O FIM DE TUDO 2
APOCALIPSE 19 – A VITÓRIA DO SENHOR
Neste momento, João relata que viu o céu se abrir para dar
passagem para um cavalo branco cujo cavaleiro chamava-se "Fiel e
Verdadeiro". Seu nome verdadeiro é conhecido apenas por ele próprio e era
o "Verbo de Deus". Seus exércitos o seguiam, todos em cavalos brancos
e vestido de linho.
Depois da derrota da Prostituta da Babilônia, João
relata o júbilo no céu pela vitória. Primeiro de uma grande multidão, depois
dos vinte e quatro anciãos e das quatro criaturas viventes (Visão de
João do Filho do Homem) e finalmente de uma voz "como a voz de uma
grande multidão, e como a voz de muitas águas, e como a voz de fortes
trovões". Esta última anuncia a chegada da hora das "bodas do
Cordeiro", que vestiu um linho finíssimo "que são os
atos da justiça dos santos". Esta voz então se dirigiu ao próprio João
reafirmando que apenas os bem-aventurados foram chamados às bodas e que estas
são as palavras de Deus. Maravilhado, João prostrou-se para adorar o Cordeiro,
mas foi repreendido e orientado a adorar apenas a Deus "pois o
testemunho de Jesus é o espírito da profecia" (Apocalipse 19:1-10).
Neste momento, João relata que viu o céu se abrir para dar
passagem para um cavalo branco e que de sua boca saía uma espada com a qual irá
ferir as nações e julgá-las; ele é o que pisa o lagar da ira de Deus
( Apocalipse 14). Sua capa o identifica como "rei dos reis e
senhor dos senhores" (Apocalipse 19:11-16).
João então descreve a batalha final, anunciada por um "anjo
em pé no sol" que chamou os pássaros para que se refestelassem na
carne dos derrotados, homens e cavalos, ricos e pobres, livres ou escravos.
A besta e todos os reis da terra reuniram seu exército para
enfrentarem o exército do que estava no cavalo branco (veja a sexta taça
em Apocalipse 16), mas ela foi presa juntamente com o falso profeta que
a tantos havia enganado com a marca da besta. Os dois foram lançados
no lago de fogo "que arde com enxofre". Os demais foram
derrotados pela espada do cavaleiro no cavalo branco (Apocalipse 19:17-21).
“…[Em Apoc. 19,] os livros de Daniel e Apocalipse, com seus
numerosos aspectos proféticos, atingem o clímax. As esperanças do povo de Deus,
que às vezes têm sido débeis, serão recompensadas. Por exemplo, a promessa de
Daniel 2:44: ‘Nos dias destes reis, o Deus do Céu suscitará um reino que não
será jamais destruído’, cumprir-se-á finalmente. O reino será dado ‘ao povo dos
santos do Altíssimo; o Seu reino será reino eterno’ (Dan. 7:27). Quando Cristo
vier estabelecer esse reino, ‘todo olho O verá… E todas as tribos da terra se
lamentarão sobre Ele’ (Apoc. 1:7).
“Apocalipse 19 fala de júbilo e de lamentação onde será destruída
toda apostasia e todos os apóstatas dos últimos dias. Deus será vindicado ao
executar suas decisões finais, com base nas escolhas que as pessoas fizeram no
tocante à lealdade e adoração. Ele realizou tudo que era possível para salvar
toda pessoa que já viveu neste mundo. Enviou Seu Filho – o Cordeiro de Deus –
que então voltará como REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.
“As duas ceias de que
fala Apocalipse 19 representam o destino final das duas classes de pessoas que
vivem sobre a Terra. Todo ser humano tem nesta vida a escolha de cear com
Cristo ou de ser rejeitado eternamente. Se se fala de duas ceias: uma é a
grande ceia de Deus, que se refere ao castigo dos ímpios, e a outra é a ceia do
Cordeiro, que se refere à recompensa dos fiéis. Fala também do destino para os
habitantes da terra. Destino severo dos perdidos eles mesmo o escolheram. A
oposição a Deus não poderá prosseguir indefinidamente. O dilúvio do tempo de
Noé nos diz isto. Em Seu amor Deus salva; em Seu amor Ele destrói”.
