecida mundialmente, e quem apresentará o anticristo, o novo governante para a humanidade o qual solucionará todos os problemas e conflitos que assolam a terra. Com o aumento da criminalidade, da corrupção, da desordem, do desemprego, o mundo está em busca de solução e um sistema político-religioso que possa trazer tranquilidade e harmonia a humanidade onde os ricos, pobres, livres, servos tenham total sobrevivência e solução de seus problemas.

Apocalipse 13:11 – Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão.
Vi ainda outra besta emergir da terra: Lembramos que o dragão estava na praia esperando os seus aliados (12:17). De um lado (o mar) apareceu a primeira besta. Do outro lado (a terra) aparece a segunda. Estas bestas não vêm de cima; não foram enviadas por Deus. Vêm dos homens, do mar (sociedade) e da terra (mundo dos homens). Especificamente, este poder se levanta daqueles que absorveram as mentiras da boca do dragão (12:16).
Alguns sugerem que a terra, aqui, seja a Palestina, pois a palavra terra frequentemente se refere ao território ocupado pelos israelitas. Como em outros casos de dúvida sobre o significado de palavras, devemos começar com exemplos no próprio Apocalipse, e depois olhar para outros livros da Bíblia. Em diversos exemplos no Apocalipse, a palavra terra significa o mundo todo ou os homens ímpios: Jesus é “o Soberano dos reis da terra” (1:5). A provação viria “sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra” (3:10). Quando o sexto selo foi aberto, as estrelas caíram do céu à terra, e os reis e povos tentaram se esconder (6:13-15). O Pai e Filho recebem louvor de todas as criaturas do mundo (5:13). Deus criou o céu e a terra (14:7). Os reis da terra se prostituíram com a grande meretriz, e ela dominava sobre eles (17:2,18; 18:3,9,23). Os reis e exércitos da terra apoiam a besta do mar (19:19). Satanás seduz as nações da terra (20:7-8). As nações e os reis da terra glorificam o Senhor (21:24). Veja, também, 5:3,6,10; 6:10; 7:1-3.
Em outros livros da Bíblia, a palavra “terra” se refere, muitas vezes, à terra da Palestina (Números 32:11; Deuteronômio 32:47; Josué 1:15; 2 Crônicas 8:8; etc.). Muitas outras vezes, porém, refere-se ao mundo em termos mais gerais (Daniel 8:5; Atos 3:25; 4:24; 17:24,26; Romanos 9:17; Colossenses 1:16,20; 3:2; Hebreus 1:10; 2 Pedro 3:5).
Nossa interpretação da origem da segunda besta precisa concordar com a mensagem do livro, também. O Apocalipse foi escrito principalmente para os cristãos na Ásia, não para habitantes da Palestina, portanto se refere ao mundo todo, assim como as igrejas descritas neste livro.
Já notamos o significado da profecia de Daniel 7, que fala de grandes impérios que se levantariam. Os animais subiram do mar (a sociedade humana), e representaram os impérios da Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma. No mesmo capítulo, ele diz que os grandes animais “são quatro reis que se levantarão da terra” (Daniel 7:17). Os grandes impérios representados nesta profecia não se levantaram da terra da Palestina, e sim do mundo, das nações. Obviamente, o sentido é o mesmo quando chegamos à profecia ampliada no Apocalipse. A segunda besta de Apocalipse 13 vem do mundo, e serve ao dragão.
Possuía dois chifres, parecendo cordeiro: Esta besta não é nada igual, em aparência, à primeira. A besta do mar é assustadora, com sete cabeças, dez chifres e características de leão, urso, leopardo, etc. A besta da terra tem a aparência de inocência e mansidão; parece um cordeiro.
Mas falava como dragão: Aparências enganam. Esta besta não é um cordeirinho inocente. As suas palavras vêm do próprio dragão, o sedutor dos homens. Apesar de sua aparência inofensiva, esta besta tem o mesmo alvo que o dragão tem. Ambos querem destruir os homens.