Apocalipse 19:1 Depois destas coisas, ouvi no céu como que uma grande voz de uma imensa multidão, que dizia: Aleluia! A salvação e a glória e o poder pertencem ao nosso Deus;
Depois destas coisas – O capítulo 19 começa com as palavras: ‘Depois destas coisas.’ Após a visão relatada nos dois capítulos anteriores, João ouviu cânticos de regozijo no Céu depois do julgamento da meretriz e dos que haviam participado nos seus enganos e aceito suas falsas doutrinas. A primeira parte do capítulo é o clímax do que o apóstolo acabara de ver. Aleluia! (versos 1, 3, 4 e 6) – “Aleluia” provém do hebraico halelu-Yah – uma combinação de duas palavras. A primeira significa ‘louvar’, e a segunda é uma forma abreviada de ‘Yaweh’. Este é o único lugar em que essa palavra aparece no Novo Testamento. O Universo inteiro se une em aclamar o direito de Deus à soberania universal. Cada vez que pronunciamos esta palavra, falamos o nome de Deus e, por isso, deve ser falada com toda reverência e respeito. Não é uma palavra comum ou uma mera interjeição,. E sim, uma expressão de adoração ao Senhor. As outras palavras usadas aqui são expressões comuns do louvor dado ao Senhor no Apocalipse (como também em outros livros): salvação (7:10; 12:10), glória (1:6; 4:9,11; 5:12,13; 7:12; 11:13; 14:7; 16:9; 19:7; 21:26), poder (4:11; 5:12; 7:12; 11:17; 12:10).
Apocalipse 19:2 porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.
Verdadeiros e justo são os Seus juízos – Por ocasião da Segunda Vinda, os verdadeiros e justos juízos de Deus serão vistos claramente por todo o Universo. Por toda a eternidade serão cantadas antífonas ”melodia curta” de louvor a Deus. Todos estarão plenamente convictos de que Deus é tudo que Sua Palavra declara que Ele é. “Querendo ou não, farão parte do reino de Deus”. Alguns em estado de rebelião, outros são cooperadores de Deus.
Fim do
julgamento – “O figurado clamor dos mártires era o seguinte: ‘Até
quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro,
não julgas nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre
a Terra? (Apoc. 6:10,11). O seu julgamento ocorreu então no Céu. Enquanto ainda
se achavam na sepultura, a cada um deles foi dada uma vestidura branca. A
segunda parte da oração dos mártires só será atendida quando Deus vingar a
morte deles. Ao julgar e punir ‘Babilônia’ (Apocalipse 17 e 18), o Senhor
vingará a morte dos mártires. Por esta razão, o júbilo relatado em Apocalipse
19:2 menciona o completo cumprimento da oração dos mártires
Pois julgou
a grande meretriz que corrompia a terra com a sua prostituição e das mãos dela
vingou o sangue dos seus servos: No julgamento da Babilônia, Deus
se mostrou justo e respondeu à petição das almas debaixo do altar, no quinto
selo, que esperavam a vingança contra seus perseguidores (6:9-11).
Apocalipse 19:3 E outra vez disseram: Aleluia.
E a fumaça dela sobe pelos séculos dos séculos.
Segunda vez disseram: Aleluia!: A multidão repete sua palavra de adoração, dando honra a Deus.
Fumaça…pelos séculos dos séculos – A expressão de que ‘a sua fumaça sobre pelos séculos dos séculos’ (Apoc. 19:3) é extraída da profecia de Isaías sobre a destruição de Edom (Isaias 34:10). Indica o total extermínio dos ímpios. Isto é confirmado pelo fato de que os elementos que compõem a ‘cidade’ da Grande Babilônia são punidos e destruídos aqui na Terra, a mesma Terra que Deus irá recriar (II S. Ped. 3:12 e 13). Ver também Apoc. 20:14 e 15; Prov. 11:31; S. Judas 7; Apoc. 21:1 e 5.). A fumaça acompanha várias figuras do castigo divino (cf. 9:18; 14:11). Subiu de Sodoma e Gomorra (Gênesis 19:28). Deus respondeu à oração de Davi quando este pediu livramento das mãos de Saul. Davi descreveu a justiça divina, dizendo: “Das suas narinas, subiu fumaça, e da sua boca, fogo devorador” (2 Samuel 22:9; cf. Salmo 18:8; 37:20). Isaías falou de “espessas nuvens de fumaça” para descrever o castigo de Israel (Isaías 9:18).
Apocalipse 19:4 – Os vinte e quatro anciãos e
os quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a Deus, que se acha sentado
no trono, dizendo: Amém! Aleluia!
Os vinte e
quatro anciãos e os quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a Deus, que
se acha sentado no trono: Semelhante às “ondas de louvor” dos capítulos 4 e 5,
mas aqui a adoração começa com a grande multidão e continua com os 24 anciãos e
os quatro seres viventes. Deus permanece no trono. Imperadores vêm e vão, mas o
Todo-Poderoso continua governando o seu reino universal e eterno.
Dizendo:
Amém! Aleluia!: Que seja assim! Louve a Deus!
Apocalipse 19:5 – Saiu uma voz do trono,
exclamando: Dai louvores ao nosso Deus, todos os seus servos, os que o temeis,
os pequenos e os grandes.
Saiu uma
voz do trono, exclamando: Esta voz não é de Deus, pois chama os servos para
louvar ao “nosso Deus”. Quem poderá estar junto ao trono de Deus? Há algumas
possibilidades: 1. Os quatro seres
viventes ficam “no meio do trono e à volta do trono” (4:6); 2. Os vencedores recebem a
promessa de sentar com Jesus no seu trono (3:21) para reinar com ele (2:26-27).
Eles entram na presença de Deus e ele estende sobre eles o seu tabernáculo
(7:14-15). São colunas permanentes no santuário de Deus (3:12).
Dai
louvores ao nosso Deus, todos os seus servos, os que o temeis, os pequenos e os
grandes: Toda criatura, da menor ao maior, deve honra ao Senhor (5:8-14).
Temer significa respeitar e reverenciar. Deus merece o temor de todas as suas
criaturas (I Pedro 2:17).
Apocalipse 19:6 – Então, ouvi uma como voz de
numerosa multidão, como de muitas águas e como de fortes trovões, dizendo:
Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso.
Então, ouvi
uma como voz de numerosa multidão: Voltamos ao início de uma nova
“onda de louvor” no ponto de partida, a numerosa multidão (19:1).
Como de muitas águas e como de fortes trovões: Estas
descrições identificam, em outros versículos, a forte voz de Jesus (1:15), dos
sons que vêm do trono (4:5; 8:5; 11:19; 16:17-18), ou de um grande número de
adoradores (14:2). Aqui, é a voz coletiva da grande multidão.
Dizendo: Aleluia!
Pois reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso: O dragão
queria reinar, mas não conseguiu. A besta se achava única, mas sua autoridade
duraria pouco tempo (13:4-5). A meretriz dominava os reis do mundo, mas ela
caiu (17:18; 18:2). Das dez vezes que a palavra traduzida aqui por
“Todo-Poderoso” que aparece no Novo Testamento, nove estão no Apocalipse (1:8;
4:8; 11:17; 15:3; 16:7,14; 19:6,15; 21:22).
Apocalipse 19:7 – Alegremo-nos, exultemos e
demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si
mesma já se ataviou
Alegremo-nos,
exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro: Anunciam o
motivo da celebração: é uma festa de casamento! O Cordeiro receberá a sua
noiva! A figura do casamento para representar a relação de Deus com o seu povo
é usada no Velho Testamento para falar sobre o povo judeu. Deus tomou Israel
(ou Judá) como sua esposa, mas ela foi infiel, cometendo adultério espiritual
(Ezequiel 16; Oséias 2 e 3). No Novo Testamento, Cristo se entregou por sua
noiva, e quer que ela seja “gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa
semelhante, porém santa e sem defeito” (Efésios 5:25-27).
Cuja esposa
a si mesma já se ataviou: Ela se preparou para o casamento, como uma noiva se
prepara para se apresentar ao noivo. A ideia da noiva nas Escrituras exige o
esforço da igreja para se apresentar pura e sem mancha. Paulo
disse: “Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho
preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é
Cristo” (2 Coríntios 11:2).
Então nos levará à casa do Pai, onde terá lugar a grande ceia
das bodas do Cordeiro. Sem dúvida será a maior e mais emocionante festa havida
no Universo. Pensando neste dia Jesus declarou: ‘E digo-vos que, desta hora em
diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de
beber, novo, no reino de Meu Pai’ (Mateus 26:29)”.
Noiva –
“Declara-se que a noiva é a cidade santa”, A Nova Jerusalém, porque essa cidade
constitui o lar dos remidos. A ideia de uma ‘cidade’ ou ‘igreja’ só pode ser
significativa se levarmos em consideração as pessoas de que ela se compõe. A
‘esposa’ do Cordeiro (Apoc. 19:7) são os ‘santos’ que recebem o ‘linho
finíssimo’ (verso 8.)
“Nas Escrituras, o símbolo da noiva ou esposa” é usado em mais
de um sentido. Comumente, esse símbolo representa a Igreja de Deus. Em
Apocalipse 21, a cidade é apresentada como sendo a noiva para possibilitar a
figura de um casamento em que os convidados são o povo de Deus. Noutra parte é
declarado que os santos constituem a esposa do Cordeiro (Apoc. 19:7 e 8; Isaias
52:1).
O casamento – “A
proclamação: ‘Aí vem o Esposo!”, Os seguidores de Cristo devem esperar ‘o seu
Senhor. mas devem compreender o trabalho de Cristo e segui-Lo, pela fé, ao ir
Ele perante Deus.
O duplo
significado de “Casamento” – “A palavra grega usada em Mateus 25:10 (gamos)
pode significar ‘cerimônia de casamento’ ou ‘festa de casamento’. As pessoas
representadas pelas cinco virgens prudentes entrarão com Cristo, pela fé, na
cerimônia de casamento. A mesma parábola se aplica à Segunda Vinda de Jesus,
quando os que estiverem preparados (as cinco virgens prudentes) serão levados
ao lar do Noivo para a ceia das bodas do Cordeiro.