Apocalipse 13:12 – Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada.
Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença: A besta da terra pode ter aparência menos assustadora, mas ela tem o mesmo poder da besta do mar. Ela domina com a autoridade de reis. Tem poder até para tirar a vida daqueles que não a obedecem e não se submetem à autoridade da besta.
Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta: A função da segunda besta é induzir os homens à adoração à autoridade imperial. Ela promove o culto imperial, obrigando as pessoas a adorarem o anticristo. Assim entendemos que a primeira besta representa o poder de um governo militar, e a segunda representa a sua autoridade religiosa de promover a idolatria oficial. Por isso, a besta da terra é conhecida, também, como o falso profeta (16:13; 19:20; 20:10).
Cuja ferida mortal fora curada: Novamente, ele menciona a ferida mortal curada. A força perseguidora foi ferida mortalmente, mas voltou. Veremos no capítulo 17 que isso se refere a um rei morto, seguido um tempo depois por outro que continuava a sua política de perseguição aos fiéis.

Apocalipse 13:13 – Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens.
Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens: Paulo falou do homem da iniquidade, que demonstraria poder “segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira” (2 Tessalonicenses 2:9-12).

Apocalipse 13:14 – Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu;
Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta: O dragão é enganador, e seus aliados, também. No Egito, os magos imitaram os sinais de Moisés para enganar o Faraó e o povo, para que estes continuassem resistindo à verdade (Êxodo 7:11-13,22-23; 8:7). Devemos lembrar que o poder de Deus e da sua verdade é sempre superior ao poder enganador do Maligno e dos seus servos. O Senhor se identificou a Israel como o Deus que desfaz “os sinais dos profetizadores de mentiras” e que confirma a palavra e o conselho de seus mensageiros (Isaías 44:25-26). Assim, o poder dos magos egípcios não foi igual ao poder dos servos de Deus (Êxodo 8:18-19). O dedo de Deus é maior do que a mão do diabo!
Mas aqueles que não amam a verdade são facilmente seduzidos pela besta, e aceitam suas mentiras. O trabalho desta segunda besta seria de convencer as pessoas a participarem da falsa religião. Obviamente, o verdadeiro cristão não aceitará tal atitude idólatra, e sofrerá as consequências de sua desobediência.
Dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta: Os que habitam no céu jamais fariam uma imagem à besta. Imagens feitas para adoração foram proibidas na Antiga Aliança (Êxodo 20:3-5) e foram sempre tratadas como abominações diante de Deus (Deuteronômio 7:25). Observamos que tais imagens não foram somente proibidas aos israelitas. As imagens idólatras dos povos pagãos foram, igualmente, detestáveis para o Deus verdadeiro (Isaías 21:9; Jeremias 51:47,52; Ezequiel 30:13,19). Deus não aceitou a conduta dos israelitas que fizeram imagens como objetos de louvor no deserto ou depois de chegar à terra prometida, e claramente não aceitaria tal prática dos cristãos. A tolerância de pessoas na igreja da Ásia que apoiavam estas práticas foi motivo de fortes repreensões (2:14,20). É impossível “ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios” (1 Coríntios 10:21).
A besta da terra promoverá a idolatria oficial, incentivando as pessoas a fazerem uma imagem idólatra para a honrar o anticristo. Como já observamos, a idolatria está cada vez mais forte, especialmente a partir das últimas décadas do primeiro século. Àquela que, ferida à espada, sobreviveu: Já passou uma onda de perseguição, mas virá outra (2:10) e aqueles que ficarem na tribulação tem que estar preparados para as perseguições vindouras.

Apocalipse 13:15 – e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta.
E lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta: A besta da terra, o falso profeta, não deu vida à besta, mas transmitiu uma aparência de vida e poder. Até hoje, falsos profetas usam falsos milagres para enganar seus seguidores. Muitas pessoas acham fascinante a possibilidade de algum sinal. Simão enganava os samaritanos (Atos 8:9-11). Muitos dos efésios praticavam artes mágicas (Atos 19:18-19). Não nos surpreende muitos falsos profetas nos dias de hoje usariam tais meios para iludir o povo e engrandecer os seus falsos deuses, ou até mesmo nos enganar diante de Deus, induzindo-nos a caminhos errantes da Palavra de Deus.

Apocalipse 13:16 – A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte,
A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos: A autoridade da besta da terra é abrangente. Ela exercerá poder sobre todas as classes, dos mais poderosos cidadãos até os pobres e os escravos.
Faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte: Ouvimos, hoje em dia, muitas especulações e acirrados debates sobre a marca da besta. Pessoas falam de códigos de barras, de tatuagens, de implantação de microchips, etc., dizendo que tais coisas são a marca da besta mas, devemos lembrar que a marca selando os fiéis era uma maneira simbólica de dizer que eles pertenciam ao Senhor. Da mesma maneira, a marca da besta é uma forma simbólica de dizer que os ímpios foram identificados como servos de seu senhor, a besta da terra, o anticristo.
Apocalipse 13:17 – para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome.

Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca: Os que são selados por Deus (Efésios 1:13) recebem as bênçãos dadas pelo Senhor. Os que foram selados pela besta recebem os benefícios oferecidos pelo governo, especificamente, privilégios econômicos. Podemos entender este problema com uma ilustração prática. Segundo as leis atuais do Brasil, o cidadão que não comprova a sua participação nas eleições perde certos privilégios, entre eles alguns direitos econômicos. É possível que o governo do anticristo poderá exigir algum tipo de comprovante de participação nos sacrifícios aos ídolos oficiais para os cidadãos manterem ou adquirirem determinados privilégios econômicos. Sabemos, também, de associações ou sindicatos profissionais ligados à idolatria (Fatos semelhante a carta à igreja em Tiatira – 2:18). Os cristãos fiéis, obviamente, seriam discriminados por não cederem a tais exigências. O nome da besta: Os selados de Deus recebem a marca do “nome de seu Pai” (14:1). Os servos da besta recebem uma marca do nome dela. Ou o número do seu nome: O nome pode ser comunicado por meio de um número que representa a besta.

Apocalipse 13:18 – Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis.
Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta: Apesar de qualquer dificuldade que tenhamos em compreender este símbolo, Deus o revelou para comunicar uma mensagem aos leitores originais do Apocalipse. Mais uma vez, devemos lembrar que este livro é uma revelação, não um mistério oculto. O número da besta pôde ser calculado ou decifrado para que o leitor entendesse o sentido. Este comentário sugere que os primeiros leitores teriam condições de compreender a mensagem.
Pois é número de homem: A explicação pode ser tão simples, e assim não estaria falando de um determinado homem. O número pode simplesmente representar o homem em termos gerais, sem tentar identificar uma pessoa específica. Da mesma maneira que a besta surge da terra, recebe sua força da sociedade ímpia, esta figura estaria frisando o fato deste inimigo ser de origem humana.
Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis: A explicação mais simples, e que se enquadra bem com o comentário acima sobre o número de homem, é de entender que sete é o número da perfeição divina, e seis seria o número da imperfeição e do fracasso humano. Desta maneira, 666 enfatizaria a qualidade humana e imperfeita da besta. Pode ser um inimigo violento, um terrível enganador, um assassino dos cristãos, mas seu poder não passa de poder humano. Antes de ficarem aterrorizados pela besta da terra, ou até pela besta do mar (“Quem é semelhante à besta?” – 13:4), os fiéis devem lembrar de Miguel (Quem é semelhante a Deus? – 12:7). A besta fracassará!
Devemos observar, porém, uma outra maneira de explicar o número da besta. Desde o segundo século a.C., diversos autores têm baseado suas interpretações deste número num sistema de cálculo, usado especialmente pelos judeus da época, chamado gematria, no qual cada letra recebe um valor numérico. Como se pode imaginar, as possibilidades são várias, e diversos valores atribuídos às letras podem ser manipulados para aplicar este método aos nomes de diversas personagens históricas ou atuais. Pode encontrar explicações de como chegar a nomes como George W. Bush (eleito presidente dos EUA em 2000 e 2004), Al Gore (vice presidente dos EUA de 1993 a 2001), Príncipe Charles (da Grã Bretanha), Saddam (Hussein, ex-ditador de Iraque), Hitler (ditador alemão durante a segunda guerra mundial) e até Barney, o dinossauro de um programa infantil na televisão! Tem tantas línguas (alguns até usam “línguas” de computadores, como código ASCII) e tantas maneiras de fazer os cálculos que parece que alguém poderia tornar praticamente qualquer nome em 666! Mas, isso não nega a possibilidade de alguma interpretação relevante à mensagem do Apocalipse.
Uma outra sugestão, também baseada na gematria, envolve a tradução do nome de Nero César do grego ao hebraico, depois aplicando o sistema de gematria. Desta maneira, chega ao número 666. (Mas, se fizer a mesma coisa com o nome grego dele, o cálculo daria 1.005!) Se o número for de Nero, poderia se relacionar a um mito da época relatado por alguns historiadores. Depois da morte de Nero, correram rumores durante décadas de que ele estava voltando. Historiadores como Tácito e Suetônio se referem a estas ideias de que Nero ressurgiria de algum modo. Isto é muito semelhante às tendências modernas de pensar que qualquer mau ditador seja um outro Adolfo Hitler.
Entendendo o número 666 como o fracasso do poder humano, em termos gerais, ou como a identificação de um líder com as características de Nero, ainda chegamos ao mesmo ponto importante. A besta tem poder humano, e mais nada. Não merece adoração. Não deve ser honrada como Deus. Não pode fazer nada que o homem não seja capaz de fazer. Colocando este poder ao lado do poder daquele que segura sete estrelas na mão direita, como discípulos de Cristo não precisamos teme-lo!