Apocalipse 19:8 – pois lhe foi dado vestir-se
de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos
de justiça dos santos.
Pois lhe
foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro: A
meretriz, a grande cidade mundana, estava vestida de linho finíssimo, mas sua
posição como rainha durou pouco tempo. Linho fino é a roupa adequada para um
servo na presença de um rei (Gênesis 41:2). Foi usado nas vestes sacerdotais no
Velho Testamento (Êxodo 28:5,6,8,15,39,42; 1 Samuel 2:18; 22:18). Deus vestiu
sua esposa em linho fino (Ezequiel 16:10,13). Em outros trechos
do Apocalipse, linho finíssimo mostra a pureza dos servos de Deus. É
vestido pelos anjos que saem do santuário com os sete flagelos (15:6; Ezequiel
10:2-7). A noiva que se apresenta a Cristo é vestida de linho fino.
Porque o
linho finíssimo são os atos de justiça dos santos: O
significado do linho, como já deduzimos das citações acima, é a pureza dos
servos obedientes. Este versículo não nega a importância da graça divina na
nossa salvação, como vários outros versículos deste livro enfatizam (7:14;
12:11; etc.). Ele frisa a necessidade da fé obediente (14:12; cf. Tiago 1:25;
2:24).
A dádiva do ‘linho
finíssimo’ ocorre como resultado do processo de preparação. Pureza de
caráter no fim do processo de preparação é o significado da passagem.
O linho puro representa as boas ações do dedicado povo de
Deus. Isto significa que é o caráter que constitui a vestimenta que adorna a
Noiva de Cristo. Em todo o Apocalipse os redimidos são descritos como vestidos
de branco. Os vinte e quatro anciãos estão ‘vestidos
de branco’ (4:4). Os que fazem parte da multidão que se achava ante o trono
de Deus estavam ‘vestidos de vestiduras brancas’ (7:9). E nas bodas do
Cordeiro, à igreja ‘lhe foi dado o vestir-se de finíssimo linho, resplandecente
e branco’ “Conquanto a veste nupcial seja uma dádiva divina, isto não é algo
arbitrário e formal, mas dinâmico. Os santos que são convidados para a festa do
Cordeiro são os que manifestaram firme persistência, guardaram os mandamentos
de Deus e perseveraram em sua fé em Jesus (Apoc. 14:12).”
“O povo de
Deus constitui a glória da Nova Jerusalém”. O simbolismo em Apoc.
19:7 e 8 parece ter sido extraído de Isaías 52:1, onde Deus exorta os cativos
judeus em Babilônia a deixarem a terra do exílio e retornarem à Palestina.
Neste caso, a figura das ‘roupagens formosas’ designa as pessoas justas que se
tornaram humildes e penitentes pela disciplina do cativeiro e que se haviam unido
a Deus por meio de arrependimento e confissão de seus pecados.”
Apocalipse 19:9 E disse-me: Escreve:
Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. Disse-me
ainda: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.
Então, me
falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das
bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de Deus: Uma
afirmação importante, cuja veracidade é frisada de várias maneiras: 1. O anjo mandou que João escrevesse
estas palavras (assim reforçando a ordem geral de 1:19); 2-Ele enfatizou que as palavras são verdadeiras.
Obviamente, tudo que Deus fala é a verdade, mas esta palavra destaca mais ainda
a importância desta afirmação; 3.
Disse que são palavras de Deus, a fonte de altíssima autoridade.
Bem-aventurados
os chamados – “Primeiro Cristo provê a veste nupcial para todos; e
então ela precisa ser usada por toda pessoa convidada. (Ver Isaias
61:10; Zac. 3:3 e 4; Apoc. 3:5 e 18.)
“Pelas
bodas é representada a união da humanidade com a divindade; a veste nupcial
simboliza o caráter que precisa possuir todo aquele que há de ser considerado
hóspede digno para as bodas.” Sendo que haverá uma ressurreição dos justos (S.
João 5:29) por ocasião da volta de Jesus, e os justos vivos serão ‘arrebatados
juntamente com eles, …para o encontro do Senhor’ (I Tess. 4:16 e 17), os
convidados para a ceia das bodas do Cordeiro virão de todas as épocas, desde o
tempo de Adão e Eva.”
A mensagem é a quarta das sete bem-aventuranças. Quem são
estas pessoas abençoadas? Os vencedores, os obedientes, os santos, os que não
amaram a própria vida e se ofereceram totalmente ao Senhor. Neste contexto, a
aplicação primária deve ser feita aos vencedores no contexto da perseguição
romana. A figura do casamento de Cristo com a sua igreja, porém, estende-se aos
outros fiéis (1 Coríntios 11:2; Efésios 5:27). Os mártires da época de João
acham a sua vindicação na derrota da meretriz e, logo em seguida, na queda das
bestas e do dragão. A igreja de todos os lugares e de todas as épocas realiza a
sua vitória em chegar à presença do Senhor – ou pela morte dos fiéis (2 Timóteo
4:6-8) ou pela segunda vinda de Jesus (1 Tessalonicenses 4:16-18).
Apocalipse 19:10 – Prostrei-me ante os seus pés
para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos
teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho
de Jesus é o espírito da profecia.
Prostrei-me
ante os seus pés para adorá-lo: A primeira de duas vezes que João
prepara-se para adorar um anjo. Alguns sugerem que fosse o mesmo episódio
relatado duas vezes. Há várias explicações deste ato do apóstolo: 1. Alguns comentaristas dizem que não
foi um ato do próprio João, mas que ele se viu nas visões agindo desta maneira.
Assim, o ato dele faz parte da cena e serve como advertência sobre o perigo da
idolatria, sem sugerir qualquer erro real cometido pelo apóstolo; 2. Outros sugerem que João se
confundiu, achando que o anjo fosse o próprio Jesus e, assim, merecedor de
adoração; 3. Uma outra explicação é
que João ficou tão maravilhado com a cena das bodas que caiu impulsivamente
para dar homenagem ao anjo que lhe mostrou as coisas da visão; 4. A outra possibilidade é que João errou
e, agindo sem refletir, começou a dar louvor impróprio ao anjo.
Todas estas
explicações parecem plausíveis,... parece-me
que a última – que João falhou e foi repreendido – seja a mais natural e menos
complicada. Seria inteiramente natural, nas Escrituras, revelar as falhas de um
bom homem. Noé, Abraão, Moisés, Gideão, Davi, Pedro e outros heróis bíblicos
cometeram erros graves, e os relatos nas Escrituras não escondem estas falhas.
Não esperaríamos um erro desta gravidade do apóstolo velho e fiel, mas não é
fora de cogitação.
Ele, porém,
me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que
mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus: Independente do motivo ou da
explicação dada às ações de João, a resposta do anjo reforça um fato
importante. A adoração pertence exclusivamente a Deus (Mateus 4:10; Atos
10:25-26; 14:11-18). O problema fundamental no Apocalipse é a
tentação de adorar falsos deuses, especificamente a besta. Historicamente, os
romanos aceitavam bem as diversas religiões dos povos sujeitos, pois estes
meramente acrescentaram mais alguns deuses aos seus sistemas politeístas. Os
judeus e os cristãos, porém, foram perseguidos, em alguns períodos da história,
porque, como adoradores de um só Deus, rejeitaram os deuses dos romanos. Quando
recusaram a louvar os deuses, foram vistos erroneamente como ateístas. Esse ato
de João em se prostrar diante do anjo ilustra o perigo de qualquer um cair na
idolatria de dar honra indevida a criaturas, e não ao Criador. Todos, até o
próprio apóstolo, precisam da admoestação do final de sua primeira
carta: “Guardai-vos dos ídolos”.
O anjo se
viu como conservo. Ele é uma criatura, mais próximo, em natureza, do
homem do que do Criador.
O
testemunho de Jesus deve ser guardado. O evangelho não é apenas uma história
interessante. É uma mensagem que exige uma reação. O evangelho deve ser
obedecido (Romanos 10:16; 2 Tessalonicenses 1:8; 1 Pedro 4:17).
Pois o
testemunho de Jesus é o espírito da profecia: Jesus é a essência de
profecia, pois ela olha para o Senhor dos senhores e Rei dos reis. A
importância não deve ser dada ao anjo ou a qualquer outro mensageiro. Jesus é o
personagem principal da revelação do mistério de Deus. Ele, e não os anjos
merece a adoração. A aceitação de adoração por parte de Jesus e a ordem do Pai
que ele fosse adorado (Hebreus 1:6) são algumas das provas da divindade dele.
As palavras verdadeiras e as profecias que vêm de Deus nos levam a honrar e
adorar a Jesus. Adoração de qualquer criatura, mesmo de um anjo, seria errado,
uma forma de idolatria.
Veremos nos próximos versículos o destino da besta – o objeto de louvor dos ímpios – e do falso profeta que induz os homens a adorá-la.
A BESTA QUE SOBE DO MAR
Apocalipse 19:11 E vi o céu aberto, e eis um
cavalo branco; e o que estava montado nele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga
a peleja com justiça.
E vi o céu
aberto – Céu aberto “Na sequência profética que começa em
Apoc. 4:1, João viu uma ‘porta aberta’ no próprio Céu. Agora, em Apoc. 19:11,
ele vê ‘o Céu aberto’. Começa a sequência final dos acontecimentos, à medida
que Deus vai agindo para libertar Sua Igreja militante. Cristo e os exércitos
do Céu se dispõem para a batalha. A partir daí, podem ser delineados sete
eventos na visão: 1) A Volta Triunfal de Cristo; 2) A derrota da besta e seus
partidários; 3) a prisão de Satanás; 4) O milênio; 5) A fase executiva do
julgamento final; 6) a destruição de Satanás e dos pecadores impenitentes; 7) a
Nova Terra e a Nova Jerusalém.”