PREPARANDO O TERRENO
Antes do período de sete anos da tribulação haverá um sistema universal político e religioso que ajudará o mundo a se preparar para receber o anticristo. Um dos tópicos para essa preparação é a unificação dos povos “política”, das raças “preconceitos”, e da língua “educação”. Estamos caminhando para este acontecimento brevemente, pois já podemos notar algumas nações se unindo com um mesmo objetivo em comum como o Mercado Comum Europeu, MERCOSUL, OTAN União dos Países Petroleiros, como também a moeda única na Europa através do EURO. Estes são alguns exemplos para a formação dos “dez chifres da cabeça da besta”, países ou conjunto de nações que apoiarão na formação do Império do Anticristo. Estes “dez chifres” se refere à confederação de dez nações que terão sete líderes que formarão uma aliança com o anticristo (Ap.13:1, Dn.7:8, 23-24).
Outro tópico importante para se analisar é a grande apostasia que pode levar o mundo a um único sistema religioso. As religiões se unificarão onde tudo será comum como a astrologia, búzios, cartomancia, mágicas videntes, curandeirismo e muitas falsas ideologias lideradas por influência de grandes nomes religiosos que apoiarão o falso profeta. Este falso profeta será as relações públicas do anticristo, será o sócio do grande ditador, o elo de ligação entre as nações e o anticristo. O falso profeta terá que ser uma pessoa mundialmente conhecida pois é quem apresentará o anticristo para o mundo, por este motivo algumas teorias relacionam estes fatos a um “papa romano”, pois além de ser da cidade de Roma, é conhecido mundialmente e exerce grande influência religiosa no mundo todo. (Ap.13:12-14, 17:3-4,9,18, 13:13-15).
Com a união do Sistema Político e Religioso, o anticristo enganará as nações com promessas de uma nova era de paz, prosperidade e conseguirá fazer com que todos o idolatre ao ponto de chama-lo de Deus (II Tess.2). Ele acabará com a guerra, com a fome, com a miséria tornando o mundo num novo sistema de uma nova vida onde as pessoas terão tudo em comum “comunismo”.  Com a situação em que o mundo se encontra hoje, em colapso na economia, na saúde, na educação, na política, com miséria extrema, empobrecimento, desemprego, aumento na criminalidade, atentados, sequestros, um mundo onde tudo está se tornando um caos, as pessoas buscam e almejam alguém que possa trazer soluções para todos estes problemas. A tecnologia e o crescimento cada vez maiores da humanidade farão com que cada vez mais o mundo se torne numa máquina mortífera de desocupados levando o povo a conclamar qualquer “Cesar” que consiga trazer paz, harmonia e unidade entre os todos os povos.
Apocalipse 13:11 Então vi outra besta que saía da terra, com dois chifres como cordeiro, mas que falava como dragão.
Apocalipse 13:12 Exercia toda a autoridade da primeira besta, em nome dela, e fazia a terra e seus habitantes adorarem a primeira besta, cujo ferimento mortal havia sido curado.
Apocalipse 13:13 E realizava grandes sinais, chegando a fazer descer fogo do céu à terra, à vista dos homens.
Apocalipse 13:14 Por causa dos sinais que lhe foi permitido realizar em nome da primeira besta, ela enganou os habitantes da terra. Ordenou-lhes que fizessem uma imagem em honra à besta que fora ferida pela espada e contudo revivera.