O Guerreiro
e o Armagedom – “João vê o Céu aberto. Jesus vem, e ocorre a batalha
do Armagedom. Este é o ‘grande dia do Deus Todo-poderoso’ (Apoc. 16:14;
comparar com o verso 19; 14:17-20). “’A providência Divina para desempenhar na
batalha do Armagedom. “Em breve travar-se-á a batalha do Armagedom. Aquele em
cujo manto está inscrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores, em breve
irá à frente dos exércitos do Céu montando cavalos brancos, com vestiduras de
linho finíssimo, branco e puro”.
Apocalipse19:12 Os seus olhos eram como chama
de fogo; sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que
ninguém sabia senão ele mesmo.
Ele tem a ciência divina (olhar
de fogo) e poder universal (muitos
diademas). “Conhecer o nome” significa “ter poder sobre alguém” ora ninguém
tem poder sobre Jesus.
Apocalipse 19:13 Estava vestido de um manto
salpicado de sangue; e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus.
Estava
vestido com um manto salpicado de sangue – “Cristo nos liberta para
sempre”. Na cruz do Calvário pagou completamente o preço de nosso resgate, com
a qual nos liberta da culpa de nossos pecados, e quando se derramar a última
tormenta do conflito dos séculos, virá buscar-nos para nos libertar completa e
definitivamente, pois destruirá Satanás e seu sistema de rebelião.
“As duas representações de Cristo no Apocalipse têm algumas
semelhanças e várias diferenças”. Em vez das suntuosas vestes sacerdotais, o
Rei-Guerreiro usa ‘um manto tinto de sangue’; está montado num cavalo branco, à
frente de um conjunto de cavalarianos. Em Apoc. 1 a 3, Cristo, como Sacerdote,
defronta Suas igrejas; ao passo que em Apoc. 19, como Guerreiro, Ele enfrenta
Seus inimigos.
Apocalipse 19:14 Seguiam-no os exércitos que
estão no céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro.
Cristo,
Sacerdote e Cristo, Rei-Guerreiro – “Compare o simbolismo
de Cristo como Sacerdote (Apoc. 1:12-20) e o simbolismo de Cristo como
Rei-Guerreiro (Apoc. 19:11-16). “Cristo enfrenta Seus inimigos. Em geral,
admite-se que as figuras de Apoc. 19:11-16 são extraídas de Isaías 63:1-6, que
apresenta o Messias como ‘poderoso para salvar’ Seu povo e vitorioso sobre os
Seus inimigos.
Apocalipse 19:15 Da sua boca saía uma espada
afiada, para ferir com ela as nações; ele as regerá com vara de ferro; e ele
mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso.
“Em ambos os lugares, o caráter de Cristo é retratado como ‘fiel e
verdadeiro’ (Apoc. 1:5; 3:14; 19:11). Seus olhos são ‘como chama de fogo’
(Apoc. 1:14; 19:12) e ‘da boca saía-Lhe uma espada afiada (Apoc. 1:16; 19:15),
o que provavelmente constitui uma referência à autorizada palavra proferida por
Ele, que pode significar vida ou morte. (Comparar com Isa. 11:4; II Tess. 2:8.)
Da sua boca
saía uma espada afiada - Cristo fere as nações com a espada de Sua
boca – “Em Sua Vinda, Cristo fere as nações com a espada que tem
na boca. Esta figura é explicada noutras partes da Bíblia: ‘Com o sopro dos
Seus lábios matará o perverso.’ Isa. 11:4. ‘Então será de fato revelado o
iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de Sua boca. (I Tess. 2:8).
Ele as
regerá com vara de ferro – “Nesse contexto, a figura de um pastor regendo com
‘vara de ferro’ significa que ele destrói tudo o que ataca o Seu rebanho.
(Comparar com Apoc. 2:27; 12:5; Sal. 2:8 e 9.). “’O antigo cajado do pastor
tinha dupla função. A parte arqueada servia para ajudar e guiar as ovelhas, ao
passo que a pesada ponteira de ferro na extremidade também fazia dele uma arma
de ataque. Esta era usada para proteção do rebanho, a fim de repelir e matar
animais selvagens que quisessem dispersa-lo e destruí-lo. Chegou o tempo de o
Bom Pastor usar a ‘vara de ferro’ contra as nações, para o livramento de Seu
assediado rebanho na Terra. O ato de reger ou ferir as nações com vara de ferro
resulta no seu extermínio, e não no seu governo durante o milênio, segundo
afirmam alguns.’”
Apocalipse 19:16 No manto, sobre a sua coxa tem
escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Rei dos
reis e Senhor dos senhores – “Nosso Rei vindouro merece todo nome e
homenagem nessa passagem. Homens pecaminosos e até dirigentes de igreja
blasfemaram dEle. “Em suma, o livro do
Apocalipse transmite a mensagem de esperança e certeza de que Cristo virá como
Messias real para livrar Seu povo na última guerra do mundo [Armagedom] contra
Deus”.
Apocalipse 19:17 E vi um anjo em pé no sol; e
clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu:
Vinde, ajuntai-vos para a grande ceia de Deus,
A ceia das
aves – “A grande ceia das aves (Apoc. 19:17, 18 e 21) também
simboliza a destruição dos inimigos do Céu quando Cristo voltar. (Comparar com
Sal. 79:2; I Sam. 17:44 e 46; Ezeq. 39:17-20.)”
“Esta ‘ceia das aves’ afeta o mesmo grupo descrito em
Apocalipse 6:15-17, o qual não pode resistir à presença do Senhor por não haver
aceito a salvação em Cristo e consequentemente não haver-se preparado para
recebe-Lo. No final do milênio, serão destruídos definitivamente pela segunda
morte.
Apocalipse19:18 para comerdes carnes de reis,
carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e dos que neles
montavam, sim, carnes de todos os homens, livres e escravos, pequenos e
grandes.
Deus
manifesta sua glória poder e salvação: ao destruir aquele que destruía a
terra. A carnificina mostra que a justiça de Deus é implacável e atinge a todos
aqueles que não temeram a Deus, derrotando as forças idólatras e suas
ideologias.
Apocalipse 19:19 E vi a besta, e os reis da
terra, e os seus exércitos reunidos para fazerem guerra àquele que estava
montado no cavalo, e ao seu exército.
A Vitória vem
do Céu: A Besta o falso Profeta, agentes do mal, se reúnem com seu
exército contra Cristo mas a vitória vem do céu que derrota a mentira e conduz
ao Deus vivo a verdadeira vida que é a comunhão na justiça e no amor.
Apocalipse 19:20 E a besta foi presa, e com ela o falso profeta
que fizera diante dela os sinais com que enganou os que receberam o sinal da
besta e os que adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago
de fogo que arde com enxofre.
Lago de
fogo – “Recapitule tais passagens como II Tessalonicenses
1:7-10; 2:8; II S. Ped. 3:10, bem como Apocalipse 19:20. Haverá ‘dois lagos de
fogo’ um por ocasião da Segunda Vinda, e o outro no fim do Milênio. Na Segunda
Vinda serão consumidas as forças terrestres do mal. No fim do Milênio, Satanás
e seus anjos também serão incluídos (Apoc. 20:20).”
“A
confederação” político-religiosa que é simbolizada pela besta, o falso
profeta e os reis da terra ‘com seus exércitos’ será lançada no lago de fogo
(Apoc. 19:19 e 20). Essa linguagem simbólica torna evidente que o A Volta
Triunfal de Cristo trará livramento aos remidos, seguido de regozijo na grande
ceia das bodas do Cordeiro, mas causará a destruição mundial de todos os
inimigos de Deus e Seu povo. Apoc. 19:20
e 20:9 e 14 demonstram que haverá duas ocorrências chamadas ‘lagos de fogo’:
uma no começo e outra no fim do milênio.”
“Por
ocasião da vinda de Cristo” os ímpios serão eliminados da face de toda a
Terra: consumidos pelo espírito de Sua boca, e destruídos pelo resplendor de
Sua glória. Cristo leva o Seu povo para a cidade de Deus, e a Terra é esvaziada
de seus moradores.”
Apocalipse 19:21 E os demais foram mortos pela
espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo; e todas as aves
se fartaram das carnes deles.
Os demais
foram mortos – “Os incrédulos serão destruídos por ocasião da volta
de Jesus. A ênfase dessa cena de guerra (Apoc. 19:11-21) é a destruição
total dos inimigos de Deus. 1) a espada que sai da boca de Cristo destrói as
nações (Apoc. 19:15 e 21; comparar com Isaias 11:4; II Tess. 2:8); 2) Ele as
despedaça com ‘vara de ferro’ (Apoc. 19:15; comparar com Sal. 2:9; Apoc. 2:27) 3)
Os poderes organizados que se levantam contra Cristo (‘a besta’ e ‘o falso
profeta’) são lançados no lago de fogo (Apoc. 19:19 e 20); 4) as aves do
firmamento são convidadas a banquetear-se com ‘as carnes’ de todos os que foram
mortos, ‘quer livres, quer escravos, assim pequenos como grandes’ (Apoc. 19:17,
18 e 21).”
Volta de
Jesus: Destino dos homens e anjos caídos – “Quando Jesus vier,
com Suas hostes de anjos, permanecerá no céu, acima da Terra. Os salvos irão
‘para o encontro com o Senhor nos ares’ (I Tess. 4:17). Jesus não irá andar
pela Terra como fez em Sua primeira vinda. Por esse motivo a personificação de
Cristo executada por Satanás, antes do advento, não irá enganar o povo de Deus.