 A Marca da Besta
Entendo que o apóstolo João está escrevendo para as igrejas de um modo geral que compreende a todos os períodos e épocas, desde a ascensão de Jesus até nossos dias, e não sobre um momento específico no tempo, isolado. Precisamos analisar Apocalipse 13:18 de maneira mais abrangente.
A princípio, é preciso notar que a expressão “marca”, é vista diversas vezes neste livro (13:18; 19:20; 20:4. 14:11).
Quem tem a marca da besta é um de seus adoradores (Apocalipse 14:11). Ou seja, é alguém que lhe serve voluntariamente e com prazer. Quem possui a marca se opõe a Deus, Sua Palavra e Seu povo de maneira intencional.
Eles se destacam porque tem a marca na mão direita e na testa, na bíblia, isto significa amizade e comunhão (Gálatas 2:9). Ou seja, a marca na mão mostra que o adorador da besta é seu cooperador, tem prazer em ajudar na sua causa e de ser oposição a verdade de Deus.
Já o sinal da testa, revela que seus seguidores são influenciados por sua filosofia e forma de pensar. São adeptos de todo ensino que se opõe a Deus e Sua vontade revelada nas Escrituras.
Podemos supor, que assim como os santos recebem uma marca invisível na mão e na testa com os nomes de Deus Pai e do Cordeiro Jesus, provavelmente a marca da besta seja da mesma maneira.
Dessa forma, a marca é uma referência clara a um sistema devoção ao que se opõe a Deus, ao invés de um sinal visível no corpo.
João ainda nos diz, que quem não tiver esta marca será incapaz de comprar e vender, qualquer coisa. Analisando de forma podemos concluir que poderá haver alguma forma de serem reconhecidos os adoradores e os que não adoram a besta e por não se devotarem ao paganismo e a idolatria serão severamente perseguidos.  Perseguição esta lhes farão viver em extrema pobreza, pois ninguém irá contrata-los para o trabalho, nem comprar suas mercadorias. Percebemos em nossos dias fatos como estes acontecendo, de igrejas sendo perseguidas em lugares do Oriente Médio e da África, e muitos dos nossos irmãos vivendo em situação semelhante.
A Bíblia descreve o anticristo como o número 666, porque? Sabemos que Deus fez o mundo em 7 dias e criou o homem no sexto dia (Gn.1:27-31, 2:1-3). O número sete tem o significado de (perfeição, completo, totalidade), enquanto que o número seis significa (imperfeição). O homem que Deus havia criado no Éden se tornou imperfeito após o pecado (Gn.6:5-7). Outro fato para se analisar é que se colocarmos o número 6 em sequência três vezes vamos formar uma trindade imperfeita (666), isto que dizer teremos uma trindade demoníaca, formada pelo (dragão, a besta do mar e a besta da terra) ou seja satanás, o anticristo e o falso profeta imitando a trindade perfeita divina (777) Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Concluímos que o número 666 é o símbolo do homem recaído fazendo de si mesmo um deus (Dn.12:7-8).
Também a uma provável conclusão de que com o avanço da tecnologia da informática, da mecânica, industrial, econômica e até mesmo com a evolução da inteligência dos seres humanos, o mundo estará a caminho de uma modernidade que com a criação de um chip implantado sob a pele poderá ser adotado um sistema eletrônico, ou então um visor eletrônico pela Íris dos olho humano, os quais substituirão toda a modernidade dos dias de hoje como cartão bancário,  cartão de crédito, dinheiro, e até mesmo documentos pessoais que facilitarão na identificação de qualquer cidadão, seja ele quem for. Tudo isso nos leva a crer que daqui a pouco tem todos os povos poderão estar sob o domínio do anticristo, isto é, sobre todos aqueles que ficarem no período da tribulação.