(Ver Mat. 24:23 e 24; II Tess. 2:8-12.)
“Os que nem
creram em Cristo nem ensinaram Sua verdade” conforme está na Bíblia
serão destruídos pela glória de Sua presença. Os que O crucificaram, e foram
ressuscitados pouco antes de Sua volta, serão destruídos como as hostes de
perdidos que receberam a marca da besta. Os anteriormente mortos em pecado
permanecerão nas sepulturas por mais mil anos.
“Quando as trombetas soarem”, os que, em todos os tempos, morreram fiéis a Jesus Cristo saem dos sepulcros e vão encontrar o Senhor nos ares (estes á estarão com Cristo na ocasião do Arrebatamento). Então os santos arrebatados se juntarão aos anjos e voltarão com para a Terra com Cristo com poder e grande glória e reinarão no Milênio com Cristo. (Ap.20:4-6.).
RESUMINDO...
São Chegadas as Bodas do Cordeiro (Apocalipse 19:1-10)
Antes de começar as séries de julgamentos, o Apocalipse já
afirma a posição exaltada do Senhor. Jesus recebe “a glória e o domínio
pelos séculos dos séculos” (1:6). O Senhor Deus é o Todo-Poderoso (1:8;
4:8). O Pai senta no trono, vive eternamente e recebe das suas criaturas “a
glória, a honra e o poder” (4:9-11). O Pai e o Filho recebem “o
domínio pelos séculos dos séculos” (5:13).
As cenas de julgamento demonstram a soberania de Deus. No
intervalo entre os sexto e sétimo selos, Deus está no trono e recebe o louvor
daqueles que proclamam que ele possui o poder e a força pelos séculos dos
séculos (7:12). A sétima trombeta declara o reino universal de Cristo,
que “reinará pelos séculos dos séculos”, dizendo que o “Senhor Deus,
Todo-Poderoso” assumiu seu grande poder e passou a reinar (11:15-17). Os
conflitos do capítulo 12 mostram o fracasso do dragão, porque “Agora, veio
a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo” (12:10).
A cena no monte Sião, antes das vozes do capítulo 14, mostra o Cordeiro em pé
sobre o monte (14:1). No intervalo antes do derramamento das sete taças, os
vencedores adoram o “Senhor Deus, Todo-Poderoso”, o “Rei das
nações” (15:3). A vitória sobre a grande meretriz foi garantida, pois o
Cordeiro é “o Senhor dos senhores e o Rei dos reis” (17:14).
Mas houve momentos em que estas verdades sobre a primazia de
Deus se tornaram mais obscuras: Quando a besta venceu as duas testemunhas
(11:7); quando o dragão se mostrou forte diante da mulher (12:3-4); quando a
besta do mar se exaltou e desafiou e venceu os servos de Deus com suas palavras
arrogantes e blasfemadoras (13:4-7); quando a besta da terra fez morrer aqueles
que recusaram adorar a besta (13:15); e quando a grande meretriz se embriagou
com o sangue dos santos (17:6). É difícil manter uma confiança total no Senhor
quando parece que o mal vence o bem.
Os últimos cinco capítulos do Apocalipse servem
para apagar qualquer dúvida que tenha sobrado. Deus é o Soberano que reina
eternamente, e os fiéis que confiam no sangue do Cordeiro vencem para
participar do reino eterno. A vitória total e final é dos santos. As bodas do
Cordeiro representam a celebração desta grande vitória.
1-5 - Deus manifesta sua glória poder e salvação
ao destruir aquele que destruía a terra: ele faz justiça reabilitando a honra
dos perseguidos e mártires.
5-9 – Deus
reina através do testemunho de Jesus dado pelos cristãos. A realeza de Deus
consiste em dirigir a história para que se realize a Aliança. Ela foi prometida
e agora é concluída no fim dos tempos (Ap.21). Jesus ressuscitado se une com a
nova humanidade na Aliança de Justiça (linho branco) e de amor. O casamento é
um sinal de Aliança consumada: a união dos homens com Deus e entre si.
10 – A
profecia consiste em dar o testemunho de Jesus adorando só a Deus. Não se deve
adorar aos transmissores da fé (pregadores teólogos ministros) mas somente a
Deus.
17-21 – O anjo
anuncia a vitória sobre a Besta e o Falso Profeta agentes do mal. A carnificina
mostra que a justiça de Deus é implacável e atinge a todos derrotando as forças
idólatras e suas ideologias. A vitória vem através do anuncio do Evangelho que
derrota a mentira e conduz ao Deus vivo e à verdadeira vida que é comunhão
entre os homens na justiça e no amor, pois o lago de fogo é o lugar do castigo
eterno.